30 setembro, 2007

1 de Outubro, Música e Património: O Dia Mundial da Música na Sociedade Martins Sarment

No âmbito das comemorações do dia Mundial da Música, 1 de Outubro, a Sociedade Martins Sarmento e a Sociedade Musical de Guimarães, promove um programa de actividades sob o tema Música e Património, no quadro da parceria que une estas instituições culturais vimaranenses.

O programa de actividades será composto por um concerto de música de câmara pelos alunos da Academia Valentim Moreira de Sá bem como de um momento musical pelo grupo vocal Vilancico, que interpreta temas de música antiga compostos entre os séculos XII e XVI. Este terá início às 21H30, tendo lugar no claustro de S. Domingos, na Sociedade Martins Sarmento.

Através desta iniciativa pretende-se dar uma perspectiva do velho claustro do Convento de S. Domingos, onde funciona, desde finais do século XIX, a Secção de Epigrafia e Escultura Antiga do Museu Arqueológico da SMS. Um claustro, pela sua natureza original, é um espaço privilegiado para a música. Era por ali que os monges Dominicanos entravam na igreja, em procissão, entoando os seus.

O programa do dia 1 de Outubro inclui também, durante a tarde, actividades dirigidas a diferentes faixas etárias, desde os mais novos aos mais idosos, envolvendo sessões de músico-terapia, a realizar no Salão Nobre do museu da Sociedade Martins Sarmento, e uma oficina subordinada ao tema “Arqueologia da Música”.

A entrada é livre.

Em caso de mau tempo, as actividades serão transferidas para o Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (607) Bernardino António Gomes

Retrato de Bernardino António Gomes. Litografia a partir de obra de Serrano. Séc. XIX.

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Efemérides vimaranenses: 1 de Outubro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

0366 — Tendo falecido o pontífice Libério em 24 de Setembro de 366, foi substituído na cadeira pontifical pelo imortal vimaranense S. Dâmaso no dia 1 de Outubro do mesmo ano. Foi Libério quem o ordenara de diácono e de presbítero, e, pelo seu desterro em 355 (?), ficara Dâmaso seu vigário em Roma, conseguindo, como tal, reconciliar com a igreja muitos bispos, que por sugestões ou receio do poder, tinham aderido às determinações do concílio de Remini.

1581 — Sentença dada pelo ouvidor do duque D. Duarte, mandando que os carniceiros, pescadeiras, tratavam com más palavras, malcriadas, aos criados dos cónegos e dos clérigos) e almotacés, cumpram a carta de El-rei D. João I de 21 de Outubro ano 1400.

1602 — Em os estados na cidade de Lisboa, aposentos de D. Alexandre de Bragança pelo secretário do Conselho Geral do Santo Ofício da Inquisição, foi apresentado ao mesmo D. Alexandre, mestre na sagrada teologia e prior de Guimarães uma bula de Clemente VIII, datada de Roma a 29 de Julho deste ano, criando e constituindo o mesmo "Dilecto-filio Alexandro ex Ducibus Bragantiae in Sacra Theologia Magistro, Priori Collegiata Ecclesiae Oppidi de Guimaraens Bracharensis Diocesis" Inquisidor Geral dos reinos de Portugal, a qual ele recebeu e prometeu de a dar à devida execução e exercitar o dito cargo.

1610 — Alvará a requerimento da Câmara, autorizando a gastar-se 20$000 réis nas despeas das procissões e festas e nas charamelas que nelas vão por serem muito necessárias estas.

1663 — Em vereação, Gualter Dias arremata por 40$000 réis a obra da casa que se havia de fazer no Castelo para se recolher, a palha pertencente a Sua Majestade.

1740 — Carta de privilégio de recoveiro e carreteiro para Domingos Barroso Guimarães, desta vila, e para um seu criado, que há muito anos era com bestas recoveiro para Lisboa e outras terras do caminho para lá e para cá, gozem de todos os privilégios e sejam isentos dos encargos do concelho, etc.

1749 — As freiras do Carmo compram a propriedade chamada o campo do Lameirinho de Laminhos, da freguesia de S. Romão de Mesão Frio, por 19$000 réis a Benta Francisca, viúva, moradora em Fafe, da dita freguesia, o qual campo confrontava de todas as partes com terras das compradoras e vendedora.

1834 — Manda o vigário geral desta comarca aos conventos das freiras, para que façam preces pela saúde de S. M. J. O sr. D. Pedro IV. P. L.

1834 — Chega a notícia de ter falecido a 24 de Setembro S. M. J. O sr. D. Pedro IV P. L.

1874 — Decreto concedendo o título de Conselheiro ao Visconde de Margaride Luís Cardoso Martins da Costa Macedo, bacharel formado em filosofia pela Universidade de Coimbra e governador civil do distrito de Braga.

1880 — Pelas 10 horas da manhã chegaram a Briteiros com o fim de examinarem as ruínas da Citânia os sábios estrangeiros, que tinham vindo a Lisboa celebrar a 1.ª conferência antropológica e literária. Foram aqui recebidos pelo ilustre explorador Martins Sarmento, câmara municipal e administrador do concelho, ao som de duas músicas e foguetes por entre duas alas de camponeses aspergindo flores. A ascensão científica principiou perto das 11 horas, vendo-se marcados com postes embandeirados os pontos mais notáveis daquelas ruínas. No cimo da montanha tinha o ilustre explorador Sarmento mandado colocar um tablado de 60 metros de comprido por 3 de largo, onde estavam dispostos por grupos de metódica classificação os objectos de significação histórica ali encontrados. Depois de uma análise tão minuciosas, com o permitiu a estreiteza do tempo, foi aos sábios congressistas servido um opulento lunch. Às duas horas da tarde desceram a montanha, seguindo por entre demonstrações festivas até à estrada, de onde em carros seguiram para Braga para o Porto. Os notabilíssimos sábios, vindos de países tão longínquos e tão diversos afirmaram – que as descobertas na Citânia compreendiam um das ricas colecções arqueológicas da Europa - e o notável estadista Andrade Corvo disse bem alto - que os estudos feitos pelo doutor Martins Sarmento eram uma honra para Portugal. Para miúdas informações vejam-se os jornais do tempo. Pode esta visita dos sábios estrangeiros à Citânia considerar-se ali a 2ª conferência arqueológica, tendo a 1ª tido lugar no dia 9 de Junho de 1877 realizada por arqueólogos portugueses que das primeiras Cidades vilas do reino vieram a convite do mesmo benemérito explorador. - Pe. António José Ferreira Caldas

1915 — Principiou o comércio local a abrir as portas às 8 horas da manhã e a fechar às 8 da noite.

1935 — Principiou a destruição da obra de reformação da Colegiada igreja em 1830.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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29 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (606) António Henriques Gomes

Retrato de António Henriques Gomes. Gravura a buril de Michel Lasne. 1942 (?).

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Efemérides vimaranenses: 30 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1589 — Alvará régio fazendo mercê ao licenciado Bento Barbosa, vimaranense, do ofício de procurador da coroa e fazenda real da vila e comarca de Guimarães, que vagara por renuncia do licenciado Manuel Barbosa seu irmão.

1641 — O Cabido de Guimarães requer ao de Braga sede vacante para que seja posto silêncio na causa que o promotor da mitra interpusera contra o mestre-escola, arcipreste e outros cónegos, vigário de S. Torcato e notário Diogo da Barca, por abrirem a sepultura do dito Santo, em 1637, cuja causa estava parada.

1662 — Carta régia nomeando sargento-mor da comarca de Guimarães o capitão Fernão de Lima Lobo, vago por falecimento de Francisco de Abreu Soares. Registrada a 21 de Dezembro de 1662.

1815 — É registada ao ourives de ouro António José Pinto, desta vila, a sua marca.

