Efemérides vimaranenses: 25 de Dezembro
S. Francisco
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1387 — É dado em Braga, por el-rei D. João I Carta de Privilégios ao mosteiro de S. Torcato. - Lº de D. João I, fl. 178.
1433 — El-Rei D. Duarte, em Santarém, confirma os privilégios do mosteiro de S. Francisco de Guimarães. Lº 1 D. Duarte, fl. 55.
1832 — Não houve missa do galo em nenhuma das igrejas desta vila onde era costume haver, por o proibir o corregedor. As matinas foram na véspera à noite, mas com as portas fechadas. Esta proibição não deixou de ser censurada por alguns homens de bom senso, por ser uma novidade na celebração de tão antigo mistério. O principal motivo da proibição foi o estado das coisas em que se achava o Reino. P. L.
1834 — Deram um tiro ao Sousa "isca" em um tornozelo, do qual ficou bem mal tratado. O tiro foi dado na rua Valdonas, à 1 hora da tarde, por um dos filhos do Quatro-olhos que tinha sido voluntário do Minho, por o Sousa ter dado um bofetão em um seu irmão.
1835 — Lua Nova - Dia e noite de grande tempestade - Um barracão dos curtidores na rua de Couros, pertencente a Cândido José de Carvalho, sobre a poça de S. Crispim, meio coberto a folhas de zinco, 5 destas voaram para o quintal dos hospital e uma enguiçou o edifício das aulas meninas e foi pousar no jardim do claustro de S. Francisco.
1835 — Há matinas cantadas e missa do Galo na igreja da Misericórdia, única onde este ano se fez esta função.
1839 — "De madrugada, morreu nesta vila o José Tambor, oficial de sapateiro, o qual trabalhava em casa do Francisco Sapateiro de S. Bento. A pressa com que o queriam enterrar (puseram-no neste mesmo dia no Campo Santo até sem lhe fazerem a barba, para ser logo sepultado) e alguns precedentes fizeram acreditar que a mulher o tinha matado, tendo-lhe esmagado os testículos; o que fez com que a justiça fossem embargar o seu cadáver, mandando-lhe fazer autópsia por facultativos, os quais decidiram que os testículos não apresentavam sinal algum de que fossem esmagados, ainda que mostravam estar gangrenados. A opinião pública era de que este infeliz tinha sido morto pela mulher, tendo-lhe esmagado os testículos". P. L.
1857 — O Deão de Lamego, que há tempos residia nesta cidade, indo de madrugada para a igreja de S. Francisco a fim de celebrar o terno de missas, deu volta próximo à casa do barão de Almargem, junto ao arco de S. Francisco, e, sem reparar (ainda estava escuro) na altura que deitava para o terreiro, caiu, ficando mal tratado, sendo logo conduzido para casa na cadeirinha de mão da Ordem 3.ª de S. Francisco.
1867 — 4ª feira - Foi a 1.ª corrida de touros. Diz a "Religião e Pátria": "A praça estava apinhada de gente, curiosa de um espectáculo novo para a maior parte. Afinal o espectáculo foi de riso. Os bois eram mais mansos que ovelhas, e mais timoratos que pombinhas. De 4 bravíssimos arrastados por cordas para o meio da praça, nem um se prestou a uma sorte, mas todos embirravam entrar de novo no curro, de onde tinham sido arrastados. Os espectadores riram da caçoada, e apuparam os caçoantes."
1901 — Um grupo de amadores dramáticos dos lados de Santo Tirso, a convite de... Deu um espectáculo no salão da Associação Artística Vimaranense. As pobres figuras foram vítimas de 30 mil judiarias por parte de alguns espectadores o que mereceu a censura das pessoas sérias que ali se encontravam. E realmente dignos de censura todos aqueles que procederam menos correctamente para com os pobres homens que se não fizeram rir, também não fizeram chorar. Piadas admitem-se, nas piadas que não magoem. Um espectador, tão pouco generoso para com indivíduos de fora da terra, atirou com um pedaço de madeira para o palco que, talvez propositadamente, acertou em pleno peito do personagem que fazia de diabo grande. A culpa coube a quem convidou os pobres lavradores a virem aqui representar, sabendo como são quase todos os espectáculos na Associação Artística. O representante administrador do concelho devia ter mandado terminar o espectáculo, como o não fez levou a crer que teve medo às piadas. Crítica de um jornal de Guimarães.
1907 — Faleceu Bernardo Correia de Morais e Castro, filho do 2º conde de Azenha. O Dicionário "Portugal" a folhas 920 do 1º volume diz que ele era o actual Conde de Azenha que viva em Guimarães!!! Ele nunca teve o título de Conde.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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