30 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Julho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1641 — O mestre-de-obras de pedraria, João Lopes (de Amorim) deu paga à Misericórdia, da escritura que fizera em 6 de Novembro de 1639 para construção da escadaria e porta da entrada na casa da espera.
1652 — A mesa da Misericórdia fez segurança ao seu tesoureiro para assinar aos administradores do Morgado dos Mirandas o requerimento a Sua Majestade para a compra da pedra da torre do mesmo morgado, que era defronte da Misericórdia, por 120$000 réis, para com a dita pedra continuar a obra do hospital.
1709 — Por escritura deste dia as freiras dominicas, representadas por seu procurador Pero Cardoso de Meneses, morador na sua quinta em Nespereira, obrigaram-se à Misericórdia a fazerem, de graça, por sua conta, toda a roupa nova branca, de linho, do hospital e da sacristia e os concertos necessários da roupa velha, dando-lhe a Misericórdia os materiais e ir com a procissão de 5.ª feira maior por dentro da igreja delas como costumava ir ao Convento de S. Domingos, e no caso de alguma das partes faltar ao contrato ficaria o mesmo sem efeito. A procuração do Convento da Rosa de Santa Maria foi passada em 5 de Junho de 1709 sendo prioresa Maria da Rosa de Santa Maria que a assinou com mais 23 madres.
1843 — São doadas à Santa Casa da Misericórdia, por José Joaquim da Silva Pinheiro, duas moradas de casas por trás da igreja de S. Paio para a fundação do edifício do asilo de inválidos.
1846 — Chegou ao arcipreste do julgado desta vila a notícia oficial de ter falecido em Roma, S. Santidade o Papa Gregório XVI, de 81 anos de idade e tendo sido Papa 15 anos e mais alguns meses. Logo depois da chegada desta notícia principiou a dobrar a guerrida da Colegiada, assim com a dar 15 badaladas o sino da Senhora, (segundo o costume indicam os anos do reinado dos Papas e Reis) e depois principiou a dobrar o sino da Senhora e pouco depois todos os mais. Em todas as torres da vila tocaram os mesmos sinais por espaço de 3 dias. PL.
1864 — Principia a dar-se à execução o novo regulamento das Rodas, pelo qual ficaram fechadas.
1876 — Chegaram 7 irmãs hospitaleiras para exercer o seu mister no hospital da Misericórdia. Foram as primeiras que vieram para esta cidade.
1885 — Falece na sua casa na rua de Camões, à 1 hora da manhã, o bacharel em cânones e cónego prebendado, minorista, António Joaquim de Oliveira Cardoso, grande literato, poeta e dramaturgo.
1890 — A comissão dos negócios eclesiásticos, da Câmara dos Deputados, apresenta um projecto de lei para reorganização da Colegiada de Guimarães, com parecer favorável, fundado no que apresentou o nosso deputado Franco Castelo Branco em sessão de 6 de Abril de 1888.
1898 — Portaria autorizando a Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos a empregar na construção de uma casa e suas dependências para a arrecadação das alfaias e outros objectos pertencentes à mesma irmandade (é o andaime sobre a sacristia e sobre a capela do Senhor dos Passos) a quantia de 980$000 réis, produto da alienação do terreno adquirido pela Câmara para a construção [da estrada] de Guimarães à Penha.
1923 — S. Torcato rendeu: papel, prata e cobre 33:041$720 réis, 32 libras, objectos de ouro 35,4 gramas, cera 68 kg.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1225 — O Arcebispo D. Estêvão confirma, em Braga, o estatuto ou determinação que neste mês tinha feito, em Guimarães, o Prior do Mosteiro de S. Torcato, D. Martinho, assinando aos religiosos para seu vestido e para pitanças, quando enfermos ou cansados (minuti), a décima parte das rendas que o mosteiro possuía fora do couto.
1531 — Foi mandado limpar os muros das silvas e ervas que por eles nascem, por João Gonçalves "que os sabe de limpar" e o procurador do concelho lhe dê 250 réis por isso.
1653 — Aviso régio dando licença ao provedor e irmãos da Misericórdia para que pudessem comprar a Filipe Pereira do Lago, administrador do morgado dos Mirandas, a torre e pardieiros que estavam na Rua das Flores, a fim de fazerem o terreiro da Misericórdia, no preço de 140$000 réis em que estavam contratados, sem embargo de serem bens vinculados ao dito morgado, a qual quantia se depositaria em mão de pessoas abonada para se empregar com autoridade do provedor da comarca em bens que rendessem para o dito morgado, os quais ficariam sujeitos aos encargos dele, como era a dita torre e pardieiros que ficariam livres e isentos. (A) A torre estava arruinada e, há mais de 60 anos, desabitada, defronte da capela do hospital, e os pardieiros juntos a ela já estavam tirados.
1690 — Carta de examinação de Domingos Francisco da Silva, natural de S. Tomé de Abação, para poder sangrar, sarrafassar, lançar ventosas e sanguessugas e tirar dentes em Portugal.
1832 — Decreto que extingue a pesada e vexatória contribuição geral dos dízimos. Com esta extinção sofreu grande perda a Real Colegiada de Guimarães, pois neste ano eclesiástico, que acabou em 23 de Junho, o rendimento dos dízimos e mais benesses das igrejas pertencentes ao padroado da mesma, tinham rendido só para o Cabido 9:268$180 réis, além dos rendimentos que das mesmas pertenciam ao D. Prior, chantre e Tesoureiro-mor.
1849 — Nasceu na Rua de Santa Luzia, Francisco (Agra) Ribeiro Martins da Costa. Foi baptizado em S. Miguel do Castelo pelo pároco de S. Paio.
1850 — Domingo.- Às 6 horas da tarde saiu S. Sebastião em procissão de penitência ao redor dos muros da vila, por causa da febre amarela no Brasil. Antes de sair houve sermão pregado pelo comissário de S. Francisco, " que recitou uma oração de penitência como há muito se não ouvira em Guimarães, em ambos os sentidos, lógico e retórico. A procissão levava noventa e tantos penitentes e há muito se não viu tanta gente a acompanhar o santo: o povo era imenso, assim da vila como das aldeias; recolheu às trindades. À noite houve outra procissão de penitência de rapazes, a qual levava também bastantes penitentes, e, não obstante serem meninos, mostravam grande devoção." - Do "Periódico dos Pobres no Porto"
1852 — Neste dia dizia o "Periódico dos Pobres no Porto": "É tanto o povo que concorre à festa de S. Torcato, em Guimarães, que se formos a avaliar pelas pessoas que vão desta cidade, Guimarães não tem capacidade para acomodar tanta gente."
1880 — É benzida com solenidade, e restituída ao culto, a capela da Ordem Terceira de S. Francisco, impedida há 5 anos pela restauração.
