31 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (365) José de Guimarães XIV

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 1 de Fevereiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1387 — Foi neste dia que El-rei D. João I partiu de Guimarães para o Porto, para no dia seguinte tomar por esposa D. Filipa de Lencastre, filha mais velha do duque de Lencastre, João de Gand. Ajustado o casamento, deliberara o duque mandar sua filha àquela cidade, onde ele se devia celebrar, e El-rei que então estava em Évora, partiu sem demora a encontrar-se ali com sua futura esposa, que ainda não tinha visto, indo logo visitá-la, acompanhado do bispo de Acre. Passados poucos dias, veio a Guimarães, mas fazendo-se-lhe ver que devia dar pressa ao casamento, por estar próximo o tempo em que não são permitidas pela igreja as bênçãos nupciais, escreveu no dia 1 de Fevereiro uma carta ao bispo D. João, prevenindo-o de que no dia seguinte tivesse tudo preparado para o receber. "Fê-lo o bispo assim, diz D. Rodrigo da Cunha, e El-rei se pôs logo a cavalo, e caminhando açodadamente a noite toda chegou de madrugada à cidade do Porto onde o bispo o estava esperando revestido em pontifical, com todos os cónegos e beneficiados de sua sé. Foi trazida a rainha dos paços episcopais, etc."

1584 — Morre em Nantes, frei António de Sena, chamado pelos contemporâneos "O astro brilhante do paraíso dominicano", autor de muitas e eruditas obras.

1671 — A Câmara determinou que os mercadores não mandassem tingir os panos, mas os vendessem com a mesma cor com que os importavam, e isto sob pena de 6$000 réis cada um, por cada vez que o fizessem, e perdimento de todos os panos tingidos, podendo a Câmara fazer correição em suas lojas para verificar a observância deste acórdão. Esta resolução tinha por fim atalhar indirectamente a propagação da indústria de tinturaria, e fora motivada pelo receio que os vereadores tinham de que se repetissem os motins a que dera causa a continuação do exercício da referida indústria.

1819 — Provisão autorizando António do Couto Ribeiro de Abreu, apesar de ser vereador, a contratar com a Câmara a cedência de um anel de água limpa do tanque chafariz que se ia construir no terreiro da Misericórdia para o seu quintal.

1830 — Provisão confirmando o estabelecimento da fábrica de curtumes de couros de Manuel José Fernandes da Silva e filho Cristóvão José Fernandes da Silva - "O Cidade" -, privilegiando-a.

1842 — Nasceu em Vizela o Dr. António Inácio Pereira de Freitas - O Freitas de Ponte de Lima -, filho de José de Freitas e Oliveira, farmacêutico em Vizela, e de D. Cecília Rosa da Silva Pereira. Concluiu o curso de Medicina e cirurgia em 1866, na escola do Porto, tendo sido laureado em diversas disciplinas, e nessa ocasião escreveu e publicou a tese que havia de defender na dita escola: "Das águas minerais em geral, e da sua aplicação em particular no tratamento das moléstias cirúrgicas. "Em 1871 foi nomeado médico do hospital de Ponte de Lima e em 1876 foi nomeado médico municipal e subdelegado de saúde na mesma vila.

1854 — Na noite deste dia para o seguinte, morreu em casa de Manuel Joaquim Marques, na estrada de S. Cláudio do Barco, um indivíduo de nome Oliveira, da freguesia de S. Torcato, em razão de uma rixa que teve com o seu pároco (o célebre "Sub-Deveza") devido a que, enquanto esteve no Brasil, a esposa cá o traiu com o dito prior. Fez-se o competente auto de delito e em virtude dele conheceu-se que tinha morrido de morte violenta, por se lhe descobrir os testículos genitais esmagados e o escroto ofendido.

1855 — "A Revolução de Setembro" transcreve do "Comércio": "Teve ontem lugar a reunião da assembleia-geral da Companhia Viação para discutir a proposta acerca da nova directriz da estrada de Guimarães. Os accionistas compareceram em grande número. A direcção teve a satisfação de ver adoptada por unanimidade a sua proposta para a preferência da via por Famalicão, com excepção do voto do autor do projecto publicado no nosso nº 15, que tendo-se visto isolado na defesa das suas opiniões, o que aliás tratou com habilidade e calor, se retirou da sala antes da votação. Voltou a ideia da necessidade de dar o mais pronto desenvolvimento aos trabalhos dando-se um voto de confiança à direcção para obrar neste sentido; a sua honra acha-se pois empenhada neste importante negócio e esperamos que o desempenhará. Congratulamos a empresa, pois nos parece ter-se ontem votado o seu salvatério, e esperamos vê-la em breve tempo levantada do abatimento em que tem jazido. Assim do coração lhe desejamos."

1887 — 3ª Feira. Às 3 horas da tarde, sentiu-se nesta cidade um ligeiro abalo de terra.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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30 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (364) José de Guimarães XIII

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 31 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1405 — O D. Prior, D. Diogo (2º do nome) Alvares de Brito, faz ler ao seu Cabido, reunido in capitulo na capela de S. João, no claustro, uns Novos Estatutos ordenando muitas coisas para o culto e para a mesa capitular.

1607 — A vereação obrigou a vender o sabão a 36 réis.

1621 — O Doutor Agostinho Barbosa escreve de Roma ao Cabido, participando-lhe que o Papa, a pedido do cardeal Mellino, um dos provinciais, e em atenção a ele ter feito a composição do livro do concílio e dos mais que ele tinha mandado rever, o proverá na dignidade de tesoureiro-mor da Colegiada de Guimarães prometendo-lhe outras mais vantajosas, e oferece ao mesmo Cabido os seus valiosos serviços naquela corte, bem como lhe pede que não dê posse da dita dignidade a Manuel Teixeira Cabral, que, por carta do mesmo, constara que o D. Prior o havia provido nela sem o poder fazer porque a vagatura deu-se em Novembro que não era mês em que por via alguma, ou a prelado por alternativa ou aos coladores nos seus 4 meses, pertencesse tal provimento.

1626 — Carta régia ordenando ao corregedor receba 1000 armas, sendo: 200 mosquetes, 800 arcabuzes e 800 picas, que tudo viria de Biscaia, as quais ele e o sargento-mor repartam pelos moradores da comarca, obrigando-se a Câmara ao pagamento das mesmas no prazo de 6 meses, ao preço de 1$650 cada arcabuz, 2$850 cada mosquete e a 320 cada pica. A Câmara, em sessão de 4 de Março deste ano, deliberou que para a vila e termo ficassem 300 arcabuzes, 70 mosquetes e 400 picas.

1674 — A vereação proibiu estarem vendedeiras de pão na alfândega e ordenou-lhes despejarem as boticas para os particulares nelas venderem o seu pão. Foi tomado diferente grão que almocreves levaram para fora, junto ao mosteiro da Costa.

1767 — O D. Prior, Paulo de Carvalho e Mendonça, escreve de Lisboa ao seu Cabido agradecendo a oferta que lhe fez da apresentação da igreja de S. Torcato, recusando-se não só a aceitá-la, mas, recomendando-lhe que a desse a um padre que a servisse bem, que fosse exemplar, e não como o provimento do antecedente, a quem foi dada por 85 moedas, porque lhe constava que para o de agora já havia votos com promessas, o que era um simonia real; também remeteu um memorial dos capelães do coro para ser considerado em cada Cabido como determinava o estatuto.

