31 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 1 de Setembro

O Quartel de Guimarães, em 1920.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1682 — A mesa da Misericórdia admite para médico do seu hospital com o partido anual de quatro mil réis o doutor Martinho de Azevedo, "por sentirem (os mesários) ser em utilidade dos doentes melhor assistidos".

1729 — Provisão isentando os frades de S. Francisco de pagarem os 5 réis a mais em arrátel de lombo que compravam, por serem pobres, e que pretendiam receber na forma concedida os frades Capuchos.

1750 — Carta régia participando à Câmara que no dia 7 será a coroação e exaltação ao trono de D. José para se fazerem as demonstrações de alegria. Houve fogo de artifício, luminárias, repiques e a nobreza se vestiu de gala.

1792 — Em vereação foi assente com a nobreza e povo, que era de utilidade os aforamentos pretendidos para edificar casas na praça do pão da alfândega. Alguns opuseram-se, por ser melhor ali continuarem as padeiras.

1832 — O juiz de fora manda embargar nas lojas de ferragens desta vila, serras grandes e pequenas, enxós e verrumas, etc., para mandar para o exército do sr. D. Miguel, por assim lho haverem requisitado. PL.

1843 — Foi a justiça a casa de um lavrador, chamado João da Costa, irmão da amásia de Gaspar Leite do Cano, para dar busca, para ver se encontravam uma grande porção de prata (eram 12 arrobas), que estava em um falso na casa do Cano, a qual se supunha ter sido roubada pelo tal João da Costa, por a irmã lhe ter entregado a chave do quarto onde estava o falso e este a não querer entregar. PL.

1869 — Carta, por despacho de 16 de Agosto, nomeando cavaleiro de hábito de Cristo ao industrial de curtumes António (o Roda) Mendes Ribeiro.

1888 — Chegaram no comboio, das dez da manhã, vindos do Porto, 4 sinos afinados que os artistas de curtumes mandaram vir para no próximo dia 8 oferecerem a Nossa Senhora da Penha. Os artistas trouxeram-nos da estação para a rua de Couros com grande festejo, às 5 horas da tarde.

1893 — No Convento de Santa Clara fez-se arrematação dos móveis pertencentes ao espólio do mesmo suprimido convento.

1904 — É a data do Compromisso da "Sociedade Anti-fumista de Guimarães" assinado por 9 sócios instaladores.

1912 — Domingo.- Pela última vez, a banda de música do 20 de infantaria (já muito escangalhada) tocou no jardim, e no dia 4 deste mês na parada do quartel.

1923 — Sábado.- Em comboio especial chegou às 4 horas da tarde o ministro do comércio, acompanhado do administrador geral interino dos correios e telégrafos e do inspector de Obras Públicas, visitou a nossa exposição industrial e agrícola concelhia, que em seguida foi encerrada.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (212) António Chaves

António Chaves, por José de Meira

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30 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 31 de Agosto

A Avenida do Comércio (Actual D. Afonso Henriques), em 1915

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1661 — Os ministros, Câmara, gente da governança, etc., acordaram aceitar a carta de El-rei de 19 de Julho deste ano em que manda dobar a sisa por tempo de dois anos, para dote de casamento de sua irmã, a infanta D. Catarina com seu primo el-Rei da Grã Bretanha, de cuja aliança virão grandes bens ao reino. A Câmara escreveu neste mesmo dia a el-Rei e ao Conde de Prado relatando-lhes a resolução tomada. El-rei escreveu em 8 de Outubro, agradecendo.

1834 — Luminárias e repiques por ter chegado a notícia de continuar o sr. D. Pedro a ficar regente durante a menoridade de sua filha, conforme o tinha nomeado as cortes.

1884 — Carta régia estranhando, como por outra de 28 de Agosto de 1663 já fora feito que o Cabido não acompanhasse as procissões da Câmara, só pelo facto desta lhe não dar parte, e por cujo motivo não houvera a procissão do Anjo Custódio: manda que embora já passasse o dia, se faça a procissão e o Cabido a acompanhe, quando for avisado, e que o mesmo Cabido acompanhe as demais procissões da Câmara sem que esta tenha obrigação de o convidar, por terem dias certos e ser obrigação do Cabido, à excepção da do Anjo Custódio por não ser em dia certo e determinado.

1887 — A comissão executiva da Câmara Municipal aprovou o projecto e orçamento da obra da cobertura metálica do castelo, cuja conservação estava a seu cargo.

1890 — Reúne a Associação Comercial para tomar resolução de manifestação de agradecimento a quem mais se distinguira em serviços prestados para a consecução da restauração da Colegiada e construção da avenida para a estação de Vila Flor. Foram aprovados projecto de mensagens e as propostas para serem aclamados sócios honorário os ministros das Obras Públicas e da Fazenda; votos de louvor a diversas pessoas que prestaram valiosos serviços, consignadas na acta, aos ministros da Fazenda, da Justiça, das Obras Públicas, ao Conde de Margaride, Francisco Agra, Visconde de Sendelo, dr.Avelino da Silva Guimarães : aclamados sócios honorário, além dos conselheiros Lopo Vaz e Arouca, o Francisco Agra, Conde de Margaride, Visconde de Sendelo e António de Moura Soares Veloso. Sobre a pretensão dos empregados do comércio de Lisboa, para a folga aos domingos, foi resolvido autorizar a direcção a proceder conforme o fizessem as outras associações do país. As mensagens foram uma para os ministros da fazenda e da justiça, com respeito à Colegiada, e outra para os ministros da fazenda e obras públicas, com respeito à avenida de Vila Flor.

1892 — Na Câmara foram arrematados o altar do Senhor Jesus, o retábulo e tribuna da capela-mor e sanefas da mesma, da igreja de S. Sebastião, por 246$000 réis !!!, por Manuel Pinheiro Caldas Guimarães, para a nova igreja de Taboadelo.

1911 — No jardim ao executar-se "A Portuguesa" um indivíduo conservou-se coberto, um militar admoestou-o e chegou a agredi-lo pelo que se envolveram em desordem, sendo dada voz de prisão a ambos os contendores. O administrador do concelho dirigiu-se ao local, mandou-os pôr imediatamente em liberdade e comparecer na Administração no dia imediato.

1912 — Sábado. - Neste dia e nesta cidade foi preso o estimado abade de Vila Nova de Sande, João Cândido da Silva, por ser muito monárquico.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (211) Zé Caldas (errata)

Zé Caldas (corrigenda à caricatura apresentada no dia anterior), por José de Meira

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29 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 30 de Agosto

A Penha em 1923

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1567 — O cónego mestre escola Baltazar de Andrade, faz doação do padroado do mosteiro conventual de Santa Clara da observância da invocação de Nossa Senhora In Ara Coeli, que ele fundrara, à infanta D. Isabel e seu filho D. Duarte, juntamente com Francisco de Andrade tesoureiro-mor e Torcade Peres de Andrade mestre escola na Colegiada, ficando por morte deste, aqueles e seus sucessores padroeiros in solidum.- Nota de Manuel Gonçalves (está muito danificada).

1603 — Acaba a vida com violência em S. Lucar de Barrameda, onde foi executado, o dominicano frei Estêvão de S. Paio, por trabalhar pela independência da sua pátria. Este ilustre vimaranense traduziu e editou algumas obras.- Vide dicionário "Portugal", vol. 6, pág. 522.

1737 — Provisão autorizando Alexandre de Palhares e Brito, fidalgo da casa real, de Monção, a tapar os alpendres que havia nas suas casas do Toural, como já outras se taparam.

1738 — Provisão autorizando a pagar 7$000 réis de salário anual a cada ama de enjeitado (eram 4$000 réis), que seriam pagos pelo cabeção das sisas quando excedessem a dez, que a Câmara tinha obrigação de sustentar, e ficando cassada outra provisão que concedia 50$000 réis para este fim.

1745 — Provisão, a requerimento dos cónegos curas da Colegiada que baptizavam todos os expostos da vila e termo dando-lhe a Câmara 120 réis por cada um, mandando que a Câmara lhes dê cada ano 3 velas de cera de arrátel para assistirem nos baptizados dos ditos expostos.

