30 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1196 — Sentença proferida em Guimarães por Didaco prior de Guimarães e D. Vilano, auditores especiais, julgando que pertenciam ao mosteiro de S. Torcato as dízimas de um casal sito no extremo de Vilar, as quais havia usurpado João de Rupela, prior de Santo Tirso, a quem sucedeu João de Oliveira, depois da inquirição feita por mando real a requerimento do prior de S. Torcato Pelágio Daniel.- Pergamº XI da Colegiada.- (curioso)
1474 — O cónego Martim Lourenço Riconado, como procurador do cabido, toma posse da igreja de Santo André de Tolães, e o cónego Pedro Afonso, também procurador do cabido, toma posse da igreja de S. Gens de Montelongo; e no seguinte dia 2 tomou posse do Mosteiro de S. Torcato o tesoureiro-mor Afonso Peres de Freitas; cujo mosteiro e igrejas haviam sido unidas à mesa capitular por Bula de Sixto IV, de 19 de Julho de 1474.- Pergaminho nº 313 da Colegiada.
1593 — A Misericórdia contracta com Diogo Afonso Carveiros para este lhe cobrar o dinheiro que a Câmara tinha oferecido a Sancho de Ávila, que já era falecido, e lhe dera (a câmara) de esmola para fundar a casa da Misericórdia (vide 7 de Setembro de 1584), recebendo o mesmo Caneiros metade do dinheiro que pudesse cobrar, por isso ser muito difícil.
1621 — A Irmandade da Misericórdia delibera, por maioria, que nas procissões seja o escrivão da mesa quem leve debaixo do pálio o Santo Crucifixo, por ser este o costume de outras Misericórdias, revogando a deliberação de 2 de Setembro de 1618 da mesa e definitório que dispõe que o dito Santo Crucifixo seja levado por um sacerdote, irmão, por ser mais conforme às determinações da igreja.
1834 — O subdelegado da polícia desta vila manda prender quem tinha tocado os sinos por ser dia de Finados, por não terem ordem para tocar. Ainda assim no dia seguinte tocaram sinos em algumas torres da vila. PL.
1835 — Foi adjudicado em praça publica por 740$00 reis livre de encargos para a fazenda, a José Pereira da Silva Guimarães, negociante de panos e morador às Lages do Toural, o arrendamento dos foros do convento de S. Domingos, extinto, vencidos no S. Miguel deste ano, avaliados em 592$030 reis, constando de 247 alqueires e 3/4 de trigo, 413 e 1/8 de centeio, 471 e 1/8 de milho alvo, 140 de milho grosso, 1 de castanhas, 1 de feijão, 13 almudes de vinho, 1 de azeite, 2 canadas de manteiga, 17 dúzias de palha painça, 3 carros de palha triga, 11 e meio carros de lenha, 228 galinhas, 10 frangas, 31 frangos, 92 arráteis de marrão, 15 carneiros, 8 leitões, 2 carretos e 6 varas de bragal.
1846 — "Foi Juiz de Direito desta vila à freguesia de Pinheiro, fazer auto de corpo de delito, a um homem que tinha sido morto na mesma freguesia, na noite antecedente numa esfolhada, ficando muito mal tratado o outro que o assassinou. Parece que este assassinato foi por causa de zelos que havia entre ambos acerca de uma rapariga". P.L.
1877 — Por ordem do quartel general, marcha para o Porto, onde no dia 4 tinha lugar a inauguração da ponte D. Luis I sobre o Douro, para com contingentes de outros corpos fazer a guarnição da cidade, uma força da ala esquerda de infantaria 6 aqui estacionada.
1883 — Sobre o 1º número do jornal semanário "O Espectador", que se publicou às quintas-feiras, era religioso católico e noticioso, da iniciativa da Associação Clerical Vimaranense, cuja publicação findou com o nº 52 em 30 de Outubro de 1884. Durante a publicação morreram-lhe 2 padres redactores, 1 tipógrafo, e pouco depois ainda em 1884 o responsável e outro tipografo.
1892 — Começou a ser alagado o adro da igreja de S. Sebastião; no dia 7 foi tirada a grade (portas) lado norte, e no dia 24 as portas também de grades de ferro, lado poente.