1913 — Principiou a fazer-se a estada para derribar a grimpa da torre da Colegiada.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1460 — Carta por que El-rei D. Afonso V, em Santarém, faz graça e mercê a Rui de Castro, escudeiro de seu primo D. Pedro, conceder-lhe privilégios ao forneiro que estiver no forno do dito Rui de Castro que estava dentro na judiaria da vila de Guimarães. Isenção de serviços de guerra, fintas, talhas, etc.
1622 — A mesa da Misericórdia delibera: "que porquanto esta Casa está muito empenhada e paga interesses de dinheiro, e para reparo e gasalho dos pobres há hospital e o mesmo há remédio de casa do despacho e mais oficinas, assentaram que até a Casa se desempenhar do que está devendo se não corra mais com obras nenhumas, isto por ser em proveito da Casa e parecer bem a todos".
1641 — Em vereação foi acordado, estando presente o capitão-mor, que em todos os domingos e dias santos houvesse exercício dos soldados.
1671 — Em vereação: Dionísio do Amaral de Barbosa de Freitas e Luís Machado de Miranda, guarda-mores da saúde, em 24 deste, prestaram juramento para servirem seus cargos a bem da saúde do povo. Resolveu-se que os guardas se pusessem onde os guarda-mores entendessem e se pusessem as bandeiras de saúde, visto que no Porto e outras circunvizinhas já estavam postas.
1672 — O Arcebispo de Braga, D. Veríssimo de Alencastre, escreveu à Câmara de Guimarães a seguinte carta:" Determino ir visitar essa vila e por mostrar que faço dela grande estimação, intento fazer entrada pública não a havendo aceitado nas outras partes onde fui: o Cerimonial dos Bispos dispõe a forma em que se hão-de fazer estas entradas, com ela espero que Vm.ces se conformem e pela parte que lhes toca queiram concorrer, e poderá ser esta entrada em sábado 2 de Julho. Guarde Deus, etc." A resposta: vide no dia de amanhã (30/VI).
1802 — Doutorou-se, na Universidade de Coimbra, o vimaranense José Barreto Ferraz de Vasconcelos, filho de Casimiro Barreto Ferraz de Vasconcelos.
1822 — Chega aqui o batalhão do nº 15 que estava destacado no Rio de Janeiro.PL
1833 — Principia na Colegiada a haver ladainhas a Nossa Senhora por causa da cólera, tendo precedido 3 dias de preces. PL
1833 — Enterraram-se nesta vila 7 pessoas, se não todas a maior parte, morreram da maligna.PL
1883 — Fez-se em Vizela um brilhante carroussel por cavalheiros de Guimarães e banhistas, dirigido pelo nosso José Martins Minotes; Guimarães ficou quase despovoado.
1889 — Decreto concedendo provisoriamente à Irmandade de Santo António, erecta na igreja de S. Francisco e provisoriamente na das Dominicas, as imagens, altares e igreja do extinto Convento das Dominicas, com as sacristias, coros, torre, sinos e dependências da mesma igreja, para aí se estabelecer a sede da mencionada irmandade, com a obrigação de manter o culto divino a expensas suas, e de proceder aos reparos necessários para a conservação do templo e mais anexos; devendo, porém, os ditos bens reverter para a fazenda nacional sem indemnização alguma, no caso da irmandade faltar, por qualquer modo, ao inteiro cumprimento da referida obrigação, ou quanto o estado, por qualquer motivo, deles carecer.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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27 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1456 — Carta de El-rei D. Afonso V, em Lisboa, com a resposta ao capítulo que o procurador de Guimarães lhe apresentou nas cortes celebradas ora em Lisboa, o qual capítulo é relativo ao pão que El-rei mandava para Ceuta.
1642 — Em vereação foi resolvido que o vereador António Rebelo de Macedo fosse ao Porto para tratar de agravos ali pendentes, entre os quais o dos mercadores que não querem dar a dança dos instrumentos.
1657 — Carta do general D. Álvaro, de Caminha, incitando a nobreza de Guimarães a acudir à fronteira, citando o exemplo de Chaves, e dizendo que não há-de querer que gente de fora venha defender as suas casas. É dirigida à Câmara para o comunicar.
1671 — Doutorou-se na Universidade de Coimbra, em teologia, o vimaranense D. frei José de Oliveira, eremita agostiniano, que depois foi bispo de Angola.
1672 — Em vereação foi perguntado António de Faria, morador na Praça de Nossa Senhora, de 96 anos, sobre as entradas dos arcebispos e disse que se lembrava de 3, que foram: frei Agostinho de Jesus que entrou de dia de pontifical, debaixo o pálio e, segundo sua lembrança, o acompanharam a Câmara, e que D. Afonso Furtado de Mendonça e D. Sebastião de Matos entraram de noite sem pálio.
1698 — Em vereação foi mandado aos marchantes que não dessem os 5 réis, de cada arrátel de lombo, aos religiosos de Santo António, visto não apresentarem provisão régia para o poderem levar.
1755 — Em vereação Domingos de Passos, pedreiro, de S. Dâmaso, arrematou a continuação da obra dos canos da água no lugar de Sub Costa por 1$400 réis a braça, na forma dos apontamentos.
1756 — O alcaide-mor de Guimarães, D. Luís Mascarenhas, 2.º Conde de Alva, capitão general da Índia, tendo marchado contra a cidade de Pondá, foi morto em confronto neste dia.
1834 — Repiques e à noite iluminação geral a S. Pedro, por ser o nome de Sua Majestade Ilustríssima o sr. D. Pedro, regente. PL
1835 — Neste dia e no seguinte, os Molarinhos armaram, na Rua da Tulha, alguns passos como festa de Santa Vera Cruz, os quais estavam ricamente asseados, concorreu nestes dois dias e noites muita ente para os ver, estando de noite uma música a tocar.PL
1855 — A mesa e definitório da Misericórdia delibera subsidiar com 200$000 réis e com os remédios que pudessem ser aviados na sua farmácia, o hospital de coléricos que a Câmara estabelecera, por já grassar próximo a colera-morbus.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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26 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1647 — O Cabido, em sessão resolve que a procissão da Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel vá á igreja da Misericórdia e não à ermida do Salvador do Mundo (no Cano), como era antigo costume.
1703 — Alvará nomeando escudeiro da casa real, com 400 reis de moradia por mês, e elevando juntamente a cavaleiro, com 300 reis e 1 alqueire de cevada por dia, ou sejam 700 réis de moradia e 1 alqueire de cevada por dia, a Gaspar Fernandes de S. Martinho de Sande, filho de Paulo Gonçalves, que há 7 anos e 9 meses serve de soldado arcabuzeiro na praça de Marzagão. Foi apresentado para registo na Câmara em 1718 por Pedro Gonçalves, da Morreira de S. Lourenço de Sande.
1808 — Carta dos ministros de Guimarães, agradecendo ao Cabido a prontidão com que se voou à defesa do reino.