1846 — Deram um tiro no frei Francisco Quatro-olhos, o qual lhe acertou nas pernas. O tiro foi dado de madrugada e presumia-se que fosse por ter ido a uns pêssegos (havia por este tempo uma súcia que quando queria ir fazer um roubo dizia vamos aos pêssegos) a um lavrador das partes do Cavalinho. PL

1888 — É assentada a 1ª pedra da torre da Penha mandada construir pela Irmandade.

1901 — Foi removido para a Relação do Porto, para segurança, preso Júlio de Campos, suposto assassino de Francisco (Agra) Ribeiro Martins da Costa.

1929 — Veio em procissão de penitência ad petendam pluviam Nossa Senhora da Lapinha.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (210) Zé Caldas

O Zé Caldas, por José de Meira

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28 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 29 de Agosto

o Padrão de S. Lázaro, numa fotografia estereoscópica de 1858

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1595 — Na Inquisição de Lisboa compareceu Francisco Fernandes, mercador de Guimarães, residente em Lisboa por causa de certo negócio que trazia nos Contos, e denunciou Violante dos Santos, cristã nova, por judaizar.

1626 — O pedreiro Cristóvão Fernandes, faz obrigação à Câmara de consertar a fonte de S. Gualter, fazendo-a muito segura, com boa pedra e a gosto dos vereadores, obedecendo ao seu comissionado, por preço de dois mil reis; o comissionado era Luís Pais.

1680 — Provisão régia mandando cortar as pontas dos touros que se houverem de correr, para evitar desgraças.

1776 — A abadessa do Convento de Santa Clara, D. Jerónimo Quitéria de S. José, obtém deferimento do arcebispo para que a proibição de fazer doces para fora, no seu convento, tenha princípio na 1ª dominga do Advento, como concedera aos mais conventos da vila e não no dia de Todos os Santos, finalizando em dia de Reis.

1833 — Foram alguns voluntários realistas da divisão que aqui estava, aos campos das quintas de Vila Pouca e tiraram bastantes feijões, vagens, etc. Os criados e caseiros de Vila Pouca bateram em alguns, o que fez com que acudissem mais soldados e que fizessem uma grande desordem, chegando a dar tiros e a ficar alguns feridos. Estes voluntários eram os que estavam aquartelados no Convento da Costa. PL.

1864 — 2ª feira. - Às 6 horas da tarde foi de novo colocada, com grande pompa e solenidade, a cruz do histórico padrão de S. Lázaro, que no ano passado foi removido do sítio em que estava assente, para outro próximo. O acto foi feito com assistência do governador civil, Câmara Municipal, administrador do concelho, Cabido, mesas de algumas corporações e vários titulares e cavalheiros. No largo de S. Lázaro estava levantado um pavilhão, onde se fez e assinou a acta da solenidade. A rua de D. João I estava toda endamascada e embandeirada, subindo ao ar muitos foguetes e tocando duas músicas, sendo uma paga por diversos moradores da dita rua para celebrarem a inauguração do tanque da mesma rua. À noite o tanque esteve iluminado e algumas casas desta rua, tocando ali a mesma música, a outra andou percorrendo as ruas da cidade.

1895 — Nos Paços do concelho reuniram os 40 maiores contribuintes e aprovaram por unanimidade a deliberação camarária, sobre a projectada linha americana de tracção a vapor entre esta cidade e Famalicão, que votava pela proposta dos engenheiros portuenses.

1903 — Saiu o nº 1 do jornal "Imparcial", semanário à 5ª feira, editor Francisco Ribeiro de Castro, proprietário e administrador Marcos M. F. Santos Guimarães.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (209) Conde de Margaride

O Conde de Margaride, por José de Meira

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27 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 28 de Agosto

"A Jóia"

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1211 — O D. Prior D. Diogo e o Cabido compram 8 casais e 3 quinhões doutro, sitos na vila Mirance, freguesia de Vila Chã, território do Porto, a Martinho Fernandes, Gonçalo Fernandes, seu irmão e suas mulheres, por 750 maravedis que El-rei D. Afonso II e a rainha D. Urraca sua mulher, deram em vida à igreja de Guimarães, para seu aniversário. - Vimaranis M. Historica, doc. 167, fl. 118.

1451 — Provisão passada em Lisboa, concedendo privilégios ao Convento de S. Francisco de Guimarães.

1599 — A Câmara, fugida por causa da peste, reuniu-se no Souto de André Vaz, sito na freguesia de Polvoreira, mandando entregar a frei Gaspar das Chagas, franciscano, provedor temporal dos pobres e enfermos, cada semana 30 alqueires de pão para os pobres da vila e 100 alqueires e 20 rezes para os do monte. (História Seraphica, tomo 1º, cap. 33).

1670 — Em vereação deliberaram proibir os marchantes levassem a caveira e dentes dos bois para a dar por contrapeso, mas só a queixada limpa; e não tenham as tripas em gamelas com água, mas sim em canastras para estarem enxutas.

1745 — O vigário da freguesia de S. Torcato, José da Silva, empresta um conto de reis a juro de 3 por cento às freiras de Santa Clara para correrem com as obras que traziam no convento.

1846 — À noite foi preso um barbeiro do terreiro de S. Francisco e mais outro indivíduo por dar vivas a D. Miguel. Também procuraram o servo da Ordem 3ª de S. Francisco e outros pelo mesmo motivo. Parece que os vivas foram em consequência de virem bêbados, pois vinham da romaria da Senhora das Neves. Os vivas foram dados lá para o Cano e em uma taberna, ou junto dela. PL.

1887 — Saiu o 1º número de " A Jóia" formato pequeno, revistas quinzenal literária, dedicada às damas vimaranenses. Redactores Domingos Guimarães e João Otnip. O nº 8 da 2ª série saiu a 10-IV-1888 e parece ser o último.

1889 — A comissão de melhoramentos na Penha faz entrega à comissão municipal de uma representação dos habitantes de Guimarães, pedindo a construção de uma estrada para a Penha, lembrando o desejo de que ela passe pela Costa. Foi tomada em consideração para ser apresentada à Câmara.

1890 — Parte de manhã para Famalicão o "Papa Açúcar", devendo depois recolher à Relação do Porto. Ontem, depois das 10 horas da noite, da prisão enxovia donde ele estava com outros criminosos foram arremessadas algumas pedras aos transeuntes que passavam pelas imediações, tendo de se porem a coberto os cabos de polícia que guardavam a cadeia, porque também foram contemplados com pedras. O administrador foi à cadeia dar as precisas providências. Este apedrejamento foi o preso António Manuel Gonçalves, "O Catarino", acusado de fazer parte duma quadrilha de ladrões, arrancou um degrau duma sentina e reduzindo-o a fragmentos lançando-o ao ar, apedrejou depois com eles os transeuntes, sendo o seu comportamento péssimo, pois já diversa vezes fora repreendido pelo delegado do procurador régio.

1901 — A Câmara delibera iluminar a cidade a luz eléctrica.

1910 — Às 8 horas da noite, na Rua das Lamelas, Joaquim Meireles, solteiro, barbeiro, desta cidade, esperou que duma casa daquela rua saísse Francisco José de Faria, servo que foi da igreja de Creixomil, vibrando-lhe uma facada na parte inferior do olho direito fazendo-lhe um grande ferimento. Questão de mulheres.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (208) Zé Joaquim

Zé Joaquim, por José de Meira

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26 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 27 de Agosto

Pormenor da torre da Oliveira, a partir dos arcos da antiga Casa da Câmara

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1516 — Alvará régio, dado em Lisboa, deferindo a petição dos juízes, homens bons e oficiais desta vila na qual fizeram ver a el-rei tinham necessidade de "um relógio, com todos os seus aparelhos, feito de novo por se desfazer a torre em que estava e se fazer outra de novo; um chafariz que estava na praça ao pé da dita torre e pelo mesmo motivo se derrubara e era preciso fazê-lo de novo, melhor do que estava; uma casa do concelho como cumpria à vila, porque a que tinha era a pior do reino e muito desbaratada, e para alguns enjeitados que se davam a criar, porque a vila estava endividada em quarenta e tantos mil reis, e para as ditas obras e despesas careciam de mais duzentos mil réis, lhes concedesse (e concede pelo alvará) porem imposição de 1 real em cada arrátel de carne e pescado e em cada quartilho de azeite, dando licença, que para tal, fizessem pesos novos, para os géneros ficarem com o mesmo peso. E isto por um ano."

