Efemérides vimaranenses: 26 de Dezembro
João de Sousa Bandeira
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1238 — Em Guimarães fez-se a concordata entre El-rei D. Sancho e o Arcebispo e Cabido de Braga.
1709 — Catarina Maria, viúva de António Vieira da Cruz, ex-síndico do convento das Capuchas, faz uma doação, por escritura, ao mesmo convento, de dote para ser freira nele, e juntamente com suas duas filhas, nele já recolhidas, fazem entrega de 45 alqueires de pão de segunda e duas galinhas, impostos do casal do Telhado da freguesia de Polvoreira, de que eram usufrutuárias e que seu pai deixara para o azeite da lâmpada do Senhor do convento por morte delas.
1773 — Nasce no Porto João Evangelista Morais Sarmento, que como médico e poeta se tornou célebre em Guimarães, filho de Francisco José de Gouveia Morais Sarmento, oficial da tesouraria geral das tropas, de Santo Adefonso, do Porto, e de D. Rosa Micaela de Gouveia, de Braga. Foi baptizado a 27 em Miragaia.
1834 — Um filho do Pinheiro sapateiro, dá uma facada, junto do Gaiteiro, em um serralheiro da rua de Gatos, que logo foi para o hospital. P. L.
1835 — Havendo faltado, aproximadamente há um mês, um ferrador por nome João, do arco ou ponte de Pombeiro, de 34 anos que vivia há meses em casa de José António Simões, sapateiro, de Vila Fria no Couto de Pombeiro, que a opinião pública designava como vadio e salteador; não se sabia o destino do desgraçado, mas sabendo o provedor desta comarca, João Leite de Faria e Sousa, que o dito Simões viera a esta vila de Guimarães vender parte da roupa do dito João, de quem era compadre, e que trazia vestido o resto da mesma, conseguiu prendê-lo em a noite de Natal, só em casa onde estava mexida a terra na loja, o que avivou a suspeita do assassínio, e foi dar-se com o cadáver enterrado na horta do mesmo Simões. Neste dia 26 foi a justiça desta comarca a Pombeiro fazer o exame: desenterrou-se o cadáver que se achava ainda incorrupto; tinha ambas as coxas quebradas, a cabeça esmagada a golpes de enxada; os olhos fora do seu lugar, um lenço na boca e a cabeça embrulhada num farrapo! O assassino foi o dito Simões, que o assassinou para lhe roubar 19$200 réis! O mesmo réu confessou o seu delito. Depois de o enterrar, o réu foi vários dias consecutivos passear sobre o lugar onde havia sepultado a vítima da sua barbaridade! O assassino era alto, magro, trigueiro, vista feroz e sem remorsos, tinha 40 anos, era casado, deu entrada na cadeia neste dia 26, sendo depois mudado para o Castelo, e em 21 de Janeiro de 1837 foi para a Relação do Porto para executar das penas últimas.
1836 — "Ao amanhecer apareceu tudo coberto de neve, de maneira que estavam os telhados das casas, as ruas, terreiros e montes todos brancos. Não havia exemplo de uma camada de neve tão grande desde Janeiro de 1829 em que houve uma igual, e da qual se supôs a quase extinção da ferrugem (bicho) das oliveiras, tendo desde então dado as oliveiras bastante azeite, o que há muitos anos não tinha acontecido, muito principalmente nesta província do Minho, onde muitos lavradores tinham cortado os seus olivais por lhe não darem azeite". P. L.
1858 — A mesa da irmandade de S. Torcato, promove uma reunião de pessoas devotas e entendedoras, na sala do despacho da Ordem 3ª de S. Domingos, para com a dita irmandade ali reunida, tratarem da modificação do santuário; foi deliberado que o antigo risco fosse alterado, e nomearam para este fim uma comissão.
1859 — Na noite deste dia para o seguinte faleceu na freguesia de Tagilde - Rosa Vaz - "a Sebastioa", de 123 anos e 4 meses. Conservou até o último instante da sua vida o pleno uso de suas faculdades; tendo ido à missa em dia de Natal véspera de seu óbito. Viu dar à sepultura 7 abades quantos teve a freguesia na sua vida.
1861 — Faleceu no Porto José de Sousa Bandeira, natural de Lisboa, que havia sido escrivão de direito nesta cidade de Guimarães e nela fundou o jornal , 1º que houve em Guimarães, em 1822, " O Azemel Vimaranense".
1874 — Solene inauguração da fábrica de cutelaria e fundição a vapor, de Joaquim José de Oliveira e Silva Guimarães, na rua de Gil Vicente.
1883 — Às 2 horas da madrugada foram lançadas, por uma janela que estava aberta, duas bombas de polvora seca no lajedo da casa brasonada ao princípio da rua de Santa Maria, pertença do Barão de Pombeiro, onde habitava o juiz de direito José Teixeira de Queirós Botelho Pimentel e Vasconcelos "o S. Vicente de Pauto", ultimamente transferido desta comarca para a de Chaves. A câmara municipal, em sessão de 28, protestou contra este facto.
1931 — Ao meio-dia, o relógio da torre de S. Francisco deu 200 horas pouco mais ou menos, depois de ter dado bastantes, ainda contei 182.
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