31 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Janeiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1440 — No livro 2.º da Chancelaria de D. Afonso V, a folhas 1 e 2 estão os capítulos especiais de Guimarães nas cortes de Lisboa de 1439, quitadas a 1 de Janeiro de 1440 para este ano.
1608 — Em vereação acordou-se para provimento duma provisão de S. M. apresentada pelo corregedor que os quadrilheiros fossem chamados para informar das pessoas em cada freguesia aptas para embarcar para a Índia, e havida a informação fossem logo presas todas, porque notificadas não apareceriam e fugiriam, e se dessem fiança de comparecerem ficassem soltas. Das pessoas indicadas fossem escolhidas as mais úteis para a jornada.
1808 — Abertura, ou instalação, do Asilo de Inválidos, no largo de S. Paio administrado pela Misericórdia.
1827 — "Baptizou-se na igreja da Colegiada desta vila um preto criado do cónego João Baptista Sampaio. Foram padrinhos seu amo e madrinha Nossa Senhora da Oliveira. Pôs-lhe o nome de Manuel Francisco da Senhora da Oliveira." P. L.
1840 — Tomou posse a nova Câmara deste concelho: Barão de Vila Pouca, António de Nápoles, João Barroso Pereira, João António de Oliveira Cardoso, Manuel Joaquim Areias, José Joaquim de Sá, José Joaquim Vieira, Joaquim de Meneses Cardoso. A eleição foi feita pelo povo no 1º Domingo de Dezembro, segundo o Código Administrativo. P. L.
1847 — "De tarde entraram 8 guerrilhas Miguelistas pela vila dentro, vinham das partes de Pombeiro, e tiraram todas as proclamações que estavam nas esquinas das praças e ruas da mesma, rasgando-as logo. No Campo da Feira insultaram o Tamanqueira, ameaçando-o com lhe deitar o fogo à casa. Somente estes 8 guerrilhas fizeram tudo isto sem que ninguém se embaraçasse com eles !!!" P. L.
1863 — O Chantre, presidente do Cabido. Oficia a Augusto Soromenho, respondendo ao que este lhe enviara em 30 de Dezembro de 1862, diz-lhe o Cabido "posto que se tenha socorrido ao direito de petição enquanto entendeu que podia ser atendido, não é todavia faccioso, antes timbra de respeitador das ordens superiores, e por isso se submete à execução do Decreto de 2 de Outubro de 1862", pelo que ele Soromenho podia, quando lhe conviesse, apresentar-se para tomar conta dos documentos anteriores ao século XVI que existiam no arquivo do mesmo Cabido.
1889 — Os Bombeiros Voluntários em exercício no campo de S. Francisco, experimentaram a sua nova bomba Carl Metz.
1891 — Publica-se o 1º número do bissemanário, às terças e sextas-feiras, “Vimaranense", de que era proprietário Augusto dos Santos Guimarães, sendo o seu programa burilado no seguinte período "O Vimaranense terá a sua vida autónoma, não é órgão de um partido político, mas órgão de todas as opiniões, de todos os alvitres, propugnará por tudo o que possa por qualquer forma traduzir-se em progresso material ou moral para o concelho de Guimarães." - Nota: Todas as notícias neste jornal referentes ao seminário de Guimarães são exageradíssimas porque o Santos trouxe lá alguns anos um filho internado, e por isso engraxava muito. F.
1893 — Tem esta data as bases que a direcção da associação dos Bombeiros Voluntários apresentou à Câmara Municipal, para aquela corporação se encarregar de todo o serviço de incêndio, as quais foram aprovadas em sessão plenária da Câmara de 5 deste mês e ano sendo também de 5 deste mês o parecer favorável da comissão de 3 vereadores para examinar este projecto.
1893 — Reúnem no escritório da redacção do "Comércio de Guimarães" alguns membros da imprensa Vimaranense, e resolvem reagir por todos os meios legais contra o decreto criado do monopólio da publicação dos anúncios num jornal das capitais de distrito, o qual tendia a fazer desaparecer a imprensa dos pequenos centros locais.
1896 — Saiu o 1º n.º do jornal pequenino "Czar Garrotilho", anual, político, amatório, e sobretudo financeiro. É todo em verso, quadras, e só saiu o n.º 1.
1903 — Neste dia esteve a dar-se um assassinato seguido de suicídio. Eis o caso: na rua da Senhora da Guia, na casa entre a do Cabido e a capela habitava Cândida José Pereira, a Branca, viúva do Branco, com alquilaria e estalagem, a qual desde há tempos mantinha relações ilícitas com um seu criado, Aniceto Lopes Fernandes, o Serra da Estrela, solteiro, 22 anos, ex-soldado de lanceiros, natural da freguesia de Santa Clara de Coimbra, que ainda na noite de 14 de Dezembro próximo passado consoava em companhia da Branca, indispondo-se com ela nessa ocasião. Porém, como ela não mais o consentisse em sua casa e ele fizesse novas tentativas para lá se tornar a meter, ao que ela não anuiu, e como continuasse a ser perseguida por ele, resolveu-se às 9 horas da noite de hoje a ir à casa do chefe da polícia, queixando-se a este do proceder do amante. Este, que estava na loja da casa do chefe, ouvindo a queixa, esperou-a à porta e aí disparou-lhe dois tiros de revólver atingindo apenas um osso próprio do nariz, indo a bala alojar-se na órbita direita. Ele, julgando talvez que a tinha morto, disparou outro tiro contra si próprio no ouvido direito, não chegando a bala a entrar, produzindo-lhe um pequeno ferimento apenas. Eles levaram-na para casa em estado grave e a ele para a cadeia onde ficou doente.
1923 — Saiu o n.º 1 do jornal "A Razão" semanário republicano, impresso em Fafe, director e editor o Dr. David de Oliveira.
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30 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 31 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1587 — Carta régia pedindo à câmara parecer sobre taxar geral ou especial, os preços do pão, trigo, centeio, milho e cevada.
1792 — Por despacho do Juiz de Fora foi mandado, a requerimento dos galegos negociantes de sardinha, que os almotacés não lhe levem almotaçarias na forma do Alvará de 18 de Junho de 1787, e somente poderão examinar se a fazenda está corrupta, como se pratica nas outras terras.
1841 — Morreu na cidade de Lamego, Luís Navarro de Andrade, arcediago da sé da mesma, natural desta vila. P. L.
1842 — "Morreu nesta vila a Mariana Teixeira, moradora na Rua da Fonte Nova. Em seu testamento (tido geralmente como falso, por não estar em seu juízo há muito tempo) instituiu por seu herdeiro Valentim Brandão de Sá, escrivão do Juiz de Direito, homem sem moral e com uma ambição desmarcada, sobrecarregando apenas a sua herança com uma morada de casas que deixou a José Marques seu vizinho, e com uns pequenos legados. Foi depositada e sepultada no dia 2 do mês seguinte na igreja de S. Domingos. O seu herdeiro esteve a receber visitas de pêsames, junto com o tal José Marques, e convidou para assistir ao seu funeral a pessoas de bem da terra, estando até lacaios junto à eça, e fechando o caixão o Juiz de Direito". P. L.
