30 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 1 de Dezembro

Alberto Sampaio

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1531 — O juiz e vereadores, que tinham ido ver a ponte de S. João e o corta-mar, disseram "que está muito bem feito" houveram por desobrigado João Gonçalves e mandaram que lhe fosse pago o corta-mar.

1723 — Provisão, passada em Lisboa, mandando observar a determinação da Câmara para na feira que se fazia aos sábados de 15 em 15 dias, estar o gado separado dos mais materiais no campo determinado, separado da feira; isto motivado porque "os materiais e fazendas que conduziam à feira tinham recrescido em tanta forma que se achava de presente grande confusão nas ditas ocasiões em que havia roubos e outros inconvenientes contrários ao serviço de Deus e ao meu (el-Rei) bom governo, sossego da republica e ao bem comum".

1748 — O pedreiro José da Silva Matos, do lugar de Areias, freguesia de S. João de Areias, por escritura na nota do tabelião Manuel Pereira da Silva, obriga-se ao padre frei Salvador da Guia, guardião do convento de S. Francisco e a Cosme Fernandes, síndico do mesmo convento, a, dentro de um ano, fazer-lhe de pedraria e por 800$000 réis as paredes do corpo da sua igreja, na forma da planta.

1771 — Despacho do Arcebispo D. Gaspar concedendo às freiras de Santa Clara, sendo abadessa a madre Paula Maria do Nascimento, a licença que lhe solicitaram para fazerem algumas chouriças, por ser ao presente a sua ração muito ténue, para se alimentarem pelo decurso do ano, as quais se não podiam fazer depois do Natal, mas sim antes dele por ser o seu próprio tempo; e solicitaram esta licença porque sem ela não podiam fazer tais chouriças, porque levavam algum açúcar e o dito arcebispo havia-lhes proibido fazer doces desde 16 de Outubro até ao dia de Reis.

1821 — O juiz de fora Bento Ferreira Cabral proíbe que os estudantes andem mascarados em dia de S. Nicolau. PL (que afinal foi tolerado a pedido de Gaspar Teixeira, com a condição de não usarem de armas proibidas).

1838 — Às Trindades deram uma facada no Prosódia pai (Francisco José Fernandes Soares de Araújo "O Prosódia"), negociante no Passeio do Toural, vindo este acender uma luz a casa de um vizinho, da qual morreu pelas 4 horas da manhã do dia seguinte. Ignorou-se quem foi que o assassinou (um homem com capote de soldado), mas presumiu-se que foi por ele ter jurado no tempo de D. Miguel contra os Constitucionais. Foi depositado e sepultado no dia 3 deste mês na capela dos 3º Dominicos. P.L.

1864 — Abre-se no asilo de Santa Estefânia uma aula de instrução primária para ser frequentada pelos filhos dos pobres.

1869 — A Câmara inaugura a sua biblioteca pública, no convento de S. Domingos, declara-a aberta, tendo como bibliotecário José Ferreira Mendes de Abreu, "o Fato”.

1872 — É instalada definitivamente a Associação de Socorros Mútuos Vimaranense, e começou a prestar socorros aos sócios e subsídios às viúvas dos sócios no 2º semestre de 1875.

1882 — A assembleia-geral da Sociedade Martins Sarmento aprova por unanimidade a fundação de 2 cursos nocturnos de desenho e francês.

1885 — A Câmara desta, oficia à Câmara e à Associação Comercial do Porto para nos auxiliarem na pretensão de anexação do nosso concelho ao distrito do Porto.

1908 — Na quinta de Boamense, freguesia de S. Cristóvão de Cabeçudos, Famalicão, vitimado por uma febre tifóide, faleceu o dr. Alberto da Cunha Sampaio, primoroso escritor e distinto agricultor; foi ele a alma da notável Exposição Industrial, a 1.ª concelhia, que se realizou nesta cidade, em 1884. Nasceu em Guimarães no ano de 1841.

1910 — - Festa da Bandeira Nacional - A Câmara organizou uma sessão solene no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento, ao meio dia.

1914 — A Academia deu uma récita de Gala no teatro D. Afonso Henriques, dando começo um discurso pronunciado pelo laureado e distinto académico António Gonçalves Cerejeira.

1918 — Soleníssima festa em acção de graças pelo armistício, mandada celebrar pela Ordem 3ª de S. Francisco, na sua igreja que estava lindamente ornada, e com assistência de autoridades, militares e todas as pessoas distintas da cidade. Principiou perto das 7 horas da tarde: sermão pelo P. Gaspar Roriz, Te Deum a orquestra, presidido pelo arcipreste, dr. e cónego Manuel Moreira Júnior, Tantum ergo e benção do Santíssimo.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (303) Sousa Viterbo, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Sousa Viterbo. Desenho sobre papel, sem data.

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29 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 30 de Novembro

O Paço dos Duques e o Castelo

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1672 — Falece no recolhimento da rua de Valdonas (1.ª instalação das Capuchas), com 33 anos de idade, Maria de S. Francisco, "deixando no corpo sinais da felicidade da sua alma, porque depois de morto se viu nele maior formosura do que tivera na vida". Ao enterro concorreu a comunidade de S. Francisco, Cabido e nobreza da terra, convidados todos pela opinião que deixara de grande serva de Deus.

1808 — O capitão engenheiro, Joaquim José de Almeida, estando em Guimarães para arranjar os quartéis para o regimento da infantaria que vinha aqui aquartelar-se, oficial ao juiz de fora rogando-lhe mande aprontar barris ou canecos para condução da água, de sorte que no quartel onde se achar uma companhia unida tenha 2 canecos e 1 em cada quartel que faça parte das companhias desunidas; 1 lampião por cada a pavimento de todos os quartéis e uma almotolia para cada quartel para a iluminação deles; machados para cada quartel onde a tropa de cada uma das companhias fizer os seus ranchos, desfazer a lenha para eles; e lenha suficiente para que toda a tropa possa fazer a sua comida logo que chegue a este quartel.

1823 — Chega uma companhia de cómicos nacionais, e demora-se alguns meses. Vinha de estar no Porto. P.L.

1839 — A câmara representa à Rainha pedindo conservação do Castelo e Paço dos Duques.

1845 — "Foi a Ordem 3ª de S. Francisco a Santa Clara para trazer a milagrosa imagem de S. Francisco em procissão para a sua igreja, por ter cessado o motivo pelo qual tinha sido levada para Santa Clara (o motivo por causa das muitas chuvas que tinha havido no S. Miguel, que não deixavam fazer as colheitas). O povo que acompanhava o Santo era imenso, havendo depois de se recolher á sua igreja Sermão e Te Deum. Também iam a acompanhar o Santo as Irmandades todas de S. Francisco, assim como atrás da procissão ia a tocar uma música". P. L.

1872 — Desmoronou-se o campanário e o cunhal, do lado dos Paço dos Duques, da igreja de S. Miguel do Castelo.

1881 — Principia a construir-se a estrada da Penha por S. Romão, traçada pelo condutor de obras públicas do distrito, com sede nesta cidade, Francisco Xavier das Neves Pereira. Frio e chuva. Em meados de Março estava roteada desde S. Romão até aos Serôdios.

1882 — A comissão dos trabalhos da erecção do monumento a D. Afonso Henriques reúne nos paços do concelho sob a presidência do presidente da câmara e delibera dirigir convites a todas as câmaras do país para que nos seus respectivos municípios tomem a iniciativa de promover donativos para a referida erecção.

1885 — A Câmara oficia ao Governador Civil, marquês da Valada, participando-lhe a sua resolução tomada na sessão do dia de ontem 29, de cortar as relações oficiais com o governador civil. Também juntamente com os procuradores à Junta do Distrito, telegrafam ao secretário-geral, contra as resoluções tomadas pelas dita junta como ilegais, visto o estado de coação em que se encontravam os mesmos procuradores.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (302) Alberto Oliveira, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato do Dr. Alberto Oliveira. Desenho sobre papel, sem data.

