31 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 1 de Janeiro

O Teatro D. Afonso Henriques

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1601 — Alvará régio concedendo ao convento de Santa Clara uma tença anual de 50$000 réis, paga pelo almoxarifado de Guimarães; confirmado por alvará de El-rei D. José em 1760.

1694 — O padre Torquato Peixoto de Azevedo, autor das "Memórias Ressuscitadas da Antiga Guimarães", e sua irmã Francisca dos Guimarães Peixoto, por escritura na nota de Nicolau de Abreu, instituem morgado e vínculo, com reserva vitalícia para si, em terras dos concelhos de Roças, Cabeceiras de Basto e Guimarães, sendo neste a quinta do Peixoto e um casal anexo a ela, na freguesia de Mascotelos, uma casa de moinho em Gondar e duas moradas de casas místicas em que viviam, na rua de Alcobaça, para ser administrado por sua sobrinha Mafalda Luísa Leite, filha de seu irmão António Leite Ferreira e Jerónima Vieira de Sousa e sua descendência, com obrigação anual de uma missa rezada às chagas de Cristo, por intenção deles instituidores, em qualquer dia e igreja, pela esmola corrente

1840 — O Directório da Sociedade Conservadora do Sistema Monárquico Representativo em Portugal nomeia para presidente da comissão estabelecida no círculo de Guimarães o Vimaranense João Baptista Felgueiras.

1850 — Instituição da Sociedade Recreativa Vimaranense.

1850 — Grande baile na casa do Proposto, celebrando-se o aniversário natalício de João Machado Pindela (Visconde); houve profusão e grandeza, assistindo as principais famílias da vila e algumas pessoas do Porto e Braga; terminou às 5 horas da madrugada.

1857 — Tendo-se espalhado o boato que na Quinta da Lamela, da freguesia de Moreira de Cónegos e pertencente a D. Quitéria Joaquina Ribeiro, se destilava pão para aguardente, reuniu-se neste dia grande quantidade de povo que, em tumulto e vozearia de mortes e incêndio, que se apresentou defronte daquela casa e quinta e levariam a efeito sua ameaça se não fossem os esforços de Bernardo Dias de Freitas, de Varziela, da dita freguesia, acompanhado de seus cunhados António Dias Ferreira e Manuel Coelho do Carvalhal, que puderam conter os amotinados, não se retirando sem prometerem voltar em maior número para matar e incendiar. O ajuntamento era composto na sua maioria de homens de má conduta, jornaleiros, das freguesias imediatas pertencentes ao concelho de Negrelos e de muitos trabalhadores da fábrica de fiação.

1868 — Neste dia e em alguns dos seguintes estiveram fechados as portas das casas de negócio em que se vendiam géneros tributados na nova lei de consumo. O povo fez manifestações desordeiras neste dia e no seguinte, não resultando más consequências. A força militar esteve toda a manhã em formatura no terreiro de S. Francisco. Às 9 horas da manhã, um grupo de artistada entrou com fúria pela igreja da Colegiada, subindo as escadas da torre até à porta do coro de cima, indo para tocar os sinos a rebate, mas como aí encontrassem fechada a porta da torre voltaram embora de beiça caída.

1878 — No teatro de D. Afonso Henriques realizou-se um grande meeting desde as 3 e meia Às 7 horas da tarde, para apresentação do projecto de representação, que estava encarregada uma comissão presidida pelo Barão de Pombeiro, que também presidiu a este acto, pedindo ao Governo em favor da concessão do prolongamento da linha-férrea da Póvoa a Chaves, por Famalicão, Fafe, Arco e Vidago, contra a qual tinham representado os bracarenses.

1881 — Ao amanhecer aparecem em todas as entradas da cidade barracas de pinho, (uma em cada uma), toscas e desajeitadas. Eram as guaritas destinadas para os cobradores do novo imposto camarário, com princípio neste dia, pagando os veículos 40 réis e os carros de bois 20 réis.

1887 — Principia o concelho de Guimarães a ser autónomo. Por tal motivo saiu à noite uma banda de música muito ordinárias, a tocar um hino a 1.ª vez, feito e oferecido à Câmara pelo último morgado da casa do Toural, João António Vaz Vieira da Silva Melo Alvim e Nápoles, acompanhada por alguns populares empunhando archotes e dando (poucos) vivas aos firmes da causa de Guimarães.

1901 — Ao dar a meia-noite de 31 de Dezembro de 1900 para 1 de Janeiro de 1901 foi solenizado por concessão o princípio do século. Houve missa cantada a vozes e órgão na igreja de S. Francisco; missas cantadas a cantochão nas igrejas de S. Domingos e Dominicas (S. Sebastião); missa rezada nas igrejas do Campo da Feira, Carmo e outras. Na Colegiada, às 11 horas da mesma noite de 31, o pároco D. Prior (o Cabido não tomou parte) com seu cura e outros ajudantes, cantou o Te Deum laudamus, que eu acompanhei no órgão, e à meia-noite o mesmo pároco, D. Prior, celebrou missa rezada acompanhada a órgão por um estudante do seminário, porque eu no fim do Te Dum fui para o acto da igreja onde, quando estava próximo da meia noite de expirar o século XIX, toquei-lhe uma marcha fúnebre e logo que acabaram de dar as 12 horas mudei para o hino nacional, o da Carta, saudando o novo século, o que causou um grande ah!!!! Que foi ouvido em todos os assistentes, que muito se alegraram. Houve comunhão concorrida em todas as igrejas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (334) Agostinho Fernandes, por Raul Xavier

Raul Xavier, Agostinho Fernandes. Medalhão em Bronze 1956.

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30 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 31 de Dezembro

Muralhas de Guimarães: Vila de Santa Maria da Oliveira e Vila do Castelo.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1389 — Carta, dada em Guimarães, por El-rei D. João I, incorporando definitivamente a vila do Castelo na de Guimarães, formando uma, não obstante os privilégios de El-rei D. Dinis e outros réis ante ele e confirmação de D. Fernando e sentenças havidas a seu favor.

1620 — A Câmara Municipal contrata com Bartolomeu Ferreira, morador à rua Caldeirôa, " de lhe fazer o livro para de boa letra para se transladarem as provisões e mais papéis necessários na forma da provisão de S. Majestade E por ser bom escrivão e fazer boa letra e não haver nesta vila quem melhor o faça que ele escreva o dito livro e lhe darão por cada meia folha escrita de ambas as bandas três vinténs como ficou com eles vereadores e à conta do dito livro tem recebido dois mil réis e se obrigou a fazer a dita letra boa e miúda".

1828 — À noite luminárias na igreja da Misericórdia e fogo do ar. Nesta noite quebraram algumas vidraças aos moradores do Toural por não porem luminárias. P. L.

1837 — Alguns devotos fizeram uma festa no Campo Santo, com Santíssimo Exposto e de tarde sermão, por ter escapado à morte Manuel Joaquim Areias, ourives desta vila, o qual tinha estado muito mal com uma catarral. Tanto na véspera como no dia deram bastantes foguetões do ar, não só no Campo Santo, mas também à porta do supradito Areias. P. L.

1847 — Neste dia e nos dois seguintes houveram Preces nesta vila por ordem do Governo em consequência dos frequentes terramotos que tinham havido em Lisboa. P. L.

1867 — Foi aberta ao trânsito público a Ponte sobre o Ave e avenidas da estrada real nº 27, de Guimarães a Braga.

1873 — A Câmara Municipal, presidida pelo incansável vimaranense patriota Dr. Avelino da Silva Guimarães, dirige uma representação ao Governo, implorando uma lei em que se dote o colégio de surdos mudos, existente nesta cidade, de que era proprietário e director o Padre Pedro Maria de Aguilar, com um subsídio pago pelo estado e pela qual o Governo ficasse habilitado ou autorizado a comprar ou a expropriar por utilidade pública os métodos de ensino confeccionados pelo professor Padre Aguilar acima citado. Nada se conseguiu, o que muito desgostou o Padre Aguilar, que retirou com o seu Instituto para a cidade do Porto, onde o instalou e alcançou da respectiva Câmara um subsídio ainda que pequeno.