1834 — Tomando-se 2 rapazes no adro de S. Sebastião, um foge para a igreja e o outro atira-lhe com um martelo e faz-lhe uma contusão. Em razão deste insignificante acontecimento, o padre Domingos (Tenisca) José Barroso, vigário da mesma igreja dá-a por interdita, não consentindo nela se dissesse missa, e foi ele num dia santo dizer missa pro populo na basílica de S. Pedro, e participando para Braga responderam-lhe que a igreja não estava interdita. P. L.

1836 — Sessão da Sociedade Patriótica Vimaranense - Às 9 horas e meia da noite, aberta pelo seu presidente Barão de Vila Pouca; lida e aprovada a acta. Por proposta do presidente, na forma dos estatutos, fez-se a eleição da mesa e saíram eleitos: presidente, João Barroso Pereira, vice-presidente, António de Nápoles, secretários José de Sousa Bandeira e António Leite de Castro, vice-secretários Joaquim Pinto Teixeira e José Correia de Oliveira Mendes. Souto, relator da comissão de salubridade, leu o projecto para o conserto das ruas. Bandeira pediu urgência, e, concordando nisso a assembleia, foi posto em discussão na sua generalidade e aprovado em globo. Manuel Baptista Sampaio propôs que todo o dinheiro que se apurasse para este fim, não entrasse nos cofres da Câmara. Vieira, como membro da Câmara, deu explicações e orou a favor do artigo. Abreu, aprovou a necessidade da medida, mas combateu o meio dela. Bandeira, sustentou o artigo e Moreira de Sá contra. Agostinho Vicente, requereu se consultasse a assembleia se a matéria estava discutida, e, decidindo-se que sim, posto o artigo à votação foi aprovado. O 1º parágrafo teve renhida discussão: oraram contra Abreu, e a favor Basto, Dr. Souto, Bandeira, Pinto Teixeira, Costa, Barroso e Agostinho Vicente, e, julgando-se discutido, posto à votação passou. Costa "pediu que se exigisse também a demolição do castelo para o dito fim, e até por ser uma cadeia bárbara que serviu no tempo da usurpação". Agostinho Vicente abundou nas ideias do Costa. Bandeira combateu o argumento "lembrando ser um monumento antiquíssimo que recordava a história do país, e muito particularmente a de Guimarães; lembrou o respeito que os ingleses têm aos monumentos antigos, e falando largamente votou contra. Abreu abundou nas ideias da não demolição. Agostinho Vicente falou a favor da demolição, por ter sido prisão do tempo do usurpador. Basto falou no sentido do Bandeira, assim como Souto, Barroso, Moreira de Sá e Vieira, e, julgada a matéria discutida, foi posta à votação. O Bandeira, visto a transcendência do objecto, que nada menos importava do que o privarmos dos testemunhos da antiguidade, requereu votação nominal e, sendo assim decidido, votaram a favor da demolição: Costa (a), Castro, Barão de Vila Pouca e José Correia, e contra: Barroso, Souto, Basto, Ferreira Guimarães, Sampaio, Freitas Guimarães, Vigário de Creixomil, Leite de Castro, Vigário-geral, Arcediago, Lima, Vieira, Maia, Sá e Bandeira. Ficou por isso rejeitado o argumento de Costa. Pinto Teixeira que na redacção não houvesse melindre, por isso que dizendo-se que a Torre, que se pretendia demolir, fora dada ao Cabido, devia o governo ser prevenido disso. Bandeira combateu a ideia, dizendo que ainda que tivesse sido dada ao Cabido para as obras da igreja, o Cabido se não tinha dela aproveitado, e que hoje era pertencente aos Bens Nacionais. Souto, como relator da comissão de salubridade, leu o requerimento para se pedir a vacina: foi aprovado e mandado expedir. Às 10 horas foi levantada a sessão e dada para ordem da noite o projecto das calçadas. (a) Não sei quem é o célebre Costa, por haver diversos sócios com tal apelido. Castro é Agostinho Vicente Ferreira de Castro; José Correia é o cirurgião José Correia de Oliveira Mendes; Pinto Teixeira é o advogado Joaquim Pinto Teixeira de Carvalho; Bandeira é o escrivão José de Sousa Bandeira.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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29 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (363) José de Guimarães XII

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1975.

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Efemérides vimaranenses: 30 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1458 — O Duque, senhor de Guimarães, o juiz, ouvidor, vereação e a maior parte dos homens bons e povo da vila e arrabaldes dela, não obstante o privilégio que o concelho desta vila tinha " que nenhum fidalgo nem infanção não houvesse casa de morada na dita vila contra vontade dos moradores dela", concedem ao fidalgo da casa do duque, Fernão de Sousa, licença para vir morar nesta vila (por esta causa correra demanda que ora cessava) impondo-lhe diversas condições com penalidades.

1578 — O doutor desembargador Baltazar Vieira, estando na sua quinta da Torre, em Tagilde, faz o seu testamento, e nele institui o morgado do Espírito Santo, vinculando-lhe a dita quinta da Torre para cabeça do mesmo, com obrigação de duas missas semanais na casa da Câmara em dias de vereação, uma missa cantada com pregação em N. S.ª da Oliveira ao Espírito Santo, e outros encargos; que da prata que tem em casa se faça uma imagem de S. Sebastião, em tamanho capaz de ir na procissão que se faz ao redor da vila, em que se meteria o seu relicário de ouro " que tem a própria e verdadeira carne do mesmo mártir"; deixa o padrão que tem de trinta mil reis de juro anual no almoxarifado de Guimarães à Misericórdia de Amarante “para agasalhado dos pobres que faço na mesma vila", sem outra aplicação senão o sustento e amparo dos pobres. - É da casa do Cano, e é curioso.

1639 — No convento da Piedade, em Vila Viçosa, celebra-se o capítulo provincial da Ordem Seráfica e sai eleito ministro provincial (da Piedade) o virtuoso vimaranense frei Antão de Guimarães, que já contava 43 anos de hábito e 62 de idade.

1805 — Em sessão de Câmara "acordaram parecer a razão, o motivo que houve no ano de 1797 por fazer uma rigorosa falta de pão e farinhas, mandou o Senado daquele tempo deitar bando para que toda e qualquer pessoa pudesse cozer e vender pão sem peso, e daqui por diante se suspendesse aquela liberdade, e toda a pessoa que cozesse o pão o fizesse debaixo das posturas do Senado, e fizeram este acórdão por representação que lhe fizeram algumas pessoas do povo".

1834 — Publica-se aqui uma amnistia concedida pelo Sr. D. Miguel aos constitucionais militares (até à patente de general, inclusive) que abandonassem o Sr. D. Pedro e se lhe apresentassem. P. L.

1842 — Próximo à noite foi à botica da Misericórdia um praticante da botica da Herva, natural de Braga, e entrando a caçoar com o boticário, dizendo-lhe até que não sabia conhecer uma droga, este o descompôs, e principiando a alternar um com o outro, rapou o praticante de um estuque e deu com ele na cabeça do boticário que ficou mal tratado. Indo depois a polícia para o prender a casa do seu patrão, atrás do tanque, o Grenha, empregado na administração, o não deixou prender, e assim se evadiu o malfeitor. O praticante parece que tinha sido pretendente para entrar na botica da Misericórdia em lugar do boticário em quem deu a estocada. P. L.