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28 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 29 de Novembro

D. João IV

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1590 — O Cabido delibera ir incorporado debaixo da sua cruz esperar o arcebispo à Porta da Vila, na forma do pontifical, caso ele venha visitar a Colegiada, ainda que pela concórdia não tem obrigação de o ir esperar, e todo o cónego que o vá esperar fora a cavalo e não na forma acima ordenada, será riscado e descontado por um mês, afim de obstar ao escândalo de não irem todos juntos.

1642 — Edital do D. Prior, D. João Lobo de Faro, anunciando que no dia 9 de Dezembro principiava a sua visita pastoral na Colegiada, e convidando todas as pessoas a que, durante a mesma, sob diversas penas, ali viessem declarar os crimes e pecados públicos que soubessem haviam cometido os cónegos e mais pessoal de sua jurisdição.

1656 — Cerimónia fúnebre e muito solene da quebra dos escudos pela morte de el-Rei D. João IV, antecedida por missa cantada e responso na Colegiada, a que assistiram todas as pessoas que depois fizeram parte do préstito.

1775 — O mestre pedreiro Pedro Lourenço, da rua do Espírito Santo, obriga-se por escritura a fazer de pedraria o arco do coro da igreja de Misericórdia por 240$000 réis.

1780 — O imaginário Francisco José de Araújo, do lugar da Tocha, da freguesia de S. Miguel das Aves, por escritura obriga-se a fazer 22 castiçais, sem micheiros, e 5 cruzes, sem Cristos, para os altares da igreja da Misericórdia, a 1$200 réis cada peça, segundo o risco que apresentou em mesa, sendo mais altos os altar-mor.

1834 — Às 6 horas da noite, indo para sua casa, era no Picoto, um criado dos Ferreiras de Mata-Diabos, saem-lhe 2 ladrões ao pé do oratório de Santa Luzia e querendo-lhe tirar o capote acham resistência da parte dele, pelo que lhe dão um tiro em um braço do qual fica bem mal tratado e recolhe-se ao hospital. P. L.

1842 — "Pelas 8 horas da noite, indo os Estudantes desta vila a içar a Bandeira na Praça do Toural (era um pinheiro muito grande) conforme o costume, por haverem de principiar no dia seguinte as Novenas de Nossa Senhora da Conceição, caiu o Pinheiro e matou logo um rapaz enteado, de um pedreiro Gago de Trás-o-Muro, o qual tinha 10 anos, pouco mais, ou menos, e o qual estava vendo levantar a Bandeira. Logo que houve este infeliz acontecimento, retiraram-se todos os Estudantes e mais circunstancias, levando consigo a dor e a consternação, e cessando desde então todos os sinais de regozijo que costuma haver em tais ocasiões, ficando na Praça só o cadáver da infeliz vítima para ser levantado pela Justiça no dia seguinte". P. L. NB o rapaz era aprendiz de alfaiate, chamava-se António da Silva Guimarães, o seu padrasto era o Leite pedreiro e gago, e era irmão do José Leite da Cruz que foi alfaiate no Pita e criado no Lixa da Porta da Vila.

1863 — Foi levantado o pinheiro de 96 palmos para a festa dos estudantes.

1879 — À noite estreou-se pela primeira vez no nosso teatro o fonógrafo, invenção do engenheiro americano Edison. Esta máquina foi-nos apresentada por Bargeon de Viveroli. Repetiu na noite seguinte.

1881 — São restaurados os folguedos dos estudantes, interrompidos há anos, devido a haver agora de novo o colégio das Hortas.

1885 — Reuniu-se em sessão extraordinária à Câmara municipal, às 10 horas do dia, à qual concorreram muitas pessoas de todas as classes, para ouvir dos procuradores apedrejados a narração dos factos e resolver como desagravar a esta cidade ofendida. Tomaram-se diversas resoluções, entre as quais representar pedindo a "União ao Porto" e cortar as relações oficiais com as autoridades do distrito. - A Câmara oficiou ao presidente da Junta Geral do distrito protestando contra as deliberações que a dita Junta tomasse no dia seguinte, a que não iam assistir por representantes de Guimarães por terem sido apedrejados no dia anterior, na cidade de Braga. - Às 3 horas da tarde, reuniu-se um numeroso comício no salão da Associação Artística Vimaranense, na rua de Gil Vicente, em que se tomaram idênticas resoluções às da Câmara, e bem assim nomeou-se uma comissão de vigilância e resistência para tratar de realizar as resoluções tomadas.

1910 — Deu entrada na forma do costume o Pinheiro da festa dos Estudantes, mas quando trabalhavam em o levantar causou a morte a um rapaz de 13 anos, António, serviçal, ao qual os académicos fizeram o funeral no dia 1 seguinte na igreja de Santa Clara e o acompanharam ao cemitério. O Pinheiro foi levantado no dia seguinte. Post scriptum: O Pinheiro não foi levantado, mas deitado, como estava, foi vendido por 2$250 réis, o rapaz morava com a mãe nas Hortas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (301) Inácio de Pinho, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Inácio de Pinho. Desenho sobre papel, sem data.

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27 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 28 de Novembro

D. Miguel

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1691 — Por escritura na nota do tabelião Nicolau de Abreu, a irmandade do Cordão de S. Francisco contrata com o mestre pedreiro Francisco João, da freguesia de Cossourado, deste lhe desmontar a abóbada da capela-mor, e do cruzeiro e arco até o capitel, e a parede do nascente, e parte da outra até o alicerce, da igreja de Dâmaso, fazendo este de novo e tornando a edificar tudo o acima referido, que estava a desabar, cuja obra fazia por 334$500 réis.

1812 — Em vereação foi acordado: que todo o padeiro que fabricasse pão sem o competente peso taxado pela câmara, fosse condenado pela 1.ª vez em dois mil réis, pela 2.ª em quatro mil réis e pela 3.ª em seis mil réis e suspensão; e igual para os vendedores que o aceitassem para vender, sem o dito peso, e o mesmo aos donos das casas que dessem asilo para os padeiros ou vendedores do pão o esconderem quando se fizessem as correições, o que foi mandado tornar publico por pregão.

1822 — Sai um Bando em que por ordem do Intendente geral da polícia se proibiam as máscaras em dia de S. Nicolau.

1832 — Já de noite vem um ofício de Braga ao Corregedor desta vila, para mandar consertar a estrada desde a Falperra até aqui. Em vista deste ofício, persuadido o corregedor que o sr. D. Miguel viria a esta vila, mandou pôr os arcos (já estavam feitos desde que veio para Braga) e arranjar outras mais coisas. No dia seguinte, veio bastante gente da aldeia persuadida de que ele vinha, e o que mais fez acreditar a sua vinda foi que uns criados do Paço vieram aqui neste dia, os quais depois de terem comprado algum toalhado voltaram para Braga, e disseram que ele tencionava aqui vir, mas não sabiam quando. P.L.

1840 — Morreu no Miradouro "o marca 5" que tinha uma loja de cutelaria com este nome. Foi sepultado no dia 30 na igreja de S. Miguel.

1847 — Domingo - "Procedeu-se em todo o reino às eleições de Eleitores Deputados, saindo Eleitores pelo concelho de Guimarães: António de napores Vaz Vieira da casa do Costeado; cónego Luís de Melo Pereira Sampaio; Francisco Leite Pereira da Costa Bernardes, Juiz de Direito em disponibilidade; Lourenço Leite de Castro, bacharel, João António de Oliveira Cardoso, bacharel, José Joaquim da Silva Areias, médico; João António Carreira, administrador; Miguel Fernandes Vilela, negociante; Manuel Luís de Gouveia, cónego; Francisco Ribeiro Agra, proprietário; António Joaquim da Guerra, proprietário; e o tenente-coronel do regimento nº 13 aqui estacionado". P. L.

1850 — A câmara faz duas representações à Rainha, em uma, pede: criação de uma cadeira de aula para meninas, nesta vila, com ordenado anual de 90$000 réis, metade o Tesouro e metade a Câmara, sem mais vencimento; e criação de uma escola de ensino primário, reclamada pelas freguesias de Tagilde, S. Paio e S. Faustino de Vizela, Gémeos, Cerzedo, Calvos e S. Cristóvão da Abação, numa delas, por não terem pública nem particular, e ter acabado a única gratuita instituída pelo fundador do convento da Cruz; na outra, pede: para que os tabeliães na renovação dos prazos se regulem pelas antigas vedorias, medições e confrontações, sem mais cometerem o abuso de exceder os limites do prazo antigo, sob severas penas.