1892 — A irmandade de S. José festejou o seu titular na igreja de S. Dâmaso e inaugurou ai o altar onde havia de continuar a sua imagem e as duas de sua Sagrada Família, pela demolição da igreja de S. Sebastião, que fora sempre a sua sede.
1911 — Às 11 horas e 40 minutos da manhã entraram na Colegiada o administrador do concelho, Guilhermino Alberto Rodrigues, o escrivão da Fazenda, Sousa Lobo e seu filho escriturário da Fazenda e José António dos Santos "o cabreiro", membro da Junta da Paroquia, e principiaram o arrolamento da mesma Colegiada. Arrolaram o existente junto às paredes da sala do arquivo, o tesouro, excepto a vitrina de duas faces ou dividida pelo meio e o arquivo, estando presente o D. Prior a denunciar e entregar o existente " e o empregado do cartório José Maria Nunes; aqueles 4 levaram consigo as chaves do arquivo e tesouro!!!.- NB. Neste dia pela manhã o D. Prior disse a meu pai, sr. António Lopes de Faria, de que aqueles vinham hoje fazer o arrolamento, ele que não vinha assistir e por isso ordenou-lhe que lhes apresentasse e mostrasse tudo o que havia: meu pai logo lhe disse "faça-o V. Exa. que é a quem compete"; e no fim de noa, às 10 horas, fechou a sacristia, foi ao Priorado entregar-lhe as chaves dela e não voltou a exercer o seu cargo de "ajudante da sacristia" ou servo (como o cabido moderno o crismou), e o D. Prior viu-se atrapalhado a arranjar quem já lhe fechasse a igreja e depois lha abrisse e continuasse. - Continua no dia 2 .
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Efemérides vimaranenses: 31 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1696 — Alvará aliviando os privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira do encargo das caudelarias.
1737 — Em cumprimento da ordem de S. Magde., foram notificados os cónegos Francisco de Castro de Eça, Pedro Ferreira de Leiva, Miguel Lopes Brandão, José de Araújo e Távora, José Moreira da Silva e Gaspar Pinheiro da Costa, para irem desterrados, todos, para 40 léguas, excepto Miguel Lopes Brandão, que ia para 30 léguas. Nos arquivos do Cabido e D. Priorado não há documento algum porque conste o motivo deste artigo; apenas se encontra nota da ida e da volta dos livros respectivos da contagem das faltas do coro.
1773 — Provisão aliviando de todos os direitos de saída e entrada a sardinha e atum do Algarve.
1807 — Aviso régio declarando ao D. Prior que na ordem que por outro aviso de 16 deste mês e ano se lhe encomendava mandasse inventariar, pesar e remeter a prata da igreja da Colegiada para um dos conventos de Santa Cruz de Coimbra, Tomar ou Palmela, para aí ser depositada em guarda durante o desassossego do reino, não eram compreendidos os vasos sagrados e os necessários para o culto do Santíssimo Sacramento.
1821 — Em sessão do Soberano Congresso o deputado Soares Franco lê os pareceres da comissão de Saúde Pública sobre a representação do provedor da Misericórdia de Guimarães e, depois de breves considerações dos 6 deputados, Fernandes Tomás, Soares Franco, Castelo Branco, Miranda, Barroso e Peixoto, que se opuseram ao parecer, foi resolvido que este negócio voltasse à comissão para o remeter ao governo, e tomadas por ele todas as informações, a mesma comissão com maior conhecimento de causa pudesse informar o Soberano Congresso. Tratava-se da mudança do hospital, sendo o parecer da comissão que se concedesse à Misericórdia o convento do Carmo e fosse para o convento de Santa Clara as únicas 11 ou 12 freiras que nele existiam, velhas e com poucos meios, porque os seus fundos consistiam em dinheiros a juros, que pela má administração se haviam perdido quase todos.