1845 — Tomou posse da cadeira de arcipreste da Colegiada desta vila o vigário de Nespereira, Francisco Cardoso Rodrigues de Assis, o qual era arcipreste do julgado. Era um grande estúpido e tinha sido um façanhudo miguelista. O governo proveu nesta Dignidade com duas prebendas como o antigo arcipreste, havendo projectado uma reforma na Colegiada, não tendo alguns cónegos, principalmente os meios prebendados, com que acudor às suas maiores precisões. De tal maneira procedia o Governo Constitucional em 1845!!! P. L.
1847 — "Chegou a esta vila a notícia de ter sido reintegrado governador civil do distrito de Braga o Barão de Vila Pouca". P. L.
1883 — Inauguração solene do Caminho-de-ferro de Guimarães, entre a estação da Trofa e Vizela, onde chegou às 10 horas e 14 minutos da manhã, grande entusiasmo.
1899 — Saiu o 1º número do "Echo de Guimarães", filiado no partido católico, aos domingos, religioso e social, redactor Pe. Gaspar da Costa Roriz, proprietário e editor José da Silva Carvalho.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1677 — Os frades de S. Domingos, de que era prior o padre frei Manuel Pinto, cedem à nova irmandade de Nossa Senhora do Terço, local para fazer altar à sua padroeira onde cante o terço todos os domingos e dias santos e mais actos, ao pé do arco da capela-mor, em frente do altar do Santo Tomás, onde estava S. Jacinto, com obrigação de aí venerar este santo (local onde ainda em 1910 estava), e também lhe deram o lampadário de prata e outras alfaias deste santo até que houvessem devotos que lhe fizessem altar para que passariam, podendo a irmandade mudar-se quando a qualquer das partes conviesse, e outras condições. Nota de Nicolau de Abreu.
1781 — Ana Maria Coutinho, mulher de António Ribeiro Neves, moradora ao Arco de S. Francisco, faz testamento, na nota de André de Freitas, em que deixa o seu arrebique de diamantes a Nossa Senhora da Boa Morte, dos Terceiros Franciscanos, e os seu brincos de diamantes, também de três pendentes, a Nossa Senhora da Conceição, de S. Francisco, estando in perpetuum com eles as ditas imagens, não podendo ser emprestados, sob pena de os herdeiros dela os tomarem para si, e também deixa o seu capote de matizes à mesma imagem da Conceição.
1822 — A Câmara envia uma felicitação ao Soberano Congresso.
1884 — Às 11 da manhã, quando se guindava uma pedra na obra de construção da capela do cemitério da Atouguia, aquela caiu sobre uma prancha matando instantaneamente um pedreiro que nela estava, o qual era casado e tinha filhos, morava na Pisca e quando se deu o desastre ia no caminho sua mulher levar-lhe o jantar.
1914 — Decreto "cedendo à câmara municipal, a título de arrendamento, os presbitérios de S. Cláudio do Barco e S. Faustino de Vizela, abrangendo, porém esta cedência somente a parte urbana, sem o quintal anexo, a fim de neles se estabelecerem escolas de ensino primário, mediante a renda anual de 15$000, pelo 1.º e de 20$000, pelo 2.º, que seriam entregues pela mencionada câmara à comissão central de execução da lei de 20 de Abril de 1911 por intermédio da sua delegada neste concelho, ficando a cessionária obrigada à despesa de seguro dos prédios cedidos e às suas adaptação e conservação, bem como a qualquer contribuição que neles venha a incidir. Diário do Governo 246.
1918 — Às 8 horas da noite no Toural ajuntamento de povo que em cortejo patriótico acompanhado de uma música, foi à residência do coronel Amado, ao quartel de infantaria 20, ao quartel do Proposto e terminou no Toural; durante o trajecto foi aclamando à Pátria, o Exército e a Junta Militar do Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1721 — Tem esta data o Regimento estabelecendo a forma de fazer a receita e despesa do cabedal das Décimas. Está registado na Câmara.
1825 — Chega aqui um decreto de S.M.I. o sr. D. João VI que manda lançar uma décima extraordinária a todos os Benefícios que excedessem 300$00 reéis em rendimento, compreendendo todas as corporações religiosas e comendas. PL.
1828 — À noite, repiques e luminárias pelas melhoras de S. M. o sr. D. Miguel I. PL.
1886 — A Câmara delibera dirigir-se à comissão executiva da Junta Geral do distrito pedindo que lhe mande aprovado ou não aprovado, o orçamento que ela, em obediência à lei fez e sujeitou a sua aprovação.
1888 — À noite, duas músicas percorreram as ruas, acompanhadas de algumas pessoas, festejando a conservação provisória, no convento das Capuchas, de doze senhoras que nele estavam na ocasião da extinção, até serem removidas para outra parte. Alguns correspondentes de jornais deram em telegrama, 3 mil pessoas com as músicas, girândolas de foguetes, repiques de sinos, iluminação no convento, vivas erguidos às Capuchinhas, ao Governo, aos ministros da fazenda, obras públicas e da justiça, família real, capitão Machado, centro progressista, etc.; toda a cidade rejubilava.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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27 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1617 — O Cabido delibera eleger um capitão que ordenasse a gente dos Coutos da Colegiada, que pudesse pelejar, que eram os de: S. Torcato, Moreira de Cónegos, Codeçoso e Moreira de Rei, para que possa acudir à defensão desta pátria, quando os mouros, turcos e outros infiéis pretenderem nela entrar, ou nas terras vizinhas, e que o mesmo que for eleito será capitão dos caseiros do D. Prior e dele cabido que eram privilegiados para não irem a guerras, e porque se esperava a entrada dos infiéis em Vila do Conde, Azurara, Matosinhos e outros portos elegeram. Braz de Meira Peixoto, morador nesta vila, capitão dos ditos coutos, que logo aceitou e jurou.
1710 — O mestre de campo Rodrigo de Sousa da Silva apresentou à Câmara a ordem do governador das armas da província de 20 deste mês que o encarregava de alistar soldados pagos no seu terço.
1722 — Francisco Borges Peixoto, da casa de Laços faz testamento e nele institui um vínculo com obrigação de uma missa em todos os dias santificados por sua alma e pela de seus pais, irmãos e irmãs, na sua capela de S. Paulo e nela queria ser sepultado na sepultura onde estava seu pai.
1736 — O Cabido tomou 900$00 réis a juro à Misericórdia, hipotecando-lhe a prebenda da Fábrica, para ajuda de pagar o paramento branco bordado a ouro, que tinha mandado vir de Lisboa e agora se guarda no museu.
1820 — Em sessão da Junta Eleitoral da Província do Minho, reunida nos paços do concelho do Porto, saiu eleito por 61 votos, para 17.º deputado às cortes o desembargador Luís António Branco Bernardes de Carvalho, presidente da mesma Junta, e também saiu eleito deputado às cortes, no 1.º escrutínio o dr. João Baptista Felgueiras, corregedor da comarca de Guimarães. Ambos eram vimaranenses.
