30 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Conde de Amarante / Marquês de Chaves

Conde de Amarante / Marquês de Chaves, 1824. Gravura a Ponteado de Gregorio Francisco de Queiroz a partir de João Baptista Ribeiro, 222 x 175mm (mancha).


Francisco da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira, Conde de Amarante e Marquês de Chaves, ficou célebre como o General Silveira. Aquando da primeira invasão francesa, demitiu-se do exército e tentou sair do país, com o propósito de se dirigir para o Brasil. Não o tendo conseguido, encaminhou-se para Vila Real, onde assumiria um papel central no governo provisório aí constituído. Em Fevereiro de 1809, substituiu o General Sepúlveda nas funções de governador das armas da Província de Trás-os-Montes. Entre os seus feitos militares destaca-se a defesa da ponte de Amarante contra a investida de Loison, que lhe valeu vir a ser agraciado, em 1811, com o título de Conde de Amarante.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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29 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda

Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, 1812. Gravura a ponteado de Francesco Bartolozzi, a partir de Inácio da Silva Valente; 157 x 128mm (mancha).

Quando foi aclamado como chefe do movimento que rebentou em Bragança contra o domínio francês, no dia 11 de Junho de 1808, o Tenente Manuel Sepúlveda tinha 73 anos e uma longa carreira atrás de si. Entre outras funções, tinha sido governador da Província de Rio Grande do Sul, no Brasil. Era então governador das armas da Província de Trás-os-Montes. Colocou-se à frente do movimento de resistência, criando uma Junta Governativa e mobilizando e organizando a população, com a criação de regimentos de milícias. Em finais de 1808 foi elevado ao posto de general.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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28 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Miguel Pereira Forjaz Coutinho

Miguel Pereira Forjaz Coutinho, 2ª década do Séc XIX. Gravura a água-forte de Francisco Tomaz de Almeida;
199 x 165mm (mancha).



Miguel Pereira Forjaz Coutinho também integrou a Junta de Supremo Governo do Porto. Era primo de Bernardim Freire de Andrade, de quem foi ajudante de campo no exército que do Porto iria marchar sobre Lisboa. Após a Convenção de Sintra, exerceu funções de Secretário da Regência e foi encarregado da pasta dos Negócios da Guerra e Estrangeiros. Em 1820, recebeu o título de Conde da Feira.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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27 junho, 2008

Memórias e Recordações de Madalena Sá e Costa apresentado hoje na SMS

A Sociedade Martins Sarmento tem a honra de receber a consagrada violoncelista Madalena Sá e Costa para a apresentação em Guimarães do seu livro Memórias e Recordações. O evento terá lugar a hoje, 27 de Junho de 2008, pelas 21h30, no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento. A apresentação do livro será feita por Anabela Laranjeiro. Mais informações aqui.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Bernardim Freire de Andrdade e Castro

Bernardim Freire de Andrade e Castro, ca. 1820. Gravura a ponteado de Gregório Francisco de Queiroz;
206 x 161mm (mancha).


Bernardim Freire de Andrade, militar português, veterano da campanha do Rossilhão e da Guerra das Laranjas, foi o comandante da resistência portuguesa às invasões francesas. Em 1807, era Governador de Armas da região militar do Porto, cargo de que pediu dispensa após a entrada da primeira invasão francesa. Durante o levantamento contra os invasores, integrou a Junta de Supremo Governo do Porto, tendo sido responsável pela reorganização do exército. Reocupou então as funções de governador militar do Porto. Aquando da segunda invasão, em 1809, foi incumbido de prover à defesa do Minho. Impediu que as tropas de Soult entrassem por Caminha, mas, à frente de um exército onde faltavam armas e homens treinados, não teve meios suficientes para impedir a sua entrada por Trás-os-Montes. Tentou organizar uma linha de defesa para travar o avanço dos franceses, mas, injustamente acusado de estar a abrir caminho para o invasor, seria assassinado por populares, nas imediações de Braga, no dia 18 de Março de 1809.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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26 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Envio de tropas francesas para Espanha

Envio de tropas francesas para Espanha, 1808 (?). Gravador desconhecido; buril e aguarela, 153 x 224 mm (mancha).

No dia 2 de Maio de 1808, deu-se em Madrid uma insurreição contra os franceses, que alastrou a toda a Espanha. Na altura, foram infligidas pesadas derrotas às tropas de Napoleão. As ondas de choque deste levantamento chegaram rapidamente a Portugal, precipitando a aclamação do príncipe regente no norte do País.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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25 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Protecção dos Cães

Protecção dos Cães - tema jocoso relativo às invasões francesas, 1808 (?). Gravador desconhecido; buril e aguarela, 123 x 222 (mancha).