1828 — Real ordem, assinada pelo conde da Lousã, D. Diogo, presidente da Junta dos Juros dos Reais empréstimos, mandando ao provedor desta comarca proceda imediatamente a sequestro os rendimentos do Priorado de Guimarães, para pronto pagamento de réis 2:757$800 que o D. Prior estava devendo ao cofre da dita Junta, da décima extraordinária lançada aos rendimentos do dito Priorado, pelos 3 anos findos em Junho de 1824. Em 21 de Outubro de 1828 o escrivão da provedoria, Manuel Joaquim Guimarães, com um dos meirinhos da mesma, José António da Silva, foram à praça de S. Tiago a casa de João António da Silva Vilela rendeiro do priorado, que estava ausente, fazer o sequestro e fizeram depositário dos rendimentos sequestrados ao caixeiro e procurador António Pereira Ribeiro, até chegar o patrão. Este pagou em 15-11-1829 e remetido ao seu destino no correio de 16; em metal 1:379$000 réis e em papal 1:378$800 réis.

1844 — Tem esta data a provisão da arrematação, feita em Braga no ano de 1842, do jardim da Ordem Terceira de S. Domingos.

1845 — “Foi o Locot, conde de Laranji e mais as senhoras do Arco” (o Conde tinha vindo de Braga de ver as estradas)” ver a Estrada Nova para o Porto, que se andava fazendo já à tempos. À sua chegada à Cruz da Pedra, deram alguns foguetes e vivas os que andavam a trabalhar na mesma”. P.L.

1885 — Tocaram pela 1ª vez os 6 sinos afinados da torre de S. Domingos que foram solenemente benzidos no dia 27, chegados dias antes, de Braga. O 1.º, dedicado a S. Domingos, pesa 970 kilos; o 2.º, a Nossa Senhora do Rosário, 698; o 3.º, a Nossa Senhora do Terço, 498 (o Abade de Tagilde trocou os números, diz 489); O 4.º A S. Gonçalo, 391, o 5.º a S. Vicente Ferrer, 274; e o 6.º a S. Pedro Mártir, 208.

1886 — Sábado.- De tarde, na oficina do pirotécnico Vila Real, em Vizela, uma filha do mesmo estando a preparar um foguete com dinamite, o qual explodiu, de que resultou incendiar-se a casa e ficar a rapariga e um irmão, cada um dos quais tinha pouco mais de 20 anos, feridos gravemente, e sendo no dia seguinte conduzida a rapariga para o hospital da Misericórdia desta cidade, aí faleceu logo que chegou. Foi a 2ª explosão que houve na oficina; da 1ª ficou o Vila Real sem um braço

1891 — O Arcebispo de Braga concluiu os estatutos da nossa colegiada, que ia reorganizar-se, os quais deixaram muito a desejar.

1903 — Às 10 horas da manhã, em cumprimento da determinação em 27 deste mês da assembleia geral da associação de classe dos curtidores e surradores, foram 1400 operários entregar uma representação ao escrivão da fazenda para enviar ao Governo, depois foram à Associação Artística, à da classe comercial e à Câmara Municipal, entregar representações e pedir auxílio para intercederem a El-Rei, contra o exagerado aumento das contribuições neste ano.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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28 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (605) Salomon Gessner

Retrato de Salomon Gessner. Gravura a buril e ponteado.

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Efemérides vimaranenses: 29 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1614 — Pêro Vieira da Maia, cavaleiro fidalgo, e João Brás, vendeiro e morador na Vanda da Serra, da freguesia de S. Lourenço de Calvos, fazem contrato de companhia a perda e ganho, aquele entrou com 40$000 réis e este como o seu trabalho. -

1683 — O D. Prior, escreve de Aveiro em resposta ao Cabido, indicando-lhe a forma como na capela real eram feitas as manifestações fúnebres às pessoas reais, a fim de se regular nos sufrágios que ia fazer pela alma de El-Rei D. Afonso VI.

1749 — Nasce D. Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre, 1.ª viscondessa de Balsemão, poetisa muito distinta e dama da ordem de S. João de Jerusalém. Era filha de Francisco Filipe de Sousa da Silva Alcoforado, senhor da Casa de Vila Pouca onde ela nasceu.

1754 — Por carta deste dia e alvará de 16 de Junho de 1754 foi nomeado Alcaide-mor de Guimarães, o conde de Alva D. Luís de Mascarenhas, por ter falecido o conde de Monsanto, D. Fernando de Noronha. Tomou posse por procurador a 7 de Janeiro de 1755.

1828 — Por ser o dia do nome de S. M. o sr. D. Miguel I, o destacamento aqui estacionado, pertencente ao regimento n.º 22, vai ao Toural, solta vivas ao sr. D. Miguel 1º, à senhora imperatriz-rainha, à casa de Bragança, à Santa Religião e conclui com três descargas. À tarde percorreu as ruas uma procissão cívica. Era composta de muitas bandeiras, uma música, uma pequena guarda de honra, muito povo dando vivas, o retrato do sr. D. Miguel sustentado pelo juiz de fora e pelo comandante do destacamento, indo atrás de tudo uma pequena guarda de honra. Saiu dos Paços do concelho, estando as janelas do trânsito ornadas de cobertores de damasco e queimando-se muitos foguetes, acompanhados de repiques. À noite houve luminárias. P.L.

1829 — Os habitantes fecham suas portas e abstêm-se do trabalho, porque no domingo antecedente, o que fazia de vigário de são Sebastião dera este dia como do guarda por ser dia do Santo do nome de S. M. o sr. D. Miguel I, e alguém que não quis fazê-lo foi forçado a fazê-lo pelos voluntários realistas. À noite iluminação geral e saíram alguns voluntários realistas e paisanos pelas ruas dando vivas e uma musica a tocar o hino realista.

1836 — Chega o correio trazendo um decreto exonerando do lugar de Procurador-geral da Coroa o conselheiro João Baptista Felgueiras, vimaranense. Pedira a demissão assim como outros muitos funcionários por não aderir à Constituição de 20. PL.

1838 — Morreu nesta vila Frei José Cantor, irmão do mestre da capela que foi da Colegiada desta vila, e egresso do extinto convento da Costa. Foi sepultado no dia seguinte no claustro do mesmo convento. PL. NB. Era Fr. José do Salvador, natural da freguesia de Vila Fria; foi o último cantor-mor do convento da Costa, a sua sonora voz era um trovão, nas festividades ia gente à Costa para o ouvir cantar; morreu pobríssimo em casa do seu amigo Joaquim Moreira, na rua de Arcela.

1909 — Ás 9 horas da noite faleceu no colégio de Campolide, Lisboa, o Padre Joaquim Campo Santo, jesuíta e ilustre vimaranense; autor da letra do hino da Peregrinação à Penha.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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27 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (604) Almeida Garrett

Retrato do Visconde de Almeida Garrett- Litografia. Século XIX.

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Efemérides vimaranenses: 28 de Setembro

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26 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (603) Almeida Garrett

Retrato de J. B. de Almeida Garrett. Litografia

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Efemérides vimaranenses: 27 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1429 — Anexação perpetua da igreja de Santo Estêvão de Urgezes à mesa capitular do cabido de Guimarães, que era da sua apresentação, para sortir efeito à vacatura do actual abade dela, feita com consentimento do cabido de Braga pelo arcebispo D. Fernando da Guerra. Esta anexação foi feita em atenção às grandes perdas que o cabido sofrera nas suas rendas pelas “pestenenças e guerras que em estes reinos foram e são, pelo grande defraudamento nas moedas” e ainda pelos grandes encargos a que estava sujeito por serem 37 rações de número na sua igreja; e impondo-lhe a obrigação de ter na dita igreja um cura confirmado pelo arcebispo para a reger no espiritual, é um caseiro nas terras dela para as lavrar.

1642 — É apresentado por El-Rei, na abadia de Santa Maria de Souto, João Gomes Pereira, natural de Monção, em atenção a que na feliz aclamação desprezou as promessas dos castelhanos que lhe pediram para pedir a seus pais, irmãos e parentes, que se levantassem com a vila de Monção e seguissem a voz de Castela, e avisou para que se não rendesse o castelo a Lapela (no concelho de Monção) que tinha pouca guarnição, e haver vindo para o reino deixando Galiza, onde era abade de São Miguel de Taborda e comissário do Santo Ofício.

