Efemérides vimaranenses: 21 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1814 — Em sessão foi tomado juramento a José Gomes de Oliveira e a António José Mendes da Cunha, de S. Pedro de Freitas, para sangradores, por apresentarem cartas de cirurgião mor do reino; posto a lanços a carne de boi para ser cortada nos açougues públicos da vila até à Páscoa: o menos lanço foi de 100 réis o arrátel, sendo até o dito dia, a 295 réis sendo até 24 de Junho. Ficou para ser arrematada 2ª vez em 23 à tarde.
1828 — Ao meio-dia repiques em todas as torres da vila, e foguetes do ar porque chegou a notícia de ter o sr. D. Pedro Imperador do Brasil ordenado que continuasse o comércio com estes reinos como até ali se praticava. À noite houve iluminação geral e andou a efígie de S. M. o sr. D. Miguel I pelas principais ruas da vila acompanhada pela maior parte da nobreza da vila e por muito povo que não cessava de dar vivas e uma banda de música a tocar o hino realista. P. L.
1840 — Morreu a boticária de Trás o Tanque do Toural. Foi depositada e sepultada no dia seguinte na igreja de S. Pedro. Deixou por seu herdeiro o Matias boticário, e da sua grande herança deixou dez mil cruzados para vários legados. P. L.
1843 — A Câmara representa à Rainha, pedindo a conservação da Carta Constitucional e de todas as excelências e prerrogativas da Coroa que á mesma Câmara lhe concede. F.
1846 — "Deu um voluntário de el-Rei 1 tiro tiro em um mudo da Estrada Nova, no sítio do Castanheiro, do qual morreu logo. O voluntário ia retirando e o assassinado era seu vizinho". P. L.
1869 — Às 4 e meia horas da tarde faleceu o 2º visconde e 1º conde da Azenha, Bernardo Correia Leite de Morais Almada e Castro, tendo-lhe sido há dias amputada uma perna. Vid. Diccion. Histor. "Portugal", vol. 1, pág. 919. - No testamento feito e aprovado em 21 de Março de 1868, nomeou a casa toda em seu filho Inácio, conde de Azenha, com obrigação de dar 3 contos de réis a cada uma das filhas, D. Maria da Assunção, D. Ana e D. Maria da Graça, e se ele não quisesse a casa seria para uma das filhas pela ordem que estão; a Gaspar António Lobo a mesada que já era de 14$400 rs. elevada a 19$200 e casa para viver desde que quisesse ser administrador de sua casa; a D. Carlota Carolina Correia, recolhida nas Ursulinas de Braga, 90$000rs. anuais; ao seu familiar António Joaquim Peixoto da Costa 72$000 rs. anuais; ao criado Silva 19$200, ao criado Jaime 14$400 e aos mais criados 4$800 por uma só vez; foi escrito pelo Boticário Manuel José de Passos Lima, aprovado pelo escrivão ajudante Inácio José Leite Guimarães, testemunhas: Pedro de Sousa Guedes Aguiar, escrivão João de Freitas Costa Brandão, cónegos Domingos da Conceição Carvalho e Silva, Manuel José Leite e cónego mestre escola Joaquim de Sousa Guedes Aguiar.
1881 — A Direcção Asilo de Sta. Estefânia resolveu, por proposta do Conde de Margaride, seu presidente, que o número dos alunos internos, incluindo os asilados, ficasse fixado em 60 de cada sexo, conservando os mais que então existissem, e que fossem elevadas a 600 réis as mensalidades dos externos que até ali eram de 500 réis.
1883 — Portaria do ministro aprovando o contrato datado de 3 deste mês, celebrado entre a direcção de exploração dos caminhos de ferro do Minho e Douro e a companhia do caminho de ferro de Guimarães, para a execução do serviço comum e combinado da exploração dos dois caminhos de ferro.
1883 — Idem idem autorizando a abertura à circulação pública do caminho de ferro de Guimarães, logo que fosse terminado o prazo de 8 dias indicado no art.º 42 do regulamento a que se referia o decreto de 11 de Abril de 1868, por ter sido presente o auto de exame e vistoria, datado de 17 de Setembro último, ao dito caminho de ferro, apresentado pela comissão que foi encarregada daquele serviço pela portaria do mesmo mês e o ofício datado de 15 do corrente, do director da exploração dos caminhos de ferro do Minho e Douro, informando sobre a parte da referida via férrea encravada no caminho de ferro do Minho.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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