1814 — A Misericórdia contrata por escritura com o médico António José de Sousa Basto, desta vila, a ele em sua vida receber o ordenado de 60$000 réis do partido dos expostos, com obrigação de curar os mesmos, conforme o fazia o falecido médico José António de Freitas.
1844 — A Câmara representa ao governo pedindo providências sobre a grande baixa no preço do milho, devido à importação de milho vindo das ilhas como nacional, sendo da Barbaria e outros países, o que era grande prejuízo para os agricultores.
1855 — A Câmara resolve instalar um hospital para coléricos, por se terem dado alguns casos de cólera.
1866 — Decreto criando a escola primária de S. Jorge de Selho. Por diploma de 15 de Março de 1867 foi nomeado professor António Martins da Cunha, que tomou posse a 3 de Maio e exerceu até 31 de Dezembro de 1867 em que foi transferido para Lousada por portaria de 2 do mesmo.
1870 — Em assembleia geral de subscritores do asilo de Santa Estefânia para a eleição, sendo por António Joaquim de Sousa Guimarães proposto que eram deficientes os estatutos e precisavam de reforma na parte que fosse julgado de necessidade: foi deliberado que a comissão administrativa coordenasse um novo estatuto em harmonia com o actual e que depois seria submetido à discussão da assembleia geral.
1902 — Na fábrica de cutelaria, ao princípio da Avenida da Indústria, às 8 horas da manhã, houve um incidente em que o operário António Cadeiras, de 16 anos, ficou sem 4 dedos da mão direita, e às 7 horas da tarde rebentou uma mó que apanhou o operário António Freitas Mendes, de 18 anos, deixando-lhe as costas e a cabeça em tal estado, que faleceu momentos depois. A fábrica em sinal de luto esteve fechada no dia seguinte.
1905 — Ao meio dia faleceu o bacharel José de Freitas Costa, literato, poeta e investigador de antiguidades de Guimarães, sua terra natal.
1917 — Na noite deste dia para o de amanhã, os gatunos entraram por meio de arrombamento na igreja de S. Romão de Mesão Frio, tirando uma caldeira, uma cruz e um vaso dos santos óleos.
1920 — Veio Nossa Senhora da Lapinha, com o rosto cobero, à Penha. Ordens braguesas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1325 — Carta de El-rei D. Afonso V, em Lisboa, confirmando a que seu pai, D. Dinis, deu em 12 de Junho de 1322, aos besteiros do conto de Guimarães. ( Esta é só aos besteiros do conto de Guimarães e não diz como a de 1322, aos da vila, castelo e termo). - Pergaminho nº11 da Câmara Municipal.
1606 — Contrato por escritura, feito por Gonçalo Francisco com o contratante das cartas de jogar e solimão neste reino, por oitenta mil réis a ter a estampa do solimão e de o vender nesta vila e termo por um ano, obrigando-se a ter no dito tempo 45 arráteis, a preço de 1$800 réis o arrátel, que o contratante lhe mandaria de Lisboa.
1627 — Em vereação foi taxada a mão de papel a 20 reis, o arrátel de pólvora a 150 réis e o arrátel de arroz a 50 réis.
1664 — Em sessão da vereação o alcaide queixou-se de que os hortelãos, na procissão do Corpo de Deus, não deram nem levaram Maria Graci, nem veio imperador e faltaram, portanto, com todo o império; pedindo, por isso, que condenassem a pessoas que tinha esta obrigação, e aparecendo, nessa ocasião, o rendeiro a requerer o mesmo, foi condenado Miguel Fernandes, das Molianas, por ser quem tinha tal obrigação, em mil reis, sendo uma parte para o alcaide e duas para o concelho, bem como nas custas.
1666 — Em vereação: Obrigaram-se os 3 marchantes a cortar a 13 réis, fora o real da sisa, e darão os touros nas festas da Câmara, e os lombos pelo mesmo preço e forma que até agora; - Foi assentado que vindo Gaspar Machado, marchante do Porto, ou outro qualquer venha a este termo comprar bois, carneiradas ou porcos nas feiras onde vão os marchantes da vila, estes os possam embargar e tomar para si tanto pelo tanto para não faltar mantimento nesta vila.
1740 — A Irmandade do Senhor Jesus, da igreja de S. Domingos, tendo pedido à de Nossa Senhora do Terço uma esmola para fazer paramentos, a qual lhe dera 6$000 reis, nesta data faz obrigação de lhe emprestar o pálio para a festa de Nossa Senhora, que era no 3.º domingo de Julho, e para todas as festas dela.
1818 — Provisão régia autorizando a Câmara a fazer aforamento a José Castro Sampaio, de uma viela estreita e imunda que ia da Madroa para o Sabacho por entre duas propriedades suas, Esterpão e Madroa ou Castineiro, para ele tapar e juntar às mesmas, pelo foro anula de cem réis.
1828 — À meia noite ( de 25 para 26, ou de 26 para 27, não diz ) saem para o Porto os frades Dominicos e os seus criados que haviam sido presos na tarde de 24 deste mês. Os frades que foram presos para o Porto foram frei António Macieira, o Grilo de Braga, e o sacristão também natural de Braga, ficando, dos que tinham sido presos, o frei Manuel do Rosário e o frei José, organista. Alguns destes padres tinham sido feridos pelos soldados quando foram presos. Também foi com os frades o fardamento do 15, que estava nos quartéis. PL.
1834 — Chega notícia de, na ilha da Madeira, ter sido aclamada a srª D. Maria II e a Carta Constitucional, pela tropa da guarnição da mesma, autoridades e povo; pelo que houve aqui repiques, foguetes do ar e à noite luminárias. PL
1887 — Às 2 horas da tarde faleceu, no Convento de Santa Rosa de Lima, a madre Maria do Carmo do Amor Divino, vigária in capite e penúltima religiosas deste convento. Foi sepultada no dia 28 no cemitério da Atouguia, depois dos respectivos ofícios feitos na igreja do dito convento.
1904 — Acabou de construir-se a torre de Santo Estêvão de Urgezes e no dia 28 tocaram nela os sinos (o antigo da freguesia e o 2º de S. Dâmaso que compraram) e queimaram muitos foguetes.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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24 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1504 — Alvará régio, escrito em Lisboa, dirigido ao bacharel Pedro Nunes, ouvidor do duque de Bragança, autorizando a que, com os juízes e oficiais, lance imposição sobre o vinho, no concelho de Guimarães, para pagamento de 20$000 réis ainda não cobrados para completar os 90$000 réis que o concelho (município) despendeu no recebimento de El-rei quando veio a esta vila. - Papéis avulsos da Câmara, na Sociedade Martins Sarmento.