Diz-se que, em finais do século XVIII, havia nas ruas de Lisboa oitenta mil cães. Junot, que os considerava perigosos e incomodativos porque, durante a noite, se envolviam em lutas e ladravam, fez publicar um decreto em que ordenava o seu extermínio. A medida caiu mal entre a população, que a considerou, além de cruel, prejudicial, uma vez que os cães vadios tinham uma função sanitária de inegável utilidade: devorar as imundícies e os detritos que conspurcavam as ruas.

O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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24 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Alegoria à retirada do Príncipe D. João para o Brasil

Alegoria à retirada do Príncipe D. João para o Brasil, 1817
Gravura a buril de Gregório Francisco de Queiroz, 156 x 108 mm (mancha).


A transferência da Corte de Portugal para o Brasil, em caso de perigo para a soberania nacional, fazia parte de um plano de contingência delineado em meados do século XVII e que, por mais de uma vez, esteve em vias de ser colocado em prática. Com os avanços de Napoleão na Europa, volta à ordem do dia, já no ano de 1801. Após a assinatura do Tratado de Fontainebleau, em finais de Outubro de 1807, Napoleão, com o apoio de Espanha, avança para a invasão de Portugal. Já nessa altura estava tomada a decisão da partida da Corte para o Brasil. No dia 29 de Novembro, com os franceses às portas da cidade, zarpava de Lisboa a esquadra que levava a família real portuguesa, dizem que com um séquito de mais de 12.000 pessoas. Apesar de há muito prevista, a saída foi precipitada e algo desordenada. No dia seguinte, davam entrada na cidade as hostes do General Jean-Andoche Junot, que viu gorado o seu primeiro objectivo: prender e depor a Rainha e o Príncipe Regente. Foi então que nasceu a expressão ficar a ver navios.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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23 junho, 2008

Madalena Sá e Costa - Memórias e Recordações na SMS


A Sociedade Martins Sarmento tem a honra de receber a consagrada violoncelista Madalena Sá e Costa para a apresentação em Guimarães do seu livro Memórias e Recordações. O evento terá lugar a 27 de Junho de 2008, pelas 21h30, no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento. A apresentação do livro será feita por Anabela Laranjeiro.


Sobre a Autora
Madalena Sá e Costa nasceu no Porto em 1915. Filha dos pianistas Leonilda Moreira de Sá e Costa e Luís Costa, foi discípula de Guilhermina Suggia. Estudou com Paul Grümmer, Sandor Végh e Pablo Casals, entre muitos outros. Com a sua irmã Helena Sá e Costa manteve um duo durante 50 anos, tendo actuado um pouco por toda a Europa. Detentora de um curriculum riquíssimo, Madalena Sá e Costa desenvolveu, também, notável acção pedagógica no Conservatório de Música do Porto e no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian em Braga. Em Guimarães, participou em diversos recitais e concertos, vários deles na Sociedade Martins Sarmento.
Madalena Sá e Costa é neta do violinista e pedagogo Bernardo Valentim Moreira de Sá, nascido em Guimarães em 1853, que dá nome à Academia de Música da Sociedade Musical de Guimarães.


Sobre o Livro

“Quando nasci, creio que se ouvia música por toda a casa”, escreve Madalena Sá e Costa nas páginas iniciais das suas Memórias e Recordações. A frase, simples e delicada, abre caminho para mais de duzentas páginas em torno de uma vida inteira dedicada à música. Mas não se ficam por aqui: estas Memórias e Recordações da violoncelista e pedagoga Madalena Moreira de Sá e Costa são, também, um importante retrato de mais de um século de música em Portugal, do Orpheon Portuense à Casa da Música.

Madalena Sá e Costa, Memórias e Recordações, Gailivro, 2008.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Marquês de Marialva

Marquês de Marialva, 1813. Gravura a ponteado de Gregório Francisco de Queiroz. 60mm de diâmetro (mancha).


Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, 6.º Marquês de Marialva e 8.º Conde de Cantanhede. Integrou a deputação portuguesa que foi enviada a Baiona em 1807, para se encontrar com Napoleão, tendo sido feito prisioneiro e conduzido para França, onde esteve detido até 1814. Em 1815, investido pelo príncipe regente nas funções de Embaixador Extrordinário, apresentou cumprimentos a Luís XVIII, no seu regresso a França. Entre os serviços que prestou à corte portuguesa inclui-se a negociação do casamento de D. Pedro de Alcântara com D. Maria Leopoldina. Acabou os seus dias como ministro de Portugal em Paris. Faleceu em 1823.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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22 junho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Napoleão Bonaparte

Napoleão, Séc. XIX. Gravador desconhecido. 59x92mm (mancha); buril e ponteado.

