06 janeiro, 2008

Evocação de Eduardo de Almeida

Eduardo de Almeida (3 de Fevereiro de 1884 - 6 de Janeiro de 1958)

Passam hoje cinquenta anos sobre o desaparecimento do Dr. Eduardo de Almeida, ocorrido a 6 de Janeiro de 1958.

Eduardo de Almeida, escritor, historiador, político, advogado e vimaranense, deixou o seu nome ligado à história da Sociedade Martins Sarmento, cuja Direcção integrou várias vezes, quer como secretário, em 1908-09, quer como Presidente, em 1921-26, 1929-31 e 1945-46.

A sua primeira passagem pela presidência da Direcção marca um ponto de viragem nesta Instituição, revitalizando-a depois de uma longa e penosa crise iniciada após a instauração da República em Portugal, que coincidiu com o desaparecimento de quase todos os membros da geração dos fundadores da Sociedade Martins Sarmento. Com Eduardo de Almeida, a Sociedade Martins Sarmento entrou num novo ciclo da sua existência, retomando os seus propósitos originais e voltando a assumir-se como uma instituição cultural dinâmica e prestigiada em Guimarães, em Portugal e no estrangeiro.

Nesta data, a Direcção da Sociedade Martins Sarmento evoca a memória de um dos seu maiores, a quem irá homenagear durante o ano em curso, mandando pintar o seu retrato a óleo, para colocar no lugar que é seu por direito próprio, na galeria dos construtores desta Instituição, e publicando, com um volume que irá dar início a uma nova colecção, os textos que publicou na Revista de Guimarães, órgão científico da Sociedade Martins Sarmento.

Guimarães, 6 de Dezembro de 2008

A Direcção da Sociedade Martins Sarmento

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No cinquentenário da morte de Eduardo de Almeida

Eduardo Manuel de Almeida Júnior nasceu no dia 3 de Fevereiro de 1884, numa casa na rua de S. Dâmaso, em Guimarães. O seu pai, de quem tomou o nome, era um destacado homem de negócios. Estudou no Colégio de S. Dâmaso, que então funcionava no antigo Convento da Costa, onde completou o ensino secundário. Partiu para Coimbra em 1900, com o mesmo destino da maioria dos filhos da burguesia da terra que prosseguiam estudos superiores, inscrevendo-se na Faculdade de Direito da Universidade, cujo curso completaria em 1905, aos 21 anos.

Eduardo de Almeida era dotado de um espírito inquieto, que não se conformava à justiça que via campear no mundo em que nasceu. Em 1902, compõe com Alfredo Pimenta, seu contemporâneo em Coimbra, um folheto com 16 páginas intitulado Burgo Podre, escrito em prosa (de Eduardo de Almeida) e em versos (de Pimenta), onde se propunham levar moralidade aos domicílioslevando-a lá como o carvoeiro vos leva o carvão e a lavadeira a vossa roupa limpa de manchas. Meio século mais tarde, Mário Cardozo classificaria a obra como um folheto de má prosa e de péssimos versos. Alguns anos antes, Alfredo Pimenta recordava aquela “coisa inconcebível” que os dois jovens vimaranenses tinham trazido de Coimbra no fundo das malas: dezasseis página tremendas, irreverentes, sacrílegas com que nos propúnhamos dinamitar o burgo, purificar o Céu, e alimpar as almas, e lavar os corpos dos nossos conterrâneos”. A folha deu brado, provocou algum escândalo (as dezasseis páginas do Burgo Podre estalaram como chicotadas coléricas, juvenalescas e voltairianas), mas a publicação finou-se ao segundo número. vimaranenses,

Por essa altura, já Eduardo de Almeida se envolvera na agitação política do tempo, aderindo aos ideais republicanos de orientação libertária. Integrou ao Núcleo de Educação Anarquista e, com Campos Lima e Alfredo Pimenta, colaborou no órgão daquela associação, a Era Nova. Em 1904, ergueu a sua voz contra o espírito retrógrado da Universidade de Coimbra, ao lado de António José de Almeida e de Manuel Monteiro.

Concluído o curso, regressa a Guimarães, onde se faz advogado, onde cedo consolidaria a sua fama de causídico competente e eloquente, com o um memorável tirocínio num caso particularmente difícil, em que assumiu a defesa de Antónia de Macedo, a Tiça, mulher do povo acusada da prática de triplo infanticídio e que, lida a sentença, acabaria absolvida.

Eduardo de Almeida foi, antes do mais, um homem de letras. Publicou o seu primeiro romance, A Lama, em 1905, ainda em Coimbra, um manifesto dirigido contra a sociedade decadente e desigual, onde proliferava a miséria, com uma clara influência da obra de Émile Zola. Desde muito jovem, colabora em inúmeras publicações periódicas, por onde irá dispersar ioncontáveis textos dedicados aos mais variados assuntos. O seu primeiro artigo na Revista de Guimarães foi publicado em 1906.