1858 — Augusto Soromenho participa por escrito ao Cabido, que pela Academia Real das Ciências de Lisboa fora nomeado seu comissário encarregado de, em virtude das ordens régias, colher nos arquivos do reino os documentos necessários para a publicação dos "Monumentos Históricos", pede lhe diga o que há resolvido a tal respeito ou lhe indique o dia em que podia vir recebe-los.

1892 — Na casa da quinta de Lamelas, abre-se uma "cozinha económica" para as classes pobres se alimentarem diariamente por 110 réis cada pessoa. Durou pouco tempo.

1910 — Domingo. No Salão nobre da Sociedade Martins Sarmento às 3 horas da tarde, foi inaugurada a "Escola Móvel Agrícola Conde de Agrolongo", que este ilustre vimaranense acabava de fundar e instituir a expensas suas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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28 janeiro, 2007

Comunicado da Direcção da Sociedade Martins Sarmento

Aos sócios da Sociedade Martins Sarmento

Conforme tem sido transmitido aos sócios nas últimas Assembleias Gerais e através do Boletim Informativo, está em curso um complexo processo negocial que tem como finalidade assegurar o envolvimento do Estado no financiamento da Sociedade Martins Sarmento.

No quadro das negociações desenvolvidas, foi possível avançar-se para um modelo de colaboração que passará, caso os sócios da Sociedade assim o entendam, por uma parceria público-privado com capacidade para agregar outros parceiros, para além da SMS e do Estado. Neste momento, está praticamente concluído o projecto de criação de uma nova entidade, a Fundação Martins Sarmento, que integrará um núcleo inicial de fundadores constituído, além da SMS, pelo Ministério da Cultura, pela Câmara Municipal de Guimarães e pela Universidade do Minho.

A Direcção da Sociedade está certa de que os sócios têm consciência de que o actual modelo de financiamento e de gestão já não permite dar uma resposta minimamente satisfatória às necessidades geradas pela actividade cultural e pela protecção, estudo, divulgação e disponibilização pública do vasto património da Sociedade Martins Sarmento. A solução que se encontra em cima da mesa permitirá salvaguardar os objectivos da Instituição, garantindo a disponibilização de meios que lhe trarão estabilidade e sustentabilidade, afastando-se, de vez, a ameaça permanente de ruptura decorrente da fragilidade do actual modelo de funcionamento, que poderá colocar em causa a viabilidade da Instituição num horizonte de curto prazo.

A necessidade de submeter a proposta de criação da Fundação Martins Sarmento aos sócios, em tempo útil, levou a Direcção da Sociedade a solicitar ao Presidente da Assembleia Geral o adiamento da realização da reunião que deverá aprovar o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2007 para o momento em que estivessem fechadas as negociações com o Ministério da Cultura, o que só agora sucede.

A Direcção da Sociedade Martins Sarmento chama a atenção para a importância dos assuntos a tratar nas Assembleias Gerais convocadas para o próximo dia 8 de Fevereiro, apelando à participação de todos na tomada de decisões fundamentais para o futuro desta Instituição centenária.

Guimarães, 22 de Janeiro de 2007
A Direcção

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8 de Fevereiro: Assembleias Gerais da Sociedade Martins Sarmento

CONVOCATÓRIA

Nos termos n.os 1 e 2 do art. 9.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Sociedade Martins Sarmento, a reunir na sede social, à Rua Paio Galvão, nesta cidade, no próximo dia 8 de Fevereiro de 2007, pelas 17:30 horas, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

Discutir, apreciar e votar o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2006

No caso de, à hora aprazada, não comparecer metade, pelo menos, dos associados, a Assembleia reunirá, no mesmo dia e lugar, em segunda convocatória, pelas 18:00 horas.

Guimarães, 22 de Janeiro de 2007

O Presidente da Assembleia Geral,

Luís da Cunha Teixeira e Melo

***********************

CONVOCATÓRIA

Nos termos n.os 1 e 2 do art. 9.° dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Extraordinária da Sociedade Martins Sarmento, a reunir na sede social, à Rua Paio Galvão, nesta cidade, em primeira convocação, no próximo dia 8 de Fevereiro de 2007, pelas 18:00 horas, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

Discutir, apreciar e votar a proposta de protocolo a subscrever com o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho tendo em vista a criação da “Fundação Martins Sarmento”.

No caso de, à hora aprazada, não comparecer metade, pelo menos, dos associados, a Assembleia reunirá, no mesmo dia e lugar, em segunda convocatória, pelas 19:00 horas.

NOTA: O texto da proposta de protocolo a subscrever com o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho encontra-se, a partir da data desta convocatória, à disposição dos Senhores Associados, para consulta reservada, na sede social, dentro do horário normal de expediente.

Guimarães, 22 de Janeiro de 2007

O Presidente da Assembleia Geral,

Luís da Cunha Teixeira e Melo

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Tesouros sarmentinos: (362) José de Guimarães XI

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1975.

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Efemérides vimaranenses: 29 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1614 — A Câmara, a fim de evitar gastos de demandas com Gonçalo Francisco sobre a cera que se gasta na eça das exéquias pela rainha, deliberou fazer composição com ele, pagando-lhe o que acordassem.

1644 — Sentença porque as ermidas de S. Lázaro e Santo André e suas benesses pertenciam à Câmara e não à igreja de S. Miguel de Creixomil.

1670 — Em resolução tomada neste dia pela Câmara na célebre questão que na última metade do século XVII se travou entre ela e os tintureiros desta vila, foi-lhes consentido fazerem uso das suas fornalhas. Esta resolução foi provocada por um requerimento dos mesteres, no qual se pedia que os referidos tintureiros fossem notificados para na 1ª vereação apresentarem as suas "cartas de examinação e o regimento do ofício", sob pena de seis mil reis de multa a cada um. O que obrigou os mesteres a fazerem o seu requerimento parece que foi a resposta de D. Pêro II dera aos vereadores, não lhes aprovando completamente a sua deliberação de 8 de Fevereiro de 1669 que mandou destruir as fornalhas aos tintureiros, visto que eles vereadores não podiam proibir o uso da indústria da tinturaria, desde que os oficiais deste mester apresentassem as referidas "cartas de examinação e o regimento do ofício".

1723 — Provisão régia concedendo à Misericórdia o poder ter um livro (nota privativa) para nele se copiarem todos os seus títulos por um tabelião, ao qual se daria tanto crédito como aos títulos originais, e seria rubricado pelo juiz de fora a quem era dirigida a Provisão.

1863 — Nesta data: os trabalhos da nova praça do mercado, haviam parado por falta de dinheiro; - tinham passado há pouco, nesta cidade, com direcção a Braga e Viana, grossos contingentes de recrutas de infantaria 9 e 14 para reforçar o 3 e o 8; - Davam-se grátis ensaios de dança e teatro, desde as 6 horas às 8 horas e meia da noite, aos domingos e quintas-feiras até ao Carnaval.

1878 — Partiu para o Porto com sua família o benemérito padre Pedro Maria de Aguilar, que aqui em Guimarães residia há alguns anos com colégio de surdos-mudos, onde foi estabelecer escola deles, para o que a Câmara daquela cidade lhe estabeleceu o subsídio anual de 450$000 reis, que da de Guimarães ele não conseguiu!!!.

1885 — Inauguração da escola de desenho para o sexo feminino pela Sociedade Martins Sarmento.

1890 — A Câmara resolve que a nova rua do Carmo, à estrada de Fafe, se denomine rua de Serpa Pinto.

1902 — A Câmara deliberou que, deste dia para o futuro, se denominasse Rua do Doutor José Sampaio, a rua que forma no largo dos Trigais o começo da estrada da Costa.

