30 agosto, 2020
A 15ª edição do evento Citânia Viva 2020, organizado pela Casa do Povo de Briteiros com o apoio da Sociedade Martins Sarmento e patrocínio da Câmara municipal de Guimarães, realizou-se no passado dia 22 de agosto, pelas 21h30, no parque em frente à Casa do Povo de Briteiros, em Briteiros S. Salvador, Guimarães.
Na vontade de querer manter ativo o evento no presente ano, esta edição continuou a envolver a comunidade local na sua execução, bem como o público visitante, embora adaptando o programa e os seus conteúdos para um tamanho reduzido. A Citânia Viva 2020 tratou-se assim de uma oferta cultural singela, mas diferenciada, e adaptada à situação que se vive no país. Nesse sentido o público foi convidado a percorrer um pequeno percurso encenado, acompanhado de momentos sensoriais de luz, projeção e som. A dramaturgia foi coordenada por Bruno Laborinho em colaboração com o Grupo de Teatro "A Citânia", Associação Juvenil, utilizando o cenário natural das margens do Rio Febras, em Briteiros. Regressaram assim as personagens que têm enriquecido as várias edições deste evento, evocando a luta contra as ameaças a uma comunidade, como é o caso das epidemias e pandemias, presentes em várias épocas históricas, das quais o nosso passado "castrejo" não é excepção.
Foram cumpridas todas as normas de segurança sanitária em vigor, de acordo com as indicações da Direção Geral da Saúde.
Afluíram a esta 15ª edição cerca de 250 pessoas que foram divididas em grupos, durante as diferentes representações (num total de 4 sessões).
27 agosto, 2020
Francisca Maria da Costa Abreu (1954-2020)
A Sociedade Martins Sarmento participa com muito pesar o falecimento da Senhora Dra. Francisca Maria da Costa Abreu, Sócia Ilustre desta Casa. A Dra. Francisca Abreu deixou-nos inesperadamente, ontem, quarta-feira, dia 26. Era uma figura grandemente conhecida que dedicou a Guimarães, aos seus cidadãos e instituições o melhor do saber e labor, sempre de forma distinta e esforçada, quer no domínio profissional, como professora e directora, nomeadamente, na Escola Secundária Martins Sarmento, quer no âmbito político, especialmente como Vereadora da Cultura da Câmara Municipal, mas, em geral, em atenta intervenção cívica e de cidadania. Enquanto Vereadora, a Dra. Francisca Abreu teve um papel fulcral e determinante na realização do evento cultural profundamente marcante que foi a Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura e, quer nesse período, quer ao longo de todo o exercício do seu cargo, desenvolveu uma colaboração muito próxima com a Sociedade Martins Sarmento cujas actividades sempre apoiou, o que, neste momento, mais uma vez se regista com agradecimento. Valorando o mérito de uma vida votada à Cultura e a sua identificação e reconhecimento em Guimarães, o Município condecorou-a em 24 de Junho de 2019.
A Direcção da Sociedade Martins Sarmento homenageia a Memória desta Ilustre Sócia e apresenta à Família sentidos pêsames. Em sinal de luto, o estandarte institucional mantém-se em meia haste.
A Direcção da SMS
24 agosto, 2020
Continuamos por cá... 24 de Agosto | 200 anos da Revolução Liberal
Há precisamente 200 anos, no dia 24 de Agosto de 1820, um pronunciamento militar ocorrido na cidade do Porto inaugurou um novo período da história contemporânea portuguesa.
O contexto histórico em que se deu esta revolução é conhecido. Os ideais das Revoluções Americana (1776) e Francesa (1789) estavam há muito presentes na opinião pública ilustrada. A Guerra Peninsular (1807-1814), paradoxalmente, foi um importante veículo para a disseminação dessas ideias revolucionárias em Portugal, onde germinaram no terreno fértil do pós-guerra. A prolongada ausência da Corte no Brasil teve por consequência a sensação generalizada que Portugal se havia tornado “numa colónia de uma colónia”. A crescente influência inglesa no comércio com o Brasil e na vida militar (Beresford comandava o Exército português), bem como o fracasso da conspiração Gomes Freire (1817), levaram a que um crescente descontentamento fosse sentido nas mais diversas classes sociais (militares, comerciantes, magistrados, etc).
Toda esta insatisfação levou a que em 1818 fosse criado o Sinédrio (uma associação que pretendia preparar ou enquadrar uma revolução que viesse a surgir), que em meados de 1820 já contava entre os seus membros importantes figuras da magistratura, do comércio e do exército.