1874 — A Câmara Municipal delibera contrair um empréstimo de 10:000$000 réis, ao juro de 6 por cento para a continuação e conclusão dos melhoramentos do Campo do Toural; corte, expropriação e demolição da alpendrada da alfândega do peixe, e dos prédios necessários para o alinhamento das casas do lado do sul do mesmo campo com a fachada do lado nascente do terreiro de S. Francisco e à abertura de uma nova rua entre o largo do Anjo e o dito terreiro de S. Francisco; e as sobras que pudessem haver de tais obras, para aplicar em qualquer outra obra. Foi autorizado pelo conselho de distrito em 5 de Fevereiro de 1875 e em 26 de Julho de 1875 foi assinado contrato com o Banco de Guimarães que se obrigou a fazer o mesmo empréstimo.

1897 — Grande tempestade.

1911 — À meia-noite os relógios adiantaram 36 minutos, 44 segundos e 68 aproximadamente 37 minutos.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (333) Júlio Vaz Júnior, por Raul Xavier

Raul Xavier, Júlio Vaz Júnior. Escultura em gesso. 1930 (?),

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29 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 30 de Dezembro

O Padrão de Nossa Senhora da Vitória e a torre do relógio da Oliveira.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1600 — A Câmara faz obrigação, na nota de João Bertholes, pagar até ao S. João de 1601 a Bertolomeu Sumariva, "mestre de artilharia e sinos, italiano estante nesta vila", quarenta mil réis de feitio e trabalho que teve em fazer de novo o relógio desta vila, incluindo nessa quantia o metal que ele mestre pôs a mais de sua casa.

1836 — Foi preso um dos mais famigerados salteadores destes distritos, o célebre Pena, José da Silva, de Brito, de 36 anos, casado, soldado do regimento 18 tendo sido do 15, e deu entrada na cadeia por actividade do provedor do concelho, José Joaquim Vieira. Era ladrão desde que os franceses vieram para Portugal; tinha sido preso várias vezes; era assinante de todas as feiras, rapando um relógio, ou cavalo, com o maior agilidade; costumava dar cavalos de presente. Havia pouco tempo lhe ferraram no Fojo um tiro de bala pelas suas habilidades; agora era uma espécie de recoveiro do regimento 18 e sempre de licença.

1862 — O Cabido, em sessão extraordinária, nomeia uma comissão de 3 capitulares, chantre, Francisco Abreu Bacelar e António Freitas Costa, para assistir ao inventário e entrega dos documentos e títulos da Arquivo da Colegiada, a Augusto Soromenho, encarregado da recepção dos arquivos do norte do Reino, na forma do decreto de 2 de Outubro último.

1877 — - Domingo - Reuniu a Associação Comercial para tratar da questão da directriz do caminho de ferro para Chaves, e resolveu se convidasse todo o corpo comercial da cidade e concelho a assinar uma adesão à representação da Câmara Municipal.

1880 — A real associação arquitectos civis e arqueólogos portugueses, em assembleia-geral considera o Padrão de Nossa Senhora da Vitória monumento histórico de 2.ª classe.

1883 — Domingo - O polícia civil nº 2, passando à noite, embriagado, pela rua de S. Paio, travou desordem com algumas pessoas e puxou para elas com o terçado. Estas puderam segurar-lhe o braço e prenderam-no, chegando depois uma força que o levou para a cadeia. Chegando ali, não querendo entrar para a prisão, puxou do terçado para o cabo da guarda, e valeu ao polícia, não ser vítima, um seu companheiro que, quando ela avançava para o cabo, o qual o esperava de baioneta calada, agarrou-o pela cintura e ambos caíram no chão, sendo então metido no meio de 4 soldados que o conduziram à estação, sendo depois enviado para a cadeia.

1900 — Domingo - Foi aberta ao trânsito público a nova avenida de 151 metros do Toural à estação do caminho de ferro; queimaram-se alguns foguetes.

1911 — À noite, iluminou-se pela 1ª vez, com uma lâmpada eléctrica, o mostrador do relógio municipal que está no alto da torre da Real Colegiada.

1926 — Decreto considerando de Utilidade Pública a Sociedade Martins Sarmento.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (332) Luís Xavier da Costa , por Raul Xavier

Raul Xavier, Dr. Luís Xavier da Costa. Placa em gesso. Sem data.

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28 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 29 de Dezembro

O palacete de Martins Sarmento

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1390 — Faleceu em Matosinhos, um dos valentes companheiros de armas do Mestre de Avis, o qual na tomada de Guimarães foi o primeiro que entrou na vila.

1434 — Carta de nomeação e privilégio, que el-rei D. Duarte passou em Lisboa ao pedreiro João de Guimarães, natural de Guimarães, concedendo-lhe a tença anual de nove mil libras, tendo-o já, antes, tomado por seu pedreiro para haver de lavrar em suas obras.

1580 — O Chantre João Marcelo arrenda por 2 anos os frutos da sua igreja de S. Miguel de Creixomil; além do preço do arrendamento, o rendeiro pagará todos os encargos velhos, sem embargo da taxa por el-rei, posturas da câmara, esterilidade, peste, saraiva e outro qualquer caso fortuito cuidado e por cuidar, salvo da guerra "antre el-rei Filippe nosso senhor com o sñr D. Antonio". Nota de Manuel Glz.

1825 — Chega a notícia de o cónego prebendado da nossa Colegiada estar cónego da Sé do Rio de Janeiro, Joaquim Duarte Contreiras da Silva. PL.

1828 — Fortunato Cardoso de Meneses Barreto, da casa do Proposto, provedor da Misericórdia, propõe à mesa da mesma: - "que constando que Sua Majestade o Senhor D. Miguel I, Nosso Senhor, estava já restabelecido da sua saúde, se fizesse um solene "Te Deum" em acção de graças ao Todo Poderoso pelas melhores e perfeito restabelecimento de S.M. Protector desta Santa Casa". Foi aprovada por unanimidade a proposta, ficando encarregados da direcção do "Te Deum", conforme as instruções que a mesa lhes desse, os mesários Francisco José Fernandes e Silva e António Manuel Martins. F.

1850 — A mesa da Misericórdia delibera aceitar o donativo de 5:633$800 réis que lhe oferecia D. Luísa Rosa de Araújo Martins, da casa de Minotes, filha de Luís Martins da Costa e de D. Joana Maria de Araújo, viúva de Domingos Cardoso de Macedo, para fundo do asilo de Entrevados, com a condição perpetua de recolher no mesmo asilo 5 cegos de ambos os sexos, sendo preferidos 2 da freguesia de Fermentões, donde a doadora era natural.

1858 — O ministro das Obras Públicas, Carlos Bento Silva, apresenta em cortes um projecto de lei autorizando o Governo a mandar proceder à construção da estrada de Braga a Guimarães pela directriz que fosse mais conveniente.

1883 — Joaquim de Vasconcelos, secretário da Sociedade de Instrução do Porto, à noite, na casa da Sociedade Martins Sarmento, realizou uma conferência acerca da arquitectura da Idade Média, com especial referência aos monumentos de Guimarães.

1884 — 2ª feira - Às 11 horas da manhã, em uma das salas do palacete do Dr. Francisco Martins Sarmento, abre-se a escola de aprendizagem de renda de linha, assistindo ao acto a comissão de damas vimaranenses, a cuja iniciativa e cuidado era devido este cometimento da Sociedade Martins Sarmento; sendo professora uma senhora com uma longa prática de ensino, que para tal fim viera propositadamente de Viana do Castelo, continuando a dita aula no citado edifício, por a Sociedade na actualidade não ter sala para isso, todos os dias das 10 horas da manhã às 2 da tarde, sendo sempre muito frequentada.