1841 — Morreu um rapaz da casa das Lamas na freguesia de Pentieiros, o qual era egresso da Ordem de S. Domingos de Guimarães. Foi no dia seguinte enterrado no claustro da igreja de S. Domingos, desta vila: Constando a um oficial do batalhão de infantaria nº 14, que estava aquartelado no convento de S. Domingos, que a sepultura destinada para ser sepultado o dito egresso era no claustro do mesmo extinto convento, quis obstar a que ele fosse ali sepultado; porém os irmãos da Irmandade da Senhora do Rosário, os terceiros, os padres e muito povo fez com que se não fizesse caso do que o oficial mandava, e sepultaram o supradito egresso no claustro, estando para dar muito de si a ousadia do oficial". P. L. O falecido, era Pe. Fr. Joaquim Pinheiro Caldas e foi enterrado ao descer da escada, na sepultura n.º 4. F.
1863 — Chega pelo correio a notícia de terem sido agraciados, com a comenda da Torre e Espada o conde de Azenha, Bernardo e com o título de Visconde de Lindoso, de que foi depois Conde e Marquês, D. João da Silva Peixoto.
1863 — Para solenizar o aniversário natalício de El-rei D. Luís I, o conde da Azenha, Bernardo, manda dar um abundante rancho ao destacamento de infantaria nº 8 aqui estacionado; à noite dá um luzido e aparatoso baile na sua casa, tocando uma banda de música no átrio da mesma, e havendo foguetes.
1895 — Decreto criando uma escola primária, mista, na freguesia de S. Tomé da Abação.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — A Câmara deliberou "que daqui em diante se não guardem as portas (da vila) e estejam abertas e que os almotacés provejam as estalagens que não venham de lugares impedidos".
1553 — El-rei D. João III manda levar em conta ao tesoureiro da casa da moeda de Lisboa 60$000 réis que por seu mandado deu ao vimaranense João Gonçalves, cavaleiro da sua casa, que fez obrigação a na dita casa da moeda fazer um engenho que até agora não fez, e se o não fizer tornará a entregar tal dinheiro. Arch. da casa da moeda de Lisboa, liv. 1, fl. 13. - não há notícia de João Gonçalves haver sido abridor de cunhos na casa da moeda de Lisboa, mas o alvará de 28 de Novembro de 1566 nomeia-o "pela experiência e prática que tem das coisas da moeda, para o ofício de guarda das fornaças da mesma casa, com 4$000 reais por ano, conforme o regimento" . - Id. Liv. 1, fl. 48. -
1599 — Tendo o padre Brás de Leiva Prego de Montãos instituído um morgado, do qual era dependente uma capela de missas estabelecida na igreja de Santa Clara de Guimarães, determinou, por testamento feito nesta data, que os seus testamentos fundassem na igreja de Santa Maria do Souto, ou onde mais cómodo lhes parecesse, uma capela, para a qual seriam traslados os seus ossos, celebrando-se nela mensalmente, "in perpetuum", três missas, a que ficaria obrigada a sua herança, sendo administradores deste vínculo seu sobrinho Salvador Lopes Prego e sucessores. O padre Brás de Leiva Prego de Montãos era filho legitimado de Rui Saco Prego e de Branca Vieira, moradores na caso do Paço, freguesia de Freitas, de que actualmente representante o dr. António Coelho Mota Prego.
1830 — No Porto embarcaram no iate "Anjo da Paz" 17 réus dos que estavam julgados pela Alçada, um deles era o Padre José Lopes de Faria, por alcunha o Bicho, coajutor da freguesia de S. Martinho de Candoso, natural da de Alagoa, comarca de Trancoso, degredado por 6 anos para a Ilha o Príncipe, no dia seguinte saiu o iate para Lisboa, e iam guardados por uma escolta de infantaria nº 12, afim dali seguirem para os degredos.
1832 — O corregedor manda embargar todos o damasco das Irmandades (para não o emprestarem para fora da vila) para adorno das janelas da casa da sua aposentadoria, que no caso de que o sr. D. Miguel viesse a esta vila. Neste mesmo dia são intimados os armadores de Guimarães para irem para Valongo fazer arcos e outras armações para a chegada do sr. D. Miguel e das sras. Infantas. P. L.
1845 — Escritura em que a Misericórdia, na sua nota, concede licença às Ordens Terceiras de S. Francisco e de S. Domingos para poderem enterrar os seus confrades pobres que morressem nos seus hospitais, sem por isso lhe pagarem os 1$800 réis de Tumba como lhe pagavam pelos mais confrades que enterravam, alterando assim, em parte o contrato que as mes três corporações haviam feito em 13 de Abril de 1825.