1903 — Devido à fiscalização que nos últimos dias o subdelegado de saúde fizera ao leite, vários leiteiros deliberaram fazer greve, não trazer nem deixar trazer neste dia o leite; a autoridade logo de manhã postou a polícia nas entradas da cidade para proteger os que vissem fornecer, para que não fossem mal tratados pelos grevistas, como estavam ameaçados.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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27 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (361) José de Guimarães X

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1977.

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Efemérides vimaranenses: 28 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1632 — Sentença da Relação do Porto acerca do seguinte: nesta data a requerimento do procurador dos mesteres a Câmara acordou que os mercadores não vendessem objectos de sirgaria, retrós, linhas, botões, alamares, etc., sob pena de 6000réis. Este acórdão foi publicado a pregão a 21 de Fevereiro de 1632. Os mercadores agravaram para a Relação do Porto, que por sentença de 27 de Março de 1732 e sobre sentença de embargos de 3 de Abril de 1632, lhes deu provimento ao agravo permitindo que eles vendam os ditos objectos visto que não eram feitos por eles e assim não invadiam as atribuições do ofício dos sirgueiros. Foi registada a 11 de Maio de 1678

1693 — Houve incêndio no Hospital da Misericórdia. Para reparar os estragos do mesmo, renderam as promessas 497$760 réis, em que entraram 200$000 réis que deu o arcebispo de Braga, D. José de Meneses.

1781 — Chegou e foi recebida a carta de 15 deste mês do visconde de Vila Nova de Cerveira, participando o falecimento da rainha D. Mariana Vitória dirigida ao juiz, vereadores e procurador da Câmara, que foram chamados aos paços do concelho e sendo aberta perante todos, determinaram fosse logo o dito procurador ao Cabido, conventos, paróquias e provedor da misericórdia dar parte da dita morte, para que dobrassem os sinos, o que todos assim obraram, e também determinado tocar o sino do castelo e da casa da Câmara, cobrir de baeta todas as armas da mesma casa, as mesa das sessões de vereação e da casa da audiência.

1824 — Decreto concedendo o título de barão de Vila Seca ao vimaranense Rodrigo Navarro de Andrade. -

1832 — Morreu o Jacinto das "Biscaias" (assim se denominava a torre de junto da alfândega) capelista, morador debaixo dos alpendres ao pé da fruta. Foi sepultado no dia seguinte na capela dos terceiros Dominicos. Tinha saído da Relação do Porto alguns meses antes da sua morte, onde estava preso por opiniões políticas. P. L.

1843 — Morreu quase de repente em Lagares, subúrbios desta vila, Francisco António da Silva, filho do falecido Luís António da Silva, vulgo Pedreira, escrivão que foi do geral desta vila. No dia seguinte, vindo quatroTerceiros Dominicos, com o seu cadáver, era de noite, para ser acompanhado pela Ordem Terceira de S. Domingos, que o ia esperar, para se fazer o depósito na sua capela, saíram-lhe ao encontro uns célebres Pinchantes da freguesia da Costa e outros da mesma que fizeram um grande barulho para levarem o cadáver para a igreja da Costa, o que não puderam conseguir em consequência dos Terceiros serem em maior número. Foi depositado e sepultado no dia 30 deste mês na capela dos Terceiros Dominicos. Tinha 30 anos de idade, pouco mais ou menos, e era de uma péssima conduta. Os que queriam levar o cadáver deste defunto para a Costa, era para o enterrar debaixo da carvalha que está fora da igreja e do seu adro, por ele ter traído em vida a Junta Paroquial da freguesia, em uma questão que a mesma trazia com Manuel Baptista (Sampaio) acerca da entrada para a igreja pelo claustro, de que era senhor o mesmo Manuel Baptista.

1859 — "A Tesoura de Guimarães" com o nº 241 interrompe (findou) a sua publicação porque a tipografia passara a novo possuidor que a exigia para cumprimento de contrato por ele feito até se habilitar com nova tipografia que não estivesse sujeita a tais eventualidades e anunciou para breve um novo jornal "A Atalaia Vimaranense".

1865 — Francisco José Ribeiro de Abreu e esposa D. Ana Emília de Araújo Martins, da rua de Sta. Luzia, dão licença a Eugénia Maria Gonçalves de Ronfe, filha e genro, para tapar a viela da Melada que do meio da rua de Gatos vai para o Campo de Almoinha, que pelo lado da rua já estava tapada por licença que eles, o Visconde de Pindela e António Alves de Abreu que nela tinham parte, lhe tinham dado.

1888 — Provisão do arcebispo autorizando a transferência provisoriamente da paróquia de S. Sebastião para a igreja das Dominicas.

1919 — Às 4 horas da tarde, novo contingente de forças marchou para o Porto, aonde se vão concentrar esperando ordens. Na estação numeroso público a despedir-se; Vivas à Pátria, à Monarquia, a El-rei, a Paiva Couceiro, ao Exército e Vultos Monárquicos.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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26 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (360) José de Guimarães IX

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1977.

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Efemérides vimaranenses: 27 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1528 — Tomou posse do Mosteiro da Costa que até ali era dos cónegos regrantes de Santo Agostinho, em nome da Ordem de S. Jerónimo, o prelado superior da mesma ordem, frei António de Lisboa, mais conhecido por frei António Moniz, o sábio reformador da Ordem de Cristo, por diligência de El-rei D. João III. Esta posse foi-lhe dada pelo Dr. João Lourenço, juiz de fora de Guimarães, com assistência, como representante da justiça, de João Ribeiro, notário apostólico de Guimarães e tabelião judicial em todo o distrito, servindo de testemunhas os carpinteiros João Anes, Pedro Gonçalves e Sebastião Gonçalves.

1783 — Alvará da Junta da Administração das Fábricas do Reino concedendo a Isidoro José Ferreira, natural de Lisboa, residente em Guimarães, autorização para aqui estabelecer uma fábrica de manufactura toda a qualidade de charneiras e fivelas de ferro, devendo dar conta anualmente do estado e aumento do fabrico e número de oficiais, etc.

1844 — Morreu na quinta do Salgado, José Lourenço, vulgo o Galego de Aldão, o qual não quis receber os sacramentos da Santa Madre Igreja. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na igreja de Santo Estêvão. Tinha vendido a quinta do Salgado onde morreu a José Martins, de Aldão, por 23 mil cruzados poucos tempos antes da sua morte, os quais estavam em poder de Manuel Baptista (Sampaio), negociante de mercearia no Toural, e o filho se queria chamar seu herdeiro! P. L.

1847 — Chegou a esta vila o padre Casimiro, com alguma gente miguelista, que tinha reunido o padre João (vulgo o "Presbítero") do Cano e o mesmo padre Casimiro e outro padre de Vieira, Rosas, etc. P. L.

1864 — Começou neste dia, partindo da rua dos Trigais, o empedramento da nova estrada desta cidade para a vila de Fafe.

1902 — O presidente da Câmara dirigiu um telegrama ao Ministro da Fazenda pedindo a prorrogação do prazo para pagamento da contribuição predial, em vista da extraordinária confusão e grandes dificuldades que tinha dado neste lugar o haver-se posto este ano em vigor a matriz organizada em 1889! Sem ter havido agora revisão à mesma em 13 anos .

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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25 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (359) José de Guimarães VII

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1978.