1856 — - 6ª feira - No teatro de D. Afonso Henriques executou algumas peças de música o Barregon e duas cenas cómicas o Taborda. Este foi acolhido com estrondosos aplausos; o visconde de Pindela ofereceu-lhe três lindas coroas e foi acompanhado a casa por muitas pessoas e uma banda de música.

1885 — Memorável dia em que foram apedrejados, apupados e enlameados com lixo nas ruas da cidade de Braga os 3 procuradores de Guimarães à Junta Geral do Distrito, snr. Conde de Margaride, dr. Joaquim José de Meira e José (Minotes) Martins de Queirós, bem como também um de Famalicão. Logo que se soube desta selvajaria, saiu, às 6 e meia horas da noite, e percorreu a cidade uma marcha aux flambeaux, grandiosa pelo grande número de patriotas vimaranenses que tomaram parte nela, como desafronta e desagravo do enxovalho que Guimarães recebera dos bragueses, reaparecendo o antigo ódio, do século 13, que havia e há-de haver in perpetuam entre as duas cidades.

1886 — 1. º aniversário do conflito brácaro-vimaranense. Ao meio dia a classe industrial de curtumes inaugurou com solenidade a sua nova e grande bandeira, assistindo ao acto todas as associações com os respectivos estandartes, e muito povo. NB. A bandeira é estandarte. Um cortejo cívico, às horas, formado pelas diferentes associações, grupo de entusiastas e classe industriais com os respectivos estandartes, veio saudar a câmara e os ex-procuradores à junta geral, levantando-lhe acalorados vivas ao senado, aos ex-procuradores, à comissão de vigilância e aos patriotas de Guimarães. À noite repetiram-se as mesmas demonstrações, havendo uma marcha aux flambeaux, música, etc. Esteve no quartel uma força de prevenção (não admira, porque eram os progressistas quem estava no poder; e os progressistas de Guimarães…).

1887 — 2º aniversário - À noite muito povo com archotes dando vivas aos procuradores de 1885 e aos defensores de Guimarães.

1888 — A Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães representa ao Governo, pedindo lhe seja concedida a construção e exploração do prolongamento do seu caminho de ferro de Guimarães até Fafe nas mesmas condições em que lhe foi concedida a construção e exploração desde Bougado a Guimarães, isto é, sem garantis de juro ou subsídio do Estado.

1908 — Às 10 horas da manhã saiu o Bando em que a Câmara comunicava que el-Rei D. Manuel visitava amanhã pela 1.ª vez (como rei) esta cidade, para o que convidava os vimaranenses a fazerem as demonstrações do estilo.

1910 — Saiu o 1.º n.º do jornal "Alvorada", director António Lopes de Carvalho.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (300) Pintor António Ramalho, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato do pintor António Ramalho. Desenho sobre papel, sem data.

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26 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 27 de Novembro

Escudo utilizado em Guimarães nas cerimónias de quebra dos escudos.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1433 — Carta de El-rei D. Duarte confirmando todos os privilégios do mosteiro e couto de S. Torcato. Lº 1º D. Duarte, fl. 137.

1522 — Provisão régia, concedendo aos almotacés de Guimarães levem almotaçaria: de cada carga de pescado fresco, um arrátel do mesmo, de cada carga de sardinha, uma dúzia da mesma; não levando almotaçaria de nenhum outro pescado seco nem marisco nem de nenhuma fruta, posto que costumassem levar; da carne, se na vila, se costumasse levar antes da Ordenação Nova, levariam tanto quanto então se levava e pela maneira que se devia levar.

1613 — O Cabido multou o cónego cura António Coelho, porque no domingo 24 deste mês estando na sacristia o arcediago e o cónego Pero Gonçalves revestidos para celebrar a missa da Terça, clérigos e seculares "dissera publicamente contra o cabido e governo da igreja, reprovando o que o cabido tinha assentado, que o cabido desta igreja tomasse o seu assento e acordo limpasse com ele e metesse nas partes traseiras, nomeando desonestamente por seu nome português", no que causou muito escândalo aos presentes e grande irreverência ao lugar sagrado da sacristia e às santas relíquias e imagens que nela estavam.

1811 — Provisão concedendo licença a João Teixeira Guimarães para à sua custa erigir (montar) em Guimarães, uma grande fábrica de todas as obras de cutelaria, fornecida de todos os aparelhos, instrumentos e cabedais necessários, gozando as graxas, privilégios e isenções do alvará de 28 de Abril de 1809. Na petição para alcançar a provisão, diz: que fabricando-se em outro tempo na vila de Guimarães as mais perfeitas obras de cutelaria, que forneciam o reino e conquistas, com exclusão das manufacturas estrangeiras, se havia abandonado este ramo da indústria, com prejuízo da nação e dos reais direitos.

1821 — Em sessão das Cortes é lido o parecer da comissão das Artes e Manufacturas, sobre o requerimento de Jerónimo Vaz Vieira, de Guimarães, que pretendia estabelecer na vila de Guimarães uma fábrica de pano de linho, adiantando-se-lhe vinte contos de réis; o parecer era de 24 de Outubro e a pretensão devia ser indeferida.

1832 — Por ordem do corregedor embargam-se nesta vila, serras, formões e vários ferros pertencentes a carpintaria, tudo para o exército do sr. D. Miguel. P. L.

1861 — Quebra dos escudos, pela morte de El-rei D. Pedro V. Última vez que este acto se realizou.

1885 — 6ª feira - À noite presenciou-se nesta cidade um curiosíssimo fenómeno meteorológico: uma formosíssima chuva de estrelas cadentes, ou bólides, que se cruzavam com intenso rasto luminoso em toda a abóbada celeste. Não faltaram comentos populares, nem os sustos de alguma desgraça iminente. Em todas as janelas e ruas se viam grupos alongando o pescoço para o céu para presenciarem o fenómeno.

1910 — Publicou-se o 1º número da "Alvorada", semanário republicano. Director A. L. de Carvalho, editor Dr. Alberto Rodrigues, administrador Rodrigo Pimenta.

1934 — O Comércio de Guimarães traz a seguinte local com epígrafe "Lamentável". 3.ª feira -Tendo ido a Braga ontem 26 os estimados jogadores do Vitória senhores António Gonçalves (Laureta) e Lameiras, acompanhados do director do clube vimaranense, o senhor António Ferreira de Castro, com o fim de formalizarem um protesto pendente, foram ali enxovalhados e fortemente vaiados, tendo de refugiar-se e pedir o auxílio da força pública, para poderem regressar a Guimarães. "O chaufer que os tinha ali conduzido, também não escapou à sanha dos agressores, regressando muito mal tratado e com o carro muito avariado. O adiantamento da hora não permite que nos alonguemos em considerações. No entanto, protestamos contra a correspondência de Braga inserta hoje no Primeiro de Janeiro". Em Guimarães, que nós o saibamos, nada houve do que ali vem narrado. Se desmandos houve, o que condenamos com veemência, não foi na cidade. Aqui, alguns adeptos do futebol, manifestavam com calor e correcção o seu entusiasmo, e outra parte da povoação entregava-se à sua vida normal, nem mesmo se apercebendo do que se passara. A população de Guimarães, não! Haja bairrismo, mas haja coerência e diga-se a verdade.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (299) Passos Manuel, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Passos Manuel. Desenho sobre papel, sem data.

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25 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 26 de Novembro

O Toural. À direita, a Casa do Toural.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1477 — Alvará do duque de Guimarães, passado em Lisboa, mandando que os caseiros da Igreja de Santa Maria de Guimarães não vão servir em guerra nem as guarnições.

