Efemérides vimaranenses: 26 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1620 — Falece, com fama de Santidade, no convento de Santa Clara, a soror Paula de Andrade, natural de Lisboa.
1640 — Carta de El-rei D. João IV ordenando à Câmara eleja 2 procuradores às cortes que em Lisboa se haviam de abrir a 20 do próximo mês de Janeiro.
1830 — Principia a reunir o batalhão de milícias desta vila para aprender o exercício. Os oficiais foram aboletados pelas casas particulares, e os soldados pelos conventos, tendo o Cabido e Fábrica 100. P. L.
1830 — Morre em Braga o vigário capitular, o Moura, que havia sido abade de S. Miguel das Aves.
1830 — Chega a notícia oficial da morte de Pio VIII. Fazem-se os sinais na Colegiada e mais algumas torres da vila. P. L.
1840 — Na madrugada houveram nesta vila prisões para soldado para se preencher o exército. P. L.
1846 — "De madrugada estava a força miguelista, comandada pelo general MacDonel, e estacionada nesta vila, para retirar, em consequência de se desconfiar que o Barão do Casal a vinha atacar. Bagagens e tudo estava pronto para a retirada, porém sabendo-se depois, que não tinha saído tropa de Braga, mandou-se sustar a retirada. Neste dia continuavam a apresentar-se homens armados e muitos oficiais, tanto dos amnistiados de Évora Monte, antigos voluntários realistas, assim como outros feitos à pressa. O numero dos oficiais era tão grande que só o aboletamento se fazia muito pesado à vila". P.L. - O dr. José de Freitas, acrescentou: "Em a noite deste dia 26 é que se deu o caso que Pinho Leal conta a pag. 285 e 286, nota, 8º vol. pois que na manhã seguinte é que o MacDonel retirou de Guimarães para Amarante, obrigado pelo desengano que o mesmo Pinho Leal lhe dera com a partida que lhe fez. Não foi pois na véspera que o Casal entrou em Guimarães como o mesmo Pinho Leal diz. O Casal entrou em Guimarães no dia 30 e, se a tal partida fosse neste dia, segue-se que seria nessa madrugada ou na noite de 29 para 30 que o MacDonel retirara para Amarante, mas este, repito, retirou para Amarante na madrugada do dia 27 e tornou a Guimarães".
1863 — - Sábado - O Bispo resignatário de Angola, D. Joaquim, que estava com alguns padres missionando e crismando na freguesia de S. Jorge de Selho, chega pelas 11 da manhã a esta cidade e logo se dirige à igreja de S. Francisco, onde a mesa da Ordem o recebeu debaixo de pálio, e ele aí administrou o Crisma, talvez a 500 pessoas. Voltou no dia 29, como tinha prometido, a crismar nos conventos das freiras, principiando nas Capuchas, Claras, Dominicas, terminando no Anjo.
1870 — Principio do primeiro bazar de prendas em benefício de Nossa Senhora da Penha.
1877 — No salão do teatro de D. Afonso Henriques, a convite dos vimaranenses José Luís Ferreira, António José Silva Basto, Joaquim José de Azevedo Machado, João Dias de Castro, António Cândido Augusto Martins e João Pinto de Queirós, que haviam-se constituído em comissão patriótica, que fizeram convite a alguns cavalheiros para tratar dos preparativos a fim de representar para que a concessão à companhia do caminho de ferro da Póvoa a Chaves fosse para seguir por Famalicão, Guimarães, Fafe, Arco e Vidago, contra o que os bragueses trabalhavam, querendo estes fosse por Braga, Lanhoso, Vieira, Salamonde a Chaves: reúne-se grande multidão de indivíduos de todas as classes, que quando do pequeno convite tiveram conhecimento não puderam resistir sem comparecer. Foi nomeada uma comissão para representar.
1877 — Em sessão da Câmara, o presidente expôs que: como era sabido, os habitantes da cidade de Braga representaram ao Governo para que, à Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, não seja concedida a autorização que ela pede para prolongar a linha até Guimarães e daqui a Chaves; propondo que a Câmara represente em sentido contrário, isto é, que seja dada a pedida autorização, e que se convidem as demais Câmaras interessadas a representar no mesmo sentido. Foi unânime aprovado.
1885 — Chega a esta cidade grande número de vimaranenses residentes no Porto, sendo esperados pela Câmara, representantes das corporações civis e bastante povo na estação de Lordelo, e por as corporações e compacta massa de povo na estação de Guimarães, os quais trazem uma mensagem da colónia vimaranense no Porto, assinada por 194 colonos, que a câmara recebeu em soleníssima sessão, estando os vereadores com as bandas aos ombros e tendo às janelas o pavilhão vimaranense. O entusiasmo deste dia foi delirante. O Conde de Margaride ofereceu o jantar à comissão do Porto no hotel de Guimarães, no hotel de Guimarães, às 4 1/2 da tarde 40 talheres, muitíssimos e entusiásticos brindes.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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