1719 — O Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles visitou, 6.ª vez, as igrejas de Fermentões e Creixomil, sendo em ambas recebido com palio, assinou os capítulos deixados na mesma em Guimarães, os daquela em 15 e os desta em 16 de Outubro de 1719. O vigário de Fermentões publicou-os aos fregueses em 29 do dito mês de Outubro, os da sua igreja. Dos capítulos da igreja de Creixomil, consta já lá havia jubileus das confrarias de Nossa Senhora e das Almas, e um dos capítulos é do teor seguinte: - “Constando-nos que uma D. Catarina, viúva, moradora nas Molianas da freguesia de S. Sebastião desta vila intenta fazer um forno para se coser louça no bairro de S. Lázaro, para o que já tem mandado quebrar pedra, e porque o sítio em que intenta a sobredita fabricar o dito forno fica entre duas capelas S. Lázaro e os Reis Magos, que se acham decentes com retábulos dourados e pinturas, e fazendo-se o dito forno certamente se lhe seguirá grande danificação: ordenamos ao Reverendo Pároco que à estação da missa conventual declare a seus fregueses o não consintam pelos meios ordinários, e que mandem notificar a sobredita D. Catarina para que desista da obra intentada suposto que ainda sem principio dela, buscando outro sitio que não prejudique as ditas capelas o que a dita D. Catarina cumprirá sob pena de ficar evitada dos ofícios divinos dando algum principio à fracção da dita obra do forno no dito sitio.”

1817 — Em sessão de câmara, sendo proposta a súplica que a Sua Majestade fez José de Castro Sampaio pretendendo de aforamento o terreno de uma viela que existia no meio das suas propriedades do Esterpão e Sabacho com o fim de tapá-la e ficarem unidas as propriedades, e, sendo ouvida a nobreza e povo, unanimemente votaram “convindo no aforamento e em que se extinga a mesma viela, não só por ser mui estreita, que apenas dá servidão de pé, mas porque é própria para roubos e assassinos, havendo para servidão de pé e carro as duas estradas do Sabacho e Cruz da Pedra, e é por isso que a pretensão do recorrente não causa prejuízo algum, antes interesse ao público”. – 77 Assinaturas.

1852 — O 2.º visconde de Azenha, Bernardo Correia Leite de Morais Almada e Castro, foi elevado a Conde do mesmo título.

1897 — Veio em procissão de penitência, por causa das febres tifóides, às 4 horas da tarde, acompanhado de muito povo, apesar de estar a chover, São Roque da Serra para a igreja de São Francisco onde à chegada houve sermão pelo padre jesuíta Bento José Rodrigues.

1904 — Celebrou-se no Ministério das Obras Públicas, sendo ministro o Conde de Paço Vieira, o termo de contracto para a construção e exploração das linhas férreas de Braga a Guimarães, do Alto Minho e do Vale do Lima, adjudicado a Temple George Blackvood.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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25 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (602) Giusepe Garibaldi

Retrato de Giusepe Garibaldi. Litografia. Séc. XIX.

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Efemérides vimaranenses: 26 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1773 — É nomeado o (57.º) D. Prior de Guimarães, D. Luís de Saldanha de Oliveira e Sousa, sendo então tesoureiro-mor da Colegiada.

1821 — É eleito (a 8.ª vez) por votos, sendo os votantes, para um dos 4 lugares de secretários das cortes o bacharel, vimaranense, João Baptista Felgueiras.

1823 — Morre frei João Pinto, e é sepultado no seu claustro do seu convento da Costa. – Vid. “Revista de Guimarães”, vol. XXIX pág. 138

1825 — José Gomes Fernandes Baptista, um dos 2 fundadores do hospital da Ordem Terceira de São Domingos, por escritura deste dia, lavrada a fl. 141 vº da nota do tabelião João Teixeira de Araújo, compra por 340$000 réis a primeira casa para edificar o edifício do dito hospital, e dela tomou posse no próximo dia 29.

1834 — Morreu o ex-capitão do Rio, José António Fernandes Meireles, cunhado do major do Arco foi só ungido porque a febre maligna que o arrebatou, desde logo lhe tirou o juízo. Foi sepultado no dia seguinte na igreja das Capuchinhas. P.L.

1853 — Foi colocada na capela de São Pedro Mártir, na igreja de São Domingos, a nova imagem deste Santo patriarca, onde permaneceu até 1881 em que ficou substituída pela do Santíssimo Coração de Jesus.

1857 — Sábado – Às 11 horas da noite o 2.º sargento de caçadores 7, Francisco Joaquim Botelho, estando destacado em Vizela, no lugar da Lameiras, pôs a boca da espingarda, carregada com bala, na parte inferior dos queixos e, dando ao gatilho com o dedo do pé, suicidou-se. Declarou em carta praticar este acto por se achar alcançado nas contas da despesa do destacamento em 6$350 réis!!! Foi sepultado às 6 horas da tarde do dia 29 na igreja de Nossa Senhora da Consolação desta cidade. A igreja foi interdita.

1878 — Foi agraciado com a comenda de Cristo o vimaranense João Filipe de Magalhães Brandão.

1912 — Foi preso o grande proprietário e capitalista António de Freitas Ribeiro, desta cidade; e solto no dia de amanhã 27.

1915 — Foram restituídos ao seio dos seus por nada se provar que os incriminasse, João da Silva Canário, Manuel da Silva Marques, António Ferreira de Araújo e Joaquim da Silva Marques, moradores no Pevidém, que se encontravam no Porto, arguidos de tomarem parte nos últimos acontecimentos. Igualmente foi restituído à liberdade um operário da rua de Couros por nada se lhe provar.

1928 — Vieram 300 lisboetas em visita a esta cidade, à estátua, museu e castelo; trouxeram orquestra, e retiraram às 15h04.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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24 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (601) Vasco da Gama


Retrato de Vasco da Gama. Gravura a ponteado de Domingos José da Silva.

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Efemérides vimaranenses: 25 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1564 — A Câmara e gente da governança fazem procuração a 2 indivíduos de Braga “para requererem, alegarem, procurarem e negociarem sobre as razões do santo e sagrado concílio que falam nos bens eclesiásticos possuídos pelos leigos e apelar e agravar informar o Santo Padre conforme a licença que o derradeiro decreto da nova sessão concede a todos que se acharem agravados”.

1621 — Em vereação apareceu Belchior Lopes, morador em rua de Couros, e disse que se obrigava a servir de rei de mouriscos, e com obrigação de buscar 22 homens que sirvam na mourisca, sem lhe dar mais em todas as festas, que somente na festa de dia de Corpus Christi mil e seiscentos reis, mil réis para um jantar para todos e seiscentos reis para ele, para umas botas para o rei, e não a Câmara mais coisa alguma que somente serem privilegiados todos e lhe ser passados privilégios.

1650 — Ordem do Visconde governador das armas das província, em Viana, mandando ao tenente Pero Fullem de Sarapier vá à cidade de Braga e seus arredores e à vila de Guimarães aonde quer que achar cavalos em que possam servir os oficiais da cavalaria, os mande avaliar pelos alveitares a quem as Câmaras farão dar juramento para que com toda a verdade ponham os preços aos cavalos que o merecerem, e pelos tais preços os pagará o dito tenente, e, havendo algumas pessoas que escondam ou refazer em vender o cavalo que tiverem, sejam presos e os mandará o mesmo tenente a bom recado à praça de Salvaterra para se proceder contra eles como homens que encontram o serviço de Sua Majestade. Os cavalos eram para os maiores da cavalaria da fronteira que assistia na dita praça de Salvaterra para defensa deste reino.

