Efemérides vimaranenses: 28 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1617 — O Cabido delibera eleger um capitão que ordenasse a gente dos Coutos da Colegiada, que pudesse pelejar, que eram os de: S. Torcato, Moreira de Cónegos, Codeçoso e Moreira de Rei, para que possa acudir à defensão desta pátria, quando os mouros, turcos e outros infiéis pretenderem nela entrar, ou nas terras vizinhas, e que o mesmo que for eleito será capitão dos caseiros do D. Prior e dele cabido que eram privilegiados para não irem a guerras, e porque se esperava a entrada dos infiéis em Vila do Conde, Azurara, Matosinhos e outros portos elegeram. Braz de Meira Peixoto, morador nesta vila, capitão dos ditos coutos, que logo aceitou e jurou.
1710 — O mestre de campo Rodrigo de Sousa da Silva apresentou à Câmara a ordem do governador das armas da província de 20 deste mês que o encarregava de alistar soldados pagos no seu terço.
1722 — Francisco Borges Peixoto, da casa de Laços faz testamento e nele institui um vínculo com obrigação de uma missa em todos os dias santificados por sua alma e pela de seus pais, irmãos e irmãs, na sua capela de S. Paulo e nela queria ser sepultado na sepultura onde estava seu pai.
1736 — O Cabido tomou 900$00 réis a juro à Misericórdia, hipotecando-lhe a prebenda da Fábrica, para ajuda de pagar o paramento branco bordado a ouro, que tinha mandado vir de Lisboa e agora se guarda no museu.
1820 — Em sessão da Junta Eleitoral da Província do Minho, reunida nos paços do concelho do Porto, saiu eleito por 61 votos, para 17.º deputado às cortes o desembargador Luís António Branco Bernardes de Carvalho, presidente da mesma Junta, e também saiu eleito deputado às cortes, no 1.º escrutínio o dr. João Baptista Felgueiras, corregedor da comarca de Guimarães. Ambos eram vimaranenses.
1840 — Por Decreto desta data a Câmara de Guimarães ficou composta dos julgados de Guimarães e Fafe e a pertencer ao distrito judicial da Relação do Porto.
1858 — Portaria do arcebispo ordenando ao arcipreste do eclesiástico de Guimarães, que fazendo comparecer na sua presença o comissário e o vigário da Ordem Terceira de S. Francisco e os capelães das capelas existentes em cada uma das freguesias da cidade, à excepção da Misericórdia, e os intime para que de ora em diante se abstenham de encomendar e acompanhar os defuntos, celebrar seus funerais e ofícios de sepultura, sem que os párocos próprios, ou seus delegados, assista, presida e oficie, querendo, em todos estes actos, propriamente paroquiais, devendo nos acompanhamentos erigir-se sempre a cruz paroquial, e a mesma se entendesse em todas as mais solenidades e procissões que tivessem lugar dentro dos limites de cada paróquia. O arcipreste enviou cópia da portaria ao Padre Comissário da Ordem Terceira em 20-7-1859 para ficar ciente; a qual portaria impunha suspensão aos desobedientes, e foi promovida pelo pároco de S. Sebastião.
1886 — A Câmara delibera representar ao governo, pedindo que se fizesse quanto antes a destrinça da divida distrital, para saber quanto devia à sua parte.
1888 — Portaria conservando as seculares no convento das Capuchas depois da morte da última Freira.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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