1892 — Neste dia e nos 2 seguintes foram experimentadas na Fábrica de Campelos três caldeiras a vapor à pressão de 180 libras, ou 13 atmosferas.

1918 — A Junta Militar do Norte fez grande manifestação do País. Nesta cidade, foi às 8 horas da noite, acompanhada da banda de música dos Guises tocando o hino da Carta, percorreu as ruas da Cidade, indo à porta do Coronel Artur Amado, no largo da Misericórdia, dali à Câmara, ao Conde de Margaride e ao Quartel do 20.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (331) Rato da Cunha , por Raul Xavier

Raul Xavier, Rato da Cunha , por Raul Xavier: Escultura em mármore, 1935.

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27 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 28 de Dezembro

D. Pedro V

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1637 — É concluído e assinado o Compromisso porque até 1915 se regeu a irmandade da Misericórdia, pela comissão nomeada para o confeccionar.

1818 — Chegam a esta vila, vindos de Braga, 2 varatojanos, fr. José de Ascenção, o mais novo, e fr. Paulo de Santa Teresa; fazendo duas missões na Colegiada, sendo a 1ª em sexta feira 1 de Janeiro de 1819, indo depois continuar o seu mister para S. Francisco, e, em sexta feita 5 de Março, dia de Santo Eusébio, o 1º fez a última despedida na oração pela manhã em que tratou da presença de Deus, pois que a não pôde fazer de tarde porque o povo era tanto, que houve algumas desordens devido a não caber, "causando tal saudade a sua ausência que houve desmaios na igreja e foi tal a despedida deste grande homem que nem ele pode conter as lágrimas". Daqui foram para Fafe onde principiaram a missão no domingo seguinte 7 de Março. Esta notícia encontra-se num livrinho de recibos de foros, que pertenceu a José Gomes Fernandes Baptista, e do qual fiz oferta à biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

1827 — Os constitucionais da vila levantaram uma bandeira no meio do Toural para festejarem a chegada do sr. D. Miguel a estes reinos PL.

1842 — A Câmara oficiou a todas as juntas de paróquia deste concelho, para que subscrevessem para o monumento de D. Pedro IV que estava projectado levantar-se-lhe no Toural. Não concorreram com donativo algum.

1872 — Decreto modificando e alterando as disposições do de 11 de Julho de 1871 em que concedera licença a Simão Gattai para estabelecer um caminho-de-ferro americano (rail road) entre o Braga, por Santo Tirso e Guimarães, sobre as estradas reais números 32 e 37.

1881 — Foi nomeado par do reino o 1.º Conde de Margaride, conselheiro Luís Cardoso Martins da Costa Macedo, sendo a respectiva carta régia de 29 deste.

1883 — A Câmara deliberar exarar na acta uma demonstração de sentimento, pelo facto de no dia 26 último à uma hora da noite lançarem bombas de fogo (nozes) na loja da casa onde habitava o dr. Juiz de direito José Teixeira de Queiroz Pimentel e Vasconcelos, na rua de Santa Maria, Junto ao poço dos D. Priores, cuja explosão causara grande susto à familia da casa e vizinhos.

1902 — A mesa da irmandade de S. Torquato resolve fundar na freguesia um asilo para pobres inválidos, devendo tal deliberação ser sujeita à aprovação do definitório.

1904 — Foi removido para as cadeias da Relação da Relação do Porto o Josézinho de Segade, condenado por assassino de Francisco Ribeiro Martins da Costa. - vid. 22-XII-1904.

1920 — Do Porto, onde falecera, veio hoje para esta cidade, a fim de ter os ofícios e sepultura, uma menina, quase senhora, filha do agrónomo João Coelho da Mota Prego e da esposa, divorciados, a qual menina, poucos anos (antes), estivera para ser raptada a seu pai com quem vivia nesta cidade; correram dúvidas acerca da morte dela.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tessouros sarmentinos: (330) Pedro Batalha Reis, por Raul Xavier

Raul Xavier, Pedro Batalha Reis. Medalhão em gesso. Sem data.

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26 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 27 de Dezembro

Santa Clara

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1620 — No mosteiro de Santa Clara falecem as madres. Paula dos Santos, natural de Lisboa e Antónia da Conceição, natural de Caparica, perto de Lisboa, ambas em cheiro de santidade. Como companheiras que foram na viagem e eram na virtude, amavam-se muito; aquela, era mulher de acrisoladas virtudes e de humildade muito rara: no coro, e em outros actos da comunidade, o seu lugar era sempre a última cadeira abaixo das noviças, por se julgar a última na ordem dos merecimentos; padeceu graves enfermidades e na última assistiu-lhe a companheira Antónia à qual anunciou que "vieram ambas juntas para esta casa e ambas também haviam de sair dela", o que lhe foi dito dias antes, que logo adoeceu gravemente, e, neste dia 27, ambas, uma após outra, faleceram no Senhor.

1747 — O Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, que estava residindo em Guimarães, vai ao convento de Santa Clara administrar o sacramento da comunhão.

1812 — Às 3 horas da manhã faleceu na casa dos Laranjais o cónego prebendado Pedro Ferreira de Leiva, que havia sucedido na conesia a seu avô materno, de igual nome, e ao que ora faleceu sucedeu na mesma conesia seu sobrinho materno João de Barros Leiva. Foi sepultado no dia seguinte depois dos ofícios capitulares na Colegiada.

1813 — À noite, foi dado pelos dançarinos, que aqui se achavam, um benefício à Misericórdia que se encontrava em fracas condições pecuniárias, para cujo fim concorreu e distribuiu bilhetes o benemérito Rodrigo José de Sousa Lobo de Meneses, escrivão da Mesa, e João Pinto Teixeira Coelho. O espectáculo rendeu líquido para a Misericórdia 93$260 réis metal.

1826 — Faleceu com 98 anos o Padre José Amaro da Silva, restaurador da irmandade de S. Pedro, e foi sepultado no dia seguinte em S. Pedro. P.L. e F.

1846 — "De madrugada saiu desta vila o general MacDonel e o loco-tenente do snr. D. Miguel e mais toda a força miguelista que aqui se achava e na avançada das Taipas, na direcção de Pombeiro, com receio de que viesse força de Braga da divisão do Barão do Casal. Nesta noite não só retiraram os realistas armados, assim como as famílias de alguns miguelistas e algumas das suas preciosidades. A família do Proposto recolheu-se ao convento de Sta. Clara. Na retirada dos miguéis, morreu à Senhora da Madre de Deus, um tenente-coronel, caindo do cavalo abaixo, julgou-se ser com uma apoplexia o qual era tio dos Carapeços e senhor de uma boa casa. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na igreja do Campo da Feira, aonde também se lhe fizeram as suas honras fúnebres com toda a decência. Quem se encarregou de lhe mandar fazer o funeral foi a D. Emília do Arco. Foi enterrado com o hábito de S. Francisco". P.L.

1852 — Decreto criando a escola de educação de meninas desta vila; e em 30 de Abril de 1858 foi aberto concurso para prover a mesma escola com o ordenado de 90$00 réis, pagos metade pela câmara municipal e metade pelo tesouro público.

1868 — Faz o seu benefício, com o terceiro e último espectáculo, no teatro de D. Afonso Henriques, o qual foi muito concorrido, a prestidigitadora D. Elisa Erraro de Liminana, constando de Jogos de física recreativa, e uma exposição de vistas compostas de efeito de incêndio, do luar, e de dia, por maquinismo.

1920 — Na noite de hoje 27 para 28 os presos da cadeia cortaram com limas competentes os ferros das grades, o preciso para lhes caber o corpo e fugiram 4 bem criminosos.

1929 — Principiou a exploração da linha telefónica directa Guimarães ao Porto.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tessouros sarmentinos: (329) Ruy Telles Palhinha, por Raul Xavier

Raul Xavier, Ruy Telles Palhinha. Medalhão em gesso. 1945

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25 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 26 de Dezembro

João de Sousa Bandeira

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1238 — Em Guimarães fez-se a concordata entre El-rei D. Sancho e o Arcebispo e Cabido de Braga.