1658 — O Cabido “considerando a necessidade que esta província tinha em razão do Inimigo ter um poderoso exército nela”, e era necessário acudir à defesa dela, há por aliviados os seus capitães, dos privilegiados, que pela muita idade já não podiam acudir à sua obrigação, e, elege para os substituir a Francisco de Meira Peixoto e Jerónimo da Silva de Freitas aos quais, pelo presidente do Cabido, foi tomado o juramento e lhes foram passados seis alvarás.

1813 — A Câmara deliberou se concertassem e reparassem as calçadas da vila que estavam inteiramente arruinadas, pondo-se a lanços os mesmos reparos, e, como para isto não havia dinheiros, se vendessem 50 carros de pedra da Torre da Alfândega, que se andava demolindo, e, sendo logo postos em praça, os comprou por 400 réis metal, cada carro de alvenaria da dita torre, ou todos por 20$000 réis, Bernardo Francisco, da rua do Postigo.

1884 — Tem esta data o relatório apresentado ao Ministro das Obras Públicas por Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa, director do Instituto Industrial do Porto, e visitador oficial, por parte do Governo, à nossa gloriosa exposição industrial.

1885 — A “Religião e Pátria” publicou no seu n.º 25 (hoje) e seguintes: “Desde hoje por diante a botica do hospital da Santa Casa da Misericórdia, administrada pelo farmacêutico António Joaquim de Sousa Mourão, e que, interinamente tinha estado estabelecida às Lajes do Toural, muda para o largo dos Capuchos, junto ao hospital, onde continuarão a ser aviadas ao publico todas as receitas apresentadas”.

1886 — Sábado – Às 8 horas da noite, quando uma filarmónica percorria as ruas da cidade festejando a notícia que alguns jornais publicaram de ter sido agraciado com o título de visconde do Paço de Nespereira, o Gaspar Lobo de Sousa Machado e Couros, diferentes grupos de populares se incorporaram à filarmónica, levantando acalorados vivas ao nosso deputado Franco Castelo Branco, à Câmara Municipal, à comissão de vigilância, aos Entusiastas, etc.; ao terminar o percurso já eram mais de 300 pessoas, dispersou tudo na melhor ordem.

onte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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23 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (600) Vasco da Gama

Retrato de Vasco da Gama. Gravura a buril de José Joaquim Marques. 1814 (?)

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Efemérides vimaranenses: 24 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1614 — À mesa da Misericórdia nomeou tangedor dos órgãos da sua igreja a Damião Mendes, que era o tangedor dos da igreja de Nossa Senhora da Oliveira.

1661 — À hora de vésperas é fixada na Colegiada, pelo respectivo juiz apostólico, uma excomunhão contra os cónegos capitulares por não darem posse do meio canonicato que Dâmaso de Freitas de Azevedo renunciara a Pedro Gaspar Martins.

1832 — Chega neste dia a Guimarães o Barão de Vila Pouca, coronel do batalhão de milícias desta vila, o qual vinha do exército do sr. D. Miguel que estava em frente das linhas do Porto, tendo dado parte de doente. PL.

1833 — Veio um capitão de artilharia do exército realista em observação, que estava em Santo Tirso, para mandar fazer uma porção de lanças, sendo para isto obrigados muitos cutileiros e serralheiros a irem trabalhar para o arsenal, sendo embargado ferro, carvão, etc., tudo por ordem do corregedor. O oficial trouxe um modelo. O uso desta arma já era antigo principalmente na Inglaterra, França, Espanha, etc.; e o sr. D. Pedro depois que entrou no Porto arranjou um corpo de Lanceiros estrangeiros. A cavalaria portuguesa não tinha usado desta arma até este tempo. P.L.

1836 — “Foi o dia marcado pelo arcipreste do julgado desta vila, para principiar o clero do mesmo a dar o juramento da Constituição de 1820 nas mãos do supradito arcipreste, por ordens que vieram do vigário geral de Braga, que eram para que todo o clero em geral jurasse a Constituição” P.L.

1841 — Morreu de 30 e tantos anos de idade, pouco mais ou menos, “a filha mais velha do José António dos Pombais, que era casada com um filho do Patarata do Cano. Foi depositada e sepultada no dia seguinte na igreja dos Capuchos”. P.L. – Vide 6-IX-1842

1850 — O Cabido celebrou exéquias por El-Rei D. Pedro IV. Na véspera ao meio-dia, de tarde, à noite, e hoje desde a madrugada até depois da uma hora da tarde dobraram os sinos em todas as torres da vila, por ordem do arcipreste do julgado eclesiástico. Às 10 horas da manhã principiaram as exéquias. A igreja estava luxuosamente ornada e a elevada eça, bem como a armação que era de veludilho preto com ramos de galão prateado, estavam primorosamente arranjadas. Cantou a missa o Chantre presidente, acolitado por dois cónegos, no fim da qual se cantaram os 5 responsórios da absolvição, oficiados por 5 outros cónegos. Assistiram desde o principio até ao fim a Câmara, Barão do Custeado; deputados (deste circulo); Leite Pereira e Oliveira Cardoso; Dr. António Alves Carneiro, juiz de direito substituto, delegado, contador e escrivães, comandante e toda a oficialidade de caçadores 7, párocos da vila, muitos eclesiásticos, cavalheiros, senhoras e bastante povo. Foram cantadas a cantochão e, defronte da igreja, fez guarda de honra uma companhia do batalhão de caçadores 7.

1882 — Na capela dos Terceiros Franciscanos celebra-se uma festa comemorando a chegada imagem do Santíssimo Coração de Maria, esculturada em Roma por Giuseppi Berardi e oferecida pelo anónimo (Francisco José da Costa Guimarães) à Ordem Terceira para receber culto dos fieis, na dita capela, em substituição de outra imagem da mesma invocação (que o anónimo levou para sua casa), feita pelo escultor portuense Soares dos Reis poucos tempos antes, mas que não agradara ao povinho (vid. 1 de Junho de 1877).

1885 — Chega a esta cidade no comboio-correio o estadista José Luciano de Castro, conselheiro, com sua família, e parte neste mesmo dia para Braga. Em Guimarães os partidários não lhe apareceram, apenas o oficial de diligencias do juízo, Francisco Inácio Moreira “o consciência”, que estando no largo de Nossa Senhora da Oliveira aí o viu e foi cumprimentá-lo, como seu partidário.

1886 — A Associação Comercial resolve representar ao Governo, pedindo a criação de uma contrastaria nesta cidade, que havia sido extinta.

1911 — Nesta noite foi agredido o cutileiro António Nogueira com 8 facadas e sua mulher com 4. Isto motivado por rixas antigas e divergências de opiniões politicas.

1912 — A comissão municipal que no dia 28 do corrente a feira de alfaias agrícolas mude do campo da Misericórdia para o de São Francisco, e a de gado suíno e bovino mude do campo de D. Afonso Henriques para o da República do Brasil e para o largo fronteiro ao convento dos Capuchos.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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22 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (599) Francisco Galvão

Retrato de Francisco Galvão, estribeiro do duque D. Teodósio. Gravura a buril e ponteado.

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Efemérides vimaranenses: 23 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1784 — Carta do brigadeiro dos exércitos reais, D. João de Sousa, do Gerez, mandando um aviso da secretaria da guerra, de 4 de Setembro deste ano, resolvendo dúvidas entre o sargento-mor de Ordenanças, Francisco José Fernandes Silva, e o seu capitão-mor, Francisco Cardoso de Meneses Barreto, em harmonia da consulta que o conselho de guerra fez em 15 de Julho do mesmo ano a S. Majestade e resolução desse dia, ficava sendo: que em todas as ocasiões que o capitão-mor mandasse concorrer as suas ordenanças para mostras, revistas, exercícios, etc., ou serem chamados os oficiais para diligência do real serviço, devia o sargento-mor como fiscal daqueles corpos, achar-se presente, que seria sempre em lugar público, e na sua falta ou impedimento o capitão mandante, que era sempre o mais antigo.

1826 — Chega aqui o batalhão de caçadores 11 vindo de Penafiel.