Em 1908, integrou, como secretário, a Direcção da Sociedade Martins Sarmento, cargo que abandonaria quando se mudou para o Porto, em Fevereiro de 1909, para estabelecer escritório de advocacia em sociedade com o seu amigo Alfredo Pimenta. Esta ausência de Guimarães não se prolongaria por muito tempo. Não tardava, dava-se a revolução por que se batera, com a instauração da República em Portugal. É chamado à cidade natal, onde irá assumir as funções de primeiro administrador do Concelho do novo regime. Do seu exercício nesse cargo ficariam na memória, antes de mais, as suas profundas preocupações sociais. Em 1911, foi eleito deputado por Guimarães para a constituinte. No Parlamento, recolheu reconhecimento e aplausos pelas suas qualidades humanas e pelos seus dotes de oratória. Em 1914, foi chamado para Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças, Manuel Monteiro, num governo presidido por Bernardino Machado. Pelo seu perfil político, parecia talhado para uma auspiciosa carreira política. Porém, decidiu que esse não seria o seu caminho, recusando convites que lhe foram dirigidos.

Regressa a Guimarães após a morte de seu pai, em 1915, para assumir a direcção dos negócios da família, afastando-se, em definitivo, da política activa. Não obstante, manteve-se fiel, durante toda a vida, aos seus ideais republicanos e democráticos, sempre presentes nas suas intervenções públicas, nomeadamente nos textos que foi publicando na imprensa. Ainda seria redactor principal do jornal O Republicano, entre 1916 e 1917, e um dos directores do jornal O Povo de Guimarães, em 1931.

Eduardo de Almeida é uma figura incontornável na história da Sociedade Martins Sarmento. A ele se deve uma obra que devolveu o prestígio a esta instituição vimaranense, fortemente afectado na sequência da instauração da República e do desaparecimento de quase todos os seus fundadores. Depois de 1910, a SMS mergulhou numa crise que se aprofundaria com o correr dos anos

Ainda nos primeiros dias da República, Alfredo Guimarães empregava palavras corrosivas para descrever a situação que então atravessava a SMS:

Tal como está sendo gerida, a Sociedade Martins Sarmento é uma sucursal do convento do Quelhas, com beatério e impostura a enlameá-la. Não se serve a instrução popular; sufoca-se, diminui-se a alma interessada do povo. E isto por más intenções, por mesquinhos cálculos de vida social, por falta de desassombro, de inteligência e de convicções.

Com a República, sucederam-se os conflitos entre a Direcção da Sociedade e a Câmara Municipal. Os homens que então estavam à frente da Sociedade, defensores da Monarquia e incapazes de se adaptarem à nova realidade, permaneceram irredutíveis numa postura de resistência à imparável marcha do tempo, assumindo posições que apenas contribuíram para diminuir a Sociedade na sua dimensão institucional: rejeitaram o uso na correspondência da fórmula oficial (Saúde e Fraternidade), continuando a usar, não sem intenções provocatórias, a velha expressão Deus guarde V.ª Ex.ª; retiraram da sala de leitura os jornais de inspiração republicana que eram recebidos na Biblioteca; fizeram desaparecer o mastro do varandim voltado para a Rua Paio Galvão, para impedir que a bandeira nacional verde-rubra fosse hasteada em dias de festa. Como consequência de se ter transformado num reduto de resistência monárquica, em conjugação com a incapacidade dos seus directores para enfrentarem os problemas com que a Instituição se confrontava, a Sociedade Martins Sarmento passou por tempos de turbulência, manifestando sinais de degenerescência e de apatia cultural. A suspensão da publicação da Revista de Guimarães, em 1914, era um claro sinal da doença que minava aquela que tinha sido uma das mais relevantes instituições culturais portuguesas.

A situação parecia irreversível, até que Eduardo de Almeida foi chamado, em 1921, para as funções de Presidente da Direcção da SMS. Juntou à sua volta um conjunto heterogéneo de figuras, com diferentes orientações político-ideológicas, mas unidas por um objectivo comum: pacificar a Instituição, devolvendo-a à sua função original de promotora da instrução popular e da cultura. É de inteira justiça dizê-lo: aquilo que a Sociedade Martins Sarmento é hoje resulta, em grande medida, da acção refundadora de Eduardo de Almeida, que lhe devolveu o prestígio e o dinamismo que marcaram as primeiras décadas da sua existência.