1709 — Catarina Maria, viúva de António Vieira da Cruz, ex-síndico do convento das Capuchas, faz uma doação, por escritura, ao mesmo convento, de dote para ser freira nele, e juntamente com suas duas filhas, nele já recolhidas, fazem entrega de 45 alqueires de pão de segunda e duas galinhas, impostos do casal do Telhado da freguesia de Polvoreira, de que eram usufrutuárias e que seu pai deixara para o azeite da lâmpada do Senhor do convento por morte delas.

1773 — Nasce no Porto João Evangelista Morais Sarmento, que como médico e poeta se tornou célebre em Guimarães, filho de Francisco José de Gouveia Morais Sarmento, oficial da tesouraria geral das tropas, de Santo Adefonso, do Porto, e de D. Rosa Micaela de Gouveia, de Braga. Foi baptizado a 27 em Miragaia.

1834 — Um filho do Pinheiro sapateiro, dá uma facada, junto do Gaiteiro, em um serralheiro da rua de Gatos, que logo foi para o hospital. P. L.

1835 — Havendo faltado, aproximadamente há um mês, um ferrador por nome João, do arco ou ponte de Pombeiro, de 34 anos que vivia há meses em casa de José António Simões, sapateiro, de Vila Fria no Couto de Pombeiro, que a opinião pública designava como vadio e salteador; não se sabia o destino do desgraçado, mas sabendo o provedor desta comarca, João Leite de Faria e Sousa, que o dito Simões viera a esta vila de Guimarães vender parte da roupa do dito João, de quem era compadre, e que trazia vestido o resto da mesma, conseguiu prendê-lo em a noite de Natal, só em casa onde estava mexida a terra na loja, o que avivou a suspeita do assassínio, e foi dar-se com o cadáver enterrado na horta do mesmo Simões. Neste dia 26 foi a justiça desta comarca a Pombeiro fazer o exame: desenterrou-se o cadáver que se achava ainda incorrupto; tinha ambas as coxas quebradas, a cabeça esmagada a golpes de enxada; os olhos fora do seu lugar, um lenço na boca e a cabeça embrulhada num farrapo! O assassino foi o dito Simões, que o assassinou para lhe roubar 19$200 réis! O mesmo réu confessou o seu delito. Depois de o enterrar, o réu foi vários dias consecutivos passear sobre o lugar onde havia sepultado a vítima da sua barbaridade! O assassino era alto, magro, trigueiro, vista feroz e sem remorsos, tinha 40 anos, era casado, deu entrada na cadeia neste dia 26, sendo depois mudado para o Castelo, e em 21 de Janeiro de 1837 foi para a Relação do Porto para executar das penas últimas.

1836 — "Ao amanhecer apareceu tudo coberto de neve, de maneira que estavam os telhados das casas, as ruas, terreiros e montes todos brancos. Não havia exemplo de uma camada de neve tão grande desde Janeiro de 1829 em que houve uma igual, e da qual se supôs a quase extinção da ferrugem (bicho) das oliveiras, tendo desde então dado as oliveiras bastante azeite, o que há muitos anos não tinha acontecido, muito principalmente nesta província do Minho, onde muitos lavradores tinham cortado os seus olivais por lhe não darem azeite". P. L.

1858 — A mesa da irmandade de S. Torcato, promove uma reunião de pessoas devotas e entendedoras, na sala do despacho da Ordem 3ª de S. Domingos, para com a dita irmandade ali reunida, tratarem da modificação do santuário; foi deliberado que o antigo risco fosse alterado, e nomearam para este fim uma comissão.

1859 — Na noite deste dia para o seguinte faleceu na freguesia de Tagilde - Rosa Vaz - "a Sebastioa", de 123 anos e 4 meses. Conservou até o último instante da sua vida o pleno uso de suas faculdades; tendo ido à missa em dia de Natal véspera de seu óbito. Viu dar à sepultura 7 abades quantos teve a freguesia na sua vida.

1861 — Faleceu no Porto José de Sousa Bandeira, natural de Lisboa, que havia sido escrivão de direito nesta cidade de Guimarães e nela fundou o jornal , 1º que houve em Guimarães, em 1822, " O Azemel Vimaranense".

1874 — Solene inauguração da fábrica de cutelaria e fundição a vapor, de Joaquim José de Oliveira e Silva Guimarães, na rua de Gil Vicente.

1883 — Às 2 horas da madrugada foram lançadas, por uma janela que estava aberta, duas bombas de polvora seca no lajedo da casa brasonada ao princípio da rua de Santa Maria, pertença do Barão de Pombeiro, onde habitava o juiz de direito José Teixeira de Queirós Botelho Pimentel e Vasconcelos "o S. Vicente de Pauto", ultimamente transferido desta comarca para a de Chaves. A câmara municipal, em sessão de 28, protestou contra este facto.

1931 — Ao meio-dia, o relógio da torre de S. Francisco deu 200 horas pouco mais ou menos, depois de ter dado bastantes, ainda contei 182.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tessouros sarmentinos: (328) Natividade

Natividade, de Francesco Bartolozzi, a partir de obra de Sebastiano Conca. Buril e água-forte. 1810.

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24 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 25 de Dezembro

S. Francisco

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1387 — É dado em Braga, por el-rei D. João I Carta de Privilégios ao mosteiro de S. Torcato. - Lº de D. João I, fl. 178.

1433 — El-Rei D. Duarte, em Santarém, confirma os privilégios do mosteiro de S. Francisco de Guimarães. Lº 1 D. Duarte, fl. 55.

1832 — Não houve missa do galo em nenhuma das igrejas desta vila onde era costume haver, por o proibir o corregedor. As matinas foram na véspera à noite, mas com as portas fechadas. Esta proibição não deixou de ser censurada por alguns homens de bom senso, por ser uma novidade na celebração de tão antigo mistério. O principal motivo da proibição foi o estado das coisas em que se achava o Reino. P. L.

1834 — Deram um tiro ao Sousa "isca" em um tornozelo, do qual ficou bem mal tratado. O tiro foi dado na rua Valdonas, à 1 hora da tarde, por um dos filhos do Quatro-olhos que tinha sido voluntário do Minho, por o Sousa ter dado um bofetão em um seu irmão.

1835 — Lua Nova - Dia e noite de grande tempestade - Um barracão dos curtidores na rua de Couros, pertencente a Cândido José de Carvalho, sobre a poça de S. Crispim, meio coberto a folhas de zinco, 5 destas voaram para o quintal dos hospital e uma enguiçou o edifício das aulas meninas e foi pousar no jardim do claustro de S. Francisco.

1835 — Há matinas cantadas e missa do Galo na igreja da Misericórdia, única onde este ano se fez esta função.

1839 — "De madrugada, morreu nesta vila o José Tambor, oficial de sapateiro, o qual trabalhava em casa do Francisco Sapateiro de S. Bento. A pressa com que o queriam enterrar (puseram-no neste mesmo dia no Campo Santo até sem lhe fazerem a barba, para ser logo sepultado) e alguns precedentes fizeram acreditar que a mulher o tinha matado, tendo-lhe esmagado os testículos; o que fez com que a justiça fossem embargar o seu cadáver, mandando-lhe fazer autópsia por facultativos, os quais decidiram que os testículos não apresentavam sinal algum de que fossem esmagados, ainda que mostravam estar gangrenados. A opinião pública era de que este infeliz tinha sido morto pela mulher, tendo-lhe esmagado os testículos". P. L.

1857 — O Deão de Lamego, que há tempos residia nesta cidade, indo de madrugada para a igreja de S. Francisco a fim de celebrar o terno de missas, deu volta próximo à casa do barão de Almargem, junto ao arco de S. Francisco, e, sem reparar (ainda estava escuro) na altura que deitava para o terreiro, caiu, ficando mal tratado, sendo logo conduzido para casa na cadeirinha de mão da Ordem 3.ª de S. Francisco.