1831 — Por acórdão da Alçada, do Porto, foram assinados 5 dias aos réus Jacinto Gomes de Oliveira capelista desta vila e Jerónimo José de Carvalho ex-inquiridor do juízo do Geral de Guimarães.

1831 — Por acórdão da Alçada se rejeitaram os embargos opostos pelo réu Manuel José Ferreira da Silva, padeiro desta vila, condenado por acórdão de 11 de Junho último, em um ano de degredo para a vila de Almendor, comarca de Moncorvo, e em 20$000 réis para as despesas da Alçada; sendo sustentado o acórdão de condenação.

1835 — Decreto (deste dia e não de 22 como por erro publiquei no “Independente” nº 510) e Carta Régia de 4 de Novembro de 1841 porque a Rainha “em atenção ao merecimento, prova da lealdade e insigne valor com que durante a guerra contra o usurpador se houve sempre o brigadeiro Mariano José Barroso” fez-lhe mercê do título de Barão de Almargem.

1837 — Foi o 3º dia de luminárias pelo parto da Rainha, andando uma banda de música a tocar o hino da Constituição de 1820 acompanhada por uns poucos de rotos Assim terminaram os 3 primeiros dias de festas pelo 1º parto da Rainha, havendo nesta vila uma indiferença por um acontecimento que em todos os tempos fazia com que os povos transbordassem de alegria. Tal era o estado de desgosto a que tinha chegado a Nação!!! P.L.

1854 — A Câmara representa ao regente D. Fernando, pedindo uma aula de lógica - filosofia racional e moral.

1858 — Às 5 horas da tarde chega, vindo de Braga, António Maria Fontes Pereira de Melo: hospedou-se na casa do Arco, da Azenha e partiu para o Porto no dia 26 de manhã cedo.

1882 — Sábado - Coloca-se à noite, para ser exposta ao público no dia seguinte, na capela dos terceiros de S. Francisco a nova imagem do Santíssimo Coração de Maria, esculturada em Roma.

1886 — Decreto concedendo em duas vidas o título de Visconde do Paço de Nespereira a Gaspar Lobo de Sousa Machado e Couros.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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21 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (598) José Homem de Figueiredo Freire

Retrato do Dr. José Homem de Figueiredo Freire. Litografia de Santos.

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Efemérides vimaranenses: 22 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1576 — Frutuoso António, sapateiro, da rua Nova das Oliveiras, passou procuração a seu sogro Francisco Pires, assistente em Lisboa, para receber de el-rei a quantia de 6$248 réis, do soldo que ganhou como soldado em Tânger.

1674 — A mesa da Misericórdia, vendo que a casa estava de vago e por em quanto não tinha serventia para o hospital, em razão de não estar acabada nem a Misericórdia estar em tempo e com possibilidade para acabar, delibera arrendá-la à Câmara pela renda anual de dezoito mil réis, comprando-se a madeira para assoalhar e abarrotar e fazer uma escada em quanto se não aperfeiçoava a obra e acabava o hospital, a fim de ter lugar o dito arrendamento.

1778 — O juiz de fora escreveu ao cabido dando-lhe conhecimento da ordem da Rainha, de 22 de Agosto último, que mandava mudar o açougue e suas oficinas para outro sitio que não prejudicasse a vizinhança dele, prevenindo assim os funestos efeitos a que os mesmos prejuízos podiam passar, e fazendo-lhe saber, concorrendo à Câmara com ele para o pronto efeito dela, tinha determinado mudar o dito açougue e oficinas para fora da vila e para lugar menos cercado de vizinhança, e logo que ela se efectuasse não permitia por idêntica razão outro algum talho dentro dos muros da vila com vizinhança tão chegada como o actual açougue dele cabido.

1792 — O Príncipe D. João (6º) elege-se Juiz da Confraria de Nossa Senhora da Oliveira, como o havia sido o Príncipe do Brasil, D. José, seu irmão.

1837 — Foi o 2º dia de luminárias pelo parto da Rainha, andando uma banda de música a tocar o hino da Constituição de 1820 acompanhada de uns poucos de rotos. PL.

1885 — Falece no convento de Santa Clara, às 8 horas da manhã, a última abadessa e a última religiosa madre Ana Angelina da Conceição Moreira, que entrará no convento em 1828 e professara em 1831 tendo 16 anos, filha de Luís Pinto e D. Maria Madalena, da freguesia de Nossa Senhora da Oliveira desta cidade.

1886 — Às 7 horas da manhã faleceu, o negociante de couros, Jacinto José de Faria, valente patriota de Guimarães; era membro da comissão de vigilância na questão Brácaro Vimaranense e pertencia ao Grupo dos Entusiastas e foi o 1º que destes morreu.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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20 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (597) Marino Miguel Franzini

Retrato de Marino Miguel Franzini. Litografia de Maurício José do Carmo Sendim.

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Efemérides vimaranenses: 21 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1614 — A mesa da Misericórdia despede o licenciado Baltasar Gonçalves, de médico do hospital e dos pobres, e risca-o de confrade, devido à muita falta de caridade e zelo para cuidar dos doentes. A acta desta deliberação é um sudário contra o dito licenciado e curiosa por narrar diversos casos entre ele, a mesa e doentes, a qual não descrevo aqui, por que é muito extensa.

1663 — A Colegiada saiu em procissão de preces pro tempore.

1741 — O D. Prior, escreve de Calhariz ao Cabido, acusando ter recebido carta dele neste dia, retardada, sobre a próxima visita do Arcebispo a Guimarães, e faz saber ao mesmo Cabido “que se não deve alterar o uso que sempre houve com todos os Senhores arcebispos antecessores do presente, sem mais considerações que a de recebe-lo com aquele obséquio que se praticou com os mais”.

1808 — A Câmara determina “que sendo constante a Restauração da capital e supremo senhorio do Príncipe Regente Nosso Senhor em todos estes reinos; se dessem graças a Deus pelos repetidos benefícios com que a sua divina Misericórdia tem protegido o Estado, cantando-se um solene Te Deum na Insigne e Real Colegiada desta vila; e que em testemunho da publica satisfação a mesma se iluminasse por 3 noites sucessivas começando do dia de hoje”. O Cabido iluminou nas 3 noites.

1836 — Em a noite deste dia ultima das três em que se puseram luminárias por ter sido proclamada a constituição de 1820 saíram da casa da Câmara pelas ruas e praças da vila dois indivíduos “(um era o celebre Palha escrivão que foi provisoriamente no principio do governo da Carta e outro um escrevente)” empunhando cada um deles a sua bandeira e seguidos por uma banda de música, tocando hinos constitucionais; os quais eram acompanhados por uns poucos de rotos dando vivas à constituição de 1820 e à Rainha. Não eram correspondidos por pessoa alguma, o que os obrigou a percorrerem as ruas e praças em menos de meia hora. PL.

1837 — Saiu um luzido Bando da Câmara anunciando o ter dado à luz em 16 deste mês um príncipe (D. Pedro V) a rainha D. Maria II. O Bando era da maneira seguinte: “Adiante de tudo um de azémola com foguetes cobertos com um cobertor de damasco. Logo atrás iam 4 empregados da Câmara a cavalo, de capa e volta, vestidos de grande gala, 2 dos quais levam duas bandeiras. As bandeiras e ornatos dos chapéus eram de cores azul e branco. Seguia-se depois um empregado a cavalo e vestido da mesma maneira, o qual recitava o Bando. Atrás de tudo ia uma banda de musica e uma guarda de voluntários comandada pelo tenente Saldanha. Depois de lido o Pregão dava o Pregoeiro os vivas seguintes, à Santa Religião, à Senhora D. Maria II ao Sr. D. Fernando 2º ao Príncipe recém-nascido, e à Constituição da Monarquia. Os vivas eram pouco correspondidos. A noite houve iluminação geral e andou uma banda de musica a tocar pelas praças e ruas, acompanhada por meia dúzia de rotos. Este foi o 1.º parto da rainha.” PL.