1872 — Portaria do Ministério das Obras Públicas concedendo à Câmara de Guimarães o subsídio de 1:578$723 réis, terça parte do total cercado para a construção do lanço da estrada municipal de Guimarães a S. Torcato, situado entre Guimarães e Madre de Deus, no cumprimento de 2:220m, 62.
1876 — Faleceu em Lisboa o vimaranense António José Leite Guimarães, barão da Glória.
1884 — A Associação Comercial representa a El-rei pedindo que a conclusão das malas do correio do sul seja feita pelo caminho-de-ferro de Guimarães, no que havia dificuldade (tendo sido isto pedido ao ministro das Obras Públicas e o director geral dos correios, telégrafos e faróis haviam dito (os dois) que o único embaraço era custar mais 412$150 réis do que na carroça) oferecendo para isso a dita quantia de 412$150 réis.
1891 — Incêndio na casa do Bairro de Baixo, em Fermentões, morreu uma junta de bois e um porco; os bombeiros voluntários das Taipas compareceram lá e trabalharam no rescaldo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1361 — O Cabido faz emprazamento, em uma vida, da Igreja de S. Martinho de Conde, a Lourenço Martins, clérigo, vigário da mesma, pela renda anual de 30 libras e por colheita 40 soldos, e deixando de ser vigário pagaria ao sucessor 30 libras anualmente e dízima ou pedida do papa, do arcebispo ou do rei, se a houver.
1521 — Fernão Afonso "Laborão", escudeiro de El-rei, em virtude do testamento de Diogo Pires, contador e cavaleiro do duque de Bragança e Guimarães, feito em Évora a 2 de Agosto de 1501 que por ele lhe deixou à capela de S. Brás do claustro da Colegiada, como administrador em sua vida e por sua morte a quem quisesse - fez vínculo da dita capela, nomeando 1.º administrador seu neto Fernão Afonso Leborão precedendo machos e fêmeas, por escritura feita a 29 de Outubro de 1521. - Do cartº do Barão do Pombeiro. -
1657 — O capitão António de Castro trouxe uma ordem do Conde de Castelo Melhor, dada nesta data, em Campo da Silva, para reconduzir para a praça de Salvaterra uma companhia de 100 soldados que se tinham alistado para o Alentejo e que dali se ausentaram, e mandando às justiças que lhe prestem todo o auxílio para isto.
1662 — Carta do Conde do Prado pedindo lhe mandem os 300 soldados privilegiados que o Cabido ofereceu e o D. Prior não quis estar pela estar pela oferta, o que ele muito censura.
1838 — Houvera nesta vila repiques de sino ao meio-dia e à noite; por ser o aniversário dos anos de S. M. El-rei D. Fernando. À noite houveram luminárias; porém foram muito poucas me não gerais, não obstante a câmara mandar convidar os habitantes a pô-las por um bando. P. L.