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Efemérides vimaranenses: 26 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1426 — Carta de El-rei D. João I, dada em Guimarães, confirmando e outorgando aos moradores das Caldas e de Infias, do termo de Guimarães, todos os seus privilégios, foros, liberdades e sãos costumes de que sempre usaram. - Chanc. de D. João I ,Lº 1º, fl. 179 vº (a lápis: repetida em 7/1).

1480 — Morre D. Constança de Noronha, duquesa de Bragança, segunda mulher do 1.º duque de Bragança, D. Afonso, filho natural de D. João I, neta paterna de Henrique II, rei de Castela, e materna de D. Fernando I de Portugal, e é sepultada na capela-mor da igreja do mosteiro de S. Francisco de Guimarães entre as escadas do altar e a estante do coro, tendo junto do seu monumento uma tábua com a inscrição "Afonsi conjux Ducis hoc Constança Noronha, regio progenis, conditur in tumulo". - Deste túmulo foi levada (vide infra) para debaixo da tribuna onde hoje jaz, apenas a tampa de pedra com a sua efígie, em tamanho natural, representando-a vestida com o hábito da Ordem Seráfica e sustentando nas mãos um livro aberto. - Vide Hist. Seraph. Tomo I, cap. 57 e 58. - Diccion. Hist. Vº 5, fl 104.

1797 — O arcebispo de Braga, constando-lhe que no convento de Santa Clara, de que era prelado, continuava sempre o mesmo absurdo de as abadessas permitirem que as religiosas encarregadas dos ofícios despendam com eles do seu particular, muitas vezes até contraírem grossas dívidas, ou se fazerem intoleráveis os seus parentes, isto contra o que ele tinha providenciado, por também ser abuso contra o voto de pobreza, manda novamente, debaixo de preceito formal de obediência, que cada uma das religiosas nos ofícios que tiverem, ou de que forem incumbidas para futuro, nada ponham além dos seus serviços pessoais, ficando a comunidade obrigada da tal despesa necessária, e quando alguma queira concorrer com alguma da tal despesa, pedirá antecipadamente licença a ele arcebispo.

1821 — Apareceu no rio Ave um homem morto com uma corda atada ao pescoço e outra aos pés. P. L.

1821 — Instalação das Cortes Gerais em Lisboa, servindo de secretário interino o vimaranense João Baptista Felgueiras, que nesta sessão em que estavam presentes 74 deputados, foi eleito para o 1º dos 4 lugares de secretário por 53 votos.

1822 — De manhã, solene Te Deum na Colegiada, assistindo todas as comunidades religiosas, o corpo municipal, o general Gaspar Teixeira e muitas pessoas de todas as classes. À noite "houve companhia" (baile) na casa de vila Pouca e no fim teatro com entrada grátis, pagando toda a despesa Gaspar Teixeira. Era o 1.º aniversário da instalação das cortes em Lisboa. P. L.

1860 — O professor de instrução primária, que também leccionava francês, Francisco António de Almeida, abriu o seu 2º e último curso do sistema métrico decimal.

1873 — A mesa da irmandade do Cordão e Chagas de S. Francisco defere o requerimento da mesa da irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha, concedendo-lhe três imagens da Sacra Família, que pertenceram à corporação dos carpinteiros.

1879 — Os ourives desta cidade e alguns da freguesia de S. Martinho de Travassos reúnem na casa da Associação Comercial e resolvem representar para que no caso de ser reformado o serviço de contrastaria, não se centralize todo na cidade do Porto, como dali pretendiam, mas se crie também um contraste nesta cidade de Guimarães.

1898 — Foi inaugurado com solenidade nas Caldas de Vizela a nova denominação da rua doutor Pereira Caldas; deliberação camarária de 12 deste mês e ano.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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24 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (358) José de Guimarães VI

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 25 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1618 — Os fregueses de S. Salvador de Tagilde desejando alcançar licença para ter permanente na sua igreja o Santíssimo Sacramento, obrigam-se por escritura na nota de Manuel Fernandes a sustentar de azeite a respectiva lâmpada.

1625 — O Cabido delibera: que nenhum beneficiado ou cónego obedeça, tanto no coro como fora dele, em coisa nenhuma, a Roque Ferreira Pereira, enquanto por final sentença não for averiguado se a dignidade de Chantre lhe pertence ou a Miguel de Afonseca Arrochela, sob pena de, a cada um dos infractores, ser aplicada a multa de um mês de risco dos frutos e dias vencidos, pela primeira vez, e o dobro da multa pela segunda vez.

1638 — Cheia de virtudes cristãs, faleceu, às 10 horas da noite, no convento de Santa Clara de Vila do Conde, onde estivera desde a idade de 3 anos com soror Ana de Belém sua tia e também notável em virtudes e falecida em 1611, a soror Antónia de Assumpção, irmã da soror Lucrécia freira de S. Bento do Porto. Daquelas duas vimaranenses, tia e sobrinha, ocupa-se muito a "História Seráfica" por frei Manuel da Esperança e frei F. da Soledade.

1764 — Foi registado na Câmara o selo: "Sisa real", em latão, para o rendeiro da sisa do vinho maduro e de Basto, António Francisco Peneda, selar os ditos vinhos a requerimento do mesmo.

1793 — Provisão régia ordenando que o juiz de fora se encarregue de inspeccionar que as obras que se houvessem de construir não continuassem na mesma desordem, multiplicando as casas e ruas cheias de encontros, cotovelos e outros mil defeitos, advertindo-lhe, porém, que se não metesse em grandes projectos e que só se lembrasse que em uma vila, ainda que tão notável como esta, se devia primeiro que tudo olhar para a decência e comodidade dos habitantes, dispensando-se facilmente certa formalidade que tenha lugar nas grandes cidades, e que por esta inspecção não pudesse levar dos povos emolumentos algum por qualquer título que fosse.

1806 — Nasce Bento António de Oliveira Cardoso, cavaleiro de S. Tiago da Espada, bacharel em Cânones e jurisconsulto muito notável e considerado.

1875 — Na sessão da Câmara electiva, o deputado por este círculo, João Vasco Ferreira Leão, vimaranense, apresentou uma representação da Câmara de Guimarães sobre as dificuldades encontradas no decreto de 25 de Setembro de 1873 que regulou a execução da carta de lei de 21 de Abril do mesmo ano; e deputado Jerónimo Pimentel apresentou outra representação da mesma Câmara, pedindo parte do convento de S. Francisco para se edificar uma escola primária do legado do Conde de Ferreira, as quais foram enviadas às respectivas comissões.

1885 — Prestam juramento sobre espadas, por não haver ainda bandeira, depois de eloquente discurso do capelão, grande número de recrutas do novo regimento de infantaria nº 20.

1892 — O presidente da Sociedade Martins Sarmento, Dr. Avelino da Silva Guimarães, em um bem redigido ofício da sua lavra, complemento ao de 16 deste mês e ano, pede ao arcebispo dispensa coral para os cónegos professores do seminário obrigados a duas aulas diárias.

1899 — A Câmara, por proposta do presidente, aprovou a nomeação de duas comissões para estudarem e apresentarem o resultado dos seus trabalhos, um acerca das obras e melhoramentos a realizar na cidade e outra acerca das obras e melhoramentos a realizar nas freguesias rurais.

1924 — Portaria nº 38-85 autorizando a Irmandade da Penha a conservar a propriedade da casa (hotel) para casa do despacho e arrecadação de alfaias.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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23 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (357) José de Guimarães V

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 24 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1577 — João Gonçalves, sapateiro, da rua Sapateira, fez procuração para lhe haverem do tesoureiro de El-rei 6$010 réis do tempo que serviu de soldado em Tânger.