1579 — Alvará, passado em Lisboa, confirmando por 2 anos todos os privilégios da vila de Guimarães, não cuidando El-rei antes do negócio das confirmações. A confirmação foi solicitada por Fernão Rebelo e João Lopes da Rocha, procuradores enviados às Cortes ora feitas em Lisboa. Este era vereador em Guimarães e aquele já fora eleito para, por morte do infante D. Duarte, ir prestar menagem a El-rei e por falecimento de El-rei foi novamente eleito para prestar menagem ao novo rei e agora eleito às Cortes. - Vide V-15-1579
1609 — Sentença da Relação do Porto dando provimento ao agravo da Câmara contra o corregedor que pretendia que a Câmara reparasse a cadeia da correição, que pertence a todos os concelhos da comarca, e em Guimarães há mais duas do concelho que são reparadas pela Câmara, sendo porém os reparos da correição até 10 cruzados os pagará a Câmara e mais todos os concelhos. Era corregedor João d'Ornelas. A cadeia da correição tinha sido feita de novo à custa de todos os concelhos e por estar aqui o corregedor queria que a comarca a reparasse. Havia a cadeia do Castelo onde se recolhiam os presos da vila e termo. Até agora tinha pago a Câmara por descuido.
1823 — Professam os seus hábitos na igreja da Colegiada, Francisco José Gonçalves d'e liveira e seu filho Bento António de Oliveira Cardoso, o primeiro o hábito da Ordem de Cristo e o segundo o da de S. Tiago.
1827 — O chantre de Guimarães, Gaspar Manuel Teixeira de Carvalho, e o cónego Paulo de Melo Pereira e Sampaio, partem para Lisboa para, como deputados do Cabido, juntarem-se ao seu D. Prior, que então residia em Lisboa, irem felicitar El-rei por o feliz restauramento. Fizeram de despesa à Fábrica da Colegiada 236$195 réis.
1836 — Entrou no Campo Santo desta vila (cemitério), o cónego Luís de Melo Pereira Sampaio, a cavalo, correndo algumas das ruas do mesmo para ver uma flor que lhe tinham dito haver naquele santo lugar. Desta maneira entrou neste recinto respeitado por todas as nações, ainda as mais bárbaras, este presumido fidalgo e estúpido bacharel formado, que pela sua ignorância não advertiu que ia cometer uma acção que seria taxada de criminosa, ainda mesmo a um homem que nenhum vulto fizesse na sociedade. PL.
1864 — A Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos manda celebrar um ofício fúnebre na usa igreja, pela alma do condutor de obras públicas, riscador das suas torres e director da construção da do lado nascente, Pedro Joaquim Ferreira, que em 20 deste mês falecera em S. Martinho de Sande, onde estava a ares. A mesma irmandade tinha-lhe feito o enterro que foi pomposo, acompanhando o cadáver solenemente, desde a igreja de S. Domingos para a dos Santos Passos, tomando parte do mesmo acompanhamento a irmandade da Misericórdia.
1879 — A Câmara delibera que a feira semanal, a do gado bovino e suíno, passe a ser no Campo do Salvador
1882 — Domingo.- Na noite deste dia para o seguinte, os ladrões entraram pelos telhados na igreja de Urgezes e roubaram as jóias que adornavam Nossa Senhora do Rosário.
1890 — Principiam em Campelos as obras de edificação da Fábrica de Fiação e Tecidos de Guimarães; em Janeiro de 1893 principiou a fábrica a funcionar a vapor, a parte da fiação, e trabalhando com água a 26-9-1894.
1896 — A Câmara representa a El-rei que o seminário de Guimarães seja transformado em liceu nacional, em conformidade com o artigo 2º, § 3º, da lei de 28 de Maio de 1896.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1200 — El-rei D. Sancho I, em Guimarães, fez doação de uma casa, junto da Sé de Braga, onde vivera seu pai, D. Afoso Henriques, ao seu porteiro de Braga, Pedro Pires e sua mulher, Sancha Pires.
1417 — Alvará de D. João I, em Lisboa, manda aos juízes de Guimarães não constranjam o hortelão do Convento de S. Francisco a ser besteiro do couto nem a servir nos outros encargos e servidões, e que haja todas as honras, privilégios e liberdades que hão os caseiros da igreja de Santa Maria dessa vila.
1640 — A Câmara, em sessão, mandou chamar os marchantes, eram 5, e os instaram e pediram que quisessem obrigar-se a cortar carne na forma do costume, a que eles responderam que o comissário do real d'água lhes levara mais de 200$000 réis, grande cópia de dinheiro pelos atrasados, com o que ficaram sem cabedal para continuar a cortar carne e não anuíram. - Idem, os marchantes de rezes miúdas recusaram obrigar-se a cortar os carneiros e chibarros (bodes capados) porque não podiam sofrer o encargo da balança que Sua Majestade manda pôr no açougue, com que padeciam grande trabalho.
1770 — O D. Prior de Guimarães, D. Domingos de Portugal e Gama, vendo que a igreja paroquial de S. Vicente de Mascotelos, do padroado da Colegiada, era velha, pequena e em sítio remoto, depois de ter licença do Arcebispo D. Gaspar, e vencer prudentemente a repugnância de alguns lavradores da mesma freguesia, neste dia 24 fez, sendo acompanhado de 3 dignidades, 3 cónegos dos mais antigos e outros eclesiásticos, solene trasladação do Santíssimo Sacramento e das imagens da dita igreja para a capela de Santo Amaro, onde ficou instalada a sede paroquial, a fim de aquela ser demolida, por esta capela ser mais suficiente e em muito melhor para celebração dos actos paroquias. As 3 dignidades, foram o chantre vigário geral, o tesoureiro-mor e o mestre-escola, os 3 cónegos prebendados dos mais antigos, alguns padres da curaria, o vigário, juiz do subsino e fregueses foram quem com o D. Prior se incorporaram na procissão.
1778 — Estando a curaria na capela de S. Tiago para fazer acompanhar à sepultura o cadáver do padre Francisco de Barros que aí era depositado, chegou a Irmandade de S. Pedro, de que ele era irmão, e em nome dela, o padre Francisco Xavier de Sepúlveda, perante um escrivão, protestou que a curaria lhe fazia violência em vir de estola a tal acto como pároco.
1822 — Os da Rua de Gatos, hoje D. João I, fazem grande festa a S. João, armando-se 4 passos e à noite lançam uma máquina. PL.
1843 — A Misericórdia resolve aceitar o donativo de mais duas casas Atrás de S. Paio, que lhe oferecia o seu ex-boticário, José Joaquim da Silva Pinheiro, para sobre o terreno delas e de outras que já tinha destinadas aos entrevados, edificar uma casa que lhes servisse de asilo, com a condição de nunca ser aplicada a outro fim.
1884 — De manhã reuniram-se, na igreja de S. Sebastião, a junta de paróquia e vários moradores da freguesia, para deliberarem sobre a remoção da mesma igreja. Apresentaram-se vários alvitres e, por fim, resolveu-se nomear uma comissão para estudar os meios para se construir noutro lugar uma nova igreja, se o Governo não concedesse para o serviço da paróquia a igreja das Dominicas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1295 — Foi apresentado na abadia de S. Miguel das Caldas, que era do padroado real, o padre Estevão Martins.