Uma das primeiras medidas da Direcção de Eduardo de Almeida, retomar a publicação da Revista de Guimarães, demonstrou que os novos tempos recolocariam a Sociedade no seu caminho original, em grande parte centrada na defesa do património histórico, arqueológico e artístico de Guimarães. Dava-se início a um novo ciclo na vida da Sociedade Martins Sarmento, que voltava a ser a Promotora da Instrução Popular.

Eduardo de Almeida foi Presidente da Direcção da Sociedade Martins Sarmento entre 1921 e 1926. Findo o mandato, seria proclamado Sócio Honorário da Instituição, pelos “relevantes serviços prestados a esta Colectividade”. Regressaria ao leme desta Instituição por duas vezes, entre 1929 e 1931 e em 1945 e 46.

Eduardo de Almeida destacou-se como escritor, de grande mérito, sendo autor de uma obra que vai da ficção (publicou um romance e quatro volumes de novelas) aos estudos jurídicos e sociológicos. Quando assumiu a Direcção da Sociedade Martins Sarmento e da Revista de Guimarães, deu início às suas investigações históricas, publicando uma notável série de estudos dedicados à história de Guimarães.

Eduardo de Almeida, um dos últimos românticos da República, faleceu no dia 6 de Janeiro de 1958. Foi dado à terra, com simplicidade, no cemitério da Atouguia, onde repousou ao lado de dois outros grandes escritores portugueses, Carlos Malheiro Dias e Raul Brandão.

[Texto também publicado aqui]

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05 janeiro, 2008

Tesouros Sarmentinos: (705) Carlos Linneo


Retrato de Carlos Linneo. Gravura a buril e ponteado.

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Efemérides vimaranenses: 6 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1503 — Toma posse do D. priorado de Guimarães D. Diogo (3.º deste nome) Pinheiro, 35.º D. Prior, dignidade a que fora promovido, sendo prelado de Tomar, como vigário do mestre da ordem de Cristo, com jurisdição eclesiástica. Fora capelão e fidalgo da casa do duque de Bragança, D. Jaime, donde passara ao serviço de El-rei D. Manuel, a cujo conselho pertencia sendo desembargador do paço. Em 1514 foi nomeado 1.º bispo do Funchal.

1641 — Escritura de obrigação, na nota de Jerónimo de Abreu e Miguel Dias feita pela mesa da Irmandade de Nossa Senhora do rosário, da igreja do mosteiro de S. Domingos, reunida no taburno, a António Alves de Barros, mercador e morador nesta vila, aos trinta mil réis que já no ano passado entregara à mesa velha para empregar em medidas e a renda ser para 9 missas rezadas e 3 cantadas anualmente, no dito mosteiro, in perpetuum, todas em segunda-feira santa, aplicadas pelas almas dos irmãos da mesma e pelas mais necessitadas do purgatório; a cantada no altar do rosário e as rezadas nos mais do dito mosteiro; quando a esmola crescesse e o rendimento não chegasse, a cantada sempre se dissesse e as rezadas só conforme o rendimento.

1675 — O Arcebispo D. Veríssimo de Lencastre participa ao Cabido que no dia seguinte vem e esta vila para fazer visita pastoral, não a querendo espera nem outros obséquios mais que os de portas adentro.

1829 — Na vila de Monção foram presos 5 portugueses vindos da Galiza e procedentes de Inglaterra, aonde se achavam refugiados, por terem para aí fugido, na companhia dos rebeldes, sendo um dos 5 Miguel António Moreira da silva, casado, do termo de Guimarães. De "O Correio do Porto"

1843 — Chegou a esta vila a notícia de ter sido enterrado na cidade do Porto no dia de ontem o Barão das Lajes, José Teixeira de Mesquita, coronel do antigo batalhão de infantaria n.º18 e hoje regimento de infantaria nº 2. Este Barão das Lajes tinha-se feito célebre nesta vila quando aqui esteve o batalhão nº 18 que eles tão dignamente comandava, tendo por várias vezes mostrado que era bravo e capaz de manter a disciplina de um corpo, e com especialidade quando o batalhão se conspirou em 7 de Julho de 1838. P. L.

1864 — Houve duas missas novas mui solenes: em S. Torcato, do padre Augusto da Ascensão Costa, da Cruz de Pedra, pregando o Padre Sebastião "minhoto" José Leite, jantar de 150 talheres; e na capela de N.ª Senhora da Conceição o Padre António "sargenta" Afonso de Carvalho, pregando o Padre José "mico" Leite de Faria Sampaio.

1866 — Sábado - Solene inauguração do sagrado lausperene na igreja do Carmo, instituição por devoção, das viscondessas de Lindoso e Pindela, baronesa de Pombeiro, D, Joana de Araújo Martins e D. Maria Amália Cardoso de Meneses. Houve missa, vésperas, sermão, Te Deum laudamus e procissão ao cruzeiro que era ao fundo do pequeno terreiro, em frente à porta da igreja.

