Efemérides vimaranenses: 18 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1258 — Neste dia, estando D. Afonso III, em Guimarães, deu foral à povoação de Viana, com muitos privilégios, concedendo-lhe a categoria de vila e o nome de Viana da Foz do Minho. No ano de 1262 o mesmo monarca estando também em Guimarães deu-lhe outro foral aumentando-lhe os privilégios.
1567 — João Pacheco renuncia o seu ofício de tabelião de notas, em favor de Francisco Homem, casado com sua filha Ana de Matos, a quem tinha prometido em dote de casamento tal lugar, para o que arranjara alvará do senhor desta vila.
1605 — Em vereação acordaram com os da governança: - que a medida dos tremoços antiga que se dava por um ceitil se reúna agora a uma medida quadrada que leve 3 medidas das antigas e valerá por meio real, e esta mudança se fez por constar haver engano pela aferição que se fez e mandou-se fazer um padrão da dita medida para estar na Câmara para o aferir.
1657 — Em vereação: foi nomeado alcaide Sebastião Pereira para cuidar especialmente da condução de madeiras e mais coisas para os reparos das portas da vila; foi arrematada a ferragem e pregaria para as portas, chapas grossas lavradas e pregos grandes, a 42 reis o arrátel, por Francisco Nogueira e Francisco Lourenço, ferreiros, moradores nas Molianas, com obrigação de não largarem mão da obra sem a acabarem.
1661 — A Câmara e gente da governança dão licença para no monte de S. Roque se edificar um convento de frades da província da Piedade (Capuchos). Não se realizou aí a edificação, mas sim junto aos muros da vila, passado pouco tempo. A Câmara escreveu neste dia ao padre provincial convidando a que venham edificar o convento em S. Roque.
1739 — O D. Prior de Guimarães, D. João de Sousa, escreve de Calhariz ao seu Cabido, mandando-lhe o seu consentimento para a erecção de uma nova irmandade de S. Pedro que o mesmo Cabido instituía na sua igreja, em virtude das grandes demandas que de muitos anos trazia com a irmandade da mesma invocação, que actualmente estava no claustro de S. Francisco, chegando esta mais tarde a ser extinta e restaurada, tudo por causa de prerrogativas e direitos paroquiais.
1808 — Neste notável dia, a folhas 85 verso do livro do registo dos doentes do hospital da Misericórdia, que então era escrito pelos Irmãos do mês em serviço, um deles, representante da Casa do Toural, deixou a seguinte demonstração de patriotismo:" Em dia 18 de 1808 foi o dia do levantamento nesta vila de Guimarães, dia da nossa redenção, e por isso faço este assento para que em todo o tempo conste aos nossos vindouros, rogo aos senhores da mesa de mesa vindouras me desculpem este meu assento, por ser feito neste livro em que nada disto pertencia. Viva a nossa Religião, viva o osso príncipe, viva a nossa Augusta Rainha, viva toda a casa de Bragança. Fiz este assento eu Jerónimo Vaz Vieira da Sª Melo Alvim, Irmão do Mês."
1818 — Para a comemoração anual deste memorável dia, diziam os regulamentos da sacristia e torre da Colegiada:"De tarde se aprontará o coro e a tribuna para o Te Deum Laudamus que é depois de vésperas. Panos verdes (eram as alcatifas da capela-mor) e as bandeiras nas credências. Se farão 3 repiques, um ao princípio do Te Deum Laudamus, outro no fim e outro quando se levarem as bandeiras para a torre que será no fim do Te Deum.
1851 — A rainha D. Maria II, "tendo consideração à ilustre ascendência de António de Nápoles Vaz Vieira de Melo, fidalgo cavaleiro da Sua real casa e administrador do morgado de Torrados; e atendendo ao merecimento e mais partes que nele concorrem; e querendo perpetuar a memória dos serviços de seus maiores", fez-lhe mercê do título de Barão do Costeado, em sua vida, por carta régia desta data, por decreto de 7 de Dezembro de 1848, participado em 9 do mesmo mês a ano pelo ministro do reino, Duque de Saldanha.
1896 — Alvará aprovando os estatutos do Sindicato Agrícola de Guimarães; foi em 8 de Julho do dito ano, publicado no "Diário do Governo".
1899 — Realizou-se em Vizela, pela 1.ª vez, corrida de touros em praça apropriada.
1906 — Grande manifestação que muitíssimo vimaranenses fizeram aos seus compatriotas que vinham de ser enxovalhados e insultados pela canalha e ralé nas ruas da cidade do Porto, esperando-os no comboio da noite, na estação do caminho de ferro e acompanhando-os à cidade com uma marcha aux flambeaux com duas bandas de música. Tinham ido ao Porto cumprimentar o nosso João Franco Castelo Branco e tomarem parte no banquete oferecido ao mesmo pelos seus numerosos amigos e admiradores, efectuado no Palácio de Cristal.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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