1456 — Carta de El-rei D. Afonso V com o capítulo especial referente ao pão que ia para Ceuta, que lhe foi apresentado nas cortes de Lisboa pelo seu escudeiro e vassalo João Álvares Rebelo, procurador de Guimarães, e resposta ao mesmo.
1465 — O Arcebispo D. Fernando da Guerra decidiu que o pessoal da Colegiada de Guimarães não estava obrigado à residência pessoal nos benefícios paroquiais que qualquer dos membros possuía.
1605 — Em vereação foi acordado que os vendedores de tremoços os vendam pela medida que tem o aferidor, que darão cheia por meio real, sob pena de 1$000 réis para acusador e cativos.
1608 — Por sentença desta data proferida pelo juiz de fora, o licenciado João Luís da Costa, é confirmado o privilégio que D. João I concedera a Guimarães, depois da tomada de Ceuta, de as praças e açougues da mesma vila serem varridas por dois vereadores de Barcelos, vindo estes com uma barrete vermelho na cabeça, banda ao ombro da mesma cor, espada à cinta, um pé calçado, outro descalço, todas as vésperas de festa da Câmara. Deu causa a esta sentença o pleito travado entre os vereadores de Guimarães e Manuel Gonçalves e Sebastião Gonçalves, lavradores e moradores na freguesia de S. Miguel de Cunha, por estes se oporem a cumprir tão humilhante obrigação, a qual lhes cabia por giro: o motivo, que pretextara este privilégio, foi que, tendo D. João I dividido as estâncias da muralha de Ceuta pelos moradores das vilas e cidades que o acompanharam a essa empresa, e ficando a gente de Guimarães e Barcelos em estâncias seguidas, onde o combate era mais cruel e renhido, aconteceu que os de Barcelos desampararam o seu posto, ao passo que os de Guimarães, dividindo-se em dois terço, ocuparam com um deles a estância abandonada, defendendo-a até à vitória, com inexcedível coragem. - Abade de Tagilde.
1732 — O escrivão da correição, Jerónimo Ribeiro da Cruz, foi à serra de Santa Catarina acompanhado do meirinho, e sendo-lhe apresentado, por frei Joaquim de Santo Elias, religioso professo da Ordem Terceira do Carmelo, um instrumento público feito aos 28 de Maio do mesmo ano de 1732 em que o seu provincial eleito, frei Jaime de S. Paio, e mais definidores, o nomearam seu procurador, e bem assim apresentou-lhe uma provisão, em virtude do que o dito escrivão o meteu em posse da capela, hospício e todas suas pertenças de Nossa Senhora da Penha.
1795 — Em vereação, António Alves Ribeiro Guimarães, apresentou o risco da alpendrada das padeiras a fazer ao Pelourinho.
1800 — Os vereadores com a nobreza, clero e povo, resolveram cortar as carnes por administração própria, porque os carniceiros queriam levar maior preço que no Porto, Penafiel, Basto, Fafe, Vila do Conde, e além disso costumavam subtrair ao peso.
1821 — É mencionada em cortes uma felicitação que lhe dirigiram 11 religiosos constitucionais desta vila, a qual foi ouvida com agrado.
1850 — Saiu a Irmandade de Nossa Senhora da Consolação em procissão de penitência com a imagem do Senhor dos Passos, tendo havido preces nos 3 dias anteriores, por causa da febre no Brasil; levava bastantes penitentes e muito povo.
1879 — Às 6 horas da tarde o pároco encomendado de Urgeses benzeu em S. Roque capela do Senhor da Cana Verde, pertencente então à Viscondessa de Roriz. Esta capela estava desde há muito profanada, mas desde que a adquiriu esta possuidora, foi restaurada, dizendo-se nela a primeira missa cantada e Te Deum de tarde, em que pregou o padre António Caldas, no dia seguinte 24. Esta capelahavia sido um benefício simples da Real Colegiada. A Viscondessa de Roriz comprou-a à Fazenda Nacional e, por influência do seu procurador padre Manuel Custódio de Sousa Gonçalves, mandou-a reparar e restituir ao culto. No dia 23 à noite houve iluminação e fogo e no dia 24 festa com arraial e música.
1883 — Teve lugar a rifa do sino grande de S. Pedro e de um pequeno e fraco órgão de armário, também pertencente à basílica de S. Pedro. A rifa foi regulada pela lotaria da Misericórdia de Lisboa, saindo o sino no nº 2687 ao negociante de panos desta cidade, António Pereira da Silva, e o órgão no nº 525 a m negociante do Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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21 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1633 — Em vereação: foi proibido cozer trigo do mar sob pena de dois mil réis, e que os vendeiros da ponte de Servas não vendam do mesmo trigo sob pena de prisão.
1693 — Carta do governador das armas, D. João de Sousa, em Viana, remetendo à Câmara a lista do número de familiares do Santo Ofício que na vila de Guimarães deviam gozar dos respectivos privilégios, eram: Braga 20, Viana 20, Guimarães 10, Barcelos 8 e as mais vilas do reino 2 ou 1, conforme o número dos moradores; também lhe remete cópia da carta régia de 30 de Abril deste ano que enviou a lista geral referente ao mesmo assunto por decreto de 16 do dito mês e ano ao general de artilharia da província do Minho. - Arquivo da Câmara.
1695 — Em vereação: obrigaram-se os padeiros a fornecer pão enquanto o forno que é do concelho, e que está a S. Paio, não estivesse corrente. Tomou juramento de juíza do ofício de tecedeira, de tear baixo, Margarida Luís, solteira, do Cano de Cima, por estar eleita para o ser por um despacho de Câmara de 21 de Maio deste ano.
1754 — A mesa da Irmandade de Nossa Senhora da Oliveira delibera mandar fazer no dia 15 de Agosto dois bailes, sendo o de D. Afonso Henriques "quando a Senhora nele fez o milagre" e o de Daniel no lago; e logo postos a lanços, a que concorreram o padre Jerónimo José de Almeida e António Dias, foram entregues a este por 240$000 réis.
1835 — Deram-se alguns foguetes do ar, na Rua da Tulha, por içarem uma bandeira que anunciava um festejo que naquela rua haveria uma "Santa Vera Cruz". PL
1837 — Chegou a esta vila uma ordenança de cavalaria com um ofício do administrador geral de Braga para o administrador deste concelho, no qual dava por cópia a participação telegráfica do nosso governo, de ter havido na Espanha uma renhida acção entre os Cristinos e os Carlistas, sendo estes últimos derrotados, abandonando o campo, assim como D. Carlos. Na ocasião em que chegou esta notícia, houve repiques de sino em todas as torres da vila. De tarde saiu um bando da Câmara a convidar os habitantes da mesma a porem luminárias, e à noite houve iluminação geral, repiques de sino e uma banda de música a tocar hinos pelas praças e ruas da vila. PL.