1895 — Às 2 horas e 25 minutos da tarde o administrador do concelho recebe por telegrama do governador civil de Portalegre notícia da morte do D. Prior José de Andrade Sequeira, para transmitir ao cabido; logo tocaram fúnebre os sinos da Colegiada e no fim a sé vaga.

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O Natal e a Sociedade Martins Sarmento

Na quadra natalícia de 2007, entre os dias 14 e 27 de Dezembro, o Museu da Sociedade Martins Sarmento através do seu Serviço Educativo recebeu cerca de 300 crianças e jovens provenientes de várias Instituições do Concelho de Guimarães.

Meninos do A.T.L. de Brito durante uma actividade de caça ao tesouro no Claustro da S.M.S.

O Serviço Educativo da S.M.S. desenvolveu um conjunto de actividades bastante diversificadas onde reinou a boa disposição e a criatividade.

Estas actividades tiveram como objectivos específicos dar a conhecer o Museu e possibilitar a ocupação dos tempos livres de crianças e jovens durante as suas interrupções lectivas, de um modo lúdico e didáctico.

Aulas de pintura sob a coordenação da professora Ana Maria Oliveira

Nos dias 14 e 17 de Dezembro, no Salão Nobre da SMS, realizou-se a apresentação de uma peça de teatro intitulada “Uma História de Natal”, pelos alunos do Curso Tecnológico de Acção Social Variante Animação Sócio Cultural, estagiários na SMS. A coordenação ficou a cargo da professora Sílvia Magalhães, da Escola Secundária Martins Sarmento. Como espectadores estiveram presentes crianças do jardim-de-infância de Santa Estefânia e do Patronato de S. Sebastião que aplaudiram com entusiasmo a actuação dos alunos estagiários.

Conversa sobre o Natal com a professora Ana Maria André

No dia 17 de Dezembro iniciou-se o Cursinho de Natal “O Museu, as Artes e o Natal”, que se prolongou até ao dia 21 de Dezembro. Contou com a participação de 18 crianças que durante as tardes desenvolveram actividades variadas, especialmente no âmbito das artes plásticas, de onde resultou uma grande produção de “obras de arte”.

Uma história de Natal - representação teatral

Em simultâneo com o Cursinho de Natal, o Serviço Educativo da S.M.S. desenvolveu durante as manhãs sessões de musicoterapia e oficinas de cerâmica castreja. Estas actividades foram dirigidas a duas Instituições do Concelho de Guimarães: a Sol do Ave, através do Projecto Despertar, e o A.T.L. de Brito. De salientar, também, a actividade desenvolvida em parceria com o Colégio de Nossa Senhora da Conceição, no âmbito das Comemorações do Dia dos Direitos Humanos: um trabalho de cariz didáctico, com o título “A promoção dos Direitos Humanos pela Sociedade Martins Sarmento”, foi apresentado às crianças participantes por uma técnica do Serviço Educativo do Museu, em colaboração com uma profissional da área da psicologia. Esta apresentação deu origem a uma conversa e à feitura de vários desenhos e frases temáticas.

Meninos do Colégio Nossa Senhora da Conceição realizando um desenho sobre os Direitos Humanos

Dando continuidade ao cumprimento de um dos seus desígnios fundadores, a SMS– através das iniciativas levadas a cabo pelo seu Serviço Educativo – volta a oferecer à comunidade meios de conhecimento e aprendizagem da sua História e Cultura, assinalando, desta forma, a sua vocação pedagógica e formativa.

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04 janeiro, 2008

Tesouros Sarmentinos: (704) Príncipe D. Augusto, Duque de Leuchtenberg

Retrato do Príncipe Augusto, Duque de Leuchtenberg, primeiro Marido de D. Maria II. Litografia.

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Efemérides vimaranenses: 5 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1618 — O Dr. Jorge do Vale Vieira, da casa do Salvador, do Cano, faz seu testamento e manda aprová-lo neste dia. Dele consta a fundação da capela de S. Roque da serra, da qual nenhum dos monógrafos de Guimarães, nem mesmo o contemporâneo Gaspar Estaço, até 19 historiou a sua instituição, que é como segue: "Declaro que eu comprei treze rasas pela medida velha de centeio e milho em cada um ano no casal de Bergadelha, na freguesia de Santa Cristina de Longos a um Tomé Pires junto à Falperra quando vão para Braga no termo desta vila de Guimarães para que por elas me digam em cada um ano para sempre sete missas na ermida de S. roque que mandei fazer junto à casa de saúde no monte de Santa Catarina no ano de mil e quinhentos e noventa e nove (1599), as quais sete missas serão seis rezadas e uma cantada e se dirão no dia de S. Roque como eu até agora as mando dizer. E se dará de esmola nove rasas do dito pão, a saber três rasas pela cantada e seis pelas rezadas e as quatro rasas que ficam das treze deixo aplicadas para a fábrica da dita ermida, as quais treze medidas se entregarão a darão aos religiosos do mosteiro de S. Jerónimo da Costa do termo desta vila que tem a obrigação de fabricar a dita ermida por virtude de uma escritura que fizeram ao arcebispo de Braga e estas missas se dirão por minha alma, e de meus defuntos, e por todas as almas que faleceram do mal da peste de que Deus nos guarde no dito monte." Arquivo da Casa do Salvador.