1863 — - 2ª feira – Às 10 horas da manhã saiu dos Paços do Concelho o bando solene anunciando que os três dias de regozijo público nesta cidade pelo próximo nascimento do príncipe ou princesa real seriam os imediatos ao dia em que fosse recebida a notícia, que seria anunciada por três girândolas de foguetes, sendo príncipe, e duas sendo princesa, lançadas no Toural; e que o Te Deum seria no 2.º dia na igreja da Colegiada. Para tudo isto convidava os habitantes a darem respectivas demonstrações de regozijo.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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19 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (596) José Francisco Correia da Serra


Retrato de José Francisco Correia da Serra. Gravura a ponteado.

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Efemérides vimaranenses: 20 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1369 — Carta dada por el-rei D. Fernando em Coimbra concedendo aos burgueses do concelho de Guimarães: que a jurisdição dos seus juízes abrangesse a vila do Castelo, ficando os dois territórios a formarem um só povo; que Vermoim, Felgueiras e Freitas (que eram julgados) não continuassem a ser julgados nem concelhos, mas sim formassem com os da vila de Guimarães um só povo e termo; extingue as 4 feiras, de 4 dias cada uma, que havia no Castelo e concede se faça uma semanal na vila de Guimarães; quita o que a vila lhe estava devendo dos pedidos ou serviços das 1.100 libras e as rendas e direitos de um ano dos lavradores e moradores da vila e termo que fizessem certo ao almoxarife e escrivão de que estavam dentro na vila em serviço de el-rei e a defendimento dela quando a teve cercada D. Henrique e quita a mesma coisa por 2 anos aos ditos lavradores que por tal motivo ficaram as suas terras infrutíferas; manda retirar o Juiz a quem o concelho havia de dar de ordenado anual cem libras e ordena que o concelho eleja seus juízes e lhe enviem a eleição; desobriga o concelho de indemnizar os proprietários das casas em redor da vila que o concelho mandara arrasar para defesa dela, e que eles que iam obrigar a pagar e manda que não haja árvores nem casas em volta do dito muro pela parte de fora sem que sejam devidas uma boa besta; quita aos tabeliães que estiveram dentro da vila na sua defesa por ocasião do dito cerco a renda de um ano que lhe haviam de dar do tabeliado. – Pergaminho n.º 22 da Câmara Municipal. – Publicado no V. M. H. doc. 329 -

1617 — Carta da câmara do Porto sobre providencias (quarentena) da peste que havia em Amesterdão.

1618 — Toma posse do priorado de Guimarães o bispo inquisidor geral (“mais jesuíta que os próprios jesuítas”) D. Fernando Martins Mascarenhas. Foi reitor da Universidade de Coimbra e bispo do Algarve. Foi colado pelo provisor do arcebispado, em sé vaga, para o que em Lisboa a 28 de Abril de 1618 passou procuração ao chantre de Braga, que aqui veio tomar a posse e dar o juramento. – Vid. “Portugal” Dicionário Histórico, vol. 4, 898. -

1754 — A Câmara celebrou exéquias na Colegiada pela rainha D. Mariana de Áustria. Na capela-mor estava um magnífico mausoléu asseado com toda a grandeza; o ofício foi a 2 coros de música; cantou a missa o chantre Francisco José Pereira; pregou o padre mestre D. Frei Estêvão, religioso de S. Jerónimo; assistiu o Cabido, todas as comunidades (rogadas pelo Senado), toda a nobreza, senado, ministros e oficiais de justiça. Na manhã do ofício e na véspera à noite tocaram todos os sinos da vila.

1794 — Provisão concedendo à fábrica de bezerros atanados e couros, que estabelecera Francisco Mendes de Oliveira, licença para a sua elaboração e os seguintes privilégios: colocação das armas redes no pórtico; sujeição imediata à Junta do Comércio e Juiz privativo o Juiz de fora; aposentadoria para todos os empregados; isenção de embargos para carros e cavalgaduras empregadas nela. Isto para ele e sucessores.

1842 — Na idade de 30 anos, faleceu a mulher de Bento Ferreira Porto, escrivão de direito desta comarca. Tinha sido ferida com uma bala, num barco, no tempo do cerco do Porto, quando o (que veio a ser?) seu marido era sargento de “Voluntários da Rainha”, pois o acompanhava sempre às trincheiras, distribuindo-lhe cartuchos, assim como aos seus camaradas. PL.

1931 — Os curtidores e surradores foram em romagem à Penha.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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18 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (595) Retrato de D. Fr. Francisco de S. Jerónimo

Retrato de Retrato de D. Fr. Francisco de S. Jerónimo. Gravura a buril de Benedictus Farjat.

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Efemérides vimaranenses: 19 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1609 — Gonçalo Maçoulas de Castro, procurador de sua tia Leonor de Maçoulas e dona viúva de Gaspar Lopes de Carvalho, disse que trazia demanda sobre um banco de vender pescado e sardinha que estava ao pé da escada da casa da relação desta vila, a qual pendia por embargos na relação do Porto, e estava concertado com a câmara e com ela fez o seguinte contrato: a câmara dar-lhe na praça, donde vendiam os homens de fora, um banco que ela Leonor escolhesse, o melhor lugar e sítio, e caso os homens de fora não vendam no lugar que agora estava limitado e se mudasse a praça a outra parte, poderia ela Leonor ou seus herdeiros escolher o melhor sitio e lugar, e ficaria o outro banco que tinha ao da dita escada relação ai no mesmo lugar em que estava para nele se poder vender toda a mercadoria limpar que não fosse peixe e sardinha.

1833 — Chega o Juiz de fora de Vila Real para servir interinamente de corregedor por o corregedor daqui ter ido para banhos de mar. P.L.

1861 — O Conde de Arrochela e Manuel de Magalhães de Araújo Pimentel arremataram em Sociedade perante o Governo Civil de Braga a construção da estrada de Guimarães a Fafe por 78:500$000 réis, e depositaram Inscrições do crédito público no valor nominativo de 8:200$000 réis, as quais eram do Conde.

1885 — De manhã deram entrada na cadeia civil desta cidade, 5 praças do regimento de infantaria n.º 20, acusados pelo crime de insubordinação, no dia 4 do corrente pelas 10 horas da manhã, na Peneda, onde faziam serviço no cordão sanitário, contra o alferes Carneiro, por requisitarem a aguardente do dia 3 e 4 e comerem, pela grande necessidade que tinham, uma parte do bacalhau destinado para o rancho desse dia. A “Religião e Pátria” diz que a revolta foi por causa do mau rancho. Eram eles: António Baião, 5.º cabo; João Lopes e João Gonçalves segundos cabos e os soldados José António e Francisco, que marcharam no dia 24 para o Porto afim de responderem a conselho de guerra.

1905 — Na noite deste dia houve incêndio no asilo de Donim. Supôs-se foi posto pelos asilados. O edifício estava seguro na companhia “Garantia”.

1920 — Domingo – Foi agredido de facada António Rodrigues caiador e seu irmão Francisco Rodrigues, serralheiro, ambos desta cidade. O primeiro faleceu poucos dias depois, e o segundo ficou gravemente enfermo. Foram 3 os agressores, e só 1 pôde ser preso.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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17 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (594) Fr. Francisco de S. Luís

Retrato de Fr. Francisco de S. Luís. Gravura a ponteado de Gregorio Francisco de Queiroz, a partir de obra de Domingos A. de Sequeira. 1821.

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Efemérides vimaranenses: 18 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1564 — Ordem do desembargador Henrique Esteves da Veiga para a câmara reunir o povo e os da governança, a fim de informarem o pedido da mesma Câmara para ser elevado de 16 a 20$000 réis o ordenado do recebedor das cisas.