1867 — 4ª feira - Foi a 1.ª corrida de touros. Diz a "Religião e Pátria": "A praça estava apinhada de gente, curiosa de um espectáculo novo para a maior parte. Afinal o espectáculo foi de riso. Os bois eram mais mansos que ovelhas, e mais timoratos que pombinhas. De 4 bravíssimos arrastados por cordas para o meio da praça, nem um se prestou a uma sorte, mas todos embirravam entrar de novo no curro, de onde tinham sido arrastados. Os espectadores riram da caçoada, e apuparam os caçoantes."

1901 — Um grupo de amadores dramáticos dos lados de Santo Tirso, a convite de... Deu um espectáculo no salão da Associação Artística Vimaranense. As pobres figuras foram vítimas de 30 mil judiarias por parte de alguns espectadores o que mereceu a censura das pessoas sérias que ali se encontravam. E realmente dignos de censura todos aqueles que procederam menos correctamente para com os pobres homens que se não fizeram rir, também não fizeram chorar. Piadas admitem-se, nas piadas que não magoem. Um espectador, tão pouco generoso para com indivíduos de fora da terra, atirou com um pedaço de madeira para o palco que, talvez propositadamente, acertou em pleno peito do personagem que fazia de diabo grande. A culpa coube a quem convidou os pobres lavradores a virem aqui representar, sabendo como são quase todos os espectáculos na Associação Artística. O representante administrador do concelho devia ter mandado terminar o espectáculo, como o não fez levou a crer que teve medo às piadas. Crítica de um jornal de Guimarães.

1907 — Faleceu Bernardo Correia de Morais e Castro, filho do 2º conde de Azenha. O Dicionário "Portugal" a folhas 920 do 1º volume diz que ele era o actual Conde de Azenha que viva em Guimarães!!! Ele nunca teve o título de Conde.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tessouros sarmentinos: (327) Natividade

Natividade. Gravura de Nicola Sangiorgi, a partir de obra de Luigi Garelli. Século XIX.

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23 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 24 de Dezembro

A Colegiada, a oliveira, e o tanque (encostado à torre).

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1387 — Carta de El-rei D. João I, dada em Braga, confirmando todos os privilégios que até à morte de El-rei D. Fernando seu irmão pertenciam ao mosteiro de S. Torcato. É esta a 7.ª carta dos privilégios do dito mosteiro e seu couto.

1584 — O Arcebispo de Braga, D. João Afonso de Meneses, faz visitação à igreja de S. Paio de Guimarães e nos capítulos que deixou na carta, entre outras coisas, manda que o cura não consinta pessoa alguma enterrar-se na capela-mor sem especial licença dele, sob pena de suspensão das ordens e de dois mil réis; e que não consinta nesta igreja nem no adro dela fazerem-se representações de autos, farsas ou comédias sem provisão dele, sob pena de suspensão de ordens, e evitasse da igreja e ofícios divinos a quaisquer seus fregueses que fizessem representações de autos, ditos ou comédias sem serem aprovadas pelo Santo Ofício ou por ele, até lhe constar que pareceram perante ele, e pagariam dez cruzados de pena e que por esta havia por condenados quaisquer pessoas que fizessem as ditas representações ou a ele dessem ajuda e favor sem primeiro serem aprovadas como dito é.

1821 — Neste dia e noite houve grande temporal que arruinou muitos telhados e fez grande cheia, não se podendo passar pelas pontes. P. L.

1839 — Houve na Colegiada, matinas à noite e missa do galo, concorrendo à igreja bastante gente, e só assistiram poucos cónegos. Não tinha havido esta solenidade na igreja Colegiada há 9 anos, por causa das obras da igreja. Nesta ocasião estava a igreja concluída e só apenas faltavam pintar os altares colaterais e acabar o órgão grande.

184 — Portaria do Conselho de Distrito autorizando as confrarias e irmandades a darem qualquer donativo do remanescente das suas despesas para a obra da capela do Anjo da rua Sapateira.

1847 — No "Periódico dos Pobres no Porto" nº 125, publicado neste dia, na 4ª página, sob a epígrafe "Notícias das Províncias", lê-se: "Escrevem de Guimarães em 23 o seguinte: O Conde de Vinhais já se recolheu a Braga; o advogado Bento António de Oliveira Cardoso, ao descer as escadas da Condessa de Basto, onde fora em razão do seu ofício, escorregou e quebrou uma perna por duas partes. Há muitos roubos, os ladrões em número de 16 foram ao Miradouro a casa dum proprietário Manuel Silva, a fim de lhe roubar uma junta de bois e a cavalgadura, o criado gritou, o povo acudiu, e os ladrões se retiraram debaixo de vivo fogo que o povo lhe fez". P. L.

1870 — Decreto das cortes gerais, que renova a concessão feita à Câmara de Guimarães, por decreto de 25 de Abril de 1842, do convento de S. Domingos e parte da cerca, aprovando a aplicação que a mesma câmara deu à indicada parte da cerca.

1875 — A oliveira que estava num polígono em frente ao Padrão de N. Sra. da Vitória, arrancada (o tronco) no dia 5 deste mês, foi nesta dia colocado no meio do tanque do mesmo largo à custa de José Martins da Costa "o José Relha", que por ordem da Câmara lhe marcou o dito local. Já vai no dia 23.

1904 — Às 11 horas da manhã, na administração do concelho, realizou-se o casamento civil (o 1.º nesta cidade) de Matias dos Santos Guimarães, solteiro, pintor, de 20 anos, desta cidade e concelho, filho do pintor José Matias dos Santos (que há pouco tempo abraçara o protestantismo), também desta cidade, com Maria de Nazaré Saavedra, solteira, serviçal, de 19 anos, natural de Penajoia do concelho de Lamego. Resultado: ela, passado pouco tempo, foi infiel ao marido, ele retirou-se para fora de Guimarães, e ela aqui ficou amancebada com um homem casado.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (326) Natividade

O Nascimento do Menino. Gravura a buril, do início do século XIX, de Teotónio José de Carvalho (?).

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22 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 23 de Dezembro

A Oliveira, numa estereoscopia de 1858.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1623 — Em vereação foi mandado autenticar os documentos copiados no Tombo, os que estavam por autenticar pelo Juiz de fora e 2 tabeliães conforme ordenava a Provisão de 30 de Outubro de 1615.

1625 — Neste dia, ou até às 9 horas da manhã do dia seguinte, faleceu o cónego Gaspar Estaço (de Brito) natural de Évora. Escreveu "Varias antiguidades de Portugal" em que relata casos e coisa de Guimarães sua terra adoptiva.

1693 — Neste dia 23 de Dezembro de 1693, e não no de 1681 como dia o Padre Caldas no 1.º vol. do "Guimarães", morreu no convento de S. Bento de Lisboa o ilustre vimaranense frei Rafael de Jesus, monge beneditino, D. Abade em alguns mosteiros da sua ordem, orador muito distinto e cronista-mor do reino.

1698 — Carta régia remetendo ao Corregedor de Guimarães a lei de 15 de Novembro de 1698 sobre a forma de fazer os vestidos, lutos, funerais, coches e liteiras.

1782 — O Lugar-tenente do D. Prior e o Cabido aceita o legado de 1:600$000 réis deixado pelo cónego arcipreste Inácio de Carvalho da Cunha para arderem perpetuamente duas velas de cera diante a imagem de Nossa Senhora da Oliveira.

1789 — A Câmara, atendendo a ser da sua inspecção "as calçadas desta vila inter muros e extra muros, e uma delas é aquela que sai da Ponte de Ssnta Luzia para a Conceição que o Dr. Juiz de fora mudou, abreviando a mesma com que daqui em diante se faz menos despesa na calçada dela, e pela utilidade do prospecto com que ela aformoseia a entrada desta vila que não tinha alguma boa, e fica das melhores deste Reino, o que se não pode efectuar somente com os donativos que o dito ministro zelosamente tem conseguido da Nobreza e Povo que muito aplaude", deliberou dar para o referido 120$000 réis.