1870 — Precedido de 2 dias de preces ad petendam pluviam, hoje, 3º dia, sai a Irmandade de Nossa Senhora da Consolação em procissão de penitência com a imagem do Senhor dos Passos.
1886 — Terça-feira. Houve de tarde grande incêndio na casa do caseiro da Formiga, em S. Torcato; ardeu grande parte da casa e morreram 1 cavalo, 4 bois, alguns porcos, e salvando-se outros a muito custo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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20 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Janeiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1713 — Provisão a requerimento da Misericórdia de Braga, ao provedor de Guimarães para que aplique os legados não cumpridos da comarca ao hospital de S. Marcos daquela cidade, na forma da Bula que lhos concedia.
1808 — A Junta provisória de Guimarães, que era composta do desembargador Manuel Marinho Falcão, corregedor António Borges da Silva, juiz de fora José Freire de Andrade, escreveu ao governo interino de Braga, opinando que as forças de Guimarães e Braga tomassem a ofensiva e não permanecessem na defensiva. Em Guimarães os frades e clérigos foram a os primeiros que se alistaram.
1832 — Fazem-se na vila algumas prisões de pessoas indiciadas por constitucionais. PL
1834 — Sábado. Andaram os voluntários do batalhão móvel desta vila a dar porradas em todos aqueles que eram realistas e encontravam na feira, deixando alguns bem mal tratados. PL.
1837 — A requerimento dos contratadores e negociantes de linha e carregadores dela para os portos do Brasil (que eram do Porto), alegando que a linha era muito curta e por isso ser cortada e tida por falsa, a Câmara determinou: "1º Que os sarilhos sejam aferidos e tenham meia vara de cruz a cruz, e que desdobrando vem a ter uma vara de comprido; 2º- Que cada massa de linha tenha trinta cabeças e cada cabeça dez nagalhos e cada nagalho trinta linhas; 3º Que as linhas vendidas a retalho estão sujeitas à mesma medida pelo que toca ao seu comprimento, tendo dez reis trinta linhas, e cinco reis quinze linhas. Que os refractários deste acórdão ficam sujeitos à pena de lhe ser cortada a linha pelo comprador ou outra qualquer pessoa."
1873 — Alvará dando o título de real à fábrica de tecidos de Caneiros, de João Pereira da Silva Guimarães, Filho e Sobrinho.-
1925 — Inauguração solene da agência do Banco do Minho em Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 junho, 2007
Uma aventura no Museu / 2
Partindo do reconhecimento da arte, da história, arqueologia e da música como domínios privilegiados de aprendizagem e de valorização cultural, este curso visa estimular a imaginação e criatividade; despertar a sensibilidade estética; identificar e compreender os diferentes materiais; reconhecer a arte como veículo de comunicação e como um recurso educativo capaz de contribuir para um maior envolvimento das crianças na cultura. Pretende-se, pois, aproximar as crianças ao Museu, através da participação em actividades de carácter lúdico e pedagógico, inserindo-as em diferentes contextos.
Nesta “Aventura no Museu”, as actividades serão compostas por um conjunto de oficinas práticas cujos destinatários serão crianças dos 6 aos 9 anos (Quartas e Quintas e sextas-feiras) e jovens dos 10 aos 12 anos (Segundas e Terças-feiras), no horário compreendido entre as 14h30 às 17h30. As inscrições poderão ser efectuadas na secretaria da Sociedade Martins Sarmento, ou pelo correio, no período compreendido entre 18 e 1 de Julho.
Efemérides vimaranenses: 20 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1049 — D. Fernando VI, "O Magno", rei de Leão, e a rainha D. Sancha sua mulher, estando em Guimarães, por carta sua, confirmam ao Mosteiro de Mumadona todas as escrituras e doações a ele pertencentes e concedem-lhe de novo que nenhuma justiça de El-rei pudesse prender culpado algum dentro do termo da jurisdição de Guimarães, o qual demarcou entre os rios Ave e Vizela e S. Torcato, isto porque queria, assim por reverência daquele lugar santo, como por fazer mercê a D. Pedro (5.º, do nome), abade dele e aos mais religiosos que nele viviam, que todas as culpas que naquele termo se cometessem e o castigo delas, corressem por mãos do vigário ou ouvidor do dito mosteiro, pondo por pena, às justiças que o contrário fizessem, que pagassem um talento de ouro. - Vimar. Monum. Hist., doc XXXV, fl.36.
1322 — Testamento de El-rei D. Dinis, feito em Lisboa, nele está a seguinte disposição:"Item ao Mosteiro de Santa Maria (sic) da Costa, duzentas libras". - Prov. Geneal.,1º vol., fl. 99
1557 — Carta da rainha ao D. Prior de Guimarães e seu Cabido para que desistissem da apelação para Roma, que intimaram ao Arcebispo de Braga, D. Baltazar Limpo, sobre as coisas que ele ordenou na visita que fez à Colegiada no ano anterior, 1556, e que cumprissem com brevidade por serem para melhor serviço da igreja, pois receberia desprazer se as estorvassem e dilatassem. E sendo caso que em alguma delas tivessem alguma razão de peso, ou algum inconveniente, o que não parecia que deviam ter, se não houvessem mais que as contidas na sua apelação e na resposta do Arcebispo, lho escrevessem logo e tudo o mais que nisto fizessem, o que lhes encomendava fosse com toda a brevidade.
1640 — Em vereação foi taxado o arrátel de bacalhau a 25 réis.
1679 — Em vereação : O capitão Francisco Henriques Neto, feitor das madeiras da Ribeira d'Ouro e Manuel António, patrão e mestre da fábrica delas, disseram: examinaram as madeiras que pela freguesias já estavam cortadas para irem para a dita fábrica e as acharam boas, em proporção e bitola conveniente, e que de menos grossura não satisfaziam para o fim destinado como os lavradores pretendiam.
1774 — O D. Prior, D. Luís Maria de Saldanha e Oliveira e Sousa, escreve ao seu Cabido comunicando-lhe o desejo que tem de reformar a igreja. O Cabido delibera em 29 deste mês responder-lhe que lhe dá por uma só vez para a dita reforma 2:000$000 réis da mesa capitular.
1787 — Provisão concedendo licença ao padre António José de Freitas, de S. Romão de Arões, do termo de Guimarães, para ensinar a ler, escrever e contar.
1847 — De tarde houve uma grande desordem, junto à igreja de S. Sebastião desta vila, por causa de não sair a procissão do Santíssimo Sacramento da freguesia (tinha sido neste dia a festa) tendo concorrido para esta desordem o pároco João Bento (Correia), pelo seu pouco juízo, e o tesoureiro da Confraria, por aquele não querer que saísse a procissão sem se pagar aos padres, e por este não lhes querer pagar. A desordem foi tão grande que um célebre marchante chamado Cuchicho (já se tinha feiro célebre no tempo da Maria da Fonte) pôs-se à porta da igreja a esperar o pároco com uma faca para o assassinar, sendo este acompanhado por bastante povo dando morras ao pároco. Tocou logo a juntar a patuleia que estava nesta vila e apresentou-se o juiz de direito e o Visconde d'Azenha e mais a força que, conseguindo dispersar o povo, tiraram da igreja o pároco e o salvaram de um insulto, fazendo que este acontecimento não produzisse alguma cena triste.PL.