1619 — Diogo Lopes, mercador de Sevilha, foi intimado pela Câmara para em 6 dias sair da vila, onde estava desde 19 de Abril. Em 13 de Julho de 1619 disse em Câmara ter muito dinheiro para empregar. Tendo já outros vindo depois e feito suas compras e retirado, não lhe foi permitido a ele por ser de prejuízo para o povo e se retirasse em 6 dias sob pena de 50 cruzados. Ele agravou. Já aqui vinha há muitos anos comprar linho e pano de linho e empregar muitos mil cruzados. Vinham outros mercadores estrangeiros e os da terra tinham inveja por não comprarem barato. A Câmara diz ele fazia monopólio e se combinava com os outros mercadores para ser ele quem pusesse o preço. Sentença de 27 de Agosto de 1619, da Relação do Porto, negou-lhe provimento.

1750 — Neste dia e nos 2 seguintes celebraram-se exéquias na igreja de S. Francisco por El-rei D. João V. Estava na capela-mor um mausoléu com a maior grandeza e curiosidade que ser podia, muito cheio de cera e tendo as figuras seguintes: Guimarães, Religião Seráfica, Ordem 3ª e a Igreja, todas com seus estandartes e insígnias, no fim da pira um túmulo com uma coroa imperial por cima sustentada por 2 anjos, tudo debaixo de um rico pavilhão de seda roxa e ouro com belos franjões e gatões de ouro e anjos nele enlaçados, que certamente foi das melhores que se fizeram. No 1º dia foi com toda a grandeza o ofício dos frades de S. Francisco, a 4 coros de música e pregou o seu guardião frei Francisco Xavier Gramacho; no 2º dia foi o ofício da irmandade de S. Pedro e pregou o padre frei Luís de Jesus Maria Vinhais, visitador que tinha ido às ilhas; no 3º dia fez o ofício a venerável Ordem 3ª de S. Francisco, disse a missa o ministro da ordem, cónego Manuel dos Reis da Costa Pego e pregou o comissário da mesma.

1834 — Na portaria das freiras Capuchas apareceu morto um voluntário do batalhão móvel desta vila, com os testículos negros e esmagados, pelo que se presumiu que lhos esmagaram.

1846 — Principiaram a haver 3 correios semanais.

1847 — Foram presos nesta vila 2 trolhas que andavam a trabalhar em casa do Tojeira, por estarem a cantar "O Rei chegou" e foram conduzidos por soldados do destacamento de infantaria nº 3 para os quartéis e aí foram chibatados por ordem do capitão do destacamento, sem que os remetesse à autoridade competente!!!. PL.

1872 — Saiu o 1º e último número da "Justiça de Guimarães".

1884 — Às 2 horas da tarde desabou parte da cornija do palecete (dos Golias) das Lamelas, em obras, destelhado, pertencente a Manuel Ribeiro de Faria. Não houve vítimas.

1896 — Da cadeia desta cidade, onde dera entrada na tarde de 14 deste mês, foi removido para a comarca de Cabeceiras de Basto, acompanhado até Fafe por um oficial do juízo, onde ia responder, o falso padre Francisco António Vieira, que havia sido preso em Garfe quando almoçava, por ordem da autoridade administrativa, por ter dito missas e confessado algumas pessoas em diferentes localidades daquela comarca; tinha 19 anos, estatura média, trigueiro e muito falador, era natural de Arosa e baptizado em S. Victor de Braga. Há tempos tinha andado nesta cidade, regularmente vestido, de cara rapada, tinha prima tonsura conferida pelo cardeal bispo do Porto, implorando a protecção de algumas pessoas para a sua ordenação. Conseguindo alguns meios por este processo, safou-se para Cabeceiras e dedicou-se ao altar, dizendo missas, fazendo prédicas, confessando gente, etc., bateu em retirada e apresentou-se ao servo de Azurém e declarando ser o novo pároco, mandou tocar o sino. Reuniu-se bastante povo, fez uma prática e mais afirmou ser o seu novo pastor. Um proprietário da freguesia convidou-o para jantar o que ele aceitou. Depois da refeição, levantou-se e deu graças a Deus, ordenando que se distribuísse a todas as pessoas presentes, que não eram poucas, vinho e sal por penitência, para castigar o corpo e retirou-se. Não negou os factos, contando-os e, às vezes, a qualquer observação, ria-se maliciosamente. Tinha exame de instrução primária, português, francês e latim (1ª parte). Sabia as cerimónias da missa que aprendera com o reitor de Arosa, em casa de quem esteve algum tempo. Disse 4 missas, uma em Cavez, uma em S. Lourenço e duas em S. Bartolomeu. Confessou 9 a 10 homens em Cavez. Em princípios de Setembro seguinte foi remetido para Rilhafoles para ser examinado, por se julgar estar transtornado das faculdades intelectuais.

1908 — Decreto, porque, tendo sido satisfeitas as disposições do artigo 2º e seu § 1º das bases para classificação dos imóveis que devem ser considerados monumentos nacionais aprovados por decreto de 30 de Dezembro de 1901, há por bem determinar que o castelo de Guimarães seja considerado monumento nacional, ficando, porém o terrapleno, paiol e mais dependências pertencendo ao ministério da guerra.

1915 — Deram-se acontecimentos de carácter revolucionário monárquico. Um grupo de civis tentou assaltar, de madrugada, o quartel de infantaria nº 20 (escolas industriais, no campo do Proposto). Prenderam muita gente e foi em leva para a Relação do Porto, no dia 31 deste mês.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (207) António Carneiro

António carneiro, por José de Meira

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25 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 26 de Agosto

S. Torcato

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1750 — A mesa da real irmandade de Nª Sª da Oliveira mandou celebrar missas gerais (disseram-se 221 a 120 reis) e ofício de canto de órgão, com assistência de todas as comunidades, pela alma de El-rei D. João V, seu actual juiz. Também na manhã deste dia, por ordem do Senado, fez-se com grande aparato o acto da quebra dos escudos pela morte do mesmo monarca, cuja curiosa descrição se pode ler no livro das provisões, no arquivo da Câmara, e a fl. 68 e seguintes do meu livro das provisões existentes na Câmara.

1752 — O convento de Santa Clara, como herdeiro da sua abadessa Maria de Nazareth, vende o casal da Cantonha, situado na freguesia da Costa.

1804 — Portaria do arcebispo D. frei Caetano Brandão nomeando o desembargador da relação eclesiástica de Braga, Inácio José Peixoto, para procurador da diligência relativa ao exame sobre os milagres do glorioso S. Torcato, a fim de se fazer, como fez em 30 de Junho de 1805, a solene elevação do mesmo santo para ficar ao culto dos fiéis, em contínua exposição.

1832 — Vem ordem ao corregedor para aprontar escadas, padiolas, cestos, sacos, enxadas, picaretas, varas de salgueiro, etc., e remeter isto tudo para o exército do sr. D. Miguel que ainda se conservava nas imediações do Porto. Por isso, o corregedor manda pedir pelas freguesias da aldeia todos os objectos mencionados, e na vila manda embargar as enxadas e picaretas que havia nas lojas, remetendo tudo em carros e bestas. PL.

1845 — Pelas 8 horas da noite, chegou a Guimarães o ministro da Fazenda, Conde do Tojal, indo esperá-lo a Câmara e autoridades, assim como outras pessoas de distinção. Os empregados no serviço da nova estrada que se andava construindo para o Porto, conhecida hoje pela denominação de Estrada Nova, levantaram-lhe alguns arcos até à entrada da vila. Na sua entrada puseram luminárias os empregados públicos, muitos foguetes e tocaram repiques em todas as torres da vil. O Conde hospedou-se em casa de Domingos Cardoso, a quem vinha recomendado, tendo-lhe este preparado um grande jantar, onde pernoitou. Na manhã seguinte foi ver o castelo e quartéis, indo à Colegiada, onde foi recebido por uma deputação do Cabido. Da Colegiada dirigiu-se a casa do Barão de Vila Pouca, onde o Barão lhe deu um magnífico almoço. Pelas 4 horas da tarde partiu para o Bom Jesus do Monte, sendo acompanhado até fora da vila pelas mesmas pessoas que o tinham ido esperar. Quando passava no Toural, deram-lhe alguns assobios. Estes assobios foram motivados por constar que o referido ministro concordara no que os engenheiros haviam traçado no sentido de que a nova estrada, que se ia construir para Braga, fosse levada pelo fundo do extinto convento de S. Domingos, perto dos Pombais na direcção de Caneiros. PL.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (206) Rodrigo Pinheiro

Rodrigo Pineiro, por José de Meira

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24 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 25 de Agosto

D. Duarte

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1434 — Carta de el-Rei D. Duarte, dada em Évora de Alcobaça, confirmando a João Esteves, escudeiro do Duque de Bragança e Conde de Barcelos, a carta de El-rei D. João I, dada em Santarém a 5-V-1407 a Álvaro Gonçalves de Freitas, sobre a Quinta de Gominhães em S. João de Caldas.