1643 — A mesa da confraria do Santíssimo Sacramento, da Colegiada, tendo obtido licença do Cabido e consentimento do D. Prior para poderem fazer uma sacristia e abrir porta para ela na ilharga do cruzeiro de Santa Ana e não passasse do friso para não tirar a vista, por escritura na nota do tabelião Francisco Veloso, obriga-se a mandar construí-la na forma sobredita e a fabricá-la e repará-la. Era juiz Diogo Leite de Azevedo, fidalgo da casa real e escrivão Manuel Monteiro de Magalhães, infanção.

1750 — Por escritura lavrada pelo tabelião Henrique Carlos de Araújo, Tadeu Luís António Lopes de Carvalho Fonseca e Camões e sua esposa, concedem licença à irmandade de Santo António, erecta na igreja de S. Francisco, para reformar o altar e arco da capela do dito santo, de que ele é administrador como descendente do instituidor Diogo Lopes de Carvalho.

1767 — Caiu a um poço em Margaride de Cima, freguesia da Costa, António Gonçalves, do lugar de Linhares, da freguesia de S. Tomé de Travassós, e a 25 foi achado morto pela mulher do caseiro no mesmo poço e se julgou por todos ter caído à noite indo-se recolhendo à dita casa, pois que ao anoitecer fora visto de várias pessoas a passar pela rua do Cano, de Guimarães. No mesmo dia o foi levantar a justiça do juiz de fora, e depois foi acompanhado pelo povo da freguesia, como era costume e enterraram-no no meio do adro da Costa em uma sepultura que tinha uma lua redonda e foi embrulhado em um lençol que deram por caridade. - Livro dos Óbitos.

1774 — Carta nomeando professor de retórica na vila de Guimarães, por 3 anos, com o ordenado anual de 280$000 réis cobrado na folha dos professores da comarca e Câmara da mesma vila, a Henrique de Sousa.

1821 — É eleito, por aclamação, secretário interino, na sessão preparatória das cortes, o vimaranense João Baptista Felgueiras.

1836 — De madrugada apareceram afixados em algumas portas da vila pasquins escritos em letra redonda fingida de "vivam estes, morram aqueles, etc."

1847 — "De tarde deram-se nesta vila alguns foguetes por ser confirmada a patente de Tenente-Coronel ao padre José da Lage, um dos chefes das forças populares no tempo da Maria da Fonte, e hoje do Sr. D. Miguel". P. L.

1882 — Reúnem-se com o administrador do concelho e a seu convite o subdelegado e todos os mais facultativos assistentes em Guimarães, para acordarem nos meios mais eficazes de combater e debelar a epidemia que estava grassando na cidade.

1886 — A Associação Comercial reúne para resolver sobre o procedimento a seguir perante os acontecimentos relativos à questão de Braga e Guimarães.

1886 — Grande comício, promovido pela comissão de vigilância, no salão da Associação Artística Vimaranense em que foram apresentadas mensagens de diversas corporações aderindo às resoluções tomadas pela comissão de vigilância sobre "A União ao Porto".

1892 — A Academia do seminário reúne e delibera que usem de capa e batina todos os académicos, uniforme igual ao dos seus colegas dos diversos liceus, que se dediquem a cursos superiores.

1899 — Às 5 horas da tarde, quando o boticário Francisco António Alves Mendes estava exercendo a profissão na sua farmácia no terreiro de S. Francisco (praça de Afonso Henriques) apareceu à porta da mesma José Ribeiro (era atordoado) "O Pianha", casado, do largo do Trovador, e disparou um tiro de revólver contra aquele seu primo (que também era como ele atordoado), não lhe acertando, mas sim numa estante do laboratório, onde causou diversos estragos.

1900 — A Câmara resolve mandar pôr os dísticos da rua de D. Afonso Henriques e a numeração dos respectivos prédios, bem como os dísticos da rua de S. Sebastião e da travessa de Camões.

1902 — Falece às 2 horas da madrugada o general de brigada reformado, Tomás Júlio da Costa Sequeira, "O Caquinha", que aqui assentara residência desde que veio para tenente-coronel de infantaria nº 20. Deixou a sua livraria à Sociedade Martins Sarmento e ao tesouro da Nossa Senhora da Oliveira uma relíquia do Santo Lenho, guardada em caixa elíptica de prata, trazida de Roma em 1795 por seu tio Domingos António Sequeira, oferta do Pontífice Pio VI.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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22 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (356) José de Guimarães IV

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 23 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1387 — Por carta régia, passada em Guimarães, foi dada a Fernando Afonso Correia a honra de Lanhas (hoje incorporada na freguesia de Santa Maria de Airão), que tinha sido deixada por Leonor Afonso, aia que foi do infante D. Dinis, em testamento a seu sobrinho Diogo Afonso, o qual andava em serviço de El-rei. - Torre do Tombo, chancel. de D. João I, fl. 179.

1400 — Foi sagrada a capela-mor (anterior à actual) da igreja da Colegiada, mandada edificar por El-rei D. João I. Foi sagrante o bispo de Coimbra, D. João de Azambuja com licença do arcebispo de Braga, D. Martinho de Miranda, que teve por assistentes o arcebispo de S. Tiago da Galiza, D. João Manrique, e o bispo de Cidade Rodrigo, D. Rodrigo. Estiveram presentes El-rei D. João I e sua esposa D. Filipa, e o filho bastardo de El-rei, d. Afonso, conde de Barcelos e mais tarde duque de Bragança.

1610 — O cónego magistral, licenciado Gonçalo Velho, faz doação à Misericórdia de que era provedor o cónego Jerónimo Carvalho da Fonseca, do dinheiro dos depósitos que estavam feitos dos foros que se deviam do casal do Assento da igreja de S. Pedro de Azurém do tempo em que D. João de Bragança, ex-Bispo de Viseu, foi D. Prior de Guimarães, e dá-lhe procuração para poder receber o que seria gasto metade com os pobres necessitados e metade para consertar a capela-mor - Nota de J. Bertholes.

1621 — A Câmara deliberou que não houvesse venda na Cruz da Argola, por ser em muito prejuízo desta vila, mandando notificar o homem que estava a vender no dito lugar, que incorreria na pena de dois meses de cadeia se vendesse coisa alguma ou se recolhesse pessoas ou almocreves.

1638 — Faleceu no real mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, com fama de santidade, a soror Antónia da Assumpção, natural de Guimarães, educada no mesmo convento, onde concertou e armou a capela de Jesus, colocando nela a imagem de Cristo com a cruz às, costas "a obra de mais espírito que tem este mosteiro" - Hist. Serph. Tom. 2º

1731 — Provisão da Junta dos 3 Estados, dirigida ao Corregedor para ele taxar quanto deviam levar para papel, penas e tinta e por escrever os escrivães do lançamento dos 4 e meio por cento, a fim de cortar os abusos existentes e exorbitantes.

1830 — Sai o Bando da Câmara na forma o costume, levando uma guarda de honra de voluntários realistas, publicando o luto que se havia de ter pela morte da imperatriz - rainha D. Carlota Joaquina. Enquanto o Bando andou fora dobraram os sinos em todas as torres da vila. P. L.