1747 — O arcebispo de Braga, D. José de Bragança sagrou na igreja de S. José do Carmo 36 pedras de ara.

1827 — A Câmara delibera que seja citado Manuel Francisco, carpinteiro, da rua das Oliveiras de Santa Cruz (Cano de Cima), para apresentar na dita Câmara o título porque se acha ocupando o terreno baldio e do uso público no mesmo sítio, sob pena de demolir-se por este Senado, qualquer inovação que tentar.

1860 — No hospital da Ordem Terceira de S. Francisco foi patente ao público a nova enfermaria de N. Sr.ª das Dores, adornada com 12 camas que o Conde e Condessas (2) de Vila Pouca doaram para a mesma enfermaria.

1893 — A Câmara, por unanimidade, aprova as bases dum contrato para o serviço municipal de incêndios, apresentadas com data de 1 deste mês pela direcção da Associação de Bombeiros Voluntários.

1897 — A Câmara votou 2:000$000 réis para a continuação da estrada desde o Senhor dos Serôdios à Penha.

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03 janeiro, 2008

Tesouros Sarmentinos: (703) Príncipe D. Augusto, Duque de Leuchtenberg

Retrato do Príncipe D. Augusto, Duque de Leuchtenberg. Litografia de J. Walsfle.

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Efemérides vimaranenses: 4 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1499 — 6ª feira - A Câmara faz sair da sua sala o alcaide-mor de Guimarães, Diogo Lopes de Lima, fidalgo da casa de El-rei, que queria assistir aos acórdãos ou sessões da Câmara. Ele questionou, mas a Câmara obteve sentença em Lisboa a 23-VII-1499.

1796 — O Cabido resolveu responder à carta do D. Prior, D. Luís de Saldanha e Oliveira, que não consentia na supressão do Mestre-Escolado para reforma da igreja, nem deitar abaixo a igreja sem que mostrasse o risco para nova obra compatível com os meios que o Cabido tinha para ela.

1809 — António José Pereira Campos Braga passa cautela, em Guimarães, de ter recebido de José Antunes Veloso e companhia, por ordem do Dr. Juiz de Fora, 270 alqueires de milho, pela medida da vila, oferecimento feito ao 2.º batalhão de infantaria n.º 21 que aqui se aquartelou. A cautela servia enquanto não chegasse o recibo assinado pelo administrador Francisco José Teixeira Neto Guimarães, ou quem suas vezes fizesse, segundo as reais ordens da Junta da direcção Geral.

1837 — "Às 7 horas da manhã foi cercada a casa do cidadão Francisco Jerónimo Requião, na freguesia de Sta. Marinha de Arosa, por um bando de gente armada; perguntando-lhe o Requião o que queriam? A resposta foi um tiro (dado por Manuel Gonçalves comissário de Agrela) que lhe passou perto de uma perna e lhe furou o capote. Aos gritos de abra-atira-mata puseram-no fora de casa, com as armas aperradas, e a mulher e os filhos, deram busca rigorosa à casa, cómodas, gavetas, mesas, armários, tudo com a exacção miguelista. Conduzem depois o pobre homem para uma casa na freguesia de Serafão: alguns amigos o vão visitar: eis chegam 20 facínoras armados, gritando os comandantes = morram esses ladrões = morra o preso = Saem, uns levam coronhada de arma, à cara doutros apontam as clavinas, o preso é conduzido de casa em casa, e na manhã seguinte para Guimarães, com ordem de o matarem, se encontrassem alguns homens na estrada!!! Chega o infeliz à cadeia, pede audiência ao administrador, nega-lha: daí a três dias o juiz de direito chama testemunhas por uma parte que a guerrilha do administrador formou, mas apesar dos esforços do miliciano administrador as testemunhas nada juraram e o infeliz foi posto em liberdade no dia 18 às 3 horas da tarde sofrendo uma prisão de 14 dias sem culpa formada !!! O motivo deste escândalo foi uma vingança, eis o caso: na eleição da Câmara de Guimarães, em 1835, houve, como sempre, grande suborno, principalmente no círculo de Serafão. O Governador Civil mandou tirar conhecimento disto por o Ilustríssimo António de Nápoles. O Requião foi chamado a depor o que sabia, por ser testemunha de vista: a rainha julgou nula a eleição e procedeu-se a outra. O presidente daquela assembleia tratou por isso de vingar do Requião pô-lo fora de comissário; não admitiu mais lista alguma com o nome dele, e de mãos dadas com o comissário de polícia de Serafão (António Manuel Alves) e Agrela e com o administrador do concelho, a título de procurar ladrões, praticaram o presente despotismo. É verdade que não acharam ladrões, mas sim carne de porco, salpicões e marmelada que roubaram." De "O Artilheiro" n.º 34, de 31 de Janeiro de 1837.