1616 — Na rua do Rossio, à Porta do Olival, da cidade do Porto, em casa de Margarida Gonçalves, Parda, do viúva de Jácome Lourenço, por escritura na nota de João de Azevedo, ela Margarida Gonçalves fia e abona o contrato que seu filho Domingos Lourenço, pintor de óleo, tinha feito com o provedor e irmãos da Misericórdia de Guimarães, de lhe pintar de óleo seis painéis do retábulo grande da igreja da dita Misericórdia por 135$000 réis, começando a obra no princípio deste mês de Novembro e dando-a pronta por todo o dito mês do ano seguinte, a cuja obra, feita com satisfação, e ao dinheiro que por ela recebesse, hipotecou as casas em que viera, outras detrás destas na rua de Trás, mais duas nesta rua e outras novas na rua das Taipas, todas avaliadas em 1:340$000 réis. Os painéis actualmente (1927) estão dois na capela-mor da dita igreja da Misericórdia e 4 no corpo da igreja dos Capuchos, onde foram colocados em 191 quando passou para o edifício do hospital a secretaria, pois que então estavam desde que se fez o actual retábulo da capela-mor da mencionada igreja, na antiga sala do despacho da mesma.

1625 — Provisão régia para que o corregedor vá por toda a terra da sua jurisdição ver as terras que estão abandonadas e sem estar cultivadas, e obrigue os donos delas a semeá-las, para não ser preciso tanto pão de fora.

1743 — Provisão confirmando outras aos frades de S. Domingos para lhes ser dado por 8 anos uma perna de vaca nos dias da obriga de peixe com igualdade do povo na praça, ao que a câmara se opunha.

1785 — A Câmara deliberou proibir aos moradores que entestam com o muro do Toural, ter em cima dele vasos, cortiços, ou outras coisas, nem dele atirar, terra, pedras, água, etc., sob pena de 6$000 réis, isto por queixas apresentadas à Câmara.

1841 — "Na noite de hoje para amanhã foi cercada a Casa do Toural por tropa para prenderem a Rosa do Toural, por se achar envolvida na morte da sobrinha de António de Nápoles, a qual se tinha evadido antes de ser cercada a casa, por lhe haverem dado parte. Esteve a casa com sentinelas até ao dia 28 de tarde, tendo-lhe dado repetidas buscas". P. L

1863 — Incêndio em S. João de Ponte: arderam todos os 13 moinhos do lugar e as moagens feitas e por fazer.

1873 — Foi julgado Manuel Ribeiro Correia - "o Chasco" (pai) barbeiro, desta cidade, (era de avançada idade), por ter assassinado em S. Torcato a António de Faria, filho de Bento de Faria, da rua de Couros. O tribunal esteve sempre repleto de gente. O Júri deu o crime por provado, e o réu foi condenado a degredo com trabalhos públicos por toda a vida.

1896 — 5.ª feira - Conclui-se a expropriação ou demolição da igreja e adro de S. Sebastião, ficando nesta dia terraplanado o local e pronto a receber qualquer aformoseamento.

1899 — Foi eleito pela 9ª vez deputado por Guimarães o conselheiro João Franco F. P. Castelo Branco.

1934 — Tapona dada em Braga aos de Guimarães.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (298) Tomás Soler, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Tomás Soler. Desenho sobre papel, sem data.

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24 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 25 de Novembro

A igreja dos Santos Passos

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1271 — Os frade de S. Francisco de Guimarães, acompanhados pela Câmara, clero, nobreza e muito povo, fizeram a sua entrada solene no chamado Hospital do Concelho, cujas casa e terras a mesma Câmara lhes havia dado em 23 deste mês, como aí fica dito; o auto desta 2.ª posse foi lavrado pelo tabelião Vicente Eanes.

1368 — Provisão de El-rei D. Fernando, dada em Santarém, mandando Às justiças do reino que façam cumprir as sentenças de excomunhão que os Priores de Guimarães puserem aos usurpantes defraudadores das rendas, privilégios, jurisdições e outros bens quaisquer que sejam da sua igreja de Santa Maria de Guimarães.

1813 — O Cabido mandou iluminar a torre da Colegiada nesta noite e nas duas seguintes, pela notícia do feliz sucesso do exército inglês, aliado, ter tomado a praça de S. Sebastião.

1864 — De tarde, tendo os pedreiros que trabalhavam na construção da torre, lado nascente, da igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, guindando uma pedra, a qual já tratavam de assentar no seu lugar, um deles aproximou-se da extremidade da cornija de um dos cantos da torre, e, como ela não tivesse no outro extremo peso que contrabalançasse o que ali fazia o pedreiro, desabou com ele, que morreu instantaneamente, pois foi de cerca de 27 metros a altura da queda, sendo este a única vítima deste desastroso acontecimento, pois que apenas outro pedreiro teve uma pequena contusão numa perna, porque caiu sobre a estada que estava ano interior da torre; os mais nada sofreram apesar de correrem iminente perigo. Foi sepultado no dia seguinte na dita igreja, sendo as despesas feitas pelo Conde de Vila Pouca.

1874 — Principiou-se a apear o grande majestoso cruzeiro "do fiado" (porque nas escadas dele e que se vendia o fiado de linho), que a irmandade de N. Sra. do Rosário havia mandado fazer e colocar na praça do Toural no ano de 1650 para ali vir com as suas procissões, a cuja apeamento, mandando fazer pela câmara, a irmandade consentiu com a condição de a câmara lhe dar 6 sepulturas no cemitério que andava em construção na Atouguia. Os operários pela sua pouca cautela deixaram cair e quebrar em pedaços a grande coluna do cruzeiro que era inteiriça (igual às da frente da igreja da Misericórdia, com capitel e base também iguais) e ficou inutilizada, sendo opinião quase geral que tal desastre foi propositado por encomenda feita por alguém aos pedreiros, a fim de não tornar a ser colocado em algum outro lugar.

1882 — Assim de se constituir e instalar, reune-se no paço municipal a comissão para o strabalhos de criação do Monumento a D. Afonso Henriques, nomeada no dia 23 deste mês, a qual ficou assim composta: presidente, dr. António Coelho da Mota Prego, presidente da câmara, vice-presidentes - Conde de Margaride e Barão de Pombeiro, secretários - dr. Francisco Martins Sarmento e Francisco Ribeiro Martins da Costa; tesoureiro, Manuel Ribeiro de Faria, vogais: o administrador do concelho, Manuel de Castro Sampaio; Visconde de Lindoso, dr. José da Cunha Sampaio, padre Francisco Xavier de Sousa Carneiro, comendador Francisco José da Costa Guimarães, Domingos Leite de Castro, João Pereira da Silva Guimarães, e João Pinto de Queirós. Esta comissão deliberou agregar a si os cidadãos (brasileiros, naturais?) António Ribeiro da Costa Salgado e Serafim Antunes Guimarães.

1886 — O administrador do concelho, acompanhado do sub-delegado de saúde e uma força de 30 praças de infantaria 20, sob o comando de um capitão, foi à freguesia de Tagilde fazer remover o cadáver de uma criança que há dias se tinha inumado dento da igreja em contravenção das leis, por aí haver cemitério. A diligência efectuou-se sem novidade de maior.

1888 — Às 10 horas da manhã, no largo de Franco Castelo Branco, é experimentada a escada de salvação "Magirus" que havia chegado no dia 22 deste mês às 2 horas da tarde acompanhada pelos bombeiros municipais e voluntários e uma banda de música, a qual foi adquirida por subscrição pública pelos bombeiros voluntários.

1932 — Às 10 horas do dia, o relógio da torre de S. Francisco deu 123 horas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (297) Alves de Sousa, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Alves de Sousa. Desenho sobre papel, sem data.

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23 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 24 de Novembro

Planta das antigas muralhas de Guimarães. A Torre da Alfândega corresponde ao n.º 6.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1531 — Em vereação foi acordado que dêem às mulheres que dançar na festa do príncipe cento e cinquenta réis para tudo e mandaram dar aos carniceiros quatrocentos por ajuda da perda dos touros.

1601 — Tem esta da a Lei sobre os cristãos-novos, a qual proíbe, com penalidades, que lhes chamem cristão-novos, marranos e outros nomes afrontosos, a qual foi dada em Valladolid, e existe na câmara.