1809 — Tem esta data um recibo passado em Penafiel, de o Dr. Juiz de fora de Guimarães ter entregue duas peças de artilharia volante, de calibre três, com os seus reparos e com os seguintes aprestes pertencentes às mesmas: bolsas de couro, duas; suspensórios, dois; tirantes, seis; caixas para esporetas, com suas dedeiras, duas; facas flamengadas, duas; diamantes, dois; soquetes, dois; enxarras, duas; bota fogos, dois; cunhetes, com cinco lanternetas, dois.

1861 — Principia a construir-se a estrada real nº 25, das Taipas a Braga.

1875 — É transplantada dentro de um circuito de pedra, no meio do tanque da praça de Nossa Senhora da Oliveira, a oliveira que estava num plinto octógono no centro do mesmo largo em frente ao Padrão, a qual tinha sido ultimamente arrematada em hasta pública nos paços do concelho, dizendo-se que a iniciativa de tal transplantação (estupidez, colocar uma oliveira num tanque de água) e despesas da mesma eram à custa da bolsa do presidente da Câmara.

1894 — Na noite deste dia 23 para o seguinte os ladrões arrombaram a igreja paroquial de S. Vicente de Oleiros, levando os brincos de Nossa Senhora das Dores e 500 réis em dinheiro. A autoridade administrativa, por ordem superior, para evitar os sucessivos roubos que há tempos se davam, oficiou aos párocos de diferentes freguesias do concelho, recomendando-lhes que de acordo com as mesas das diversas irmandades, tratassem de retirar das igrejas e por em lugar seguro os paramentos, alfaias, vasos sagrados de objecto e valor, sendo também ordenado aos regedores (todos) das freguesias, que prendessem quaisquer indivíduos que se lhe tornasse suspeitos, remetendo-os à administração para se proceder a averiguações.

1901 — Houve um nevoeiro tão cerrado que não se conheciam as pessoas a 2 metros. O sol descobriu às 10 horas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (325) Retrato de mulher, por J. A. R.


J. A. R. , Retrato de mulher. Carvão sobre papel. Sem data.

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21 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 22 de Dezembro

A antiga rua dos Mercadores (actual rua da Rainha D. Maria II)

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1531 — A Câmara deliberou "que o alqueire de sal não passe de 38 réis, sob pena de 500 réis para o concelho e cativos e as medidas pequenas a 40 réis sob a dita pena, que foi logo apregoado, e para quem o encontrar pagar a dita pena e 240 réis ao coimeiro, e assim quem o der a mais preço, sc: quem o vender pagasse a pena de 240 réis".

1609 — Sete mercadores, da rua dos Mercadores, dão procuração a advogados do Porto e de Lisboa, com especialidade para servir nos tribunais da alfândega do Porto e da fazenda em Lisboa.

1617 — Alvará régio, em Lisboa, para que o procurador dos Mesteres da vila de Guimarães que repartir a carne do talho do Povo miúdo desta vila possa enquanto estiver repartindo-a ter vara vermelha para com ela acudir às desordens que podem suceder, e fazer auto de qualquer pessoa que proceder contra a forma das provisões régias da ordem que no repartir da carne se há-de ter.

1665 — Toma posse de um lugar de Dezembargador dos agravos na Casa da Suplicação o nosso ilustre patrício António Pereira da Cunha Cardote. Era filho de André Gonçalves Cardote e de D. Margarida Pereira. Tendo recebido a beca colegial de S. Pedro, em Coimbra, regera várias cadeiras de jurisprudência na Universidade com merecidos aplausos, e deixou manuscritos algumas postilas das suas prelecções. Os seus contemporâneos olhavam-no como um dos maiores talentos da sua época.

1775 — Provisão régia alcançada pelos frades de S. Domingos de Guimarães, mandando ao provedor que por tempo de mais 6 meses fizesse que dessem aos ditos frades carne e peixe na forma da provisão que há anos lhe fora concedida, isto em razão de estar o seu requerimento para prorrogação de tal provisão afecto à Majestade por uma consulta.

1846 — Ainda a vila estava sem autoridades sem que o sossego fosse alterado, estando apenas o Padre José da Lage a reunir alguma gente miguelista nos quartéis. Quase toda a gente estava horrorizada com o estrago de gente que o Barão do Casal tinha feito em Braga no dia 20, dando-se um grande número de mortos, principalmente miguelistas. P. L.

1927 — O assassino Manuel Melo, foi, por cautela, para a Relação do Porto. Seguiu da cadeia para a estação do caminho-de-ferro, a pé e algemado a 1 ladrão já condenado, atrás ia a acompanhá-lo, ao Melo, o pai, septuagenário. Que quadro tão triste!!!

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (324) Praça da Oliveira, por L. Campos


L. Campos , Praça da Oliveira de Guimarães. Desenho sobre papel, 1970.

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20 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 21 de Dezembro

A antiga igreja de S. Paio

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1587 — Gonçalo Lopes, mestre de pedraria, morador na Caldeiroa, Jorge Fernandes, Salvador Gonçalves e Sebastião Branco, todos pedreiros de Guimarães, na nota de Cristóvão de Azevedo fazem procuração a dois licenciados de Braga para confessarem uma causa, que não queiram contestar, diante o vigário geral de Braga, sobre uma culpa em que incorreram por abrirem o adro da igreja de S. Paio de Guimarães a fim de encanar a água para o chafariz do Toural, ora feito e colocado de novo, "o qual adro ele Gonçalo Lopes mandou abrir aos ditos pedreiros simplesmente não cuidando que por isso incorria em culpa e confiado na provisão d'el-rei nosso senhor que havia para o levar da dita água, e por esta razão e causa confessava mandar abrir o dito adro e eles pedreiros atrás declarados por mandado dele Gonçalo Lopes confessavam o abrirem".

1662 — Solene procissão de trasladação da relíquia, tornozelo, de S. Torcato, que o cónego mestre-escola Dr. Rui Gomes Golias trouxera em 1673 quando com outros capitulares foram guarnecer de pedra o sepulcro do Santo, cuja relíquia o dito cónego deixara a suas sobrinhas Inês de Guimarães, Catarina Golias e Luísa de Guimarães, que a entregaram ao D. Prior. A procissão saiu da capela do Menino Jesus para a Colegiada acompanhada pelo D. Prior e clero da sua jurisdição, cabido, câmara, autoridades, religiões de S. Domingos e S. Francisco, nobreza que tomou as varas do pálio, capela e música da Colegiada, as costumadas danças e muito povo. Na Colegiada houve missa solene em que orou o padre prior de S. Domingos, terminando a solenidade com dar a beijar a relíquia a todos os assistentes.

1718 — O mestre arquitecto de pedraria, João Pinto, morador no Picoto, por escritura na nota do tabelião António da Silva, obriga-se à prioresa Ana de S. João e seu convento do Carmo, a fazer o acrescentamento no dormitório, ao preço de: a braça de parede dobrada, na mesma da da parede antiga, a 4 mil réis, tanto das paredes mestras como dobradas interiores, a braça do prepianho, de largura de 1 palmo, a 3 mil réis, as janelas e portais a 1$850 réis, as frestas a 1$200 réis e a cornija a 120 réis, dar-lhe mais: toda a cal e saibro, abrir-lhe à enxada os alicerces, caldo aos oficiais ao jantar e à noite, e jantar a ele mestre ou a quem substitua. Foram testemunhas António Pinto de Sousa, irmão do dito mestre arquitecto, morador em S. Lourenço de Selho, e o Padre Frei Jerónimo Capelão Cardoso capelão do convento.