1837 — Continuação da folha antecedente: - Eis aqui os homens do dia 9. O Administrador do concelho, para se vingar de lhe terem anulado em 1835 a eleição de administrador, a que sempre aspirou para se indemnizar atropela a sua querida Constituição e calca aos pés o direito do Cidadão!!! O Presidente da Assembleia, homem sem crédito, o Presidente nato da Câmara de Guimarães para se indemnizar deu esta grande batalha e saiu Deputado substituto! Há-de defender bem os direitos do Cidadão! O Comissário de Serafão, António Manuel Alves, que merece confiança do Administrador, tem-se enchido de ladroeiras: foi perseguidor de malhados! E testemunha falsa nas devassas da chamada Rebelião! O Comissário Agrela, Manuel Gonçalves, que deu um tiro no Requião, é Caipira! Miliciano que esteve sempre nas linhas do Porto a favor do Miguel! Também merece a confiança do Sr. Administrador! Eis os Empregados da Polícia de Guimarães! Eis como o Cidadão está ao abrigo da Lei! Tudo isto, estas vinganças, esta prepotência chama-se-lhe = Movimento! Toca a encher! Quem pilhou, pilhou e quem não pilhou pilhasse! Idem ("O Artilheiro").

1864 — A fim de reformarem os estatutos do teatro de D. Afonso Henriques reúnem-se no mesmo os seus accionistas e nomeiam comissão para isso: Barão de Pombeiro, presidente, Cónego Manuel Luís Gouveia, secretário, cónego magistral Domingos de Sousa Guedes Aguiar, Dr. Manuel José do Souto Coelho e Oliveira, e Dr. Luís Cardoso de Macedo, relator.

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02 janeiro, 2008

Tesouros Sarmentinos: (702) D. Leonor

Retratod e D. Leonor. litografia de Manuel J. Valentim.

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Efemérides vimaranenses: 3 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1403 — Carta régia de D. João I apresentando D. Prior da Colegiada, 27º na série, D. Diogo (2.º do nome) Álvares de Brito. Depois eleito bispo de Évora, foi promovido a arcebispo de Lisboa.

1598 — Foi apregoada na praça por António Mestre pregoeiro da Câmara, a provisão régia sobre as cortesias nos documentos oficiais, bem como aí também apregoou a provisão régia sobre o tratamento das pessoas nos sobrescritos, etc. - (aquele de 3-VIII-1597 e este de 16-IX-1597).

1641 — Às 11 horas de manhã chega um caminheiro que entrega à Câmara uma carta régia mandando eleger 2 procuradores. A Câmara manda pelo pregoeiro lançar convite para que à 1 hora da tarde o povo se reúna na casa da Câmara para fazer a dita eleição, a qual recaiu em Gregório do Amaral de Castelo-branco, com 88 votos e Fernão Rebelo de Almeida, com 54 votos.

1688 — Nasce frei Manuel de S. Dâmaso, cronista da província franciscana da Soledade em Portugal, e polemista muito laureado.

1795 — Provisão concedendo aforamento de terreno na Falperra, Santa Cristina de Longos, a António José da Silva, de Braga, para edificar 9 moinhos, tendo já 9 moinhos.

1836 — Chegou a esta vila a notícia de se haver destinado o dia 1º deste mês para se celebrar em Lisboa o consórcio de S. M. F. a Sr.ª D. Maria 2ª com o príncipe D. Fernando Augusto, duque de Saxónia-Coburgo-Gotha, por procuração passada ao duque da Terceira. Em consequência desta notícia ordenou a Câmara Municipal desta vila por editais que se pusessem luminárias por 3 noites consecutivas e que repicassem os sinos em todas as torres da vila, havendo nestes três dias e noites alguns foguetes do ar e morteiros. A Sociedade Patriótica desta vila reuniu-se nesta noite na casa das suas sessões (casa das Audiências no Convento de S. Francisco) onde estava patente o retrato de s. M. F. a Rainha. Antes da abertura da sessão tocou uma música o Hino Constitucional e algumas peças ressoando imensas vivas dadas pelos sócios e espectadores. E no fim houve repetição de música e vivas. A casa estava bem adornada e iluminada. P. L.