1878 — É concedido o título de Real à Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos.
1912 — Lei modificando os contratos para a construção do caminho de ferro de Braga a Guimarães e Monção, e de Viana a Ponte de Lima.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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18 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1553 — O Arcebispo de Braga, D. frei Baltazar Limpo, dá procuração ao licenciado Manuel Álvares, procurador na Casa da suplicação e a André da Maia, seu capelão e chantre de Cedofeita, para em seu nome e da Sé de Braga fazerem a segunda e última concordata sobre jurisdições com a Colegiada de Guimarães.
1591 — Sentença julgando a transacção feita em 30 de Janeiro do mesmo ano, entre as freiras de Santa Clara e o abade de Santa Cristina de Arões, o qual havia tentado anular a anexação da igreja da sua freguesia àquele convento. Este pleito, que durara 15 anos e que havia cansado as partes, terminou pela referida transacção, ficando as freiras percebendo metade dos frutos e rendimentos anexados.
1627 — Em vereação foi mandado pôr em pregão a renda de meio real em quartilho de vinho, por 2 anos, para assim se conseguir já os 600$000 réis que a Câmara emprestara ao rei para a Companhia da Índia. Em 21 deste mês houve lanço de 1:040$000 réis.
1653 — É publicada na Praça (largo da Sª da Oliveira) por Pedro de Oliveira, com assistência de parte da nobreza e de muito povo, a lei sobre as pessoas que assistem nas grades dos mosteiros das freiras, declarando as penas por ela postas a quem a não cumprir e for contra ela.
1657 — Por ordem da Câmara foram notificados os carpinteiros para não deixarem o trabalho das portas da vila sem as acabarem, sob pena de 6$000 réis e 10 dias de cadeia.
1808 — Principiou a organizar-se o batalhão dos privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira.
1808 — Carta da Junta do Porto mandando aclamar o príncipe regente (em Guimarães já estava aclamado desde ontem) e descobrir e repor as suas armas, declarando abolido o governo francês. Foi registrada a 22.
1838 — Foi o primeiro dia em que não choveu e que o tempo se entrou a pôr bom; pois até este dia sempre choveu ou mais ou menos à excepção do dia 6 deste mês e de mais alguns dias. PL.
1854 — Â Câmara resolveu pedir ao governo o Convento do Carmo que estava extinto pelo óbito da última religiosa.
1859 — Representou-se no teatro, por curiosos, o bom drama "A Virgem do Campo", do vimaranense e cónego António Joaquim de Oliveira Cardoso, com feliz êxito. No dia 29 repetiu-se, havendo no fim do drama chamadas, lançaram-se coroas, muitos bravos e palmas, poesias endereçadas ao autor e recitadas por João Luís Correia Júnior e Francisco Joaquim Moreira de Sá, terminando o espectáculo com a poesia a carácter "Tentativa de Suicídio", composição do mesmo autor e donde ele extraiu o pensamento do drama.
1863 — No teatro D. Afonso Henriques benefício do actor Amaral, com peças variadas e entre elas a comédia "Zuavos"; actores bem, especialmente o Abel.
1888 — Estando uns rapazes queimando umas bombas na Rua de Camões, um deles lançou uma bomba dentro do tanque que ali existia, abaixo das Lajes, a qual explodindo despedaçou o tanque e parte da canalização, e ficando em estilhaços os cântaros que estavam na bordas.
1889 — Decreto concedendo à Irmandade de Santo António a igreja, sacristias, coros, torre, sinos, altares, imagens e dependências dela, que foram do Convento de Santa Rosa de Lima, para se estabelecer nela a sede da mencionada irmandade, com a obrigação de manter o culto divino a expensas suas e proceder aos reparos necessário de conservação do templo.
1911 — Saiu um bando percorrendo as ruas da cidade anunciando que pelas cortes gerais estava reconhecida a República em Portugal. Da varanda dos Paços do Concelho foi lida por um vereador, estando ali presente uma força do 20 de infantaria com a respectiva música, muito povo, mais duas bandas marciais, a Boa União e a de Pevidém; finda a leitura houve vivas, tocaram A Portuguesa, retirou a força para o quartel e a banda Boa União ficou 2 horas a tocar em coreto em frente da casa da Câmara e a do Pevidém tocando pelas ruas. À noite marcha aux flambeaus com numerosos militares e republicanos, vivas diversos; terminou às 11 horas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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17 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1258 — Neste dia, estando D. Afonso III, em Guimarães, deu foral à povoação de Viana, com muitos privilégios, concedendo-lhe a categoria de vila e o nome de Viana da Foz do Minho. No ano de 1262 o mesmo monarca estando também em Guimarães deu-lhe outro foral aumentando-lhe os privilégios.
1567 — João Pacheco renuncia o seu ofício de tabelião de notas, em favor de Francisco Homem, casado com sua filha Ana de Matos, a quem tinha prometido em dote de casamento tal lugar, para o que arranjara alvará do senhor desta vila.
1605 — Em vereação acordaram com os da governança: - que a medida dos tremoços antiga que se dava por um ceitil se reúna agora a uma medida quadrada que leve 3 medidas das antigas e valerá por meio real, e esta mudança se fez por constar haver engano pela aferição que se fez e mandou-se fazer um padrão da dita medida para estar na Câmara para o aferir.
1657 — Em vereação: foi nomeado alcaide Sebastião Pereira para cuidar especialmente da condução de madeiras e mais coisas para os reparos das portas da vila; foi arrematada a ferragem e pregaria para as portas, chapas grossas lavradas e pregos grandes, a 42 reis o arrátel, por Francisco Nogueira e Francisco Lourenço, ferreiros, moradores nas Molianas, com obrigação de não largarem mão da obra sem a acabarem.
1661 — A Câmara e gente da governança dão licença para no monte de S. Roque se edificar um convento de frades da província da Piedade (Capuchos). Não se realizou aí a edificação, mas sim junto aos muros da vila, passado pouco tempo. A Câmara escreveu neste dia ao padre provincial convidando a que venham edificar o convento em S. Roque.
1739 — O D. Prior de Guimarães, D. João de Sousa, escreve de Calhariz ao seu Cabido, mandando-lhe o seu consentimento para a erecção de uma nova irmandade de S. Pedro que o mesmo Cabido instituía na sua igreja, em virtude das grandes demandas que de muitos anos trazia com a irmandade da mesma invocação, que actualmente estava no claustro de S. Francisco, chegando esta mais tarde a ser extinta e restaurada, tudo por causa de prerrogativas e direitos paroquiais.