1627 — A Câmara resolve fazer, e manda pôr a pregão, uns alpendres ao longo da torre que estava junto da alfândega, e feitos se arrendassem para os bens do concelho. Foi mandado pôr a pregão a dita obra.

1673 — Provisão régia para que o Corregedor tenha "todo o cuidado em que não ande pessoa alguma com armas de pistolas ou outras algumas defesas pela lei; e se os cabos de guerra ou soldados de cavalo ou outros alguns as trouxerem", proceda na forma que a mesma lei declara.

1735 — Provisão a requerimento dos frades Capuchos, alegando que a nobreza e povo da vila lhes estabeleceram na fundação do convento a ordinária de 5 réis em cada arrátel de lombo dos bois que se cortasse nos açougues da vila, confirmada por El-rei D. Pedro II, e que agora não era paga pelos cónegos da Colegiada e frades de S. Francisco se eximirem por sentença, e pediam assim no cabeção das sisas a ordinária de 40$000 réis, mandando que eles tivessem 20 réis em cada lombo dos bois que se cortassem nos açougues.

1824 — A câmara faz uma representação para que na Alfândega não fosse estabelecido o corpo principal da guarda, que por Aviso de 30 de Outubro de 1824 fora mandado pôr à disposição do Brigadeiro inspector dos quartéis para esse fim. A Alfândega, diz à Câmara, é um "edifício publico que pertence à vila inteira é ali que se recolhem as mercadorias e mantimentos que entram na mesma vila, como azeite, panos, lãs, queijos, e outros mais géneros, é ali que se faz a venda de sardinha galega, a do pão das terças, o repeso e a guarda das rendas do concelho, é ali que se recolhem os almocreves que importam e exportam estes géneros, é ali que ficam retidas e embargadas as fazendas apreendidas por sonegação de direitos e é até à noite que aí mora o mesmo alfandegueiro obrigado a tomar e a dar conta dos géneros que entram e saem"...

1826 — Chega aqui a notícia de ter celebrado os esponsais em Viena de Áustria o infante de Portugal sr. D. Miguel com sua sobrinha sr. D. Maria 2ª. P. L.

1829 — O "Correio do Porto" traz um anúncio reclame em que diz nesta vila de Guimarães não haver livreiro algum e que tem muitos escrivães e outras pessoas que dão muito a fazer e mandam a Braga e ao Porto; e que, havendo abundância deles no Porto, algum queira vir aqui estabelecer-se.

1848 — "Veio a milagrosa imagem de S. Roque para esta vila, indo esperá-la a Ordem Terceira de S. Francisco e outras Irmandades à igreja, e depois a conduziram processionalmente para a igreja de S. Francisco onde depois houve missa concorrendo bastante povo. A vinda da milagrosa Imagem de S. Roque foi em consequência de se ter manifestado na Europa a cólera morbus, e haver receios de que comunicasse a este reino". P. L.

1874 — Partem desta cidade para Santo Tirso alguns indivíduos convidados para assistirem à inauguração dos trabalhos de construção do caminho-de-ferro de Bougado a Guimarães que teve lugar às 12 horas da manhã.

1915 — Decreto exonerando a seu pedido o professor da Escola Francisco de Holanda, Joaquim José de Meira, do cargo de director da aludida escola, "louvando pela superior dedicação e competência de que sempre deu provas durante o longo período em que exerceu o referido lugar.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (296) Cunha Rivara, por Agostinho Salgado

Agostinho Salgado, retrato de Cunha Rivara. Desenho sobre papel. Sem data.

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22 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 23 de Novembro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1271 — Testamento de El-rei D. Afonso III, feito em Lisboa, diz: Mando... "item Monasterio de Costa 200 libras. Item Monasterio Sancti Torquati 100 libras"..." Item Frat. Minoribus de Vimaran. 50 libras".

1387 — Carta de El-rei D. João I, passada em Braga, mandando que os carniceiros, padeiras, servidores de soldada e peixeiros, quando hajam de ser presos o sejam na Pertiga e não no Castelo. Foi confirmada em 18 de Janeiro de 1529 por el-Rei D. João III.

1414 — Carta de El-rei D. João I, dada em Sintra, ordenando ao corregedor de entre Douro e Minho e as suas justiças não sejam constrangidos os caseiros e lavradores da igreja de Santa Maria de Guimarães a contribuir e a servir na obras das pontes, calçadas, caminhos, ou em quaisquer outras obras, nem nos pedidos, mas sim lhes seja guardado o privilégio que disso os isenta. Foi passada por João Afonso e mandando ao corregedor de Entre Douro e Minho, Pedro Afonso da Costa e aos juízes de Guimarães, o acima dito; por queixas que o prior, chantre e cabido fizeram a El-rei, de que lhes constrangiam os caseiros e lavradores, que eram escusos por outros privilégios que ele lhes havia dado.

1579 — Sentença privando de todas as honras, privilégios, etc., a D. António, Prior do Crato, o qual recebera a sua educação literária no convento da Costa de Guimarães.

1639 — Provisão régia da princesa Margarida, em Lisboa, para o capitão Gonçalo de Vasconcelos arranjar um grande golpe de gente das comarcas do Porto e Guimarães que no próximo Fevereiro ou Março fossem socorrer a Índia nas embarcações que para isso então para lá partiriam, e contendo as condições e paga para essa gente.

1831 — Caiu do zimbório, vindo por entre uma estada ter ao pavimento da igreja um entalhador que andava a trabalhar na desastrada obra Colegiada; ficou sem sentidos e muito mal tratado, e foi logo num enxergão para o hospital. Poucos dias depois já andava a trabalhar. P. L. - Do registo hospitalar consta entrar neste dia Simão de Azevedo, solteiro, enxambrador, da freguesia de S. Vítor, de Braga, vítima de uma queda, e sair em 10 de Dezembro seguinte. F.

1837 — São aprovados e assinados por 39 estudantes os Estatutos "Associação Escolástica Vimaranense", contendo as regalias que gozava o estudante.

1839 — "À noite fugiu da casa do pai uma rapariga, filha do Pimenta ourives e morador na rua dos Mercadores. Logo que o pai deu fé da sua falta, procurou saber para onde ela tinha fugido, e prendendo uma mulher que o costumava servir, esta disse, que naquele dia tinha levado uma carta do João Bento (arcipreste do julgado) para ela; o que fez suspeitar o pai que talvez fosse o João Bento que a desencaminhasse, e em consequência disto foi e mais a policia ao Priorado procurar o João Bento para este lhe dar conta da filha, o qual negou tê-la tirado da casa do pai. No dia seguinte a rapariga apareceu em casa de uma vizinha, e apesar de em toda a vila dar muito que falar este acontecimento, e da maior parte dos habitantes da mesma darem como causa da fuga da supradita rapariga o tal João Bento, não pareceu verosímil que fosse ele, ainda que tivesse namoro com ela. Nesta mesma noite também fugiu de casa do pai uma filha do João Pereira Togeira, por causa dos maus tratos que lhe dava seu pai. Fugiu para casa de uma tia que morava em Santo Tirso". P. L.

1882 — - Quinta-feira - A convite do presidente da Câmara António Coelho da Mota Prego reúnem-se nos paços do concelho a câmara, representantes das diversas corporações e muitas pessoas das mais distintas desta cidade, a fim de deliberar acerca da realização do monumento a D. Afonso Henriques. Depois de alguns discursos, foi nomeada uma comissão composta de autoridades, titulares, presidentes de associações e outros cavalheiros, terminando a reunião por entusiásticos vivas, especializando um ao iniciador e principal promotor da ideia de se levantar o monumento, João Dias de Castro. Durante a reunião tocou os hinos português e brasileiro uma banda de música em frente ao edifício da câmara e subiram ao ar grande número de foguetes. Por ordem da câmara esteve iluminada à noite a fachada do paço municipal.

1910 — A câmara delibera que o largo dos Trigais se denomine do Dr. Alberto Sampaio e a rua de S. Paio se denomine do Dr. Avelino Germano.