1840 — Por Decreto desta data a Câmara de Guimarães ficou composta dos julgados de Guimarães e Fafe e a pertencer ao distrito judicial da Relação do Porto.
1858 — Portaria do arcebispo ordenando ao arcipreste do eclesiástico de Guimarães, que fazendo comparecer na sua presença o comissário e o vigário da Ordem Terceira de S. Francisco e os capelães das capelas existentes em cada uma das freguesias da cidade, à excepção da Misericórdia, e os intime para que de ora em diante se abstenham de encomendar e acompanhar os defuntos, celebrar seus funerais e ofícios de sepultura, sem que os párocos próprios, ou seus delegados, assista, presida e oficie, querendo, em todos estes actos, propriamente paroquiais, devendo nos acompanhamentos erigir-se sempre a cruz paroquial, e a mesma se entendesse em todas as mais solenidades e procissões que tivessem lugar dentro dos limites de cada paróquia. O arcipreste enviou cópia da portaria ao Padre Comissário da Ordem Terceira em 20-7-1859 para ficar ciente; a qual portaria impunha suspensão aos desobedientes, e foi promovida pelo pároco de S. Sebastião.
1886 — A Câmara delibera representar ao governo, pedindo que se fizesse quanto antes a destrinça da divida distrital, para saber quanto devia à sua parte.
1888 — Portaria conservando as seculares no convento das Capuchas depois da morte da última Freira.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
26 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1587 — Cosme do Canto e António Nogueira do Canto contratam, na nota de Cristóvão de Azevedo, com Diogo de Carvalhães, da cidade de Braga, para lhes mandar vir de Roma uma nova provisão de renúncia, que o dito António fazia em favor de João Nogueira do Canto, filho dele Cosme, da dignidade de tesoureiro-mor da colegiada, com sua conesia, prebenda e anexas, com reserva de 60$00 réis, e da pensão em favor de Francisco Nogueira filho do mesmo Cosme (António Nogueira do Canto, cónego tesoureiro-mor).
1825 — O Provedor envia ao Juiz de fora, por cópia, a Provisão do Tribunal da Mesa da Consciência e Ordens, de 14 de Novembro de 1825, que lhe foi dirigida com um edital, autorizando a dita Mesa por resolução régia de 16 de Maio de 1825 para que pelo seu expediente possa emprazar os Ministros da corte e províncias que forem negligentes no cumprimento das ordens que lhe dirigir a fim de que lhe venham dar a razão de tal procedimento e a Mesa estranhá-lo, ou fazê-lo presente a S. Majestade segundo os motivos que alegarem.
1832 — A justiça da Correição da vila anda pelas lojas de ferragem da mesma a embargar aço e latão, e, pelas casas dos carpinteiros, a embargar taboado, a requisição do arsenal, tudo para o mesmo arsenal e exército do sr. D. Miguel. P.L.
1849 — Decreto regulamentando a reforma das colegiadas, conforme a lei de 16 de Junho de 1848. -
1870 — Carta de lei, sendo ministro Carlos Bento da Silva, publicada no Diário do Governo n.º 9, de 12-1-1871, mandado cumprir o decreto das cortes gerais de 24-XII-1870, que renova a concessão feita à câmara de Guimarães por decreto de 25-IV-1842, do convento de S. Domingos e parte da cerca, aprovando a aplicação que a mesma câmara deu à indicada parte da cerca.
1885 — Domingo - Parte para o Porto a comissão da colónia vimaranense, aí residente, sendo acompanhada até à estação de Vila Flor pela Comissão de Vigilância e muito povo, havendo à partida do comboio calorosos vivas, à comissão, às cidades do Porto e Guimarães, à Câmara de Guimarães e à união do concelho de Guimarães ao Porto. Alguns cavalheiros acompanharam a comissão até Vizela.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1620 — Falece, com fama de Santidade, no convento de Santa Clara, a soror Paula de Andrade, natural de Lisboa.
1640 — Carta de El-rei D. João IV ordenando à Câmara eleja 2 procuradores às cortes que em Lisboa se haviam de abrir a 20 do próximo mês de Janeiro.
1830 — Principia a reunir o batalhão de milícias desta vila para aprender o exercício. Os oficiais foram aboletados pelas casas particulares, e os soldados pelos conventos, tendo o Cabido e Fábrica 100. P. L.
1830 — Morre em Braga o vigário capitular, o Moura, que havia sido abade de S. Miguel das Aves.
1830 — Chega a notícia oficial da morte de Pio VIII. Fazem-se os sinais na Colegiada e mais algumas torres da vila. P. L.
1840 — Na madrugada houveram nesta vila prisões para soldado para se preencher o exército. P. L.
1846 — "De madrugada estava a força miguelista, comandada pelo general MacDonel, e estacionada nesta vila, para retirar, em consequência de se desconfiar que o Barão do Casal a vinha atacar. Bagagens e tudo estava pronto para a retirada, porém sabendo-se depois, que não tinha saído tropa de Braga, mandou-se sustar a retirada. Neste dia continuavam a apresentar-se homens armados e muitos oficiais, tanto dos amnistiados de Évora Monte, antigos voluntários realistas, assim como outros feitos à pressa. O numero dos oficiais era tão grande que só o aboletamento se fazia muito pesado à vila". P.L. - O dr. José de Freitas, acrescentou: "Em a noite deste dia 26 é que se deu o caso que Pinho Leal conta a pag. 285 e 286, nota, 8º vol. pois que na manhã seguinte é que o MacDonel retirou de Guimarães para Amarante, obrigado pelo desengano que o mesmo Pinho Leal lhe dera com a partida que lhe fez. Não foi pois na véspera que o Casal entrou em Guimarães como o mesmo Pinho Leal diz. O Casal entrou em Guimarães no dia 30 e, se a tal partida fosse neste dia, segue-se que seria nessa madrugada ou na noite de 29 para 30 que o MacDonel retirara para Amarante, mas este, repito, retirou para Amarante na madrugada do dia 27 e tornou a Guimarães".
1863 — - Sábado - O Bispo resignatário de Angola, D. Joaquim, que estava com alguns padres missionando e crismando na freguesia de S. Jorge de Selho, chega pelas 11 da manhã a esta cidade e logo se dirige à igreja de S. Francisco, onde a mesa da Ordem o recebeu debaixo de pálio, e ele aí administrou o Crisma, talvez a 500 pessoas. Voltou no dia 29, como tinha prometido, a crismar nos conventos das freiras, principiando nas Capuchas, Claras, Dominicas, terminando no Anjo.
1870 — Principio do primeiro bazar de prendas em benefício de Nossa Senhora da Penha.