1808 — Neste notável dia, a folhas 85 verso do livro do registo dos doentes do hospital da Misericórdia, que então era escrito pelos Irmãos do mês em serviço, um deles, representante da Casa do Toural, deixou a seguinte demonstração de patriotismo:" Em dia 18 de 1808 foi o dia do levantamento nesta vila de Guimarães, dia da nossa redenção, e por isso faço este assento para que em todo o tempo conste aos nossos vindouros, rogo aos senhores da mesa de mesa vindouras me desculpem este meu assento, por ser feito neste livro em que nada disto pertencia. Viva a nossa Religião, viva o osso príncipe, viva a nossa Augusta Rainha, viva toda a casa de Bragança. Fiz este assento eu Jerónimo Vaz Vieira da Sª Melo Alvim, Irmão do Mês."
1818 — Para a comemoração anual deste memorável dia, diziam os regulamentos da sacristia e torre da Colegiada:"De tarde se aprontará o coro e a tribuna para o Te Deum Laudamus que é depois de vésperas. Panos verdes (eram as alcatifas da capela-mor) e as bandeiras nas credências. Se farão 3 repiques, um ao princípio do Te Deum Laudamus, outro no fim e outro quando se levarem as bandeiras para a torre que será no fim do Te Deum.
1851 — A rainha D. Maria II, "tendo consideração à ilustre ascendência de António de Nápoles Vaz Vieira de Melo, fidalgo cavaleiro da Sua real casa e administrador do morgado de Torrados; e atendendo ao merecimento e mais partes que nele concorrem; e querendo perpetuar a memória dos serviços de seus maiores", fez-lhe mercê do título de Barão do Costeado, em sua vida, por carta régia desta data, por decreto de 7 de Dezembro de 1848, participado em 9 do mesmo mês a ano pelo ministro do reino, Duque de Saldanha.
1896 — Alvará aprovando os estatutos do Sindicato Agrícola de Guimarães; foi em 8 de Julho do dito ano, publicado no "Diário do Governo".
1899 — Realizou-se em Vizela, pela 1.ª vez, corrida de touros em praça apropriada.
1906 — Grande manifestação que muitíssimo vimaranenses fizeram aos seus compatriotas que vinham de ser enxovalhados e insultados pela canalha e ralé nas ruas da cidade do Porto, esperando-os no comboio da noite, na estação do caminho de ferro e acompanhando-os à cidade com uma marcha aux flambeaux com duas bandas de música. Tinham ido ao Porto cumprimentar o nosso João Franco Castelo Branco e tomarem parte no banquete oferecido ao mesmo pelos seus numerosos amigos e admiradores, efectuado no Palácio de Cristal.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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16 junho, 2007
Efemérides vimaranenses: 17 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1648 — É registado na Câmara o alvará, alcançado pelo D. Prior e Cabido, em que S. Majestade ordena aos ministros e oficiais da Câmara assistam de hora em diante, na igreja Colegiada, no dia e véspera em que se celebra a festa e procissão de S. Dâmaso, padroeiro de Guimarães, na forma que costumavam assistir nas procissões da obrigação da Câmara.
1666 — Em vereação foi acordado que qualquer vereador só por si sem dependência de corpo de Câmara possa mandar prender os marchantes e pescadeiras que lhe não derem carne e peixe na forma estatuída.
1736 — Provisão régia para que o juiz de fora faça o tombo dos haveres da Irmandade de Nossa Senhora do Ó, com sede na igreja do Convento de S. Francisco, o qual tomou para o escrivão do tombo a António Vaz da Silva, desta vila. O juiz de fora António de Loureiro Almeida constitui-se juiz do tombo em 21 de Junho de 1737.
1765 — O dr. Frei João José Pereira da Silva e Abreu, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, superintendente e visitador geral das fábricas das comendas da mesma ordem, deixou capitulado, na visita que fez à igreja de S. João de Brito, o seguinte:"Achei a igreja matriz feita de novo, por ter a velha caído no chão repentinamente que toda se demoliu e como foi edificada muito afastada da residência do pároco e em lugar ermo, circunstâncias porque se fazia muito custosa a assistência do pároco para administrar os sacramentos e também exposta a ser roubada, como por muitas vezes o fizeram de sorte que não deixaram nela coisa alguma, por todos estes motivos se viram os fregueses obrigados a fazer igreja nova e edificá-la junto da residência do pároco e melhor sítio, donde está mais segura e livre dos contratempos que padecia, a qual se acha feita e acabada com toda a perfeição à custa dos pobres fregueses que todos concorreram e trabalharam nela com muita devoção e só agora necessita que se faça capela-mor e sacristia o que pertence à comenda o fazer-se pelos frutos dela; para o que deve o reverendo pároco suplicar a Sua Majestade pelo seu Tribunal da Mesa da Consciência e Ordens, para que seja servido mandar-lhe fazer pelos frutos da comenda.
1781 — Contrato por escritura em que o carpinteiro Manuel Pinto, do lugar da Capareira, da freguesia de Santa Cristina de Arões, obrigou-se a fazer o guarda-vento da igreja da Misericórdia por 5$600 réis, fora ferros e chumbo.
1827 — Dá entrada na cadeia da correição Joana Maria, de 26 anos, natural da cidade de Braga, casada com António José Fernandes, do qual andava ausente, que fora presa pela ronda da tropa de linha desta vila, tendo-a encontrado de noite com um fardamento, vestida de soldado; foi solta em 26 deste, constando do alvará chamar-se Custódia.
1839 — Em benefício de um egresso, filho do Pedro da Rua de Couros, ao qual faltavam meios para se ordenar, levaram os estudantes à cena uma tragédia em 5 actos, intitulada "Júlio ou o Assassino". PL.
1874 — São datados deste dia os estatutos da Companhia "Minho District Railway company limited" com sede em Londres, para construção e exploração do caminho de ferro de Bougado a Guimarães.- Diário do Governo nº 40 de 22-2-1875 a fl. 289.
1882 — Às 6 horas da tarde chegou a esta cidade o Arcebispo D. João Crisóstomo de Amorim Pessoa, para no dia seguinte fazer o lançamento da 1ª pedra para o monumento a Pio IX, na Penha. Teve recepção brilhante indo processionalmente da igreja da Misericórdia para a da Colegiada. - Vide "O Progresso Católico", 4º ano, nº 16 e 17.
1886 — De surpresa o administrador progressista do concelho vai à secretaria da Câmara e faz uma sindicância à escrituração e uma inspecção ao cofre, achando na melhor ordem e conformidade com a escrituração. Esta reles politiquice não lhe deu o desejado resultado.
1907 — A malandragem e garotada do Porto, faz apupamento e pratica outros actos de selvajaria aos nossos conterrâneos e mais provincianos que em grande número foram à dita cidade cumprimentar o conselheiro João Franco Castelo Branco e assistir ao banquete ao mesmo conselheiro, presidente do conselho de ministros pelos seus correligionários daquela e do norte do país.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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