1915 — Em o Pevidém, há tumultos, devido ao não cumprimento do horário do trabalho. Morreu um operário.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (295) Bernardo Moreira de Sá, por Agostinho Salgado

Agostinho Barbosa, retrato de Bernardo Valentim Moreira de Sá (musicólogo vimaranense). Desenho sobre papel, técnica mista. Sem data.

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21 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 22 de Novembro

O tanque-chafariz da Oliveira, numa fotografia de 1845

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1549 — Contrato acerca da servidão para a arca de água colocada no quintal das casas do abade Afonso André, rua da Infesta, que vinha para o chafariz de Nossa Senhora da Oliveira.

1619 — João Rebelo Leite, ora estante em Lisboa, moço da câmara de S. Magde. dos 40 do número, por seu procurador dá fiança na nota de Manuel Fernandes deste vila, ao lugar em que estava provido por S. Majestade para haver de servir de executor da comarca vila de Guimarães e almoxarifado dela este ano de 1619 ao recebimento, que pelo regulamento era a décima do recebimento.

1656 — Carta de El-rei D. Afonso VI participando à Câmara que no dia de ontem se celebrou na corte o acto da sua aclamação de rei, para que ela faça o mesmo, na forma costumada e enviar-lhe certidão de assim o ter praticado, para ser guardada na Torre do Tombo.

1821 — O Juíz de Fora de Barcelos vai a casa de José Coelho da Mota, sita ao terreiro da Misericórdia, para examinar se ele estava doido furioso, isto em razão de uma queixa feita ao Governo.

1838 — Foram alguns estudantes da vila à Colegiada da mesma, e procuraram o cónego Baptista (João Baptista Gonçalves Sampaio) para o insultar, por lhe ter sido anulado pela Ralação do Porto, o processo de uma demanda que os mesmos estudantes traziam com o cabido, acerca da renda de Santo Estêvão, que se costumava a pagar em dia de S. Nicolau. PL. - No O cónego escapou-se-lhes refugiando-se num andaime das desastradas obras que então andavam na igreja sob sua direcção. Os estudantes procediam assim por no dia antecedente lhes ter sido anulado na Relação do Porto, em virtude de influências dele, o referido processo ganho no ano anterior. Na correspondência da administração do concelho diz: que a 22 e 23 os estudantes praticaram um escandaloso facto na igreja e claustros da Colegiada.

1862 — A Filarmónica "Boa União" Vimaranense, mandou celebrar em festa à sua padroeira Santa. Cecília missa rezada na Colegiada e durante a mesma tocou peças de harmonia; depois percorreu as ruas da cidade. Era nova, não tocou bem, mas sim regular.

1874 — Inauguração do Hotel de Guimarães (antigo Joaninha) na Praça Maior.

1876 — A Câmara deliberou mandar cobrir com telhas a arcaria do claustro do convento de S. Domingos.

1894 — O maestro Luiz Dalhunty dá em seu benefício um brilhante concerto de piano no salão do Grande Hotel do Toural.

1897 — A Câmara Municipal reúne em sessão extraordinária para representar contra a desanexação das freguesias de Longos e Balazar deste concelho e comarca para o concelho e comarca de Braga, conforme a resolução da sub comissão concelhia do norte, de 19; cuja notícia deste acontecimento político chegara no dia 20 a esta cidade, onde causara indignação geral.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (294) Estudos de António de Azevedo

António de Azevedo, estudos. Desenho sobre papel, sem data.

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20 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 21 de Novembro

Registo da Senhora da Oliveira

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1586 — Toma o hábito beneditino no convento de Tibães frei Martim Golias, que depois ficou sendo frei Martinho da Apresentação. Era da nobre casa das Lamelas, desta vila, e foi o primeiro filho que a mesma vila deu à congregação beneditina por D. Abade Geral dela, em Portugal, sendo o 16º desta dignidade, quase episcopal, depois da reforma da ordem nos princípios da metade do século XVI.

1611 — Faleceu no convento de Santa Clara, com boa opinião de virtudes, a soror D. Antónia da Silva, natural de Lisboa e criada na vila de Guimarães, onde seu pai a quis casar, ao que ela não anuiu, depois de ser noviça. Serviu com grande zelo os cargos de Abadessa e vigária.

1744 — O confessor de El-rei D. João V, Gaspar da Encarnação, escreve ao Cabido remetendo-lhe, por ordem do dito senhor, 400$000 réis e um manto novo para Nossa Senhora da Oliveira, bem como o manto antigo da mesma Senhora que o Cabido mandou a El-rei, que nele se embrulhou durante a sua enfermidade, não remetendo nesta ocasião o vestido por não saber onde parava, pois não tinha dado entrada no mosteiro de S. Vicente de Fora. O manto oferecido ainda (1926) se conserva, mal estimado.

1787 — José Freitas do Amaral, morgado de Sezim, vai na manhã deste dia com alguns carpinteiros para reedificar e mudar o altar da sua capela de S. Brás, no claustro da Colegiada. Como não tivesse pedido licença ao Cabido para o fazer da obra, foi fechado no claustro, juntamente com os operários, por ordem do tesoureiro-mor coadjuvado, então presidente do Cabido. O morgado pode sair em ocasião que o mesmo tesoureiro-mor foi à casa capitular, mas os carpinteiros continuaram reclusos até que o cónego Miguel de Macedo Portugal (neto de outro do mesmo nome que nele renunciou) apareceu e espancou-os com o cabo de um machado, chamando-lhes bêbados, ladrões e outras injúrias para a sua honra de homens casados, chegando ao excesso de esbofetear um dos operários chamando Saraiva. Acudindo gente, fugiram os carpinteiros ficando ainda o cónego a vociferar contra o morgado. Este queixou-se da ofensa à Rainha, a qual, por alvará de 14 de Dezembro do mesmo ano, mandou ao corregedor que desse a informação do facto.

1791 — Os homens de falas e a mesada da confraria de N. Sra. do Rosário da freguesia de Guardizela, contrataram, por escritura na nota de André de Freitas com José Félix Pereira dos Santos, fundidor de sinos, da cidade de Braga, a fazer-lhes dois sinos, sendo um de 25 arrobas para a freguesia, arrátel mais arrátel menos, e outro para Nossa Senhora, até 39 arrobas, a 300 réis cada arrátel.

1846 — Andaram uns poucos sujeitos (seriam 8 horas da noite) pelas ruas e praças da vila a cantar a Maria da Fonte, com uma vozearia muito grande, e chegando à Praça do Toural, principiaram a bater com grande força em algumas portas, quebrando vidraças e fazendo muito barulho. Esta exaltação foi em consequência de saber (já desde anteontem) a derrota que sofreu o Visconde de Sá da Bandeira (general popular) e mais a sua gente em Trás-os-Montes, tendo-se-lhe revoltado os regimentos nº 3 e 15 os quais lhe fizeram perder muita gente da sua divisão e mais a cavalaria do Barão do Casal, vendo-se aquele na necessidade de retirar e mais o resto da gente da sua divisão em grande desordem. Este acontecimento teve lugar junto a Chaves. A Patuleia desanimou muito com esta notícia. P. L.

1894 — A Câmara Municipal resolve dirigir uma representação ao Governo, contra a permissão da entrada de vinhos espanhóis.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (293) Estudos de António de Azevedo

António de Azevedo, estudos. Desenho sobre papel, sem data.

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19 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 20 de Novembro

Foral manuelino de Guimarães

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1387 — Provisão de D .João I em Braga revogando a carta que dera a Gil Esteves, alcaide do Castello, na qual mandava que todos os que fossem presos na vila fossem para a cadeia do Castelo, onde por costume se pagam 3 libras de carceragem. Esta graça prejudicou os foros da vila e o concelho e homens bons requereram, alegando que na vila há e houve de sempre uma cadeia chamada a Pertiga onde se prendem os carniceiros, peixeiras, e servidores de soldadas que pagavam 5 soldos de carceragem. Pela Provisão foi permitido o uso da Pertiga conforme estava estabelecido. Esta foi confirmada por D. João III a 18 de Janeiro de 1529.

1517 — El-Rei D. Manuel I, em Lisboa, dá novo foral a esta vila.