Em Janeiro de 1820, tendo chegado de Espanha a notícia da restauração da Constituição de Cádis, estavam lançados os dados para que em Portugal uma Revolução viesse acontecer. Por entre avanços e recuos a Revolução acabaria por chegar a 24 de Agosto de 1820.
Com a Revolução de 1820 surgiram as primeiras eleições de Deputados (Dezembro de 1820), a primeira Constituição (1822) e com ela muitos dos direitos, liberdades e garantias com as quais a sociedade democrática contemporânea se identifica (separação de poderes, liberdade de imprensa, fim da censura prévia, garantias relativas à liberdade individual e ao direito de propriedade, etc).
A Guimarães, a notícia da Revolução chega-nos pela pena do Cónego Pereira Lopes Lima (1798 – 1859) que, possivelmente no próprio dia 24, terá tomado uma nota algo lacónica onde se pode ler: “rebentou na cidade do Porto uma revolução na qual proclamaram a El‐rei D. João VI, as Cortes e por elas a Constituição”.
Ao tom lacónico do Cónego (certamente apanhado de surpresa por um acontecimento sobre o qual pouco sabia) contrapôs-se a participação activa nos acontecimentos de 24 de Agosto do Regimento de Infantaria nº 15 (então estacionado em Guimarães) bem como a participação de figuras importantes com ligações a Guimarães no processo revolucionário e constituinte (como por exemplo o General Gaspar Teixeira ou João Baptista Felgueiras). Cedo, toda a agitação revolucionária se faria sentir em Guimarães sendo, inclusive, lançado o primeiro periódico da cidade, o “Azemel Vimaranense” (um jornal partidário do liberalismo).
A Sociedade Martins Sarmento é detentora de um dos mais relevantes espólios de gravura relativos a esse período histórico e tem no seu acervo diversa bibliografia coeva e outros objectos, peças e obras de arte que marcam este período.
Convidamos todos a recordarem esta data visitando a exposição “A Revolução Liberal de 1820 – Da Tomada da Bastilha à Constituição de 1822”.
O contexto histórico em que se deu esta revolução é conhecido. Os ideais das Revoluções Americana (1776) e Francesa (1789) estavam há muito presentes na opinião pública ilustrada. A Guerra Peninsular (1807-1814), paradoxalmente, foi um importante veículo para a disseminação dessas ideias revolucionárias em Portugal, onde germinaram no terreno fértil do pós-guerra. A prolongada ausência da Corte no Brasil teve por consequência a sensação generalizada que Portugal se havia tornado “numa colónia de uma colónia”. A crescente influência inglesa no comércio com o Brasil e na vida militar (Beresford comandava o Exército português), bem como o fracasso da conspiração Gomes Freire (1817), levaram a que um crescente descontentamento fosse sentido nas mais diversas classes sociais (militares, comerciantes, magistrados, etc).
Toda esta insatisfação levou a que em 1818 fosse criado o Sinédrio (uma associação que pretendia preparar ou enquadrar uma revolução que viesse a surgir), que em meados de 1820 já contava entre os seus membros importantes figuras da magistratura, do comércio e do exército.
Em Janeiro de 1820, tendo chegado de Espanha a notícia da restauração da Constituição de Cádis, estavam lançados os dados para que em Portugal uma Revolução viesse acontecer. Por entre avanços e recuos a Revolução acabaria por chegar a 24 de Agosto de 1820.
Com a Revolução de 1820 surgiram as primeiras eleições de Deputados (Dezembro de 1820), a primeira Constituição (1822) e com ela muitos dos direitos, liberdades e garantias com as quais a sociedade democrática contemporânea se identifica (separação de poderes, liberdade de imprensa, fim da censura prévia, garantias relativas à liberdade individual e ao direito de propriedade, etc).
A Guimarães, a notícia da Revolução chega-nos pela pena do Cónego Pereira Lopes Lima (1798 – 1859) que, possivelmente no próprio dia 24, terá tomado uma nota algo lacónica onde se pode ler: “rebentou na cidade do Porto uma revolução na qual proclamaram a El‐rei D. João VI, as Cortes e por elas a Constituição”.
Ao tom lacónico do Cónego (certamente apanhado de surpresa por um acontecimento sobre o qual pouco sabia) contrapôs-se a participação activa nos acontecimentos de 24 de Agosto do Regimento de Infantaria nº 15 (então estacionado em Guimarães) bem como a participação de figuras importantes com ligações a Guimarães no processo revolucionário e constituinte (como por exemplo o General Gaspar Teixeira ou João Baptista Felgueiras). Cedo, toda a agitação revolucionária se faria sentir em Guimarães sendo, inclusive, lançado o primeiro periódico da cidade, o “Azemel Vimaranense” (um jornal partidário do liberalismo).