Napoleão Bonaparte, aliás Napoléon Bonaparte, aliás Napoleone di Buonaparte, marcou a história da Europa nas duas primeiras décadas do século XIX. Chefe militar, era dotado de um extraordinário talento estratégico. Coroou-se imperador em 1804 e partiu à conquista de um império, tendo ao seu serviço o mais poderoso exército da Europa. Em 1806, decretou o bloqueio continental à Inglaterra, ao qual Portugal tardou a aderir. Em 27 de Outubro de 1807, a França assinou com a Espanha o Tratado de Fontainebleau, que estabelece a divisão em três reinos do território de Portugal e a sua partilha entre a França e a Espanha. Para concretizar o tratado, as tropas francesas, comandadas pelo General Jean-Andoche Junot, chegaram a Lisboa no dia 30 de Novembro de 1807. A família real portuguesa tinha partido na véspera. Napoleão não conseguiu alcançar um dos seus propósitos: aprisionar e depor a família real portuguesa.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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21 junho, 2008

O Tempo Tão Suspirado - Catálogo



Já se encontra disponível, na SMS, o Catálogo da Exposição O Tempo Tão Suspirado. O livro inclui, entre outros textos, a transcrição integral de uma pequena obra, muito rara, publicada no ano de 1808: Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino. Inclui, também, reproduções de todas as gravuras expostas, suas descrições e fichas técnicas.

O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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17 junho, 2008

Guimarães, 18 de Junho de 1808

Alegoria à derrota dos franceses. Gravura de Teodoro António de Lima, a partir de Cirilo Volkmar Machado

Na tarde de 18 de Junho de 1808, com Junot a governar Portugal a partir de Lisboa e o famigerado General Loison, o Maneta, a ameaçar por perto, o povo de Guimarães levantou-se e ergueu a sua voz aclamando o Príncipe Regente D. João, futuro rei D. João VI. Para assinalar esta data e os actos heróicos que se lhe seguiram, a Sociedade Martins Sarmento organizou uma exposição comemorativa sob o título O Tempo Tão Suspirado. A inauguração terá lugar no dia 18, pelas 17:30. Na altura, será lançado o catálogo da exposição, que certamente se tornará numa obra de referência para a compreensão daquele período tão conturbado da nossa história local e nacional.

O catálogo inclui, entre outros textos a transcrição integral de uma pequena obra, muito rara, publicada naquele mesmo ano de 1808, a Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino, de onde transcrevemos o excerto que se segue:

“A sempre fiel, nobre, e valorosa Vila de Guimarães, que tem a honra de ser o berço dos seus primeiros Reis, e da Nobreza do Reino, em todo o tempo da sua existência se tem confiantemente mostra-o digna desta singular prerrogativa. Ela foi a primeira das Cidades, e Vilas da sua Província a quebrar animosamente os duros ferros da escravidão Francesa na tarde do sempre memorável dia 18 de Junho deste corrente ano de 1808, e sem rebuço, e com o mais decidido entusiasmo, e valor gritou Vivas, e Aclamações aos nossos legítimos Soberanos, a nossa liberdade, e Santa Religião, passando logo a render graças ao Altíssimo, cantando-se uma devota Ladainha a Nossa Senhora da Oliveira; formando-se uma solene Procissão com os Retratos de S. Majestade, do Príncipe Regente Nosso Senhor, e da Princesa Nossa Senhora, levados debaixo do Pálio pelas primeiras Dignidades do Cabido, tremulando na frente da dita Procissão os Estandartes Reais, e sendo ela dirigida pelas ruas mais públicas, no meio dos Magistrados, Clero, Nobreza, e imenso Povo, e recolhendo-se à Colegiada, onde se cantou Te Deum laudamus entre lágrimas de alegria.

Ela se distinguiu em os dias seguintes, marchando os seus habitantes às margens do Douro a perseguir a divisão Francesa, comandada pelo ímpio, e sanguinário Loison, de que muitos dos mais esforça dos com valor, e coragem própria de almas grandes, o foram bater até à Cruz da Camba, mais confiados na protecção, e amparo da Senhora da Oliveira sua Patrona, do que nas poucas, e ferrugentas armas, que levavam, fazendo aclamar a Restauração do Suavíssimo Governo do Príncipe Regente Nosso Senhor em todas as Vilas, Cidades, e Povoações, por onde passavam.”

Anónimo, Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino, Lisboa, Na offic. de Joaquim Tomaz de Aquino Bulhões 1808.

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Fundação Martins Sarmento

A culminar um processo longo e complexo, reuniu hoje, 17 de Junho de 2008, o Conselho de Fundadores da Fundação Martins Sarmento. Nessa reunião foram tomadas decisões fundamentais para o arranque e funcionamento da nova instituição. Estiveram presentes o Presidente da Direcção da Sociedade Martins Sarmento, Dr. António Amaro das Neves, em representação da SMS, a Arqt.ª Maria da Assunção Bandeira Neves, em representação do Estado (Ministério da Cultura), a Vereadora da Cultura, Dra. Francisca Abreu, em representação da Câmara Municipal de Guimarães e o Vice-Reitor Professor Acílio Estanqueiro Rocha, em representação da Universidade do Minho.