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01 janeiro, 2008

2008: as efemérides do ano

Eduardo de Almeida

O ano de 2008 será marcado por diversas efemérides de relevo na história de Guimarães, de que aqui se destacam as principais:

No dia 6 de Janeiro assinala-se a passagem do primeiro cinquentenário sobre a morte de Eduardo de Almeida (6.01.1958). Republicano, democrata e notável orador, desempenhou diversos cargos de políticos, tendo sido Deputado por Guimarães às Constituintes, após a proclamação da República. Advogado distinto, abandonaria a profissão para se dedicar à literatura e a trabalhos de investigação histórica. Foi Presidente da Direcção da Sociedade Martins Sarmento, à qual pertenceu na qualidade de Sócio Honorário. É autor de uma extensa obra literária.


Joaquim José de Meira

No dia 19 de Março passam 150 anos sobre o nascimento de Joaquim José de Meira, reputado médico e cirurgião vimaranense (19.03.1858). Notável orador, foi um destacado vulto da política local. Assinou, com Alberto Sampaio, o Relatório da Exposição Industrial de Guimarães de 1884. Fez parte do Grupo dos Entusiastas na célebre questão política entre Guimarães e Braga em 1885-86. Prestou grandes serviços à Sociedade Martins Sarmento, nomeadamente como Presidente da Direcção, tendo sido elevado à condição de sócio honorário. Era pai de João de Meira.


D. Afonso III

Em Maio, passam 750 anos sobre a carta, dada em Guimarães por D. Afonso III, que institui quatro feiras de quatro dias que deveriam ter lugar no Castelo de Guimarães, em Maio, Junho, Setembro e Dezembro, às quais concede diversos privilégios (16.05.1258).

No dia 18 de Junho passa o segundo centenário da aclamação em Guimarães de D. João VI, como príncipe regente, fazendo dessa aclamação um grito de guerra contra a dominação francesa (18.06.1808). A aclamação, que envolveu o Cabido e o povo de Guimarães, teve lugar na igreja da Colegiada, cuja torre se iluminaria nessa noite, seguindo-se-lhe um cortejo pelas ruas da vila, no qual os retratos da família real foram conduzidos debaixo de um pálio. Guimarães apresenta-se como a “primeira das vilas e cidades a quebrar os ferros da escravidão francesa”.

Passam também 750 anos sobre a morte de S. Gualter, ocorrida, provavelmente, a 30 de Junho de 1258, conforme indica João Lopes de Faria, com base no Livro dos Óbitos de Santa Cruz de Coimbra. Eremita enviado a Portugal por S. Francisco de Assis, foi o fundador do primeiro convento de S. Francisco de Guimarães.

No dia 26 de Setembro passa o primeiro centenário sobre a assinatura da escritura através da qual a Companhia da Luz Eléctrica de Guimarães, representada por Albert Cambers Hendall, cônsul do Chile, no Porto, trespassou a Bernardino Jordão a concessão do fornecimento de electricidade para iluminação pública e particular de Guimarães (26.09.1908).

No dia 13 de Novembro, passa o segundo centenário sobre o nascimento, em S. Salvador do Donim, de João Antunes Guimarães, fundador e dotador do Asilo de Donim e da escola primária de Briteiros (13.11.1808). Foi sócio honorário da Sociedade Martins Sarmento.

No dia 29 de Novembro passam cinquenta anos sobre a data da morte de Alfredo Guimarães, escritor e crítico de arte, nascido em Guimarães em 7 de Setembro de 1882 (29.11.1958). Foi o primeiro Director do Museu Regional de Alberto Sampaio, tendo sido responsável pela sua instalação. Sócio correspondente da Academia Nacional de Belas Artes. Publicou uma obra extensa, onde se destacam os seus trabalhos sobre história da arte.


Alberto Sampaio

No primeiro dia de Dezembro, passa um século sobre a morte do historiador vimaranense Alberto da Cunha Sampaio, autor das Vilas do Norte de Portugal e das Póvoas Marítimas, na casa de Boamense, em Cabeçudos, Vila Nova de Famalicão (1.12.1908). Da sua dedicação à causa pública, ainda hoje perdura na memória o trabalho de organização da primeira exposição Industrial de Guimarães, em 1884, uma iniciativa da Sociedade Martins Sarmento de que Alberto Sampaio foi a alma mater.