1463 — El-rei D. Afonso V faz doação a D. Fernando, conde de Guimarães e a seus sucessores de todas as rendas, foros e tributos reguengos, herdades e casas que lhe pertencessem e à Coroa, na vila de Guimarães e seus termos, reservando somente para si a sisa que se lhe pagava de dez, do castelo de Guimarães, seus direitos, jurisdição e pertenças. O conde só principiaria a gozar desta doação por morte ou cedência do duque seu pai, a quem o mesmo rei tinha feito doação vitalícia.

1592 — Isabel Gonçalves, mulher não casada, moradora no Rio de Couros, presa na cadeia da correição, da procuração na nota do tabelião João Bertoles, para a demanda que lhe movia Heitor de Meira, escrivão em Guimarães, e seus irmãos, sobre a morte de Domingos de Meira, que corria no juízo do corregedor desta comarca.

1823 — Corrida de touros no terreiro do Campo da Feira em honra do visconde de Azenha Martinho Correia, pela sua chegada a esta vila no dia 16, continuando nos dias 27 e 31 a mesma corrida. PL.

1872 — Inauguração da Associação de Socorros Mútuos Vimaranense. Os seus primeiros estatutos tiveram aprovação em 5 deste mês e ano.

1907 — Domingo.- A Associação de Classe do Empregados do Comércio festejou a data em que principiou a vigorar o descanso semanal; duas bandas de música, sessão solene em que foram inaugurados os retratos de João Franco e do Dr. Carlos Lopes, lauto jantar e iluminação.

1910 — Ao meio dia, o dr. Alberto Pinheiro Torres fez conferência no salão do D. Priorado, estando presentes mui perto de 30 cavalheiros.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (205) Tralhão

O Tralhão, por José de Meira

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23 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 24 de Agosto

O povo e a primeira Constituição portuguesa.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1697 — O escultor Pedro Coelho, morador na freguesia de Gondar, por escritura feita pelo tabelião Nicolau de Abreu, obriga-se à Confraria do Senhor de S. Sebastião, a construir-lhe por 85$000 réis o retábulo e tribuna da capela-mor.

1737 — O D. Prior D. João de Sousa, escreve de Lisboa ao seu Cabido, louvando-o por fazer a festa de Nossa Senhora da Oliveira, a expensas suas, com a pompa do costume, evitando o escândalo de não haver a dita solenidade em razão da respectiva irmandade deliberar não a celebrar. A causa de tal decisão da real irmandade foi em virtude da ordem que o mesmo D. Prior aos súbditos para não que não tirassem a imagem de Nª Senhora para fora do seu camarim sob pena de excomunhão e igual pena para os que a acompanhassem em procissão.

1820 — Rebentou na cidade do Porto uma revolução na qual proclamaram a El-rei D. João VI, as Cortes e por elas a Constituição. PL.

1832 — O nosso cronista PL nada diz com respeito a este dia, em que segundo uma profecia duma santa mulher (sublinhado original) de Guimarães, tinha de ser arrasada a cidade do Porto. Assim o comunicou para a "Chronica Constitucional do Porto" um seu correspondente: "Correu em Guimarães que o exército miguelista entraria no Porto no dia 24 de Agosto. A mulher do pregoeiro desta vila, moradora à Torre dos Cães, começou a dizer no dia 23 a toda a vizinhança que na sexta-feira 24, se ia abrasar e queimar a cidade do Porto e todos os malhados, e que ela havia de ouvir no mesmo dia a missa das almas, para que elas ajudassem o sr. Gaspar Teixeira e sua divisão a queimar tudo. Com efeito, na sexta-feira de madrugada a boa mulher acendeu a vela a Santo António, e partiu para a missa; passado pouco tempo vão os vizinhos chamá-la para acudir ao fogo em sua casa, e como aqui não tocam os sinos a fogo, ardeu-lhe tudo, sem poder salvar um só traste". Ignoramos por que motivos os sinos de Guimarães não tocavam a fogo por esse tempo; o que sabemos é ainda no dia 8 desse mês, pelas 10 horas da noite, eles repicaram desesperadamente em todas as torres, por ordem do corregedor, apenas este recebeu notícia dos desastres que as tropas liberais sofreram em Souto Redondo (comentário do Abade de Tagilde no "Vimaranense").

1837 — Houve nesta vila repiques de sinos ao meio-dia e à noite por ser o aniversário da Constituição de 1820, e também houve luminárias por ordem da Câmara. Este dia foi festejado por ter sido abolida a Carta Constitucional dada por D. Pedro e ter sido proclamados em 9 de Setembro de 1836 os princípios da Constituição de 1822. PL.

1850 — Neste dia caiu neve em Guimarães e nos dias seguintes houve calor.

1850 — À noite deram os Condes de Vila Pouca, no seu palacete, um grande baile, por ser o dia aniversário do conde, o qual terminou às 6 horas da manhã seguinte. Assistiram 40 senhoras e quase 200 cavalheiros, alguns de Braga, Porto e outras terras. Estiveram os deputados da Nação, Barão da Torre, Cerdeira, Cunha Reis, Leite Pereira e Oliveira Cardoso. O salão do baile estava elegantemente adornado: cantaram-se diversas árias, tocaram-se vários concertos de rebeca e flauta, dançaram-se valsas, polkas e quadrilhas; o chá e refrescos foram com grande profusão e por fim houve ceia.

1886 — Sai o 1º número do jornal republicano "A Epocha", cujo 1º artigo foi escrito pelo advogado dr. Alves da Veiga, um dos revoltosos de 31 de Janeiro de 1891.

1905 — Portaria transferindo para Herbert James Witell Halte a concessão feita a Temple George Blackwood, para a construção das linhas férreas de Braga a Guimarães, Braga a Monção e Viana a Ponte da Barca.

1911 — O Governo concedeu o extinto Convento de Santa Clara para a instalação do Internato Municipal.

1911 — Saiu o primeiro número do jornal "A Justiça", semanário democrático vimaranense, sendo seu director e redactor António da Silva Carvalho. Suspendeu em fim de IX-1911 e continuou passados dias.

1924 — Saiu o 1º n.º do jornal "O Taralhão", quinzenário, humorístico e literário; director e editor David Braga.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (204) Fole

O Fole, por José de Meira

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22 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 23 de Agosto

Reconstituição da Praça de S. Tiago, em meados do séc. XIX (desenho de José Ruy).

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1406 — D. João I, por sua provisão dada em Santarém, manda que os frades de S. Francisco seja dada água de uma fonte que se achou na cava que ele mandou fazer "entre o castelo e a porta do postigo" e que a trouxessem por onde lhes parecesse. "Esta água", diz o autor da História Seráfica, "a ajuntamos à qual vinha de cima da Rua do Sabugal, por benefício dos alcaides do castelo. E se trouxéramos pelo cano da vila, ao menos com as condições que ela nos apontava, a da fonte da Cantonha, que os reverendos padres de S. Jerónimo do mosteiro da Costa, nos tem dado, mais abundante estivera o convento deste alimento frio. Mas nem sua inconstância afoga nossas lembranças porque no lavatório dos hábitos temos escrito em pedra o nome de Pero Vieira da Maia, o qual fez os alguidares."

1606 — A Câmara reúne com as pessoas da governança e com os mesteres para tratar sobre "a praça que se havia de fazer na parte onde estava a igreja de S. Tiago e rocio, cuja praça ficava boa e larga para se vender o peixe e se fazerem boticas para as pescadeiras. Foi acordado que a obra que estava traçada era muito importante e necessária para o bem desta vila, por a praça que ora há ser muito pequena e estar o pão e fruta misturado com o peixe e ficando como está traçado ficar praça larga e apartada e não junta da outra, pelo que acordaram que os rendimentos desta Câmara se desse para a dita obra cem cruzados para o ano que vem."