1831 — Cai uma casa na Estrada Nova ao pé da "racha-cus", escapando milagrosamente a gente que estava dentro dela. Supõe - se que caiu pelo grande temporal que nesta noite houvera, e que já há dias tinha feito grandes estragos em diferentes partes. P. L.

1832 — Chega uma leva de 8 padres presos por opiniões políticas, que estavam no aljube de Baga e marcham no dia seguinte para a província da Beira. P. L.

1836 — Portaria, por resolução régia de 19 de Dezembro de 1835, revogando a concessão da água do mosteiro da Costa para fornecimento da vila, pois causava um prejuízo de 6 contos de réis ao convento, e havia água bastante se fosse bem aproveitada.

1881 — Falece no Brasil às 4 horas da tarde, tendo 58 anos de idade o maestro Francisco de Sá Noronha. - Vid. Diccio. Portugal, 5- 106.

1910 — José Fernandes, proprietário, do lugar da Madalena, pegou na espingarda para ir caçar melros, ela disparou-se e levou-lhe os dedos das mãos de que foi preciso operá-lo.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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21 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (355) José de Guimarães III

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, sem data.

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Efemérides vimaranenses: 22 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1637 — O Cabido multa o arcediago Jerónimo da Rocha Freire em 6 dias de risco dos vencidos e o capelão (cónego cura) António Coelho em 2 dias idem, não só pelas afrontas e más palavras que entre si tinham trocado dentro da igreja, como por aquele querer dar neste com uma tocheira.

1668 — A mesa e definitório da Misericórdia resolveram aceitar o legado de 300$000 réis que os padres Francisco Ferreira e Leandro Correia, residentes no seu eremitério do Bom Jesus de S. Roque queriam instituir, para a Misericórdia lhes dar anualmente e aos padres sucessores que assistam no dito eremitério, 10$000 réis para dizerem 100 missas por intenção deles instituidores.

1708 — Provisão régia ordenando ao Juiz de Fora de Guimarães que imediatamente prendesse os ciganos que achasse e tinham entrado neste reino sem serem naturais dele, e os que fossem naturais, filhos e netos de portugueses com hábito, génio e vida de ciganos, que assistissem dentro na sua jurisdição, os obrigasse a que se vestissem do costume do reino e não consentisse trazerem traje particular, constrangendo-os também a tomarem domicílio certo de onde não sairão sem licença régia nem andariam vagabundos em quadrilhas pelo reino, e com os que assim não fizessem se praticariam as penas das leis sobre esta matéria mandadas publicar, e na execução desta diligência lhe havia por muito recomendado para que pusesse todo o seu cuidado e desse conta do que nela obrasse por mão do secretário da real Câmara e do despacho da mesma do Desembargo do Paço, advertindo-lhe que esta ordem ficava registada para dela lhe ser pedido conta, e de qualquer descuido que tivesse na sua execução, seria severamente castigado.

1722 — Pela vereação foi permitido ir buscar pão e milho ao Porto e outras partes, livremente, devendo ser vendido somente na casa do recolhimento.

1767 — Falece frei Manuel de S. Dâmaso, franciscano da província da Soledade em Portugal, o qual deixou várias obras escritas.

1827 — "Por ser o aniversário da imperatriz, mulher do Sr. D. Pedro IV, vem ao Campo do Toural o corpo dos Voluntários Reais de D. Pedro IV desta vila e aí dão vivas ao Sr. D. Pedro IV, à imperatriz sua esposa, à Sr.ª D. Maria II e à infanta D. Isabel Maria. P. L.

1838 — A administração do concelho emprega os meios para descobrir os ladrões das pratas e vasos sagrados de Santa Maria de Airão. A 1 de Março de 1838 a Junta intenta processar o pároco por este roubo.

1864 — O Governador Civil Januário Correia de Almeida (conde de S. Januário) e o seu secretário geral, chegam a esta cidade e seguem para a vila de Fafe, por causa dos conflitos que lá tinha havido na eleição da comissão do recenseamento, em que um oficial da administração e outro da fazenda, armados de revólveres e facas, tentaram contra a vida do deputado Joaquim Ferreira de Melo e de um seu sobrinho, desarmando estes, os agressores, na presença dos 40 maiores contribuintes que se retiraram horrorizados pelo sucedido sem realizarem a eleição.

1888 — Grande comício no Salão da Associação Artística Vimaranense para representar ao Governo contra o projecto de lei que obrigava as corporações religiosas a depositarem os capitais na caixa geral dos depósitos.

1888 — Sobe 2ª vez no seu balão "La Sirene" Mr. Felix Barreaux no mesmo local e hora do dia 15. Subiu 500a 600 metros e caiu na Vaca Negra.- Esta ascensão foi no dia 23, por causa do comício de ontem.

1904 — Foi entregue ao poder judicial e deu entrada na cadeia civil, José da Silva Oliveira, "O Zezinho de Segade", reconhecido assassino de Francisco Ribeiro Martins da Costa (Agra).

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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20 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (354) José de Guimarães II

José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1976.

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Efemérides vimaranenses: 21 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1162 — O arcebispo de Braga, D. João Peculiar, consagrou a igreja de Vila Nova de Infantas a Santa Maria.

1606 — Em sessão de Câmara, o pedreiro Domingos Manuel, morador na rua Caldeiroa, arrematou por 7$600 réis fazer o conserto do Pelourinho, e Martim Gonçalves, morador nas Hortas do Prior, também por arrematação, obrigou-se a tanger, durante o ano, o sino de correr desta vil, por 6$000 réis.

1826 — Cai do Arco da Cruz da Argola um homem e morre logo. P. L.

1847 — Chegou a esta vila o padre José Laje e mais alguns voluntários de El-rei, os quais vinham de Braga, por lhe constar o ter chegado a Vila Nova de Famalicão uma força do Porto, comandada, segundo se dizia, pelo Barão de Almargem. Era pela Junta do Porto. P. L.

1869 — Despacho do Ministro do Reino, concedendo licença à Misericórdia para adquirir por compra um terreno indispensável para regularizar a edificação do seu novo hospital.

1887 — 6ª feira. Por ordem da Câmara principia a demolição da capela de S. Tiago, sita no lugar do mesmo nome, antiga Praça do Peixe, e depois Praça de S. Tiago.

1889 — Reúne a Associação Comercial para tratar da questão da selagem de tecidos, e delibera representar e El-rei para revogar o decreto e regulamento.

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19 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (353) José de Guimarães I


José de Guimarães, sem título. Serigrafia, 1977.

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Efemérides vimaranenses: 20 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1374 — Foi provido pelo Cabido, neste dia, na dignidade de Chantre de Guimarães, que estava vaga por óbito de D. Vicente Domingues, João Lourenço, abade da Teixeira, o qual, pelo D. Prior Gonçalo Vasques, foi julgado indigno desta dignidade, apresentando nela o cónego Gonçalo Raymondo ou Reymonde, mas aquele João Lourenço obteve em seu favor sentença apostólica, e, em virtude dela, foi-lhe passado em Roma mandado de capienda possessione.

1644 — Os fregueses de S. João das Caldas, na nota de António Nogueira do Canto, fazem obrigação de dar o azeite necessário para a lâmpada do SS. Sacramento que desejavam ter permanente na sua igreja, para o que hipotecaram uma herdade que possuíam há mais de 100 anos no lugar da Casa Nova de fronte do casal das Portelinhas que lhes haviam deixado para a freguesia umas mulheres chamadas as Boas Donas com obrigação de certas por suas almas.

