Efemérides vimaranenses: 14 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1566 — Alvará de D. Sebastião, passado pelo cardeal infante, regente, em Lisboa, confirmando outro de seu avô, que se havia extraviado, concedendo a imposição de 1 ceitil em quartilho de vinho que se vender atabernado para com o rendimento dele se pagar a criação dos enjeitados e fazerem as obras de que a vila houver a necessidade. Foi concedido a requerimento da Câmara alegando que a vila era grande e o concelho apenas ter 8 a 9$000 réis de renda anual e ter muitas despesas ordinárias.
1637 — Frei Luís da Natividade, que "andava solicito em dilatar a veneração imaculada da Mãe de Deus", assiste, como guardião do Convento de S. Francisco de Guimarães, ao Sínodo que o Arcebispo D. Sebastião de Matos de Noronha celebrou em Braga, e "fez que no próprio Sínodo se jurasse aquele soberano mistério, como consta da certidão que lhe passou António Ferreira notário escrivão do mesmo acto.
1664 — Em vereação: o alcaide André Lopes requereu que condenassem a Gonçalo Rodrigues, sapateiro, imperador do dito ofício este ano, porquanto:" mandara a vara de sua casa para Nossa Senhora da Oliveira sem a levar de sua casa com ela na mão acompanhando-o os oficiais do dito ofício para ornato da procissão do Corpo de Deus fazendo menos cabo do dito ofício desprezando sem querer levar a vara de sua casa para a igreja como é costume com ânimo de o distinguir, e por também não ir composto na procissão desprezando o dito cargo"; foi ouvido e sem embargo do que alegou, o condenaram em cinco tostões, duas partes para o concelho e uma para o alcaide.
1668 — Em vereação foi acordado que em cada freguesia o cavalo de S. Majestade que aí estivesse, fosse posto numa casa que se elegesse e ali cada lavrador o sustentasse por giro dando pelo menos meia quarta de cevada e 3 copas de palha, não sendo isentos os privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira senão pelas terras encabeçadas no privilégio. E quem faltasse com o mantimento quando lhe competisse pagaria 500 réis a juiz do subsino, que com eles sustentaria o cavalo. Os lavradores (alguns) queriam que o cavalo fosse dia a dia levado para casa do que o houvesse de manter e assim não tinham por esta dúvida o sustento necessário. O juiz do subsino estava encarregado de vigiar pelos cavalos.
1670 — Foram condenados pela vereação os moradores de Azurém por não virem concertar o caminho da rua de baixo; só vieram 4.
1777 — Em vereação: - A requerimento dos mercadores de pano de linho, foi proibido comprar, segundo antigo uso, fora do mercado público dos sábados, panos de linho, estopa e toucas de linho, e quem fosse encontrado, às sextas-feiras, nas estradas da vila, fazendo assambarcações dele para revender, pagaria da cadeia 6$000 réis por cada vez. - Foi informado que não havia prejuízo para o povo erigir-se em conventura e clausura o Conservatório de Santa Rosa (a requerimento da prioresa e religiosas do mesmo), visto achar-se edificado há mais de 80 anos e obterem o beneplácito régio para execução do Breve Apostólico.
1783 — Ordem criando as Rodas dos Enjeitados.
1832 — Por causa da cólera-morbus, sai a Ordem Terceira de S. Francisco com o Senhor em procissão pelas ruas da vila, acompanhado por muito povo, pestes (sic): tendo sermão à saída e entrada; já havia de sair no dia 10 mas não pôde, por causa da chuva, sendo hoje o primeiro dia de sol, depois de dias bastantes com chuva. PL.
1903 — Domingo. - Visitou esta cidade o ministro das obras públicas, Conde de Paçô Vieira. Chegou à estação do caminho-de-ferro às 10 horas da manhã, onde foi esperado pelas autoridades, corporações civis e muito povo. Seguiu para a Real Colegiada ouvir missa e daí para o palacete de Vila Flor almoçar, depois visitou as corporações civis e retirou para a sua casa de Paçô. A recepção foi entusiástica e brilhante.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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