1721 — Por resolução camarária: foram recolhidas as obrigas dos mesteirais proibindo-se-lhes vender vinho, pão, azeite por pouco que fosse, por serem as lojas "valhacoutos de vadios e ladrões".

1759 — Depoimento das religiosas de Santa Clara, na visitação e devassa a que, por ordem do arcebispo D. Gaspar, procedeu o dr. Domingos Martins da Cruz Marques, juiz dos casamentos e desembargador da relação eclesiástica, em que se apurou que as 3 religiosas mais novas (especialmente Bernarda Josefa) usavam espartilhos, apertando-os de tal modo que ficavam escandalosas, deixando ver os contornos do seio; traziam na frente os hábitos curtos, com o fim de se lhes ver o pé e sapato; usavam óleos e polvilhos na cara; dormiam duas na mesma cela. Assim depôs a abadessa e as religiosas idosas.

1805 — A Câmara nomeia recebedor das esmolas e ofertas para a factura das novas estradas, Francisco José de Sousa, ourives à Porta da Vila.

1836 — Na noite de hoje para amanhã "andaram a rondar as autoridades desta vila com a polícia e destacamento do nº 9 que aqui estava. Neste dia chegaram a sair algumas pessoas da vila com receio de algum barulho que se dizia quererem fazer os Mijados (Partido que também se chamava da oposição, o qual queria a Constituição de 1820, ou outra coisa semelhante ), porém o sossego público não foi alterado". PL.

1840 — Solenizou-se a festa do milagroso S. Roque da Serra, como era de costume, só com a diferença de que os festejos arranjaram uma mascarada de vários oficiais de ofício, fingindo uma guerra de cristãos com os turcos, combatendo uns contra os outros na defesa de um castelo que estava feito no mesmo monte. Todas as figuras estavam bem vestidas e a concorrência do povo foi imensa. PL

1868 — Festa ao Santíssimo Coração de Maria, em S. João de Ponte, havendo ao fim da tarde no arraial grande desordem por causa de ciúme, que resultou em grossa pancadaria re graves ferimentos.

1883 — 5ª-feira. À noite foi visto nesta cidade, atravessando o horizonte, um meteoro luminoso, com um chama fulgurantíssima que por tempo de alguns segundos derramou sobre nós um esplêndido clarão.

1893 — À noite foi conduzida por 35 juntas de bois para a Penha a estátua de Pio IX; por causa de desarranjo no carrão que a conduzia, em S. Romão, só no dia seguinte lá chegou.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (203) Marinho

O marinho, por José de Meira

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21 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 22 de Agosto

D. João V

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1422 — D. João I publica uma lei pela qual ordena que, desde esta data, se use em Portugal da era cristã, do nascimento, ou vulgar, seguida por toda a igreja latina, e não da era de César, que faz diferença de 38 anos, ou como alguns também querem 44 anos. Esta lei que foi publicada na era de 1460, ficou a ser no ano de 1422.

1745 — Os fregueses de S. Salvador de Pinheiro, para obterem do arcebispo autorização para permanentemente terem na sua igreja a Santíssima Eucaristia, a fim de poder ser administrada com brevidade aos enfermos, reúnem-se no lugar do Assento, em número de 47, sendo 31 homens e 16 mulheres, e aí fazem escritura na nota do tabelião Alexandre Vaz, na qual se obrigam a darem azeite e o mais que seja necessário para a fábrica do Sacrário.

1750 — Saiu um bando, indo 3 caixas de guerra cobertas de baeta negra e outra arrastos, os tocadores delas vestidos de negro bem como o pregoeiro vestido de baeta negra, percorrendo as ruas, anunciando que na manhã do dia 26 se fazia o acto da quebra dos escudos de El-rei D. João V; que toda a pessoa se achasse na praça de Nossa Senhora da Oliveira com sua demonstração de sentimento para acompanhar o dito acto, e que nesse dia estivessem as lojas dos oficiais e tendeiros fechados sob pena de se proceder contra a sua desobediência.

1831 — Com trinta e tantos anos de idade morre no aljube do Porto o padre António da "Conceição" morador nos subúrbios desta vila; estava preso por opiniões políticas constitucionais, tendo tido sentença de degredo perpétuo. PL.

1857 — Tem esta data uma representação de 313 vimaranenses, a el-Rei, pedindo que quando esta província fosse atravessada por uma via-férrea, fosse esta dirigida a tocar em Guimarães; e quando razões poderosas fizessem que a directriz fosse outra, pelo menos se construísse para aqui um ramal.

1858 — Os devotos do Senhor dos Remédios, no oratório da Rua de Couros, festejaram-no com pomposo aparato. Ornaram o oratório com riqueza, bem como 2 passos, aos lados do mesmo, nos quais colocaram em um a Transfiguração de Cristo, e no outro, Cristo recebendo a Mãe Santíssima na Assumpção. Desde as 4 horas da tarde tocou a música de Sande e à noite houve fogo preso. Esta festa esteve superior a outra que semelhantes devotos haviam feito na Caldeiroa.

1885 — Fica instalado o hospital para coléricos, na casa da Quinta da Atouguia (má escolha, porque os doentes que para lá levassem teriam a impressão de irem a caminho do cemitério J.L.de F.) com 56 camas e a indispensável roupa para elas. Não foi utilizado, mas grande parte deste recheio evaporou-se.

1885 — Sábado.- Na noite de hoje para amanhã, em Santo Estêvão de Urgezes, depois do fogo para a festa do Santíssimo., sujaram com excremento e mais porcarias a parte exterior da casa da residência paroquial e arrojam-lhe com duas bombas de dinamite, uma das quais explodindo junto de uma bomba de pressão, a destruir completamente, e a outra explodiu sobre uma pia de lavar. O pároco encomendado Domingos Esteves (galego e pedreiro antes de se ordenar) retirou-se para fora da freguesia e não assistiu à festa.

1918 — Saiu o jornal, em formato pequeno, "5 de Dezembro", quinzenário, defensor da causa Sidonista; director Guilherme B. Leite de Faria, editor J. de Sousa Pinto.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (202) Saraiva

O Saraiva, por José de Meira

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20 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 21 de Agosto

Francisco Martins Sarmento

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1415 — El-rei D. João I toma a praça de Ceuta. Comemorando esta glória mandou o mesmo monarca cunhar umas pequenas moedas de cobra, chamadas "ceitis", cujo valor era o da sexta parte de "um real". Os ceitis têm no anverso as armas do reino e no reverso uma fortaleza banhada pelo mar. Estas moedas correram até ao reinado de D. Sebastião, mas ainda muito depois eram correntes em Guimarães, onde por cada uma delas se vendia uma pequena meada de linha, a que se chamava um "ceitil de linha".

1536 — Contrato, em Évora, de casamento dos infantes D. Duarte e D. Isabel, por que D. Teodósio, Duque de Bragança, lhes deu a vila de Guimarães.

1619 — O pedreiro Barnabé Francisco, morador em Murteiras, da freguesia de Matamá, por escritura na nota do tabelião Jerónimo de Barros, faz obrigação a Pero Vieira da Maia, cavaleiro fidalgo, de fazer-lhe nas claustras do mosteiro de S. Francisco, junto ao capítulo em que estava sepultado o dr. Gonçalo Dias de Carvalho, para a banda do poente, uma capela abrindo 3 arcos na parede que sai para as claustras e fazendo-os de pedra de Fafe ou de Donim, pondo no meio as armas e letreiro, pia para a água benta, lajear de pedra fina toda a capela, abrir uma fresta no lugar da chaminé, fazer um carneiro de pedra de galho com escada e campa de pedra fina de 12 palmos por 6 e 1 de grossura com armas abertas e letreiro, e altar com degrau ou degraus, tudo conforme lhe fosse indicado pelo mestre de pedraria João Lopes (de Amorim), por preço de 190$000 réis.

1624 — A Irmandade do Cordão, representa pela mesa, como herdeira do abade de Regilde, Lucas Rebelo, dá perdão a Gaspar Gonçalves, da Casa Nova, de Regilde, que ficara culpado na devassa e alçada que a dita confraria promovera nos bens roubados na herança do dito abade, e estava preso na cadeia da correição por furto dos tais bens, cujo perdão era por saber ele estava inocente, porque na alçada tinha sido acusado por seus inimigos.