1577 — Alvará de El-rei D. Sebastião mandando que no celeiro de Guimarães se vendesse às freiras de Santa Clara o pão que precisassem.

1672 — Agostinho de Sousa e mulher Isabel Vieira e cunhado José Vieira, solteiro, moradores em casas suas na rua Nova do Muro, tratando de "por um tinto de tintureiro de tingir panos" e não tendo dinheiro para o cabedal do dito ofício, contratam, na nota de Nicolau de Abreu com João Duarte do Vale, mercador e morador na rua Sapateira, este dar-lhe uma caldeira grande aparelhada com tudo o que lhe era necessário, como aos mais, e também dar-lhes todos os tintos para principiarem a tingir; e eles tingir-lhe-iam todos os panos que lhes mandasse, por menos uma moeda por vara e côvado daquilo por quanto fizessem aos outros mercadores e pagar-lhe-iam tudo em dois anos, ao que obrigaram as ditas casas.

1852 — Segundo notícia o "Periódico dos Pobres no Porto", às 11 horas da noite principiou e durou duas horas, "um tão grande temporal que parecia o fim do mundo; os gritos e vozearias, parecia o inferno, quebraram-se muitas árvores, outras foram arrancadas pela raiz, aluíram paredes, etc., toda a vila esteve consternada".

1877 — À noite, Guimarães, esteve em estado de sítio. As ruas e largos que davam acesso para a casa do Conde de Margaride, onde se realizava um comício eleitoral para confeccionar a lista oposicionista da Câmara, estiveram cheias de espiões, progressistas governamentais, que metiam cara a todos os indivíduos que passavam para ali para os reconhecer.

1878 — A Câmara resolve tratar da escolha do local para a construção da cadeia comarcã, segundo o sistema estabelecido na lei de 1 de Julho de 1867.

1881 — Tem lugar no Teatro Gil Vicente, na rua do mesmo nome, o 1.º espectáculo dramático, não primando a boa ordem e decência, devido à proibição dos chapéus na cabeça com que o público não concordou por ser considerado o teatro como barracão.

1881 — Na casa onde (então) funcionava a Assembleia Vimaranense, na rua da Rainha, hoje pertença da Associação Comercial, numa das salas da mesma, instala-se a Sociedade Martins Sarmento, a convite dos 5: Dr. Avelino Germano da Costa, dr. Avelino da Silva Guimarães, dr. José Bento da Cunha Sampaio, Domingos Leite de Castro e Domingos José Ferreira Júnior, são aprovados os Estatutos.

1882 — Portaria mandando ao Governador Civil deste distrito louvar a direcção da Sociedade Martins Sarmento por ter fundado um instituto escolar de instrução primária e secundária.

1937 — Desastre na construção do Teatro Jordão. Dois pedreiros: Manuel de Matos, casado, de 24 anos, natural de Atães, faleceu, deixou 7 filhos; António Fernandes, de 49 anos, casado, de Taboadelo, faleceu e deixou 5 filhos pequenos.

1938 — Inauguração solene do Teatro Jordão.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (292) Desenho de António de Azevedo

António de Azevedo, desenho sobre papel, sem título.

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18 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 19 de Novembro

Grupo de visitantes ao Solar da Ponte, na década de 1930. à esquerda, de cabelos brancos, A. L. de Carvalho.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1649 — Morre no seu paço em Nápoles o nosso ilustre conterrâneo, distinto jurisconsulto, bispo de Ugento, D. Agostinho Barbosa. Nascera em Guimarães a 17 de Setembro de 1590, filho do também notável jurisconsulto Manuel Barbosa e de D. Isabel Vaz da Costa.

1724 — Provisão ao Corregedor de Guimarães, em que vista consta que deu de que concelho de Basto "se andava publicamente jogando a Banca não só aos dias santos nos lugares públicos, mas em todas das feiras do ano, inquietando aos passageiros pelas estalagens e os vendeiros, e por esse caminho roubando os pobres com notável escândalo e incitando-os ao dito jogo, sendo os motores os homens principais, e que sendo os moradores do dito concelho pobres, se galleam e tratam como o descaminho do dito jogo", - manda-lhe faça evitar na sua comarca o jogo da Banca e todo o jogo proibido pela lei de 29 de Outubro de 1696, mandando pelos seus oficiais dar nas partes de onde tiver notícia há os ditos jogos, para que os ditos oficiais denunciem das pessoas que jogam e exercitam os ditos jogos, e provadas as denunciações prenda aos culpados, castigando-os na forma da Ordenação; e esta advertência a faça a todos os ministros da sua comarca, e esta diligência lhe é muito recomendada.

1830 — É preso um voluntário realista (o filho do Pacheco de Atães) por ter querido matar o pai com uma faca de ponta. P. L.

1830 — De madrugada fogem do castelo desta vila 5 presos por opiniões políticas; por isso pegou em armas o batalhão dos voluntários realistas e saíram algumas escoltas para ver se os prendiam. - P.L. - Uma nota muito posterior e de diferente letra, posta no livro, diz: Um dos presos era Miguel António Moreira de Sá, da casa de Sá e outro era o Dr. Valentino Macelino dos Santos.

1838 — Houve preces na Colegiada pedindo sol, para se poder fazer as colheitas, que estavam uma grande parte por fazer por causa das muitas e continuadas chuvas que tinham havido em todo o Outono, não se tendo recolhido uma terça parte do pão. Também se fizeram em outras igrejas da vila. P.L.

1846 — "Foi o administrador do concelho e mais o Juiz de Direito a Santo António das Taipas para prender o cónego João Artur de Barros Leiva, por suspeitas dele ter estado armado e mais alguns indivíduos a favor do Sr. D. Miguel. Este cónego já á tempos se dizia que estava armado e mais alguém, para seguir o partido miguelista logo que ele desse o grito, não tendo ido ao coro já á muito tempo. Não o prenderam porque não o encontraram, apesar de terem ido de noite". P.L.

1852 — Veio em procissão de preces da igreja paroquial de Infias, para o convento das Dominicas, onde ficou, o Senhor das Chagas, com acompanhamento de muito povo que devotamente pedia a cessação da chuva.

1857 — Às oito e meia horas da manhã sentiu-se nesta cidade um abalo de terra, não muito pequeno.

1894 — Principia a remoção das ossadas existentes na demolida igreja e adro de S. Sebastião para o cemitério da Atouguia.

1896 — Outorga dos novos estatutos do Banco Comercial de Guimarães feita por escritura no tabelião e escrivão do comércio, pelos directores do mesmo Banco, cujos estatutos tinham sido aprovados em assembleia geral de 2 de Agosto deste ano.

1920 — Assalto popular às mercearias de Francisco Joaquim da Costa Magalhães no Toural e à do reitor de S. Miguel, António Joaquim Ramalho, na estada de Creixomil, defronte da Igreja, e em mais proprietários. Tinha sido proibido o comício das forças operárias, dividiram-se em assaltar e roubar, que assim os aconselhou A. L. de Carvalho. Veio o Governador Civil de Braga, dirigiu-se à Administração do concelho, falou ao povo, pediu ordem e prometeu providenciar (talvez tabelar géneros). N. B. - A. L. de Carvalho, Administrador do Concelho em 1920, autorizado pela Direcção da S.M.S. de que é o seu 1.º secretário, consigna aqui um sereno reparo a insensata diatribe do velho paleógrafo vimaranense a quem Deus perdoe! Fev. de 1942.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (291) Desenho de António de Azevedo

António de Azevedo, desenho sobre papel. Sem título.

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17 novembro, 2006

O segundo balneário de Briteiros

Em trabalhos arqueológicos recentemente efectuados na Citânia de Briteiros, procedeu-se à limpeza de uma estrutura considerada por muitos investigadores como um balneário, semelhante ao monumento bem conhecido, localizado algumas centenas de metros abaixo. Mário Cardozo chegou inclusivamente a localizar, naquela outra estrutura de banhos (por ele tida como monumento funerário), a implantação original da Pedra Formosa, que actualmente se guarda no Museu da Cultura Castreja, em Briteiros.