1842 — "Chegou a esta vila Manuel Moreira Lopes da mesma, o qual tinha estado no Porto para se lhe fazer uma operação no nariz, por ter nele um cancro, a qual operação foi feita pelo lente da escola cirúrgica (Almeida) e depois lhe fez um nariz novo, com carne que lhe tirou da testa, ficando muito sofrível. O doente tinha ido para o Porto nos princípios de Outubro deste ano, e em tão pouco tempo viu-se livre de um cancro com um nariz de carne, causando a admiração aos imensos habitantes desta vila, que estavam ansiosos por o ver." P. L.

1846 — "Entraram nesta Vila o Padre José da Lage e mais alguma gente armada dos Migueis (a maior parte tinha passado por fora da vila) em consequência da grande derrota que tinham tido em Braga, dada pelo Barão do Casal, tendo lá deixado bastantes mortos e prisioneiros. De tarde retirou toda esta gente com a maior precipitação para Margaride, só pelo simples boato de que vinha gente do Casal, para esta vila. Alguns dos chefes tinham se retirado de noite, e um deles foi o João Machado do Proposto, e não tornaram a aparecer. Tal foi o resultado da 1ª acção que tiveram os Miguelistas de Guimarães, Braga e outras terras tanto da província, como fora dela, tendo já uns poucos de batalhões organizados, e estando todos em Braga na ocasião da acção, tendo uma grande perda entre mortos e feridos, e retiram de tudo na maior ordem". P. L.

1846 — "Deu um voluntário d'el-rei 1 tiro em um mudo da Estrada Nova, no sítio do Castanheiro, do qual morreu logo. O voluntário ia retirando e o assassinado era seu vizinho". P. L.

1891 — De manhã, apareceu arrombada uma as vitrines do museu da Sociedade Martins Sarmento, de onde foram roubadas 8 moedas de ouro de subido valor real e estimado. Seis moedas foras restituídas pelo ourives.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (323) Alexandre Braga, por Guilherme Felgueiras

Guilherme Felgueiras, retrato de Alexandre Braga. Desenho sobre papel, 1911.

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19 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 20 de Dezembro

O Chafariz da Oliveira

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1392 — 2ª feira - João Garcia, pedreiro, mestre da obra da igreja de Santa Maria, estando na crasta da mesma igreja, recebeu de Estêvão Gonçalves, morador na rua da Ferraria, procurador do concelho no ano de1390 em que servira, 800 libras da moeda que então corria de 10 soldos o real, que no dito tempo ainda havia de haver no concelho por razão do chafariz que no dito ano e tempo fez ao concelho, por avença feita com o mesmo. Foram antes testemunhas do pagamento: Joane Anes, Luís Domingues e Afonso Esteves, pedreiros da dita obra.

1402 — El-Rei D. João I, por carta escrita em Santarém, ordena ao corregedor de Entre Douro e Minho e aos juízes de Guimarães, não consintam que os rendeiros nem justiças abram de noite as portas das casas dos cónegos nem busquem os seus domicílios. Isto foi porque "O Cabido, Cónegos e Clero do Coro da Igreja de Santa Maria de Guimarães enviou dizer a El-Rei que em a dita vila foi publicada uma ordenação real em a qual é conteúdo entre outras coisas, que os Clérigos não tenham daqui em diante barregãs manteúdas, sob certas penas em a dita ordenação conteúdas, que são postas às ditas barregãs e mancebas se o contrário fizerem. E que eles obedecendo ao nosso Mandado partiram de si aquelas mulheres, que tinham em suas casas", etc. etc.

1656 — O Juiz de fora e vereadores tendo por certa a notícia, vinda por vários avisos, de que falecera el-rei D. João IV, deliberam que os oficiais da Câmara se vistam de luto na forma do estilo e costume em semelhantes ocasiões e na forma da ordem que viesse á Câmara.

1798 — O Cabido delibera estudar o projecto da obra que o D. Prior queria mandar fazer, de substituir por bancos as cadeiras da capela-mor da Colegiada.

1839 — Dissolveu-se a Sociedade Patriótica Vimaranense.

1846 — Houve um motim nos quartéis desta vila, feito pelos voluntários de El-rei por já lhe deverem bastantes dias de pré. A maior parte dos oficiais fugiu, podendo alguns a muito custo fazer com que sossegassem, prometendo-lhe o pagar-lhe o pré, que se lhe estava devendo, dando-lhe 6 dias dos muitos que lhe estavam defendo, sendo aplicados para este pagamento uns 600$000 réis que a Câmara tinha recebido dos arrematantes da carne, e que eram aplicados para os expostos. P. L.

1850 — É anunciado o concurso por 3 meses para construção da estrada do Porto a Guimarães, tendo esta data as condições.

1888 — Decreto concedendo que as 12 senhoras recolhidas, pobres e algumas sem família, que à data da supressão do convento das Capuchas, desta cidade, se achavam nele recolhidas, e só elas, ali continuem permanecendo, provisoriamente, enquanto o Governo o tiver por conveniente, conservando-se-lhes o uso de todos os bens móveis, de que ficavam sendo depositárias.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (322) O elixir monárquico, por Manuel de Passos de Braga

Manuel de Passos de Braga, O elixir monárquico. Desenho sobre papel (cartoon), 1909.

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18 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 19 de Dezembro

O Grande Hotel do Toural

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1572 — O convento de S. Domingos, de que era Padre Prior frei Lopo de Sousa, por escritura na nota de Manuel Gonçalves, faz venda por 430$000 réis, das propriedades na Ilha da Madeira que herdara por óbito de João Afonso Araújo, a Manuel Vaz Cabral, Pedro de Vale de Veso, escrivão da alfândega do Funchal, e Aires Nunes de Parada, todos moradores na cidade do Funchal, representados por Rui Lopes de Morgade, morador na rua da Caldeiroa.

1747 — O Arcebispo de Braga D. José de Bragança, consagra 32 pedras de ara na igreja de Sta. Clara.

1840 — "De manhã, principiou a tocar a rebate na torre da igreja de S. Miguel nos subúrbios desta vila, por se ter dado fé de ter sido roubada a igreja. Pegou toda a polícia da freguesia em armas, deram-se buscas; porém não se puderam descobrir os ladrões. Os objectos roubados foram o vaso (de pouco valor) em que estavam as sagradas fórmulas, lançando-as pelo altar, algumas toalhas, cera e outras coisas de pouco valor. Eis o estado de desmoralização a que chegamos, que por um furto tão insignificante, vai-se cometer um dos maiores desacatos". P. L.

1850 — Por acórdão da Relação do Porto foi despromovido Manuel "o Sargento", ourives, do lugar de Grizel, de Fermentões, por ter comprado as pratas que em 19 de Abril de 1848 foram roubadas da igreja de Santa Leocádia de Briteiros e por ser costumado a comprar iguais roubos.

1852 — Vinda de Coimbra e Porto, deu o seu 1º espectáculo, em circo ad hoc, uma companhia de cavalinhos sob a direcção de Bontemp & Ca., tocando a banda de caçadores 7, houve grande concorrência e agradou o trabalho.

1855 — A Câmara de Guimarães manda à história do seu Brasão à Câmara de Lisboa.

1864 — Faleceu no beatério de Nossa Senhora das Mercês, Trinas, e foi sepultada a 21 no Campo Santo a velhinha Rosa Maria do Sacramento, cujo viver modesto e penitente lhe dava entre o povo reputação de predestinada, venerando-lhe a sepultura por alguns anos com flores, luz de azeite de dia e noite, e muita cera para de dia arder, até que foi impedido pela autoridade eclesiástica.

1896 — Sábado - Realizou-se no salão da associação artística uma reunião dos depositantes do Banco de Guimarães, para resolver o que melhor conviesse aos seus interesses. Reuniram em número suficiente. Falaram sobre o assunto, o conde de Margaride, dr. Avelino da Silva Guimarães e António Marques da Silva Lopes, e o Dr. Barros, de Felgueiras. A discussão tornou-se algumas vezes violenta, havendo demonstrações de agrado e de desagrado. Nada se resolveu legalmente.