A Sociedade Martins Sarmento é detentora de um dos mais relevantes espólios de gravura relativos a esse período histórico e tem no seu acervo diversa bibliografia coeva e outros objectos, peças e obras de arte que marcam este período.
Convidamos todos a recordarem esta data visitando a exposição “A Revolução Liberal de 1820 – Da Tomada da Bastilha à Constituição de 1822”.
17 agosto, 2020
Citânia Viva 2020
A 15ª. Edição do evento Citânia Viva 2020, organizado pela Casa do Povo de Briteiros com o apoio da Sociedade Martins Sarmento e patrocínio da Câmara Municipal de Guimarães, realizar-se-á no próximo dia 22 de Agosto (sábado), pelas 21h30, na Casa do Povo de Briteiros (no parque, nas margens do rio Febras), freguesia de Briteiros S. Salvador, Guimarães.
Na vontade de querer manter ativo o evento no presente ano, com o envolvimento da comunidade local na sua execução, a 15ª edição, manterá a sua inspiração e enquadramento temático, embora adaptando o programa e os seus conteúdos para um tamanho reduzido. Citânia Viva 2020 propõe uma oferta cultural singela, mas diferenciada, ao convidar o público a percorrer um pequeno percurso encenado, enquanto atravessa momentos sensoriais de luz, projeção e som.
Cumprindo com todas as normas de segurança sanitária em vigor, de acordo com as indicações da Direção Geral da Saúde, esta encenação, da autoria de Bruno Laborinho, será por isso diferente do habitual, embora tendo como contexto a paisagem envolvente, sendo de salientar o Monte de S. Romão onde se localiza a Citânia de Briteiros.
Considerando que a experiência conta com a participação de atores que irão falar sem máscara, durante todo o momento de apresentação pede-se que o visitante mantenha sempre a sua máscara colocada.
A entrada é livre, mas de capacidade limitada, pelo que se convida o público em geral a chegar atempadamente para usufruir de um momento único.
22 de Agosto (sábado)
21h30 | Casa do Povo de Briteiros, no Parque junto à margem do rio Febras.
Entrada gratuita
Informações adicionais:
Contactos da Sociedade Martins Sarmento: 253 415 969 (sede em Guimarães) e 253 478 952 (Museu da Cultura Castreja)
Emails: daniela.cardoso@msarmento.org | citania@msarmento.org
Na vontade de querer manter ativo o evento no presente ano, com o envolvimento da comunidade local na sua execução, a 15ª edição, manterá a sua inspiração e enquadramento temático, embora adaptando o programa e os seus conteúdos para um tamanho reduzido. Citânia Viva 2020 propõe uma oferta cultural singela, mas diferenciada, ao convidar o público a percorrer um pequeno percurso encenado, enquanto atravessa momentos sensoriais de luz, projeção e som.
Cumprindo com todas as normas de segurança sanitária em vigor, de acordo com as indicações da Direção Geral da Saúde, esta encenação, da autoria de Bruno Laborinho, será por isso diferente do habitual, embora tendo como contexto a paisagem envolvente, sendo de salientar o Monte de S. Romão onde se localiza a Citânia de Briteiros.
Considerando que a experiência conta com a participação de atores que irão falar sem máscara, durante todo o momento de apresentação pede-se que o visitante mantenha sempre a sua máscara colocada.
A entrada é livre, mas de capacidade limitada, pelo que se convida o público em geral a chegar atempadamente para usufruir de um momento único.
22 de Agosto (sábado)
21h30 | Casa do Povo de Briteiros, no Parque junto à margem do rio Febras.
Entrada gratuita
Informações adicionais:
Contactos da Sociedade Martins Sarmento: 253 415 969 (sede em Guimarães) e 253 478 952 (Museu da Cultura Castreja)
Emails: daniela.cardoso@msarmento.org | citania@msarmento.org
14 agosto, 2020
Saber Ver | Desenho arqueológico de Luís de Pina | Exposição
Encontra-se patente na Sociedade Martins Sarmento, até ao próximo dia 12 de Setembro, a Exposição Saber Ver - desenho arqueológico de Luís de Pina.
Poderá assistir à apresentação no canal Youtube da SMS (https://www.youtube.com/channel/UC1-QxdSqC2wu5SZ1Z5Yav_A) e visitar a exposição de terça a domingo das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h30.
De igual modo, informamos, que foi editada a colectânea O Românico no Concelho de Guimarães, separata de artigos da autoria de Luís de Pina publicados originalmente na Revista de Guimarães, entre 1928 e 1952. Esta obra está disponível para venda.