Tendo em conta a particularidade das estruturas de banhos para o estudo das características culturais da Idade do Ferro, e tendo em conta a possibilidade de estarmos perante a localização original da paradigmática Pedra Formosa, o registo deste monumento reveste-se de grande importância, na investigação arqueológica da Citânia, mau grado a sua parcial destruição, em 1932, com a construção da Estrada Nacional 306.

Depois de efectuada a limpeza e o registo arqueológico integral do monumento, pretende-se, como medida provisória de conservação, cobrir toda a estrutura, até que futuras soluções de musealização se afigurem adequadas ao espaço. Entretanto, a Sociedade Martins Sarmento convida os investigadores da área, os estudantes e todos os interessados, a visitar o monumento, dispondo de acompanhamento adequado.

Para visitar o local, deverá contactar a SMS ou enviar uma mensagem para citania.de.briteiros@csarmento.uminho.pt.

Estão disponíveis imagens do segundo balneário da Citânia de Briteiros.

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Efemérides vimaranenses: 18 de Novembro

Tanque do Carmo

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1606 — Em vereação foi mandado aos barqueiros da Taipa e de S. Croio (S. Cláudio de Barco) sob pena de 500 réis, etc., não levassem mais de um real por cada pessoa, nem mais de dois por cada cavalgadura.

1856 — Na noite, deste dia magotes de soldados e oficiais inferiores de caçadores 7, aqui aquartelado, percorrem a cidade, armados de paus, espancando e ferindo indistintamente a muitos populares. Em virtude destes factos, veio ordem para o batalhão marchar para Valença, que foi posteriormente revogada nos primeiros dias do seguinte mês.

1869 — É autorizada a expropriação por utilidade pública, sendo ministro o duque de Loulé, de algumas casas e terrenos situados entre as ruas do Gado e de Santa Maria, junto do terreiro do Carmo, pertencentes à viscondessa de Roriz, José da Costa Menezes e mulher, Francisco Martins Sarmento e visconde de Pindela, pedida pela câmara para proceder à construção de um edifício destinado para biblioteca e aulas públicas de português e outras disciplinas.

1877 — Reúne no teatro D. Afonso Henriques a Associação dos Bombeiros Voluntários e aprova o parecer da comissão nomeada em assembleia geral de 11 para o dar sobre a resolução a tomar acerca da portaria que caçou a aprovação dos estatutos e também aprova a representação que a mesma lhe apresentou. O parecer foi de aceitar as indicações da portaria no tocante às alterações de alguns artigos dos estatutos, por não prejudicar em nada a constituição da associação, representar enérgica mas respeitosamente contra a exigência do pagamento de direitos de mercê e selo, por ser ilegal e injusta esta exigência.

1883 — Reuniram as assembleias gerais das associações artística e comercial (cada uma em sua casa) e representaram ao Governo pedindo-lhe a imediata permissão para ser aberto à exploração o troço da linha férrea de Guimarães, já concluída, entre a Trofa e Vizela.

1885 — A câmara resolve que a venda do carvão passe a ser no largo da Cadeia e não na praça de Santiago, e que nesta não se desfaçam canhotos, mas sim naquele.

1890 — A Câmara delibera que o tanque do largo do Carmo fosse mudado para a rua Nova de Santo António.

1910 — Terminou o jornal "O Regenerador"

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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Tesouros sarmentinos: (290) Estudo de António de Azevedo

António de Azevedo, estudo. Desenho sobre papel, sem data.

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16 novembro, 2006

Efemérides vimaranenses: 17 de Novembro

D. Afonso V

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1372 — Carta de el-rei D. Fernando, escrita em Leiria, mandando que, sem especial ordem, os 20 besteiros que na vila de Guimarães havia, não saíssem para fora dela e somente servissem guardando-a e defendendo-a.
1441 — Carta de el-rei D. Afonso V, datada em Santarém, concedendo a Isaac Marques, ourives de Guimarães, possa andar em besta muar, de sela e freio.
1451 — Afonso Vasques Peixoto, casada com Joana Gonçalves, filho de um abade de S. Romão de Arões, institui o vínculo de Sezim, (casal na freguesia de Santa Eulália de Nespereira) nomeando administrador do vinculo seu sobrinho Afonso Martins de Freitas. Mandou o enterrassem no monumento de Santa Maria da Oliveira e deixou um casal com obrigação anual de uma missa em S. Romão por ele, seu pai e Rui Vaz Peixoto.
1685 — São solenemente conduzidas para a Colegiada numerosas relíquias de Santos, encontradas nas paredes do antigo mosteiro de S. Torcato, já há muitos anos que não existem na Colegiada.
1763 — A Relação do Porto profere sentença cível de apelação a favor do abade de S. Miguel do Castelo e contra o doutor procurador do tombo da Rainha, julgando que as oliveiras plantadas junto aos paços dos duques de Bragança, lado norte e poente até à esquina dos mesmos pela parte do poente, eram pertencentes à igreja do mesmo abade.
1778 — Nos anos de 1778 e 1779 travara-se luta entre a abadessa de Santa Clara, D. Jerónima Quitéria de S. José e o médico do convento, o dr. Sebastião Navarro de Andrade. A abadessa não pode levar a bem que o médico protegesse o ingresso no mosteiro de D. Antónia Narcisa de Macedo Portugal, mulher de Leandro José de Sotto-Maior e Aiala, que promoveu processo de separação contra o marido e que só foi recebida no convento em virtude de ordens superiores, civis e eclesiásticas. - O médico foi despedido, arguido perante o arcebispo de ter violado a clausura, insultado a abadessa, promovido a desordem no mosteiro angariando partido entre as religiosas, protegido relações ilícitas, desobedecido a abadessa, que lhe proibira a entrada no átrio do convento, disfarçando-se com vestidos de mulher para aqui vir sem ser notado, etc.; mas de todas as acusações, e que se renovaram por mais de uma vez, saiu sempre ilibado, sendo-lhe mesmo permitido pelo arcebispo, em despacho deste dia 17, a entrada no convento, a fim de prestar os serviços da sua profissão às religiosas que o chamassem, isto em atenção às informações havidas tanto a respeito de literatura como de procedimento, ainda posteriormente confirmadas pela devassa a que se procedeu em Janeiro de 1579.
1856 — 2ª feira - Ás 7 horas da noite, um 1.º sargento Mota do batalhão de caçadores nº 7 aqui estacionado, esteve conversando na rua do Muro uma moça à qual um paisano julgara ter melhor direito. Este deu traiçoeiramente uma pancada, com um pau que trazia, no militar, e lhe fez uma extensa ferida na cabeça, mas não de gravidade. Na noite seguinte, um magote de soldados e oficiais inferiores em número de 12 a 14, armados de paus, correram a cidade espancando e ferindo indistintamente aqueles que pelo seu trajo mostravam poder ter sido o ofensor do seu camarada. Informado o comandante Horta, pelos queixosos, deu as providências e a ordem foi restabelecida, mas primeiro, com suas palavras, mal tratou os queixosos.
1892 — 5ª feira - Principiou a ser demolida a torre da igreja de S. Sebastião. Os entulhos e pedra da igreja, foram aplicados ao levantamento da rua com muros de suporte em seguimento da Caldeiroa até ao Arquinho, e ao conserto e levantamento entre Fato e o Rio, também com muro no rio.
1903 — Inaugura-se a fábrica de pentes a vapor, intitulada "A Vimaranense".
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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9.30-12.30/14.00-18.00 (Verão)
9.30-12.30/14.00-17.00 (Inverno)
Encerrado a 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e domingo de Páscoa.

CITÂNIA DE BRITEIROS E MUSEU DA CULTURA CASTREJA

Localização
Guimarães, freguesia de
Briteiros, S. Salvador

Citânia de Briteiros
41º 31' 35'' N
8º 18' 55'' W

Museu da Cultura Castreja
41º 31' 13'' N
8º 19' 31'' W

Marcação de visitas
A marcação de visitas para a Citânia de Briteiros deverá ser feita pelo o telefone 253 478 952 ou pelo email citania@msarmento.org

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