1877 — No salão do teatro de D. Afonso Henriques, a convite dos vimaranenses José Luís Ferreira, António José Silva Basto, Joaquim José de Azevedo Machado, João Dias de Castro, António Cândido Augusto Martins e João Pinto de Queirós, que haviam-se constituído em comissão patriótica, que fizeram convite a alguns cavalheiros para tratar dos preparativos a fim de representar para que a concessão à companhia do caminho de ferro da Póvoa a Chaves fosse para seguir por Famalicão, Guimarães, Fafe, Arco e Vidago, contra o que os bragueses trabalhavam, querendo estes fosse por Braga, Lanhoso, Vieira, Salamonde a Chaves: reúne-se grande multidão de indivíduos de todas as classes, que quando do pequeno convite tiveram conhecimento não puderam resistir sem comparecer. Foi nomeada uma comissão para representar.
1877 — Em sessão da Câmara, o presidente expôs que: como era sabido, os habitantes da cidade de Braga representaram ao Governo para que, à Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, não seja concedida a autorização que ela pede para prolongar a linha até Guimarães e daqui a Chaves; propondo que a Câmara represente em sentido contrário, isto é, que seja dada a pedida autorização, e que se convidem as demais Câmaras interessadas a representar no mesmo sentido. Foi unânime aprovado.
1885 — Chega a esta cidade grande número de vimaranenses residentes no Porto, sendo esperados pela Câmara, representantes das corporações civis e bastante povo na estação de Lordelo, e por as corporações e compacta massa de povo na estação de Guimarães, os quais trazem uma mensagem da colónia vimaranense no Porto, assinada por 194 colonos, que a câmara recebeu em soleníssima sessão, estando os vereadores com as bandas aos ombros e tendo às janelas o pavilhão vimaranense. O entusiasmo deste dia foi delirante. O Conde de Margaride ofereceu o jantar à comissão do Porto no hotel de Guimarães, no hotel de Guimarães, às 4 1/2 da tarde 40 talheres, muitíssimos e entusiásticos brindes.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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24 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1526 — Na relação eclesiástica de Braga é dada sentença pelo dr. Rui Gomes, vigário geral do arcebispo D. Diogo de Sousa, julgando termo feito em 1 deste mês pelo bacharel Tristão Fernandes, desta vila, de que foram testemunhas o cónego Gaspar Lopes, o bacharel da gramática (?) e outro, que confessa o libelo do feito que o cabido lhe moveu sobre a metade das oblações esmolas e ofertas da ermida de S. Sebastião, situada na freguesia de S. Paio de Guimarães de que o dito cabido era padroeiro, edificada à custa de esmolas (a ermida) havia cerca de 6 anos e que o dito Tristão se intrometera a receber, a qual metade poderia valer 2$000 rs. cada ano.
1632 — Alvará do duque de Hijar, passado em Madrid, porque, vendo que seu falecido pai mandava dar anualmente do rendimento do reguengo de Guimarães 500 reales, ou 20$000 réis, à Misericórdia de Guimarães, manda a Jerónimo Salgado de Faria que, desde este dia em diante, em quanto ele e o marquês D. Jaime seu filho não ordenarem o contrário, dê das rendas do dito reguengo, em cada um ano, 300 reales, que são 12$000 réis da moeda do Reino de Portugal, à dita Misericórdia e iguais quantias aos conventos de S. Domingos e S. Francisco de Guimarães.
1633 — A Câmara Municipal convida a gente nobre da governança a reunir-se nos paços do concelho e faz-lhe saber que El-rei mandara, 2.ª vez, dessem procuração para as cortes que ora se iam reunir; a qual ordem lhe fora comunicada com admoestações, pelo corregedor e provedor; ao qual responderam os vereadores - Já tinham assentado e respondido a El-rei; - logo os dois misteres da mesa, Domingos Antunes e Gonçalo Gonçalves, protestaram que não consentiam na procuração, por ser contra o bem comum e privilégios da vila, o que foi acordado por todos, pois pela ordem régia a procuração havia de ser dada a uma das cidades da representação, então no 1.º banco, mas estavam prontos, na forma antiga, a mandar procuradores à custa do concelho.
1733 — O doutor António de Eça de Castro, formado em cânones pela Universidade de Coimbra, fidalgo capelão de S. Majestade, comissário do Santo Ofício, natural da casa do Arco da Rua de Santa Maria desta vila de Guimarães, filho de Manuel Ferreira de Eça, da mesma, e de D. Francisca Benta de Távora, de Lisboa, toma posse do arcediago de Vila Cova, dignidade do Cabido da Real Colegiada, em que, por insinuação régia, pelo mesmo Cabido e D. Prior fora provido, sendo clérigo in minoribus, de que foi o 14.º possuidor.
1843 — Às 4 horas da manhã faleceu o cónego prebendado José de Abreu Cardoso Teixeira, clérigo de prima tonsura, desta vila, da rua dos Mercadores, cavaleiro professo das Ordens de Cristo e Conceição, tinha 55 anos. Por disposição testamentária esteve a seu cadáver em casa no dia 26, e junto à noite foi acompanhado pelo Cabido, Ordem 3.ª Franciscana e mais algumas irmandades para o Campo Santo e aí foi dado à sepultura. P. L.
1867 — - Festas do Nascimento - De madrugada e de tarde, na capela de S. Domingos. Nos Capuchos: de manhã missa cantada e sermão, tendo havido antes disso o oferecimento de prendas ao Menino, feito por grande número de crianças, que tinham saído incorporadas, da igreja de Dâmaso, acompanhadas pela música de Lucino, cantando louvores ao nascimento de Jesus; de tarde, em frente da igreja, houve leilão das prendas oferecidas. No dia seguinte houve igual festa na capela de S. Crispim.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1679 — À uma hora da madrugada faleceu Jerónimo Pinheiro da Silva, natural desta vila, filho legítimo de João Pinheiro, natural de S. João de Ponte, e de Catarina Ferreira, neto paterno de Marcos Gonçalves e de Isabel Gonçalves, e materno de João Fernandes e de Ana Ferreira, bisneto materno de Bartolomeu Fernandes e de Maria Fernandes. Foi o 9.º possuidor da dignidade de cónego arcipreste de Guimarães, tendo sido provido coadjutor de António Meira Peixoto, de que tomou posse a 12 de Novembro de 1674 e principiou a vencer em 20 de Maio de 1676, dois depois da morte do seu coadjuvado em que não residiu, sucedeu-lhe na dignidade o cónego Pedro Vieira da Maia.
1776 — O Cardeal da Cunha sentenceia a Bula de Pio VI, de 20 de Junho de 1775, que concedeu um subsídio de 100 mil cruzados, anual, tirado dos benefícios eclesiásticos de todo o Portugal, para sustento dos jesuítas expulsos; os benefícios da nossa Colegiada foram lotados em 13:169$341 réis, e ficou obrigada a contribuir anualmente com 1:068$026 réis, em 2 pagamentos iguais, pelo S. João e Natal, desde 1 de Janeiro em diante.