1776 — Provisão régia concedendo aos administradores do albergue da rua Sapateira a extinção da obrigação de duas missas semanais rezadas na sua capela; uma cantada em dia de Nossa Senhora das Neves e outra rezada em dia de S. Miguel; 6 rezadas no convento de S. Domingos e duas rezadas no convento de S. Francisco, por os bens legados não chegarem para o seu cumprimento.

1811 — Os mestres examinados do ofício de sapateiro, conforme o costume, reúnem-se na sua capela do Anjo e fazem eleição de novos juízes e escrivão, a cujo acto os juízes e escrivão que estavam servindo não compareceram e foi preciso obrigá-los judicialmente a fazerem entrega do Império.

1824 — Na capela de S. Crispim, concluída a eleição dos juízes dos ofícios de sapateiro, deliberam: "como nós eleitos mestres examinados deste ofício nos achamos juntos neste acto pelo muito que nos desgosta o mau comportamento de alguns mestres menos prudentes que quase todos os anos acontece interromper este acto de eleição com desordens e tomas e averiguações sem respeito à capela e imagens que nela se veneram, motivos porque determinamos que de hoje em diante esta nossa eleição seja feita neste mesmo dia vinte de Janeiro de cada um ano mas será feita pelas nove horas da manhã e não mais tarde como até aqui se fazia.

1844 — "Indo a passar a Ronda de S. Sebastião, que a Câmara e Cabido desta vila costuma fazer pelo Cano, tomaram medo uns bois que estavam com um carro e fizeram virar o carro por cima do lavrador que os tinha seguros pela soga, ficando o mesmo lavrador muito mal tratado." P. L.

1845 — O Vigário de Azurém, padre Francisco (da Bornaria) José Vieira, deixou no arquivo paroquial um livro, com notas, em que diz que neste dia 20 foi feito (acabado) o torreão do sino das irmandades do Rosário e das Almas (é o da frente da igreja); também diz: o turíbulo e naveta de prata lhe foi entregue e disse-lhe Francisco da Costa, da Quintã, que seu pai, Paulo da Costa, os guardara no tempo da invasão francesa, e parecia ser de Nossa Senhora do Rosário, em que ele nesse tempo era mesário, e parece que tesoureiro.

1858 — Faleceu Manuel José Fernandes da Silva, "O Cidade" pai, negociante de bezerros na rua Nova do Muro.

1863 — 3ª Feira - De tarde, andando dois rapazes, José Francisco de Almeida "O Patacão" e um criado de António (Roda) Mendes Ribeiro, a jogar o pau na rua de Couros, para se divertirem, este caiu vítima duma pancada que aquele lhe deu na testa, e momentos depois expirou.

1864 — Festa e procissão de S. Sebastião. A procissão, entrando, na forma do costume, na igreja de S. Domingos não foi recebida pelo capelão, o que foi muito estranhado.

1883 — Sábado. Tendo falecido D. Margarida Fortunata Veloso da Silveira, da casa dos Pombais, o filho Francisco António da Silveira, mandou vir de Braga um carro funerário que para lá transportasse o cadáver a fim de ser sepultado. Quando o carro chegou, ele Francisco António pagou o frete, despediu-o e mandou alugar o da ordem terceira de S. Francisco desta cidade, no qual fez conduzir o cadáver para aquela cidade, acompanhado noutros carros pelo o pároco e por outras pessoas. Quando à noite o carro chegava com o cadáver às proximidades de Braga, saiu-lhe ao encontro uma multidão de homens armados de paus e de outros instrumentos, intimando violentamente aos que o acompanhavam o cadáver, surgiu um sério e vergonhoso conflito, em que se distribuíram algumas pancadas, e em que, sem respeito aos restos mortais, a gente de Braga agarrou violentamente no cadáver, e, apesar dos protestos dos que tinham recebido da família a comissão para o acompanhar, transferiu-o para o outro carro, e seguiu com ele para Braga, onde entrou ufana do seu feito.

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18 janeiro, 2007

Tesouros sarmentinos: (352) Peso (padrão)

Padrão de peso, em bronze, de oito arráteis (3,700 kg) com uma pega. Séc. XV-XVI.

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Efemérides vimaranenses: 19 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1236 — D. Sancho, em Coimbra, confirma a carta de imunidade dos cónegos e seus serventes, dada por seu avô, para que os não peitem de voz nem calúnia. - vide V. M. H. doc. 221, fl. 203.

1661 — Em vereação: foi proibida aos mesteirais vender vinho de pessoas eclesiásticas e estas o venderão onde lhes parecer por pessoas de suas casas.

1792 — No ano passado, 1791, Francisco de Oliveira Ribeiro, que em tempo teve no Porto teares para fabricar toalhas adamascadas e tecidos de algodão (vide 20 de Setembro de 1781) e veio para Guimarães auxiliado pelo Corregedor José Diogo de Mascarenhas Neto que sempre lhe deu todo o auxílio e protecção, e estabeleceu uma fábrica de tecidos de algodão, adamascados, toalhas, guardanapos, lenços, etc., no Miradouro, mas por falta de água não podia tê-la em contínua laboração, pede à Rainha licença para aforar 400 metros em quadrado de terreno baldio no monte da Ínsua do Barco, freguesia de S. João de Ponte, que confronta com a estrada para Braga, par aí estabelecer a fábrica e oficinas para os operários, etc. A Câmara mandada ouvir respondeu em 19 de Janeiro de 1792 que era muito terreno pedido e se devia limitar para não ser prejudicada a agricultura, principal indústria, como a falta de matos.

1809 — Abriu-se a aula de retórica e poética no convento de S. Domingos, regida por frei António Pacheco.

1847 — "Chegaram a esta vila alguns presos que estavam nas cadeias de Braga, conduzidos por voluntários de El-rei, por se recear que viesse aquela cidade o Barão do Casal, ou força da sua brigada. Esta vila continuava a sofrer o grande peso dos aboletamentos, tendo deitado mais alguns àqueles que já tinham seis e oito". P. L. Os presos vieram acompanhados por uma escolta de voluntários de El-rei, pertencentes ao batalhão de Braga, organizado pouco tempo antes em Guimarães, ao mesmo tempo que o desta vila, tendo este, por comandante um indivíduo de apelido Cutalho. Este dois batalhões tinham bastante gente, recebendo cada uma das suas praças 160 réis diários. Nada tinham com os antigos voluntários realistas. Estes também foram chamados a alistar-se, mas, não obstante serem ainda vivos muitos, foi limitadíssimo o número dos que se apresentaram.

1877 — Portaria do ministério das obras públicas, concedendo à Câmara de Guimarães o subsídio das obras públicas de 1.367$881 réis, equivalente à terça parte da quantia orçada, para a construção do lanço da estrada municipal de Guimarães a S. Torcato, situado entre o rio Selho e S. Torcato, no comprimento de 2.676,16 m.

1889 — O Deputado progressista, ex-administrador deste concelho, capitão Francisco José Machado, apresentou na sessão da Câmara dos Deputados um projecto, que não vingou, para reorganização da Colegiada.

1890 — Realizou-se no teatro de D. Afonso Henriques a assembleia da Sociedade Martins Sarmento, em forma de comício, para aderir ao movimento patriótico do país contra o proceder da Inglaterra.

1917 — Na noite deste dia, 19 para 20, foi arrombada por meio de chaves falsas a igreja de Sta. Maria de Silvares, e roubados 1 cálice com patena e 2 vasos.

1919 — Implantação da Monarquia, a qual durou 25 dias.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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