1637 — É concedido brazão de armas, fidalguia e nobreza a Gregório Pinto de Barros, cavaleiro fidalgo, filho de João Afonso do Souto e de Susana Luís, neto do que fora padroeiro da igreja de Santa Senhorinha de Basto e suas anexas, de onde foi morador; cujas armas dos Barros, Pintos e Cardosos lhe foram concedidas por ele servir El-Rei quatro anos nas ilhas de Cabo Verde nas ocasiões que se ofereceram e se achar na cidade de Lisboa em 1625 com armas e cavalo na companhia do monteiro-mor esperando-se a armada inglesa. A carta, que foi mandada passar em 7 de Setembro de 1637, foi registada na comarca de Guimarães em 1717 a requerimento de Francisco Pinto, morador em Guimarães, neto do agraciado.

1665 — O cónego procurador geral do Cabido, faz inventário da ermida do Salvador, que estava vaga de ermitoas, e nesta mesmo dia faz entrega de todas as peças inventariadas à nova ermitoa Maria Francisca a “Caroseira”, viúva, que deu por seu fiador Domingos Francisco, o “Merca tudo”

1695 — A confraria do Santíssimo Sacramento, da igreja de S. Sebastião, obriga-se a sustentar a fábrica da tribuna que ia mandar fazer, para o que já tinha licença do D. Prior e Cabido.

1851 — Ao meio dia apresentou-se no Paço das Necessidades, em Lisboa, a deputação da direcção da Companhia Viação Portuense , cuja deputação eram o D. Prior de Guimarães e José Pedro de Barros Lima, pedindo à Rainha protecção para a companhia, a quem havia sido adjudicada a conclusão das estradas do Porto a Braga e do Porto a Guimarães, e lhe tomasse o número de acções que fosse do seu Real agrado.

1851 — Portaria do Conselho de Distrito autorizando as irmandades da freguesia de S. Sebastião a darem qualquer donativo do remanescente das suas despesas para colocação de S. Sebastião no altar, para o que a sua Irmandade tinha pedido licença à do Amor Divino para no Altar deste o colocar.

1882 — Recomeçaram na Penha as obras para a conclusão do gradeamento do muro de suporte, que haviam parado no dia 17 de Junho, véspera da colocação da 1ª pedra nos alicerces, que tem de servir para o pedestal do monumento. Ajustou-se com o mestre José Rodrigues cada metro cúbico de muro a 460 e cada metro cúbico de enchimento a 300 réis. Ficou pronto o muro a receber soleiras em Setembro de 1883.

1883 — A Câmara, em sessão extraordinária, consigna na acta um voto de agradecimento ao ministro das obras públicas, ao governador civil deste distrito, Conde de Margaride e ao deputado por este círculo, Wenceslau de Sousa Pereira de Lima, pelos serviços prestados ao município no deferimento da representação ao Governo para ser nomeada a comissão de engenheiros para examinar a parte construída da via férrea para ser aberta à exploração.

1918 — Na quinta do Celeiro, em Santa Maria de Silvares, chovendo mui fortemente, 5 homens e um rapaz de 10 anos abrigaram-se em uma saibreira da quinta; sobre a saibreira havia uma carvalha velha; as fortes bátegas de água e o vento soprando rijamente, a saibreira aluiu; 2 homens, com grandes esforços puderam escapar-se e gravemente feridos, os 3 e o rapaz lá ficaram soterrados.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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16 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (593) Manuel de Azevedo Fortes

Retrato de Manuel de Azevedo Fortes. Gravura a buril de Pedro Massar de Rochefort, a partir de obra de Pierre Antoine Quillard. 1729

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Efemérides vimaranenses: 17 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1690 — Confirmação do Couto e privilégios de Pombeiro.

1712 — Fiança e abonação de Miguel de Sousa Rego a executor do almoxarifado desta vila.

1734 — Foi colocado pela primeira vez no coro do convento das Capuchas o Santíssimo Sacramento, alcançando a respectiva licença a 1ª abadessa.

1780 — Da uma para as duas horas da tarde, logo que se abriu a igreja da Colegiada, entrou nela o reverendo Joaquim José Moreira Borges de Sá que tinha obtido a conesia magistral, o qual cobriu a sobrepeliz e Murça (eram então as vestes corais dos cónegos), tomou posse do mesmo benefício ad valvulas ecclesia, tocando com as mãos no cadeado da porta e fez a acção de vista de olhos por toda a igreja e retirou-se logo. Esta posse foi intimada no próximo dia 23 às 7 horas da manhã ao cónego José Bernardo de Carvalho que servia de presidente do Cabido por ausência do respectivo, que então era o arcipreste, e do arcediago. O Cabido trazia

1817 — Provisão nomeando professor substituto de latim por 3 anos o padre Francisco Xavier de Sousa Lobo, no impedimento por moléstia do professor proprietário, padre António Lobo de Sousa.

1832 — Veio ordem ao corregedor, e este mandou intimar os negociantes de mercearia, para aprontar arroz e outros mais géneros para um novo hospital militar do exército do sr. D. Miguel que se havia estabelecido no convento da Formiga, imediações do Porto. P.L.

1840 — Foi preso nas Caldas de Vizela, Manuel Inácio de Matos, tesoureiro-mor da Sé de Braga e vigário capitular que tinha sido deste arcebispado, antes da nomeação do actual vigário capitular e arcebispo eleito, Pedro Paulo, por uma grande escolta do nº 18, que neste mesmo dia de madrugada tinha marchado para aquele mesmo sítio para cumprir esta diligência. O motivo da sua prisão foi o ele ter-se envolvido na Conspiração (cartista) que nestes últimos tempos se tinha desenvolvido em Lisboa e em Castelo Branco . P.L.

1840 — Houve um grande incêndio no Cano de Cima, do qual arderam 3 moradas de casas, salvando-se a dona delas por uma janela. Neste mesmo dia houve mais 2 incêndios na vila, porém foram de pouca monta. P.L.

1854 — Os Terceiros Dominicanos saíram em procissão de penitência com a imagem de Nossa Senhora das Dores, ad petendam pluviam.

1857 — Carta de lei pela qual S. M. El-Rei, tendo sancionado o decreto das cortes gerais de 9 de Julho último, autoriza o Governo a contrair um empréstimo até à quantia de 150 contos de réis, ao par, em moeda metálica, destinado exclusivamente à construção de 3 estradas do Minho, sendo: de Braga a Valença, pelos Arcos, com um ramal para Monção, 90 contos; de Braga a Ponte de Lima pela Ponte do Prado, 30 contos; de Braga a Guimarães, pelo Senhor do Monte e Caldelas, 30 contos.

1896 — Logo que houve conhecimento da publicação no Diário do Governo de hoje do decreto que transformava o seminário em liceu nacional, embandeirou-se a maior parte das casas e edifícios e à noite houve iluminação, música, fogo e uma grande marcha aux flambeaux com música dirigindo-se aos Paços do Concelho onde estava a Câmara em Sessão Extraordinária.

1900 — Às 11 horas da noite manifestou-se incêndio na alquilaria de António José Abrantes – o Fogueteiro, ao qual arderam 2 carros, na rua Nova de Santo António; casa de tabique de um andar e velha, da qual pouco se aproveitou, pertencente a D. Ana Amélia de Almeida Ferreira “filha do barroeiro “, residente em Gonça.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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15 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (592) Flora

Flora, "adornada pelos Elementos". Gravura a buril de autor não identificado.

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Efemérides vimaranenses: 16 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1573 — A câmara municipal dá procuração a António Gonçalves Laços, sapateiro, morador nesta vila, para pedir e requerer a el-rei que lhes faça mercê da taxa para o pão da vila e termo; e para pedir a sua alteza faça mercê que as pessoas da governança e que nunca pagaram Ceuta a não paguem, e tudo aquilo que for necessário para o povo da vila e termo, conforme os apontamentos que levava assinados pelo Juiz vereador.