1642 — Tendo, em 18 deste mês, sido eleitos procuradores às cortes João de Faria de Andrade e Manuel Pereira da Silva, e escusando-se aquele pela sua idade e achaques, é eleito neste dia, para substituição dele o doutor João de Guimarães Golias, cónego mestre-escola de Guimarães, que era assistente em Lisboa.

1819 — Grande festa a S. Roque da Serra, havendo um baile de Turcos. Nos 3 dias seguintes, houve uma máquina e touros no terreiro da Misericórdia. PL.

1876 — Portaria do ministério do reino encarregando o governador civil de Braga de louvar em nome de S. Majestade o benemérito cidadão Francisco Martins Sarmento por ter empreendido a exploração metódica e científica das ruínas da antiga Cinania (sic, no original), ocorrendo por sua conta, não só as despesas com as escavações, mas também as outras necessárias para a remoção das antiguidades encontradas e para a possível restauração de alguns edifícios descobertos, cujo relevante serviço tinha prestado e estava prestando aos estudos arqueológicos, tão pouco generalizados no nosso país, e cuja importância era cada vez mais reconhecida pela ciência da história, o que havia sido participado a El-rei pelo vice-inspector da Academia de Belas Artes de Lisboa, o Marquês de Sousa Hölstein.

1892 — Sai o 1º número de um pequenino jornal quinzenal "O Ideal" dedicado à elite de Guimarães, literário e recreativo; editores Francisco da Silva Pereira Martins e Germano Augusto dos Santos Guimarães; responsável João José.

1937 — Inauguração da parte inferior do pavilhão da praça do mercado.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (201) Major Infante

O Major Infante, por José de Meira

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19 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 20 de Agosto

Pedra de armas de Guimarães do antigo tanque-fontanário da Oliveira; à direita, imagem em bronze da Senhora da Oliveira que lhe pertence.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1405 — Provisão d'el-Rei D. João I concedendo que o porteiro da Colegiada possa fazer penhoras aos caseiros da mesma.

1605 — Tendo o Arcebispo mandado dizer à Câmara que os cónegos queriam, por algumas razões que davam, que a procissão de Corpus Cristi não fosse, como era costume, à ermida do Salvador, no Cano, a Câmara com as pessoas da governança, que para isto mandara chamar, deliberam que se guardasse o costume antigo, por não haver outro lugar em que no dito dia se pregasse, por se juntar muita gente do termo.

1645 — A irmandade de Nossa Senhora da Consolação assina o seu 2º estatuto ou compromisso. Tem 96 assinaturas de irmãos, ou 97, mas um nome é repetido e parece de um só indivíduo a letra.

1713 — As freiras do Carmo compram por 100$000 réis a renda anual de 8 alqueires de milho alvo, 8 de centeio e 9 de milhão, do casal do Sabugueiro, em S. Martinho de Gondomar, a Bento Martins e a sua mulher Sebastiana Rodrigues.

1770 — António Joaquim de Passos de Bobem e de Barbosa e sua mulher D. Joana Joaquina Pereira Veloso, senhores e possuidores da Quinta de Caneiros, freguesia de Fermentões, pediram e obtiveram licença para construir uma capela na referida quinta, com a porta pública na estrada que vai de Guimarães para Braga.

1824 — Neste dia e nos dias seguintes há preces na Colegiada por causa da grande seca. PL

1837 — Das 10 para as 11 horas da noite sentiu-se um terramoto algum tanto violento, porém de pouca duração. PL

1847 — Foi o 1º dia que choveu nesta vila, tendo deixado de chover ha mais de 2 meses, o que fez com que este ano houvesse uma grande seca, tendo havido muitas preces e procissões de penitência. PL

1855 — O pintor retratista José Alberto Nunes, portuense, residente em Guimarães, justou com a Câmara toda a pintura para a iluminação que tinha a fazer no Toural, para festejar a aclamação de El-rei D. Pedro V, por 108$800 réis, entrando nesta quantia a de 48$000 réis pela feitura do retrato, sem caixilho, que depois ia para os Paços do Concelho, onde esteve ao fundo da sala das sessões até à proclamação da República, em que foi entregue à Socedade Martins Sarmento, onde se conserva, tendo 2 rasgões, sendo um deles no chapéu bicorne.

1863 — No teatro D. Afonso Henriques realiza-se espectáculo em beneficiência dos actores Ferreiras, com o drama em 5 actos e 1 prólogo, "Pedro Cem", e no dia 23 deste, o drama em 2 actos, "Poesia ou dinheiro", em benefício dos actores que tinham vindo do Porto auxiliar o 1º espectáculo. Em ambas as noites o desempenho dos actores foi mau; concorrência regular no 1º e diminuta no 2.

1885 — A Câmara delibera que sejam transferidos para a casa das Lamelas as seguintes repartições: o tribunal judicial, ocupando as 3 salas da frente a partir do sul e os 2 quartos do corredor principal da escada; a administração do concelho, ocupando a última sala do lado do norte e os 2 quartos contíguos e o fronteiro a estes; a fazenda, no salão do lado do nascente; a conservatória, a outra sala do lado do sul e quarto junto, vagando, logo que a esta seja dada nova acomodação, para os serviços judiciais da Câmara.

1894 — Veio em procissão de penitência Nossa Senhora da Lapinha acompanhada por muitíssimo povo e uma banda de música a tocar marchas fúnebres.

1904 — Principia a demolição do tanque que estava encostado à torre de Nossa Senhora da Oliveira.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (200) Gaspar Roriz

O Padre Gaspar Roriz, por José de Meira

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18 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 19 de Agosto

Antigo peso de pedra, utilizado para pesar linho

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1605 — Nos paços reais, em Lisboa, estando aí reunidos o Bispo do Funchal, em nome e por comissão do Arcebispo de Braga, o Bispo de Fez, o dr. Sebastião Gomes de Figueiredo, administrador da jurisdição de Tomar, e o licenciado João Rodrigues Mogo, visitador geral do Arcebispo de Braga, todos três examinadores sinodais do dito arcebispado, para o exame e confirmação de D. Pedro de Castilho, vice-rei de Portugal, inquisidor geral do Santo Ofício, na dignidade do D. Priorado de Guimarães, antes de principiar o dito exame, o D. Prior, em seu nome e no do dito Priorado, protestou contra tal exame e colação, por o Priorado ser benefício simples e sem cura de almas, cujos actos aceitava enquanto se não averiguasse o contrário, em razão do Arcebispo o não querer colar de outra forma, com cuja demora muito perdia a jurisdição da Colegiada.

1606 — Sentença da Relação do Porto negando provimento ao agravo dos mercadores de linho contra a Câmara que apregoara um acórdão sobre o peso do linho de Coimbra que se não vendesse a mais de 500 réis, pois não podia ter preço certo e já se dera sentido na Relação do Porto e agora novamente a Câmara punha este. Este foi posto com os da governança por o povo se queixar de que eles vendiam o linho a 700 réis, eles puseram aquela taxa para o de Coimbra e 400 réis para o das outras terras, por cada pedra de linho.

1648 — Alvará a requerimento dos moradores da Confraria de S. João Baptista, erecta no Convento de S. Francisco, mandando que as festas da Câmara acompanhem a procissão do mesmo santo, com declaração que não haja touros. Antes iam, mas agora somente iam à porta da igreja e não acompanhavam a procissão e não corriam touros por descuido.

1868 — A Câmara representa, pedindo mudança da directriz do lanço da estrada da Madalena

1890 — Foi neste dia decretada a anexação civil e eclesiástica da freguesia de Santa Eulália de Pentieiros à de S. Cipriano de Taboadelo. O decreto está publicado no Diário do Governo nº 213 de 19 de Setembro de 1890.

1890 — Chega em um carro e acompanhado de 7 polícias, com procedência de Braga, o famigerado larápio "Papa Açúcar", Bernardo José Diniz, solteiro, de 27 anos, natural de Joane, que dá imediatamente entrada na cadeia, em frente da qual se reuniu bastante povo para ver. Como não havia força militar, o administrador do concelho mandou guardar a cadeia por 4 cabos de polícia da freguesia de Nª Sª da Oliveira, convenientemente armados. Havia sido [preso] pela polícia de Braga, às 10 horas da noite, do dia 17, na casa da "Bicha Brava", sua amásia, em Sande, levando-o para a cadeia de Braga e de lá para aqui.