1901 — Houve no Grande Hotel do Toural, uma jantar oferecido a António José da Silva Basto, ex-secretário, que a seu pedido acabava de ser reformado, pelo presidente, vereadores, pessoal da secretaria, veterinário e fiscal apontador.

1905 — Tomou posse do lugar de desembargador da Relação do Porto, o vimaranense dr. Eduardo Martins da Costa, que para ali foi transferido da Relação dos Açores.

1915 — Na noite de ontem 19 para hoje 20, os gatunos entraram por meio de chave falsa, arrombando também uma porta interior, na igreja de S. Romão de Mesão Frio, roubando umas 20 toalhas de linho, duas alvas e umas 11 velas de cera, estas pertencentes à irmandade de N. Sra. do Rosário erecta na mesma igreja.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (321) Francisco Augusto Metrass, por Álvaro de Castro

Álvaro de Castro, retrato de Francisco Augusto Metrass. Desenho sobre papel. Sem data.

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17 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 18 de Dezembro

D. Fernando II

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1445— Foi julgado por D. Egídio Domingues, prior do mosteiro de Santa Marinha da Costa, de cónegos regulares de Santo Agostinho, juiz comissário apostólico, que os paroquianos de S. João de Ponte eram obrigados a metade do custo do sino e campanário da dita igreja de S. João de Ponte, de que apelaram para Roma.

1647— Alvará régio, a requerimento do D. Prior e Cabido, mandado para sempre que a Câmara assista às vésperas, festa e procissão de S. Dâmaso na Colegiada, como fazem nas outras obrigatórias, por ser padroeiro da vila.

1812— A Câmara acordou "que se concedesse licença às doceiras desta vila para poderem vender na Praça do Toural até ao dia do Natal do corrente ano, e isto em razão de se verificar que as mesmas doceiras antes da proibição do acórdão (de 3 deste mês) se tinham preparado com quantidade de doce, seguindo-se-lhe agora grave prejuízo na falta da venda na sobredita praça, ficando com tudo depois em seu vigor a mesma proibição".

1812— A Câmara acordou "que se intimasse suspensão ao estalajadeiro ou vendeiro da venda da Serra para mais não usar de sua estalagem ou taberna, isto em razão de constar neste Senado que ali se faziam ajuntamentos suspeitos, que podem ser prejudicais aos viajantes que transitam aquela estrada, e a sobredito vendeiro se chama Domingos."

1835— Teve lugar neste dia e tribunal de Guimarães o julgamento do célebre padre João António de Oliveira, egresso do convento de S. Francisco, tendo como religioso usado o nome de Frei João de Santa Teresa de Jesus, conhecido por "Lombela", por ser do casal da Lombela, da freguesia de S. Torcato, acusado de fazer parte de uma quadrilha de salteadores.

1885— Principiaram nesta cidade as demonstrações oficiais de sentimento e luto pela morte de El-rei D. Fernando que foi marido da Rainha D. Maria II.

1902— - 5ª feira - De manhã correu muita gente à igreja das Dominicas a ver o santinho que tinha aparecido, na capela-mor, no desaterro que se andava fazendo por causa do soalhamento de toda a igreja a que se novo se ia proceder. Tinha sido encontrado um caixão de chumbo, que se abriu aos empurrões dos curiosos e que encerrava um cadáver mais ou menos conservado, mas que indicava putrefacção latente, que com as voltas que lhe deram começava a desenvolver de si próprio. O chefe da polícia participou ao subdelegado de saúde e providenciaram para ser desinfectado e depois imediatamente seguiu no meio de grande burburinho de povo, que não queria perder o santinho, e acompanhado de 2 polícias, para a respectiva vala do cemitério. Era o cadáver de um filho do capitão da Silva, da Ponte de Cervas, que tinha chegado de África, para onde tinha ido com o pai, e que falecera tísico um ano depois, tendo sido enterrado havia 35 anos pouco mais ou menos.

1904— Saiu o 1º número de "A Pérola", e o último nº a 31-XII-1905. Era quinzenal literário. Redactores A. S: Carvalho e E. Guimarães. Redactor Administrador Delfim G. S. G. Dedicado às Damas vimaranenses. Editor Gabriel Pereira de Mesquita.

1927— Inauguração do novo edifício (casa do José Martins de Queirós, Minotes) dos correios, telégrafos e telefones.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (320) Pedro Alexandrino, por Álvaro de Castro

Álvaro de Castro, retrato de Pedro Alexandrino. Desenho sobre papel, sem data.

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16 dezembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 17 de Dezembro

O Tanque do Carmo

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1451 — Afonso Vasques Peixoto, fidalgo da casa de El-rei, institui o morgado de Sezim. Nesta casa entrou depois a Varonia de Freitas, que procede de Martim de Freitas, que nela parece estar representado, por dizer no seu testamento queria ser enterrado na capela de S. Brás, pertença desse morgado, na Colegiada de Guimarães. Ignora-se o motivo porque esta disposição não se cumpriu, pois que Martim de Freitas está sepultado na capela de S. Geraldo, na Sé de Braga.

1678 — Ordem de Pedro Sanches Farinha, em Lisboa, dirigida ao Corregedor de Guimarães, recomendando a plantação de amoreiras.

1734 — Carta em que El-rei D. João V determinou que o primogénito sucessor do trono se denominasse Príncipe Real, conservando todavia os títulos de duque de Bragança e de Guimarães, duques e condes de Barcelos, e outros mais privativos da casa real, por isso que se não conferem a outrem.

1736 — As freiras de Santa Clara querendo introduzir no seu convento o canto de órgão, alcançaram autorização do vigário capitular, sede vacante, para ser recebida no mosteiro, como secular, Maria Gabriela, natural de Arrifana de Sousa, perita em solfa, tocar harpa e órgão, afim de lhes ensinar esta prendas.

1783 — Breve de Pio VI concedendo ao Cabido da Colegiada a faculdade de recitar o ofício e celebrar missa conforme o calendário dos Cónegos Regulares da Congregação de Santa Cruz de Coimbra.

1873 — Na noite de hoje para amanhã o administrador do concelho com uma força de tropa cercou a casa da morada do recebedor do concelho, José Maria Gomes de Azevedo (casa dos Simães, nas Molianas) não o encontrando, tinha-se já evadido por se ter descoberto o alcance com o cofre em perto de 13 contos de réis.

1874 — A câmara municipal anunciou abrir concurso até o dia 31 deste mês para contratar por 20 anos a iluminação da cidade por meio de gás extraído dos resíduos de petróleo, tomando para a iluminação pública 200 bicos, sendo o preço máximo de cada candeeiro 18$000 réis e o de gás para consumo de particulares não excederia a 250 réis o metro cúbico.

1883 — Houve uma numerosa reunião (foi a 2ª) nas salas da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento, a convite da direcção da mesma Sociedade, de artistas, industriais, comerciantes, proprietários, capitalistas e outras muitas pessoas, para tratarem da projectada exposição de produtos fabris e agrícolas deste concelho. Nomeou-se a comissão central e outras comissões parciais.

1885 — É datada deste dia a mensagem de 193 vimaranenses, residentes no Porto, aplaudindo a câmara e o povo de Guimarães, pela sua atitude na questão brácaro-vimaranense e desejando que se consiga a desanexação do concelho de Guimarães do distrito de Braga e a sua união ao do Porto.

1890 — Foi arrematada a obra da mudança do tanque do largo do Carmo para a rua Nova de Santo António. Este tanque em 1927 foi mudado para mais abaixo, sul, e fizeram-lhe de novo, mas muito diferente, a cruz que em cima a coroa de armas.

1919 — Um bando de arruaceiros (?) de madrugada percorreram de automóvel algumas ruas dando tiros e lançando bombas, principalmente nas imediações do quartel militar e atirando pedras ao telhado do mesmo, pondo em sobressalto os habitantes da cidade.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Citânia de Briteiros
41º 31' 35'' N
8º 18' 55'' W

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41º 31' 13'' N
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