1820 — Reúnem nos paços do concelho da cidade do Porto os eleitores das comarcas da província do Minho, para a formação dos deputados às cortes, os quais elegem para a presidência da sua junta o vimaranense e desembargador dr. Luís António Branco Bernardes de Carvalho, eleitor da comarca de Guimarães. Os eleitores da comarca de Guimarães que apresentaram as suas cartas de nomeação, foram: o já mencionado desembargador, dr. Manuel de Freitas Costa; dr. João António de Castro Sampaio; dr. Rodrigo de Sousa Machado; abade de Travassós; dr. José Gonçalves da Silva; abade de Santa Maria dos Anjos; Bernardo Teixeira Falcão de Andrade; capitão-mor de Celorico de Basto; Joaquim da Costa Teixeira Ribeiro; dr. Francisco Barroso Pereira; dr. Inácio Ferreira Alves Costa; João Machado de Melo Pinheiro Figueira; dr. Francisco Xavier Leite Pereira Lobo; padre António dos Santos Leal, abade de Quinchães; padre Manuel José Mendes Vilaça, abade de Santa Maria de Moure, Tomé Luís Felgueiras, cónego tesoureiro-mor de Guimarães e Domingos Cardoso de Macedo, capitão-mor de Guimarães.
1828 — José António de Oliveira Leite de Barros (o célebre Conde de Basto), do conselho de Estado, ministro secretário de estado dos negócios do reino, encarregado da secretaria de estado dos negócios da marinha e ultramar, e da secretaria da sereníssima casa e estado do infantado, comendador das comendas de S. Nicolau dos Vales, da Ordem de Cristo e da de Torre e Espada, alcaide-mor do castelo de Guimarães, senhor donatário do concelho de Roças, padroeiro do hospício dos Capuchinhos em Bastos, condecorado com as medalhas de Vila Franca, da restauração e guerra peninsular, etc, (safa!, etc.) passa procuração, estando em Lisboa, a Bernardo Correia de Morais e Castro (depois 1º Conde de Azenha), para receber na igreja por sua mulher a D. Catarina Correia Leite de Morais Almada Machado, irmã do dito procurador e filha dos 1os. Viscondes de Azenha. Devia ser um casamento engraçado. Ele tinha licença régia para este casamento, e em 31 de Outubro de 1831 o vigário capitular de Braga concedeu licença para qualquer sacerdote os receber no oratório particular. F.
1841 — Morreu na cidade de Lamego Luís Navarro de Andrade, arcediago da Sé da mesma e natural desta vila. P. L.
1901 — Alvará aprovando os estatutos da nova associação de classe dos Empregados de Comércio.
1904 — Às 11 horas da manhã, na administração do concelho, realizou-se o casamento civil (o 1º nesta cidade) de Matias dos Santos Guimarães, solteiro, pintor, de 20 anos, desta cidade e concelho, filho do pintor José Matias dos Santos (que há pouco tempo abraçara o protestantismo), também desta cidade, com Maria de Nazaré Savedra, solteira, serviçal, de 19 anos, natural de Penajoia do concelho de Lamego. Resultado: ela, passado pouco tempo, foi infiel ao marido, ele retirou-se para fora de Guimarães, e ela aqui ficou amancebada com um homem casado.
1915 — Por causa dos acontecimentos do Pevidém, declara-se, em Guimarães, a greve geral. - "O Século" - Vide. 23-XI e 13-XII-1915.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1452 — Sentença de El-rei D. Afonso V, dada em Santarém, não excluindo dos serviços das fontes e outros encargos do concelho os lavradores reguengueiros. Foi porque os da freguesia de Travassós não queriam ajudar a correger um cano de água da vila. Pergº nº 57 da C. M.
1717 — Falece em Coimbra e jaz na sé da mesma o seu Bispo D. António de Vasconcelos e Sousa, que havia sido D. Prior de Guimarães e Bispo de Lamego. Era filho 4.º de João Rodrigues de Vasconcelos de Sousa, 2.º conde de Castel Melhor, e de sua mulher D. Mariana de Lencastre. Além das três dignidades mencionadas, foi Deão da sé de Lisboa, deputado do Sqnto Ofício nas Inquisições de Lisboa e Coimbra com exercício e sumilher da cortina de el-Rei D. Pedro II.
1807 — Aviso da secretaria dos negócios do reino, ao corregedor, para que, de ordem do general do exército espanhol, obedeça ao dito general, a cuja disposição ficavam não só os armazéns de fornecimento do exército que existissem na comarca, mas também as percepções das sisas, décimas e mais direitos dela desde 1 do corrente mês, as quais deveriam ser remetidas com brevidade à caixa militar do exército espanhol na cidade do Porto.
1846 — " Entrou nesta vila o brigadeiro miguelista Miguel Leite, com alguns voluntários de el-Rei, o qual vinha das partes da Senhora do Porto. Também vinha outra força realista que vinha de Margaride. À noite entrou outra força que vinha da Senhora do Porto. Toda esta força era da que tinha fugido de Braga no dia 20, e vinha com ela o general Macdonel. Foi toda aboletada, e seriam 600 homens, sendo alguns 100 oficiais. O general Macdonel foi para o Arco. Também chegou o loco-tenente do snr. D. Miguel (ex-lente de Coimbra, o bandido) o qual foi abotelado para casa dos Brancos e mais outro figuro. O Figuro era o Conde de Almada, homem inteiramente inerte". P. L.
1894 — Às 11 horas da manhã, vindo de Lisboa, chegou com esposa e filhos, passar o Natal com o sogro, o ministro das obras públicas, conselheiro Artur Alberto de Campos Henriques, retirou no dia 26 às 3 da tarde.
1897 — Decreto nomeando 2.º lente substituto da faculdade de filosofia, da Universidade de Coimbra o nosso Doutor Álvaro José da Silva Basto, de que tomou posse por procuração a 29 deste mês e ano.
1918 — Por ordem da Junta Militar do Porto seguiram para lá 210 praças de infantaria 20 devidamente armadas e municiadas, na estação de Vila Flor multidão deu vivas à Pátria, ao Exército e à Junta Militar do Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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21 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1492 — O Cabido toma posse de uma conesia prebendada que vagara por ter falecido o tesoureiro-mor Afonso Peres de Freitas, na noite de ontem para hoje, a qual conesia ele usufruía além do tesourado; em virtude do Papa, a pedido de El-rei, ter suprimido seis conesias prebendadas que primeiro vagassem.
1497 — O tabelião João do Porto confere ao Cabido a posse da conesia prebendada que vagara por óbito do cónego Gonçalo Leitão pelo mesmo motivo acima.
1665 — Ordem do conde D. Francisco, sobre a conservação dos privilégios da Misericórdia.