1673 — O Arcebispo D. Veríssimo de Lencastre, nos capítulos da visitação que em 21 de Agosto fez à Colegiada, e assinados em Guimarães neste dia 21, entre as causas que ordena há as seguintes: que se possam assentar nas escadas do cruzeiro e pátio da capela do senhor do Campo da Feira as pessoas que assistirem para ouvir pregações; que a capela da Senhora da Graça, a que algumas pessoas costumam ir de noite fazer novenas a São Bento, e com pretexto de tal devoção se cometem ofensas a Deus, se feche ao sol posto e se abra sendo dia claro; que nenhum sacerdote se revista nas vestimentas que estão separadas para os cónegos dizerem missa, pena de 500 réis em que incorre o sacristão cada vez que tal consentir, o qual havendo sacerdote hospede ou de respeito lhe dará vestimenta separada.

1751 — O Cabido delibera suplicar ao Sumo Pontífice lhe concede Breve para rezar como os cónegos regulares de Santo Agostinho, com quem tinha fraternidade, a fim de evitar as muitas faltas que os cónegos davam na assistência ao coro em os dias que não eram duplex, em os quais a reza, segundo o rito romano usado na diocese, era muito longa.

1813 — O padre frei Manuel Luís da Conceição, religioso menor, observante da província de Portugal (franciscano, de Guimarães), toma posse da cadeira de retórica e poética, restabelecida nesta vila.

1819 — Saiu nas costas da Póvoa de Varzim um tão grande peixe que causou espanto a toda a gente pela sua enorme grandeza. Tinha de cumprido 12 pés e de largo 4. Foi embargado pela Câmara de Vila do Conde, e foi arrematado por 46 mil réis. PL.

1839 — Houve repique em todas as torres da vila ao romper da aurora, meio dia e à noite por ser o dia natalício de S.A.R. O Príncipe Real, D. Pedro. PL.

1841 — Das 8 para as 9 horas da noite foi invadida a casa de Emídio José Rodrigues Guimarães, em Santa Eulália de Fermentões, pelo administrador do concelho e tropa! Revolveram a casa toda, apesar do dono reclamar a observância da Constituição, dizendo que a casa do cidadão era inviolável. Parece que procuravam um soldado do 18, que tinha assassinado um alfaiate na vila em o dia 15 deste, o qual alfaiate acabava de morrer (só morreu a 17). N. o livro do PL. não dá esta noticia da busca.

1851 — O conde de Vila Pouca foi à cidade de Braga e ai teve várias conferências com os seus amigos políticos, que a sua casa convocou como presidente da comissão cartista eleitoral, que instalou definitivamente, e fora com toda a actividade e zelo promover a eleição de deputados de provada e inalterável ao termo da Rainha e de restrita obediência à Carta. O conde retirou para Guimarães no dia 18, incomodado pelo excessivo calor que apanhou.

1873 — Instalou-se no convento de S. Francisco o conselho de guerra para o julgamento dos soldados de infantaria 3 implicados no crime de insubordinação contra o comandante do destacamento que estava nos Arcos de Valdevez. O conselho era formado por oficiais de infantaria 8, e presidido pelo major do mesmo corpo, servindo de promotor Alfredo Campos, inteligente e talentoso oficial, bem conhecido por suas produções literárias. Eram defensores dos réus o capitão reformado Almeida e o Dr. Avelino da Silva Guimarães advogado nos auditórios de Guimarães. O conselho foi adiado por não estar presente um réu, que estava em tratamento no hospital, e por faltar uma testemunha que ia ser inquirida por deprecada.

1914 — Foi autorizada a entrega do Albergue e dos títulos da dívida pública que usufruía o abade de s. Miguel do castelo à respectiva Junta de Paróquia (de Nossa Senhora da Oliveira) para manutenção do mesmo albergue.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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14 setembro, 2007

Tesouros sarmentinos: (591) Filipe III

Retrato do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal). Gravura a buril de Bartholo Iselburg. C. 1650.

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Efemérides vimaranenses: 15 de Setembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1503 — Transacção feita entre a Câmara e os clérigos coreiros, pela qual a Câmara continuou a conservar 4 traves ou barrotes “que o concelho tinha na face de umas suas casas que ele dito prioste e clérigos tem na rua de Santo Espírito onde soía de ser judiaria, as quais traves atravessam a rua para a casa dos presos que soía de ser sinagoga dos judeus”, pagando anualmente aos coreiros 50 reais enquanto as conservasse.

1732 — Carta do vedor geral, de Viana, enviando a provisão régia, de 1 deste mês corrente, para a Câmara eleger 3 indivíduos idóneos, para deles um ser pagador geral da gente de guerra da província.

1752 — Faleceu Francisco Teresa, mulher de Domingos de Sousa, assistente no Logarinho, da freguesia da Costa, de uma grande queda que deu de uma figueira abaixo.

1807 — A mesa da Misericórdia admite, para o lugar vago de quem tratava dos presos doentes nas cadeias da correição e do castelo, ao cirurgião aprovado e do partido do hospital, António José Ribeiro, para os tratar em cirurgia e medicina.

1837 — Saíram desta vila para a cidade de Braga os soldados que nela tinham entrado no dia de ontem para se reunirem à tropa cartista. Também foi a cavalaria que tinha vindo fazer a aclamação da carta. A vila ainda continuava a estar em sossego, e só houveram algumas pequenas desordens causadas pelos soldados de cavalaria, querendo insultar alguns mijados. — P.L.

1841 — Na noite deste dia, logo depois de Trindades, foram dadas 2 facadas num alfaiate que ia a entrar para casa dos Coutos, e que era filho de um criado da mesma casa. Quem lhas deu foi um soldado do 18, que também tinha sido alfaiate. O referido foi recolhido ao hospital, onde faleceu no dia 17. P.L. – Numa correspondência de Guimarães, publicada no “Periódico dos Pobres no Porto” datada de 14 (erro, devia ser de 16, pelo que fica dito e pelo que vai dizer-se) diz-se o seguinte: - “Ontem à noite (15) foi faqueado à Porta da Vila por um Zeferino, soldado atirador do regimento 18; o faqueado está no hospital com os intestinos à mostra, e dizem morrerá por falta de operação. Hoje 16, às 9 horas da manhã um Vasconcelos soldado que foi do usurpador no regimento 12, depois criado do bacharel Domingos Manuel, e agora espalhador de unguentos nos panos para os doentes do hospital, em virtude de ontem lhe mandar o sapateiro Tomás (que morava ao pé de S. Paio – P.L.) pedir 800 réis do feitio de uns butes, se dirigiu à sua porta, e tirando do bolso do casaco uma pistola já aperrada, na acção de fazer pontaria se disparou, que felizmente não ofendeu o sapateiro: foi preso no acto pelo sapateiro e povo e está na cadeia. É acusado de ter cometido mortes na terra dele, pelo que se achava aqui retirado; e na Quaresma passada tinha dado um tiro no estudante de Fato, e ficou impune” – respeitante a este Vasconcelos, o registo da cadeia diz o seguinte: 16 de Setembro de 1841 – Francisco Augusto Pereira de Vasconcelos, desta vila, solteiro, cirurgião praticante no hospital, 24 anos; foi para a Relação a 18 de Janeiro de 1843 por escolta do batalhão 14. – referente ao faqueado, acima, consta do assento do óbito: Cipriano da Cunha (no livro da entrada: Cipriano da Silva) de 20 anos, natural de Ponte de Lima, solteiro, oficial de alfaiate, filho de Joaquim José da Cunha e Ana Luísa criados de servir dos Coutos do terreiro da Misericórdia, entrou no hospital a 15 e faleceu a 17 de Setembro de 1841 de “facadas em o peito e ventre penetrantes”. Foi sepultado na Igreja da Misericórdia no dia 18. – (Grande parte disto também o diz P.L.)

1900 — Faleceu no Porto, onde era industrial e comerciante, o comendador Domingos do Espírito Santo Guimarães, doador do carro funerário à Ordem Terceira de São Domingos desta cidade. Este vimaranense era filho do oleiro António José Fernandes, “o Pesquício”, que fora servo do convento das Dominicas e da paróquia de São Sebastião.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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