1893 — Decreto concedendo provisoriamente à Colegiada o edifício do extinto Convento de Santa Clara e suas dependências para nele se estabelecer exclusivamente o seminário de Nossa Senhora da Oliveira, podendo para isso fazerem-se as obras necessárias, devendo serem pagas pela importância em depósitos dos rendimentos acumulados que eram privativos do D. Prior, o qual foi publicado a 24 deste nº 18 do Diário do Governo.

1901 — Por causa da estiagem, saiu em procissão de penitência S. Sebastião, de S. Dâmaso.

1933 — É concluída a estrada da Penha à Lapinha.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (199) Lourenço da Camanha

Lourenço da Camanha, por José de Meira

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17 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 18 de Agosto

Parte do antigo Convento de S. Domingos (ocupada em finais do séc. XIX pela Sociedade Martins Sarmento).

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1611 — Adriano Fernandes de Almeida, ex-abade de Guardizela, faz doação do casal reguengo de Creixomil, sito em S. Tiago de Candoso, ao licenciado Bento Barbosa, casado com sua sobrinha, impondo-lhe o ónus de dar cem mil réis aos frades de S. Domingos para obras do convento e refazimento do dormitório dele, obrigando-os a rezar uma missa, semanalmente, enquanto vivo, ao Espírito Santo, e depois por sua alma.

1626 — O Papa Urbano VIII louva por um Breve as produções literárias do nosso egrégio jurisconsulto Agostinho Barbosa.

1662 — A Câmara resolveu reparar os muros e portas da vila e também o castelo por o inimigo estar à distância de 8 léguas e não haver até aqui praça de guerra que o faça suster.

1666 — A Câmara tendo tido conhecimento, no dia anterior, de um carta do Conde de Castelo Melhor em que por ordem de S. Majestade lhe dava conta da chegada da Rainha, desejando por tal motivo fazer grandes festejos, mas achando-se para isso impossibilitada, delibera: que na terça-feira 24 à noite haja algum fogo, repiques e luminárias 3 dias, a 25 haja touros; a 26 uma procissão solene de graças, com o aparato costumado na de Corpus Cristi, a 27 torne a haver touros; gastar em fogo oito mil réis; notificar as folias e danças e os marchantes para que cada um deles dê dois touros em cada um dos ditos dias, com pena de serem castigados.

1822 — Domingo. - Principiou-se nesta vila a eleição para deputados às Cortes. PL

1833 — Saíram fora das trincheiras do Porto algumas tropas do sr. D. Pedro, as quais bateram algumas do sr. D. Miguel (que ainda estavam em volta do Porto) e as fizeram retirar para Baltar, chegando os piquetes até Alfena, o que fez com que os realistas desta vila retirassem "todas as suas preciosidades" e estivessem toda a noite e dia seguinte prontos para retirar. PL

1845 — Fez-se a eleição de deputados em todo o reino; entre outros eleitos pela província do Minho, saiu eleito juiz de direito desta comarca Jerónimo Meireles Guerra e pelo Porto José Martins de Aldão (governamentais). Em quase todos os círculos eleitorais do reino saiu a lista do governo, " concorrendo para isso os meios violentos que o mesmo empregou, senão venceria de certo a oposição". PL

1846 — À noite saiu a polícia da vila para prender ladrões (eram tantos e roubavam com tanto descaramento, que chegaram a roubar gente no Campo do Proposto) prendendo somente dois. PL

1858 — Decreto, a requerimento da Companhia Viação Portuense, declarando de utilidade pública e urgente a expropriação da parte de 11 propriedades, sitas no concelho de Famalicão, que eram atravessadas pela directriz aprovada para a construção da estrada de Vila Nova de Famalicão a Guimarães.

1880 — Alvará régio aprovando os estatutos com que pretende fundar-se a sociedade anónima de responsabilidade limitada com a denominação de Companhia do Caminho de Ferros de Guimarães, tendo por fim especial tomar a si, com todos os direitos e obrigações, a concessão feita por decreto de 16 de Abril de 1879, a António de Moura Soares Veloso e ao Visconde da Ermida, para a construção de um caminho de ferro entre S. Martinho de Bougado e Guimarães, por Santo Tirso e Vizela.

1900 — A Câmara Municipal anuncia aberto por 30 dias o concurso para fornecimento da luz eléctrica, pública e particular da cidade.

1904 — Principiou a publicar-se em Vizela o jornal "Echos de Vizela", propondo-se a pugnar única e simplesmente pelos interesses de Vizela.

1910 — Terminou a greve dos operários têxteis do Pevidém.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (198) Fernando de Bourbon

Fernando de Bourbon, por José de Meira

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16 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 17 de Agosto

Igreja de S. Miguel do Castelo

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1715 — É esta a data de um Breve de Clemente XI aprovando o Instituto das Capuchinhas de Guimarães o qual foi conseguido pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, tendo ficado sem execução a Bula de 21 de Junho de 1693.

1755 — A folhas 33 do livro de admissão dos irmãos da Irmandade do Senhor da Agonia, sita na igreja da Real Colegiada, está o seguinte:"Aos 17 dias do mês de Agosto de 1755 anos se fez uma procissão de preces com as sagradas Imagens de Nossa Senhora da Oliveira e Senhor da Agonia, não só pelas ruas costumadas desta freguesia, mas também pela rua de S. Domingos, Travessa e Rua Nova das Oliveiras, recolhendo-se pela Rua Nova do Muro, para que o mesmo Senhor e Senhora usassem da sua Misericórdia livrando este povo das continuas doenças da febre que tanto o afligiam".

1800 — Expondo o provedor da Misericórdia à mesa "que era necessário prover-se o hospital de outros cirurgiões mais velhos e mais experimentados do que os que estavam servindo, nomearam a José António Varela e a João Rodrigo Borges da Cunha, com o fundamento de terem mais experiência para aplicarem os remédios específicos às doenças dos enfermos".

1826 — Às 11 horas da noite houve grande barulho no Campo da Feira, causada por alguns realistas que deram algumas lapadas em alguns constitucionais que estavam a cantar o hino constitucional, dispersando alguns que não tardaram em chamar a guarda que acudiu logo com alguns constitucionais armados fazendo logo desaparecer tudo, ficando somente o porteiro do Cabido com uma perna quebrada na ocasião em que ia a fugir. PL

1864 — Foi arrematada por 1:500$000 réis a 4ª empreitada da estrada de Santo Tirso a esta cidade.

1864 — Alvará em que el-rei D. Luís declara-se protector do asilo de Santa Estefânia amor de Deus e do Próximo para a infância desvalida desta cidade, o qual foi publicado no "diário de Lisboa" de 6 de Outubro deste ano.

1874 — Dá-se princípio à restauração da igreja de S. Miguel do Castelo por iniciativa particular, sob a direcção do dr. Francisco Martins Sarmento.

1901 — Saiu o nº 1 do jornal, semanário, ao Sábado, "Jornal de Guimarães", noticioso, literário, agrícola e comercial, órgão dos interesses locais, sendo seu proprietário Arnaldo Bezerra do Rego Mello e Lima e editor responsável Francisco Alves da Silva. Em 10-V-1902 passou a ser órgão do Centro Nacional.

1908 — Às 11 horas da manhã deu entrada na Colegiada a imagem de Nª Sª da Lapinha, em procissão de penitência ad petendam pluviam (havia mais de 2 meses que não chovia), saindo às 22 horas da tarde para a sua capela.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (197) José Maria Gomes

O Cónego José Maria Gomes, por José de Meira

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15 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 16 de Agosto

A Colegiada de Guimarães

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1442 — O infante D. Pedro regente, tio e tutor de El-rei D. Afonso V, na sua menoridade, como governador do reino, estando em Guimarães, renova a carta de privilégios dada por el-Rei D. João I, em 7 de Novembro de 1385, à igreja de Santa Maria de Guimarães, que estava gasta e manda que ela tenha o mesmo valor.