1838 — Em Cortes, na sessão da câmara dos Deputados, a comissão de exame da eleição dos círculos eleitorais, apresentou o seguinte: = 3º Círculo - Guimarães - Dá 5 deputados = Actas parciais 25, destas não contam o número de votantes as de S. Cláudio, S. Lourenço, S. Martinho de Sande, Serafão e S. Torcato: a comissão houve número de votos deste círculo das actas e listas dos votantes respectivos, extraindo o computo total de 4:054. À comissão foram presentes documentos por onde consta, que na vila de Guimarães no dia 26 de Agosto próximo, por ocasião da reunião dos portadores das actas parciais para apuramento dos votos, houvera um movimento tumultuoso, de que resultou serem arrebatadas as mesmas actas, e depois queimadas. O governo em portaria de 7 de Setembro mandou proceder a nova eleição. Foram igualmente presentes à comissão protestos da câmara de Serafão, da Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto negaram-se a proceder a segunda eleição, querendo que fosse válida a primeira. A mesa de S. João de Rei chegoou a convocar-se para proceder a segunda eleição, a qual não pôde efectuar-se, e a câmara respectiva anunciou que reconhecia por válida a primeira, cujos autógrafos declarou existirem no seu arquivo. Apareceu mais uma certidão da acta geral, passada a requerimento de José Costa Sousa Pinto Basto, pelo secretário da mesa do apuramento, de onde se vê que José Gregório Lopes da Câmara Sinval obtivera naquele círculo 3002 votos para deputado. Desta votação não há vestígio algum na acta apresentada à comissão; mas tendo esta examinado as actas parciais para verificar o número de votos do círculo, achou que realmente o mesmo José Gregório Lopes da Câmara Sinval fora votado com o mencionado número de votos. Viu igualmente a comissão um requerimento do conde da Taipa, pedindo ser admitido a disputar a preferência da sua eleição neste círculo com outros candidatos. Pareceu desnecessário deferir a este requerimento. Inserto na acta geral vem um protesto contra a nulidade da eleição das assembleias compreendidas no concelho de Fafe por falta de remessa de listas de votados no prazo da lei; o presidente da câmara declarou que só as tinha recebido no dia do apuramento geral. A comissão aprovou esta eleição e proclamou deputados por este círculo José Fortunato Ferreira de Castro, António Fernandes Coelho e Manuel Justino Marques Murta; reservando-se para depois de constituída a Câmara indicar em novo parecer quais os substitutos que têm a ser chamados.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
20 dezembro, 2007
Tesouros Sarmentinos: (688) D. José, Príncipe do Brasil
Efemérides vimaranenses: 21 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1814 — Em sessão foi tomado juramento a José Gomes de Oliveira e a António José Mendes da Cunha, de S. Pedro de Freitas, para sangradores, por apresentarem cartas de cirurgião mor do reino; posto a lanços a carne de boi para ser cortada nos açougues públicos da vila até à Páscoa: o menos lanço foi de 100 réis o arrátel, sendo até o dito dia, a 295 réis sendo até 24 de Junho. Ficou para ser arrematada 2ª vez em 23 à tarde.
1828 — Ao meio-dia repiques em todas as torres da vila, e foguetes do ar porque chegou a notícia de ter o sr. D. Pedro Imperador do Brasil ordenado que continuasse o comércio com estes reinos como até ali se praticava. À noite houve iluminação geral e andou a efígie de S. M. o sr. D. Miguel I pelas principais ruas da vila acompanhada pela maior parte da nobreza da vila e por muito povo que não cessava de dar vivas e uma banda de música a tocar o hino realista. P. L.
1840 — Morreu a boticária de Trás o Tanque do Toural. Foi depositada e sepultada no dia seguinte na igreja de S. Pedro. Deixou por seu herdeiro o Matias boticário, e da sua grande herança deixou dez mil cruzados para vários legados. P. L.
1843 — A Câmara representa à Rainha, pedindo a conservação da Carta Constitucional e de todas as excelências e prerrogativas da Coroa que á mesma Câmara lhe concede. F.
1846 — "Deu um voluntário de el-Rei 1 tiro tiro em um mudo da Estrada Nova, no sítio do Castanheiro, do qual morreu logo. O voluntário ia retirando e o assassinado era seu vizinho". P. L.
1869 — Às 4 e meia horas da tarde faleceu o 2º visconde e 1º conde da Azenha, Bernardo Correia Leite de Morais Almada e Castro, tendo-lhe sido há dias amputada uma perna. Vid. Diccion. Histor. "Portugal", vol. 1, pág. 919. - No testamento feito e aprovado em 21 de Março de 1868, nomeou a casa toda em seu filho Inácio, conde de Azenha, com obrigação de dar 3 contos de réis a cada uma das filhas, D. Maria da Assunção, D. Ana e D. Maria da Graça, e se ele não quisesse a casa seria para uma das filhas pela ordem que estão; a Gaspar António Lobo a mesada que já era de 14$400 rs. elevada a 19$200 e casa para viver desde que quisesse ser administrador de sua casa; a D. Carlota Carolina Correia, recolhida nas Ursulinas de Braga, 90$000rs. anuais; ao seu familiar António Joaquim Peixoto da Costa 72$000 rs. anuais; ao criado Silva 19$200, ao criado Jaime 14$400 e aos mais criados 4$800 por uma só vez; foi escrito pelo Boticário Manuel José de Passos Lima, aprovado pelo escrivão ajudante Inácio José Leite Guimarães, testemunhas: Pedro de Sousa Guedes Aguiar, escrivão João de Freitas Costa Brandão, cónegos Domingos da Conceição Carvalho e Silva, Manuel José Leite e cónego mestre escola Joaquim de Sousa Guedes Aguiar.
1881 — A Direcção Asilo de Sta. Estefânia resolveu, por proposta do Conde de Margaride, seu presidente, que o número dos alunos internos, incluindo os asilados, ficasse fixado em 60 de cada sexo, conservando os mais que então existissem, e que fossem elevadas a 600 réis as mensalidades dos externos que até ali eram de 500 réis.
1883 — Portaria do ministro aprovando o contrato datado de 3 deste mês, celebrado entre a direcção de exploração dos caminhos de ferro do Minho e Douro e a companhia do caminho de ferro de Guimarães, para a execução do serviço comum e combinado da exploração dos dois caminhos de ferro.
1883 — Idem idem autorizando a abertura à circulação pública do caminho de ferro de Guimarães, logo que fosse terminado o prazo de 8 dias indicado no art.º 42 do regulamento a que se referia o decreto de 11 de Abril de 1868, por ter sido presente o auto de exame e vistoria, datado de 17 de Setembro último, ao dito caminho de ferro, apresentado pela comissão que foi encarregada daquele serviço pela portaria do mesmo mês e o ofício datado de 15 do corrente, do director da exploração dos caminhos de ferro do Minho e Douro, informando sobre a parte da referida via férrea encravada no caminho de ferro do Minho.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1392 — 2ª feira - João Garcia, pedreiro, mestre da obra da igreja de Santa Maria, estando na crasta da mesma igreja, recebeu de Estêvão Gonçalves, morador na rua da Ferraria, procurador do concelho no ano de1390 em que servira, 800 libras da moeda que então corria de 10 soldos o real, que no dito tempo ainda havia de haver no concelho por razão do chafariz que no dito ano e tempo fez ao concelho, por avença feita com o mesmo. Foram antes testemunhas do pagamento: Joane Anes, Luís Domingues e Afonso Esteves, pedreiros da dita obra. - Pergaminho nº 38 da Câmara Municipal.-
1490 — Carta de El-rei D. João II nomeando carpinteiro dos paços reais de Guimarães a Afonso Antunes, da mesma vila, cargo que nele renunciara seu sobrinho João Dias; ficando ele Afonso Antunes a receber de ordenado ou mantimento 30 alqueires de centeio, 30 de milho e 30 almudes de vinho.