Principais deliberações que foram tomadas:

1. Eleição da Dra. Francisca Abreu, para a presidência do Conselho de Fundadores.

2. Eleição para o Conselho de Administração do Dr. Eloy António Santos Cordeiro Rodrigues, sócio e colaborador da Sociedade Martins Sarmento, Director dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho, especialista em bibliotecas e documentação, com reconhecidas competência na concepção, desenvolvimento e disponibilização de fundos documentais em formato digital.

3. Eleição do Dr. António Amaro das Neves para Presidente do Conselho de Administração de Fundação. Para as duas vice-presidências daquele órgão foram eleitos a Dra. Francisca Abreu e o Professor Acílio Estanqueiro Rocha. Com esta deliberação, e de acordo com o n.º 2 do artigo 6.º dos estatutos da Fundação, o Presidente da Direcção da Sociedade Martins Sarmento será o Presidente da Fundação Martins Sarmento.

Todas as deliberações foram tomadas por unanimidade.

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12 junho, 2008

A colecção de gravuras da Sociedade Martins Sarmento

D. João VI, gravura de Paul Tassaert, a partir de Esbrard

Uma gravura é um objecto de arte.

Tempos houve em que uma gravura era também uma valiosa fonte de informação. Num tempo em que o conhecimento das realidades distantes era essencialmente transmitido através de relatos verbalizados, a multiplicação das imagens através dos diferentes processos de reprodução, a partir de matrizes gravadas em madeira ou em metal, permitiu iniciar a massificação do conhecimento visual do mundo e dos seus protagonistas. As gravuras, mais do que objectos de criação e fruição artística, foram, durante séculos, os mediadores entre o observador e a realidade observada, permitindo ao súbdito conhecer o rosto do seu rei, ao homem do campo espreitar a cidade, aos que nunca saíram da terra que os viu nascer vislumbrarem outros mundos, outros homens, outros costumes.

O advento da fotografia e dos processos de reprodução e difusão de imagens que lhe sucederam retiraram à gravura o seu papel de ilustração do mundo, perdendo definitivamente a função de reportar a actualidade. Saindo do espaço do homem comum, a gravura passou para o território do esquecimento, mas continua a ser uma fonte inesgotável de conhecimento do passado.

A Sociedade Martins Sarmento dispõe de um dos mais importantes acervos de gravuras antigas de Portugal. Na sua origem, está um legado de Francisco Martins Sarmento, que adquiriu, com o propósito de a oferecer à SMS, a colecção particular do historiador de arte Joaquim de Vasconcelos, composta por um conjunto de aproximadamente 1600 estampas de gravuras sobre madeira e sobre metal. Actualmente integra mais de 2500 estampas.

Daquelas cujas datas de impressão estão estabelecidas, sabe-se que as mais antigas remontam a finais do século XVI, e que, do conjunto, mais de sete dezenas foram produzidas durante o século XVII e mais de meio milhar ao longo do XVIII. O período mais representado na colecção cobre os finais do século XVIII e as primeiras décadas do XIX.

A iconografia presente nesta colecção cobre as mais diversas áreas, que vão desde dos assuntos religiosos aos políticos, da história à ciência, dos costumes à heráldica, incluindo uma extensa galeria de retratos. A temática religiosa ocupa largo espaço nesta colecção, tanto pela dimensão, como pela variedade. Nela se encontram mais de trezentas imagens da Nossa Senhora, para cima de centena e meia de estampas com a representação de Jesus Cristo, cerca de duzentos santos diferentes. É também muito significativo o rol de estampas representando os reis de Portugal (Afonso Henriques, por exemplo, aparece em 26 estampas).

O período histórico melhor representado nesta colecção é o dos tempos conturbados das primeiras décadas do século XIX, com diversas gravuras relativas às Invasões Francesas e ao embarque da família real para o Brasil, à revolução liberal, à Constituição de 1822, e diversos retratos de figuras em destaque nesse período, como Beresford, o duque de Wellington (10 estampas), D. João VI (30), Carlota Joaquina (10), D. Miguel (18) ou D. Pedro IV (14).

Neste acervo estão representados todos os grandes gravadores portugueses e estrangeiros que trabalharam em Portugal, para além de um número significativo de gravadores europeus de renome.

Texto a propósito da exposição O Tempo Tão Suspirado, a adaptado a partir de: Francesco Bartolozzi e os seus discípulos

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O Tempo Tão Suspirado



O Tempo Tão Suspirado
2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães
18 de Junho de 1808 | 18 de Junho de 2008
Exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento

De 18 de Junho a 21 de Julho de 2008
Sociedade Martins Sarmento – Guimarães


inauguração: 18.6.2008, 17h30.

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