1654 — Estando a representar-se uma comédia na praça maior (fazia parte dos festejos em honra de Nossa Senhora da Oliveira) à qual estavam assistindo o corregedor e o juiz de fora, armou-se uma briga de muitas espadas à vista dos mesmos, que durou meia hora e clamando todo o povo que acudisse o corregedor e o juiz, estes só intervieram depois de lhes dizerem que já tinha sido morto um criado de Luís Teixeira da Silva. Esta notícia é extraída da cópia de uma representação que em fins deste ano o Cabido enviou a El-rei narrando-lhe vários factos de desmoralização e desleixo praticados pelos ditos ministros pedindo uma sindicância, este documento conserva-se no arquivo da Colegiada, mas está muito cortado pela tinta, como muitos da dita época, e em parte ilegível e para evitar a total perda de tão curioso documento, copiei-o na integra no jornal "Independente".

1659 — Nasce em S. Miguel das Caldas, Roque Francisco, insigne ourives de assinalada fama e ensaiador-mor distintíssimo da Casa da Moeda, em Lisboa, filho de Domingos Francisco e de Isabel Fernandes. Escreveu "Verdadeiro resumo do valor do ouro e prata", Lisboa, 1694. Publicou-se 2.ª edição, acrescentado com uma instrução para os ourives ligarem o ouro fino com certeza, Lisboa, 1759. Saiu 3ª edição conforme a 2ª, Lisboa, 1757 (nesta data há erro) é como está no dicionário "Portugal".

1828 — Grande iluminação no terreiro do Campo da Feira, fogo preso e solto, e a música do regimento 22 a tocar o hino realista, a qual veio de Braga. Esta iluminação e a festa da igreja no dia seguinte foram feitas à custa dos realistas desta vila, pela aclamação do sr. D. Miguel I. PL

1873 — Alvoroço de muito povo, em presença de 4 agentes da associação "Fraternidade Operária", na ocasião em que eles falavam com o administrador do concelho, no Toural, os quais tinham alugado o salão do teatro D. Afonso Henriques para efectuar ma reunião, no dia 17, domingo, onde propagariam as ideias internacionalistas, pelo que o público vimaranense indignado se propunha a maltratá-los o que efectuaria se não estivessem presentes o Governador Civil (Luís Cardoso) e o administrador, que os fizeram recolher logo à hospedaria do Gaita, da Rua da Fonte Nova, onde eles agentes estavam hospedados, sendo seguidos por muito povo de que se formaram grupos que aí estacionaram até às 11 horas da noite. Os conferentes, receando o resultado da indignação pública, desistiram da reunião e retiraram para o Porto cerca das 2 horas da manhã; ainda assim sem fazerem a conferência; no dia 20 constituíram-se em greve mais de 50 operários para pedirem aumento de salário.

1903 — Às 8 horas da noite também foi inaugurada num barracão do Campo da Barroca, junto ao palacete de Vila Pouca, a luz eléctrica da cidade; o presidente da Câmara abriu o circuito e então houve um girândola de foguetes e tocou uma banda de música que depois percorreu algumas ruas da cidade.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (196) Minerva

o Minerva, por José de Meira

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14 agosto, 2006

Efemérides vimaranenses: 15 de Agosto

João Baptista Felgueiras

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1626 — O cónego Gaspar Estaço de Brito, autor de "Várias Antiguidades de Portugal", neste solene dia em que se festejava a sua Padroeira, faz o seu testamento, que foi aprovado a 7 Dezembro do mesmo ano por João Faria escrivão do público e judicial em Guimarães, instituindo testamenteiro cónego Pedro de Mesquita e manda que o enterrem na sepultura que tinha uma letra que dizia Estaço ao pé do esteio do púlpito e do taburno de Nª Sª onde lhe poriam uma campa com o seu nome; deixa à Curaria um crucifixo com encaixes de prata e 30 ou 40 mil réis para comprar medidas de pão de herdade e dizer tantas missas de requiem e responsos quantas fossem as medidas.

1751 — A procissão de Nossa Senhora da Oliveira, que há alguns anos não se fazia, na forma da resolução da mesa de 28-VII da sua real irmandade e devida a alguns devotos, realizou-se este ano da forma seguinte: Um carro representando a Arca de Noé, com as figuras correspondentes; outro carro representando o sacrifício que fez Noé depois do dilúvio; outro carro representando a batalha de Ourique, em que havia 2 coros, um de cristãos e outro de mouros; e outro carro representando a história do rei Wamba, acompanhado de várias folias, bailes e contradanças; irmandades e confrarias, e as comunidades religiosas; um passo de 20 figuras, bem vestidas e ornadas de preciosos diamantes; o Cabido com a imagem de Nossa Senhora da Oliveira em rico andor todo de prata lavrada, e vestida com o manto riquíssimo que lhe havia oferecido el-Rei D. João V; o Senado, etc. Houve bailes e festas que duraram até 22 deste mês, entrando no número da festas 3 corridas de touros, cavalhadas, danças e galhofas.

1754 — Carta do Secretário de Estado, Sebastião José de Carvalho, participando à Câmara o falecimento da rainha-mãe D. Maria Ana de Áustria às 4 e 3/4 da tarde do dia 14. Foi recebida a 27 e logo mandaram tocar os sinos e o da casa da Câmara e o do Castelo, e no dia 28 deitar pregão para o luto, indo o pregoeiro vestido de luto, capa e volta e grande fumo comprido no chapéu, três caixas de guerra, destemperadas, cobertas de baeta preta e os tocadores delas vestidos de luto e fumos compridos nos chapéus. Em 20 de Setembro exéquias na Colegiada, a expensas do Cabido e da Câmara, com música, mausoléu na capela-mor e pregação pelo padre mestre dr. Frei Estêvão Manuel de Campos, religioso da Costa, natural da cidade do Porto.

1793 — É benzida e aberta ao culto a nova capela-mor de Nossa Senhora da Guia, a qual em 1852 a 1856 foi restaurada. Não chegou a principiar-se o corpo a igreja porque quase tapava o trânsito público.

1808 — Foi pela 1ª vez apresentado ao público, acompanhando a procissão de Nossa Senhora da Oliveira, o batalhão dos privilegiados das Tábuas Vermelhas, organizado pelo Cabido a expensas suas. Foi a primeira tropa que se viu armada e disciplinada para se oferecer ao Governo do Porto para ir à conquista de Lisboa.

1842 — O provedor da Misericórdia participa à mesa a compra do Convento e mais propriedades dos Capuchos, e propôs-lhe a necessidade de nomear uma comissão, constituída pelas seguintes pessoas: Domingos José Alves de Abreu, João de Matos Peixoto, Custódio José Ribeiro e João de Castro Sampaio, para que cuidando nos arranjos próprios, se levasse a efeito a mudança do hospital, aquisição das pertenças do convento, que estavam extraviadas, e todas as mais necessárias; e mais propôs o dito José Joaquim Vieira, se mandasse vir um riscador do Porto para fazer o risco do novo hospital, e examinar o terreno. A mesa tudo aprovou.

1846 — João Baptista Felgueiras, natural da vila de Guimarães, residente em Lisboa na rua da Cruz de Pau nº 14, freguesia de Santa Catarina, do concelho de S. M. F, fidalgo cavaleiro da casa real, comendador da Ordem de Nª Sª da Conceição de Vila Viçosa, conselheiro do Supremo Tribunal d Justiça, Ministro Secretário de Estado honorário, filho de Manuel José Baptista Felgueiras do concelho de S. M. F., fidalgo da casa real, desembargador e deputado da Mesa de Consciência e Ordens, faz testamento em que declara ser solteiro e ter, de D. Maria do Carmo Moreira de Sousa, 4 filhos e uma filha, a saber: João Baptista Felgueiras, nascido em 18 de Junho de 1835 e baptizado em Santa Idabel, de Lisboa, no qual nomeava a sua casa; Manuel Augusto Felgueiras, nascido em 10 de Outubro de 1837 e baptizado em Santo Ildefonso, no Porto; Francisco Pedro Felgueiras, nascido em 30 de Junho de 1840 e baptizado em S. Sebastião, de Guimarães; D. Joana Emília Felgueiras, nascida em 12 de Outubro de 1842 e baptizado no Coração de Jesus, em Lisboa; e Nicolau Máximo Felgueiras, nascido em 26 de Fevereiro de 1845 e baptizado em Santa Catarina, de Lisboa; aos quais neste documento reconheceu por filhos, como já tinha feito nos assentos dos baptismos dos mesmos. J.L. de F.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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