1571 — Ordem do provedor de Viana, mandando que a Câmara de Guimarães finte na vila e termo 400$000 réis que lhe cumprira pagar para a obra da ponte de Canaveses, que custara 1:500$000 réis, de que tocou a esta comarca pagar 400$000 réis.
1588 — Provisão, mandando ao provedor da comarca informar sobre o requerimento do provedor e irmãos da Misericórdia pedindo a pedra de uma tapagem que estava dentro dos muros da vila, no rocio da banda de dentro da porta da Garrida, que por já ser desnecessária, o povo derribara um pedaço, de que se fizera uma porção de calçada para tornar a usar das serventias que de antes que ela fosse feita se servia; pedindo a que restava e chegava para maior parte da igreja e Casa da Misericórdia, que andavam construindo no meio da rua da Sapateira que era a principal de Guimarães. O corregedor inquiriu 3 pessoas, em 4 de Março seguinte, sobre o conteúdo na petição as provisão, as quais foram favoráveis à petição. A provisão está passada nas costas do regimento, que tem o despacho: "Não podem ser providos vista a informação".
1608 — A Câmara tendo convidado o Cabido e os frades de S. Domingos para no dia 21 acompanharem a procissão do voto, que ela fizera pelo levantamento da bandeira de saúde, e porque aqueles, cabido e frades, se escusaram e não quiseram, acordou que a dita procissão fizesse no referido dia 21 à tarde, com os frades de S. Francisco e que saia da igreja dos mesmos.
1741 — Resolução régia, tomada neste dia em consulta do Desembargo do Paço, impondo silêncio à discórdia antiga entre a Ordem Terceira de S. Francisco, sobre a formalidade dos enterros, deixando o direito salvo para a causa das precedências, dando forma porque a Misericórdia havia de assistir aos enterros dos Terceiros.
1826 — A Câmara manda por luminárias em sinal de regozijo pelos esponsais da sra. D. Maria II com o sr. D. Miguel infante de Portugal. P. L.
1846 — "Tocou muito a rebate nas freguesias de Joane, Brito, Airão, etc., em consequência dos Voluntários de el-Rei de Braga (sic), na força de 100 homens, terem ido à freguesia de Joane e terem roubado (o roubo foi de um conto de réis ou mais) umas senhoras, irmãs do antigo reitor de Joane e tias dos Agras. De tarde entraram na vila 8 ou 10 dos ladrões presos e acompanhados por lavradores com foices. Alguns ainda vinham com fitas vermelhas e divisas de sargentos, cabos, etc. O tenente-coronel dos voluntários de el-Rei desta vila o Padre José da Laje, tinha marchado com força desta vila, por causa deste acontecimento, e recolheu à noite". P. L.
1906 — Carta de lei relevando o Governo da responsabilidade em que incorreu pela publicação do decreto com força de lei de 2 de Maio de 1904 e celebração com contrato de concessão das linhas de Braga a Guimarães, Braga a Monção e Viana do Castelo à Ponte da Barca; e aprovando na parte em que dependia da sanção legislativa as prescrições do contrato provisório, celebrado entre o Governo e o concessionário das linhas do Vale do Vouga, Viseu e Espinho e um ramal para Aveiro.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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18 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1679 — A Misericórdia recebeu 80$000 réis pelo aluguer do seu edifício em que funcionou a casa da câmara e casa das audiências, vencidas desde 3 de Novembro de 1674 até ao mês de Novembro último.
1756 — Em sessão de mesa da real irmandade de Nossa Senhora da Oliveira, propondo o tesoureiro Domingos Gonçalves o Leiras que estava notificado por ordem do dr. Corregedor da comarca para fazer escritura de 950$253 réis que se achavam em ser, por ordem vinda do chanceler e governador das justiças do Porto ao dito ministro, para se dar a dita quantia a Francisco de Sousa Cirne Madureira da mesma cidade, a fim de entrar na Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, na forma das reais ordens: a mesa e irmandade ordenaram se desse a tal quantia e dela se fizesse escritura na forma das referidas reais ordens.
1807 — Na feira deste dia vendeu-se o milhão a 480 réis, a maior parte, e o centeio a 800 réis, sendo passada na câmara certidão destes preços, a fim de se regular o valor do pão embargado para o assento da tropa que ontem, 18, entrara nesta vila.
1807 — Aviso régio ao D. Prior, mandando suspender a remessa das pratas da Colegiada para os depositados determinados conforme os avisos régios de 19 e 31 de Outubro deste ano e menos dos ditos depósitos para a casa da moeda.
1826 — O juiz de fora, servindo de corregedor, manda ao juiz vereador o edital da Intendência de Lisboa de 12 deste mês e ano, para que o faça cumprir, proibindo reuniões e discussões de partidos.
1834 — Nasce o bacharel Clemente José de Melo, que publicou algumas obras e sermões.
1840 — Decreto nomeando coronel do batalhão nacional de caçadores de Guimarães o Barão de Vila Pouca e por Portaria de 21 deste mês e ano e mandado que em conformidade com o disposto no decreto de 13 deste mesmo mês e ano se proceda sem perda de tempo à organização de um batalhão nacional de caçadores em Guimarães, com o mesmo uniforme de caçadores de linha, com diferença de ter os extremos da gola, carcela e vistas de pano amarelo.
1875 — - Domingo - Os negociantes de ourivesaria reabrem as suas lojas, que desde 1 de Agosto deste ano fechavam nos dias santificados. - Vid. 20 de Julho de 1875.
1889 — Na igreja de Nossa Senhora da Oliveira, de manhã, estiveram depositados 3 defuntos: "Bento, o Tonto", matador de suínos, morador em Roma; a mãe de José Paulo, pintor trolha, do Serralho; e "António do Plácido", viúva do José do Plácido, taberneira no Campo da Feira.
1892 — A Câmara municipal representa contra a reforma do ministério das obras públicas na parte em que transfere para este ministério a superintendência, direcção e administração das obras e melhoramentos materiais dos municípios.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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17 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1726 — Provisão confirmando a eleição de alcaide pequeno, feita por 3 anos, em José Dias de Oliveira Paiva, e dando-lhe licença para servir tal cargo (por ser contra lei) por seu pai ser escrivão do juízo geral, não devendo concorrer juntos em acto algum judicial. Tomou posse a 29 de Janeiro de 1727. Obteve outra provisão por mais 3 anos, em 4 de Março de 1729.