D. Mafalda

No dia 3 de Dezembro, passam 850 anos sobre a morte de D. Mafalda de Sabóia, filha de Amadeu II, Conde de Sabóia, Moriano e Piemonte e da Condessa Mafalda de Albon. Mulher de D. Afonso Henriques, foi a primeira rainha de Portugal. Morreu em Coimbra (3.12.1158), onde está sepultada.


Avelino Germano

No dia 22 de Dezembro, passa um século sobre a morte de Avelino Germano da Costa Freitas, médico de Guimarães e um dos fundadores da Sociedade Martins Sarmento, de que foi sócio honorário e que serviu, diversas vezes, como presidente (22.12.1908).


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Tesouros Sarmentinos: (701) António José Osório de Pina Leitão

Retrato de António José Osório de Pina Leitão. Gravura a buril e ponteado de J. J. de Sousa, a partir de obra de A. do Carmo. 1818 (?).

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Efemérides vimaranenses: 2 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1273 — Foi colado, em Ciudad Rodrigo, pelo delegado apostólico, o Prior de Guimarães, Pedro Julião. O título está incluído numa sentença (vide 6-11-1273) na torre do tombo, livro 1º dos Padroados fl. 204 v.º) Tagilde.

1581 — Na capela de S. João, do mosteiro de S. Francisco, sendo aí congregada e junta gente do povo, fazem procuração na nota de Manuel Gonçalves, com 110 assinaturas, fazendo seus procuradores a Francisco Rebelo comendador da Ordem de Cristo, António Pereira da Silva, João de Santarém, os licenciados João de Valadares, João André, Paulo de Sá Peixoto, Cosme Machado de Miranda e a António Gonçalves genro de Filipa Lopes, Francisco Fernandes Canavarro, e a Vasco Lourenço oleiro, moradores nesta vila de vereadores, procurador e mesteres, para de mandarem as perdas e danos que Fernão Rebelo de Carvalho e Diogo Lopes os vereadores que ora servem tem feito nesta vila em dinheiro que receberam na mão sem ordem nem figura de juízo, e assim os dois mesteres Pantaleão Gonçalves, barbeiro, e João Alvares Roxo, sapateiro, e para que possam ir a Sua Majestade El-rei nosso senhor e ao senhor Sancho de Ávila requerer sobre o bem e proveito desta vila e assim para fazer petições, tirar testemunhas e tudo o que tocar ao bem da dita vila, e pedir vista de papéis que fizeram contra o dito povo e poderão jurar etc. etc.

1669 — A vereação nomeou para dizer as missas do anal da capela da Gafaria de S. Lázaro o padre Francisco Machado de Azevedo.

1753 — A mesa da irmandade de Nossa Senhora do Terço deliberou dar 4$800 réis para as obras da capela da Ordem 3ª de S. Domingos.

1779 — O Arcebispo D. Gaspar, estando em Palhavã, escreve ao Cabido de Guimarães agradecendo-lhe a felicitação de Boas Festas e dizendo-lhe que a sua demora em Lisboa já era grande, mas brevemente partiria para o arcebispado.

1824 — Falece no Porto a 1ª Viscondessa de Balsemão, D. Catarina Micaela de Sousa César Lencastre, poetisa muito distinta, apelidada pelos seus contemporâneos a Safo Portuguesa, pelas belezas das poesias que escreveu, celebrando os encantos do amor, e dama da ordem de S. João de Jerusalém. Era filha de Francisco Filipe de Sousa da Silva Alcoforado, senhor da casa de Vila Pouca, onde ela nasceu a 29 de Setembro de 1749 e de sua mulher D. Rosa Maria Viterbo de Lencastre, filha dos 3terceiros viscondes de Asseca, e foi casada com Luís Pinto de Sousa Coutinho, 1º visconde de Balsemão, governador da capitania de Mato Grosso e ministro português em Inglaterra.

1835 — Morre a mulher do Tamanqueira morador à Senhora da Guia, a qual estava doida por causa da perseguição que seu marido por ser constitucional sofreu no tempo de D. Miguel, ela estava no convento dos Capuchos que o tinha arrematado o seu marido por arrendamento. Foi sepultada no dia seguinte na igreja do mesmo convento. P. L. Vide 9-4-1829. Neste ou no seguinte? Diz o J. de F. C.: complete-se o que publiquei no Vimaranense de 4-V-1897

1843 — Tomou posse do lugar de administrador do concelho desta vila João António de Oliveira Cardoso, homem probo e recto. Foi nomeado pelo Governo segundo a lei e substituto do mesmo João António de Gouveia (Carreira). O proprietário era bacharel formado em Cânones e tinha servido lugares da magistratura. P. L.

1893 — Saiu o 1º número do jornal "Argonauta" semanário às segundas feiras, independente, de que era editor e proprietário António Augusto da Silva Caldas e responsável o seu tipógrafo Manuel Gomes Ferreira.

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