Efemérides vimaranenses: 1 de Janeiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1440 — No livro 2.º da Chancelaria de D. Afonso V, a folhas 1 e 2 estão os capítulos especiais de Guimarães nas cortes de Lisboa de 1439, quitadas a 1 de Janeiro de 1440 para este ano.
1608 — Em vereação acordou-se para provimento duma provisão de S. M. apresentada pelo corregedor que os quadrilheiros fossem chamados para informar das pessoas em cada freguesia aptas para embarcar para a Índia, e havida a informação fossem logo presas todas, porque notificadas não apareceriam e fugiriam, e se dessem fiança de comparecerem ficassem soltas. Das pessoas indicadas fossem escolhidas as mais úteis para a jornada.
1808 — Abertura, ou instalação, do Asilo de Inválidos, no largo de S. Paio administrado pela Misericórdia.
1827 — "Baptizou-se na igreja da Colegiada desta vila um preto criado do cónego João Baptista Sampaio. Foram padrinhos seu amo e madrinha Nossa Senhora da Oliveira. Pôs-lhe o nome de Manuel Francisco da Senhora da Oliveira." P. L.
1840 — Tomou posse a nova Câmara deste concelho: Barão de Vila Pouca, António de Nápoles, João Barroso Pereira, João António de Oliveira Cardoso, Manuel Joaquim Areias, José Joaquim de Sá, José Joaquim Vieira, Joaquim de Meneses Cardoso. A eleição foi feita pelo povo no 1º Domingo de Dezembro, segundo o Código Administrativo. P. L.
1847 — "De tarde entraram 8 guerrilhas Miguelistas pela vila dentro, vinham das partes de Pombeiro, e tiraram todas as proclamações que estavam nas esquinas das praças e ruas da mesma, rasgando-as logo. No Campo da Feira insultaram o Tamanqueira, ameaçando-o com lhe deitar o fogo à casa. Somente estes 8 guerrilhas fizeram tudo isto sem que ninguém se embaraçasse com eles !!!" P. L.
1863 — O Chantre, presidente do Cabido. Oficia a Augusto Soromenho, respondendo ao que este lhe enviara em 30 de Dezembro de 1862, diz-lhe o Cabido "posto que se tenha socorrido ao direito de petição enquanto entendeu que podia ser atendido, não é todavia faccioso, antes timbra de respeitador das ordens superiores, e por isso se submete à execução do Decreto de 2 de Outubro de 1862", pelo que ele Soromenho podia, quando lhe conviesse, apresentar-se para tomar conta dos documentos anteriores ao século XVI que existiam no arquivo do mesmo Cabido.
1889 — Os Bombeiros Voluntários em exercício no campo de S. Francisco, experimentaram a sua nova bomba Carl Metz.
1891 — Publica-se o 1º número do bissemanário, às terças e sextas-feiras, “Vimaranense", de que era proprietário Augusto dos Santos Guimarães, sendo o seu programa burilado no seguinte período "O Vimaranense terá a sua vida autónoma, não é órgão de um partido político, mas órgão de todas as opiniões, de todos os alvitres, propugnará por tudo o que possa por qualquer forma traduzir-se em progresso material ou moral para o concelho de Guimarães." - Nota: Todas as notícias neste jornal referentes ao seminário de Guimarães são exageradíssimas porque o Santos trouxe lá alguns anos um filho internado, e por isso engraxava muito. F.
1893 — Tem esta data as bases que a direcção da associação dos Bombeiros Voluntários apresentou à Câmara Municipal, para aquela corporação se encarregar de todo o serviço de incêndio, as quais foram aprovadas em sessão plenária da Câmara de 5 deste mês e ano sendo também de 5 deste mês o parecer favorável da comissão de 3 vereadores para examinar este projecto.
1893 — Reúnem no escritório da redacção do "Comércio de Guimarães" alguns membros da imprensa Vimaranense, e resolvem reagir por todos os meios legais contra o decreto criado do monopólio da publicação dos anúncios num jornal das capitais de distrito, o qual tendia a fazer desaparecer a imprensa dos pequenos centros locais.
1896 — Saiu o 1º n.º do jornal pequenino "Czar Garrotilho", anual, político, amatório, e sobretudo financeiro. É todo em verso, quadras, e só saiu o n.º 1.
1903 — Neste dia esteve a dar-se um assassinato seguido de suicídio. Eis o caso: na rua da Senhora da Guia, na casa entre a do Cabido e a capela habitava Cândida José Pereira, a Branca, viúva do Branco, com alquilaria e estalagem, a qual desde há tempos mantinha relações ilícitas com um seu criado, Aniceto Lopes Fernandes, o Serra da Estrela, solteiro, 22 anos, ex-soldado de lanceiros, natural da freguesia de Santa Clara de Coimbra, que ainda na noite de 14 de Dezembro próximo passado consoava em companhia da Branca, indispondo-se com ela nessa ocasião. Porém, como ela não mais o consentisse em sua casa e ele fizesse novas tentativas para lá se tornar a meter, ao que ela não anuiu, e como continuasse a ser perseguida por ele, resolveu-se às 9 horas da noite de hoje a ir à casa do chefe da polícia, queixando-se a este do proceder do amante. Este, que estava na loja da casa do chefe, ouvindo a queixa, esperou-a à porta e aí disparou-lhe dois tiros de revólver atingindo apenas um osso próprio do nariz, indo a bala alojar-se na órbita direita. Ele, julgando talvez que a tinha morto, disparou outro tiro contra si próprio no ouvido direito, não chegando a bala a entrar, produzindo-lhe um pequeno ferimento apenas. Eles levaram-na para casa em estado grave e a ele para a cadeia onde ficou doente.
1923 — Saiu o n.º 1 do jornal "A Razão" semanário republicano, impresso em Fafe, director e editor o Dr. David de Oliveira.
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