1804 — Carta nomeando Conservador do tabaco e saboarias da comarca, com o ordenado anual de 30$000 réis, principiando a servir quando acabasse de servir o actual conservador Domingos Manuel Marques Soares, provedor, ao bacharel António Manuel Borges da Silva, corregedor desta comarca por 3 anos.
1827 — Domingo - Às 11 horas do dia, os Bombeiros Voluntários tiraram do poço o assassinado Luís Ribeiro Pousada.
1832 — Em vereação, a pedido do corregedor, foi nomeado José Francisco de Araújo e Silva, dos Laranjais, depositário das pratas pedidas a diversas pessoas para servir na aposentadoria de El-rei o sr. D. Miguel quando venha a esta vila.
1842 — Chegou a esta vila uma portaria, a qual mandava entregar a administração do correio a Miguel Fernandes da Silva Vilela, a qual tinha sido dada na Revolução de Setembro a José Lopes Vieira de Castro, irmão do ex-ministro de estado António Lopes Vieira de Castro já defunto. Administração do correio tinha sido tirada ao Vilela e foi-lhe agora restituída pelo ministro de estado dos negócios estrangeiros. Também chegou a nomeação de Tabelião de Notas da comarca e cabido ao antigo escrivão do mesmo Cabido, Francisco José da Silva Basto. P.L.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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16 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 17 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1463 — O Arcebispo D. Fernando da Guerra faz anexação da igreja de S. Tomé de Caldelas, vaga pela renúncia do Abade Gonçalo de Carvalhais, às mesas prioral e capitular de Guimarães, com obrigação de haver nela um capelão, que a administre no espiritual, e um caseiro que more e fumegue as casas dele e lavre as suas terras. Esta igreja já antes, era da apresentação do Prior e Cabido.
1732 — A Câmara resolveu recorrer a El-rei para ele declarar quem devia ler em vereação as petições para despachar, se o juiz de fora, ou quem.
1734 — Carta régia noticiando à Câmara o nascimento de uma neta, filha do Príncipe, e mandando fazer manifestações de júbilo.
1791 — Houve quem quisesse aforar terrenos no Toural para edificar casas encostadas ao muro, e requerendo ao Provedor, este indeferiu. Novamente requereram ao juiz de fora, na vaga do Provedor, servindo ele este cargo, e este o concedeu. A Câmara, que foi mandada ouvir e respondeu neste dia 17 de Dezembro de 1791 sustentando o que alegara em representação.
1856 — A Câmara nomeou Médico do partido, com 200$000 réis anuais, o bacharel António Alves Rebelo.
1880 — Às 3 horas da chega uma força de sessenta praças de infantaria 18 para reforçar o destacamento do mesmo corpo que aqui estava fazendo a guarnição da cidade. Dizia-se que era medida preventiva do Governo, para o começo da cobrança de novos impostos, que principiava em Janeiro.
1907 — Às 7 e meia horas da tarde a nossa Academia foi marcha aux flambeaux e música ao quartel de infantaria 20 felicitar a oficialidade pela chegada dos nossos heróis de África; também foi à Câmara e às Associações.
1908 — 5ª feira - Saiu o 1.º n.º do semanário "Notícias de Guimarães", órgão do partido progressista local, sendo seu redactor político o dr. João Rocha dos Santos. Director e proprietário Marcos Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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15 dezembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 16 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1293 — Faleceu em Lisboa D. Domingos Anes Jardo, natural do lugar de Jardo da freguesia de Belas, o qual fora cónego de Évora, conselheiro e capelão de El-rei D. Afonso III, chanceler mor do reino, D. Prior de Guimarães, bispo de Évora e de Lisboa, foi sepultado na capela do Santíssimo Sacramento, na banda do evangelho, na igreja de Santo Eloy de Lisboa de que ele fora fundador. Vide Diccionário "Portugal" vol. 3, fl. 1017.
1665 — Em vereação, compareceu João Rebelo, cabo que foi eleito para ir com bestas e carros até a Arrifana de Sousa conduzir as bagagens que levou o conde de Schomberg, e requerendo aos oficiais da Câmara, que ele fora à mesma diligência, na forma que se lhe ordenara, com risco de sua pessoa e vida, de que dera boa satisfação e trouxera tudo, assim bestas como carros que se lhe entregaram, lutando com grande dificuldade para das mãos dos ingleses, que, havendo respeito a estas razões, lhe pagassem seu trabalho, conforme ao risco com que o tivera e ao bem que obrara; foi mandado dar-lhe seis mil réis.
1690 — Provisão de El-rei D. Pedro II ordenando ao provedor de Guimarães que pelo rendimento dos novos direitos mandasse pagar 332$119 réis ao Cabido, que faltavam satisfazer-lhe para integral pagamento dos 6 mil cruzados que ele Rei lhe havia feito esmola para a construção da actual capela-mor da Colegiada.
1761 — Nasce o vimaranense frei Custódio de Faria, agostiniano, professor de línguas grega e hebraica no colégio de Coimbra, de hebraico e retórica no seminário patriarcal de Santarém e censor do Ordinário para a qualificação dos livros, etc., publicou a “Arte Nova da Língua Grega para uso do Colégio da Graça em Coimbra”.
1812 — Tendo requerido à Câmara Francisco José Ribeiro, casado com Mariana de Oliveira, moradores no terreiro de S. Francisco, à Porta da Alfândega, "que sendo possuidor dumas casas no mesmo sítio que foram incendiadas pelo inimigo não existindo delas mais que o chão" queria edificá-las de novo, como porém do lado do norte fazem um ângulo, que não só faz defeito ao edifício mas também ao «prespeto» público, cujo defeito se pode evitar, uma vez que Vossas Senhorias aprovem e permitam a execução da planta junta que o suplicante se obriga a cumprir à sua custa sem que este senado com despesa alguma, etc, obteve: "Acórdão, etc., etc. obrigando-se o suplicante por escritura pública (foi feita a 23-XII-1812) à mudança da porta da alfândega na forma do plano que apresenta debaixo das vistas do procurador desta câmara concedem a licença pedida
1833 — Por mandado do Cabido, em cumprimento da ordem régia de 24 de Agosto último, foi entregue em Santarém a quantia de 5:719$050 réis que a Fábrica da Colegiada tinha em cofre, do alcançado por Bula Apostólica para as obras da igreja, para as despesas do exército.
1839 — O arcipreste do julgado eclesiástico, João Bernardo de Abreu Vieira, mandou em circular aos párocos, que lhe enviassem uma relação de todos os clérigos seus paroquianos e dos que actualmente existiam em sua paróquias, aos quais intimariam que no prazo de 8 dias depois de intimados apresentassem seus documentos a ele arcipreste, a fim de ver se estavam legais, segundo o determinado pelo Ordinário.
1885 — A colónia vimaranense do Porto celebra uma reunião em que resolve enviar à Câmara de Guimarães uma mensagem de adesão e louvor; e a encarrega uma comissão escolhida entre os seus mais distintos membros de lha entregar, o que teve lugar a 26 do corrente mês.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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