1841 — - Anos de El-rei D. Fernando - Duma correspondência no "Periódico dos Pobres no Porto" é o seguinte: - Foi festejado o aniversário de El-rei D. Fernando "com aquele jubiloso entusiasmo que tanto caracteriza o povo português. Ao primeiro alvor da manhã, uma girândola de foguetes lançada aos ares à porta do benemérito coronel de infantaria numero 14, António Pimentel Maldonado, fez acordar os habitantes com estampido de suas bombas, a grandeza do dia que começava a despontar. Ao mesmo tempo e no mesmo sitio, rompeu a musica o hino de S. M. a Rainha, e dali marchou pelas ruas principais da vila, até o quartel do mencionado batalhão, aonde vinte e um tiros de morteiro igualmente salvaram o novo dia que acabava de raiar. Ao meio-dia em ponto teve lugar no Campo do Toural, a parada do referido batalhão. Um grande numero de pessoas, de todas as classes e hierarquias, enchia todo o espaço que não era ocupado pela tropa. Todas as janelas estavam guarnecidas de senhoras, do que resultava um golpe de vista agradável. O batalhão estava no maior asseio possível, e do semblante de cada soldado reluzia um não seu que de alegria, tão sincera e verdadeira que não é fácil descrever. Logo que no relógio da Matriz (Colegiada) acabou de soar a ultima hora e os repiques dos sinos se ouviram em todas as torres da vila, o digno coronel deu a voz de sentido ao batalhão. As três descargas foram dadas com certeza e igualdade, e os três vivas do estilo foram correspondidos com entusiasmo; principalmente os dois primeiros. Acabado este acto o batalhão desfilou pelo Campo da Feira, S. Dâmaso, Senhora da Oliveira até o quartel; aonde o distinto coronel para dar um novo e bem entendido realce a este dia de prazer, mandou pôr em liberdade todos os presos militares, cujos crimes não eram objecto de conselho de guerra. Às quatro horas da tarde teve ocasião o jantar que estava preparado para os soldados, que foi abundante e bem servido. À noite iluminou-se toda a vila, e uma numerosa concorrência de todos os sexos e qualidades, se achava em frente do quartel. Uma linda e engraçada iluminação ocupava a frente do edifício, além dum sem número de luzes que brilhavam em todas as janelas. Um magnífico arco adornado de lindos emblemas e sustentado por quatro magnificas colunas, dava entrada para o quartel e fazia a parte principal da iluminação. (…) A música ali colocada tocou continuamente o hino da Rainha. Os vivas a SS. MM. eram repetidos com tanto fogo e calor, que mais parecia delírio do que amor de súbditos como era na verdade. Os soldados não cessavam de dar vivas ao seu Coronel e Major, bem como a todos os oficiais: os morteiros troavam de momento a momento, e os foguetes não tinham interrupção. Assim se passou um lindo pedaço da noite, até que musica obrigada a instância de muitos, fez uma digressão pelas ruas da vila, acompanhada de soldados e paisanos tão iguais em sentimentos, que pareciam uma só família. Finalmente recolheu ao sitio donde tinha partido sem que tivesse ocorrido o mais leve desgosto, o que não deixa de ser uma gloria para os amigos da liberdade legal, e um motivo de aflição para os seus inimigos políticos. À meia noite estava tudo concluído e tudo respirava prazer e alegria". – Correspondência no "Periódico dos Pobres no Porto". -
1933 — De regresso do desafio de futebol realizado em Negrelos, o comboio que conduzia a Guimarães os jogadores e demais passageiros foi apedrejado na estação de Vizela. A 9-XI vieram do Porto 25 vizelenses que deram entrada na cadeia e mais tarde interrogados pelo Juiz e cumpridas as formalidades, foram restituídos à liberdade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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27 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1561 — Nasce frei Martinho da Apresentação, D. Abade Geral da ordem de S. Bento.
1568 — O Arcebispo D. Fr. Bartolomeu dos Mártires assina em Braga os capítulos da visitação que em 11 deste mês e ano fez no espiritual e temporal à Colegiada.
1622 — O bispo titular de Nicomédia, D. António dos Santos, coadjutor do Arcebispo administrou o Crisma em Guimarães. Abade de Tagilde.
1716 — Estando em Lisboa o padre Luís de Mesquita, cura coadjutor da freguesia de Nossa Senhora da Oliveira a tratar de uma causa que trazia no tribunal da legacia com as recolhidas de S. José do Carmo, sobre quererem isentar-se da jurisdição ordinária e paroquial, alcança provisão régia concedendo-lhe licença para poder vir à vila de Guimarães, onde há pouco lhe havia falecido seu pai, para tomar conta dos seus bens e satisfazer-lhe os encargos, e nela ficar, cessando o efeito de outra provisão que lhe proibira vir a esta vila.
1724 — No capítulo da província da Soledade, da ordem de S. Francisco, é eleito para um dos cargos de definidores do Minho o padre pregador frei António de Guimarães, o qual, segundo diz o cronista da sua província "era de pequena estatura, mas nas acções um Alexandre".
1839 — O "Periódico dos Pobres" deste dia diz: que morrera da Baronesa de Almargem (em 2-X) e que o marido também estivera muito mal, por ter tomado uma colher de remédio que o boticário lhe trocara, – que no dia 23 do corrente, procedendo-se a uma vistoria em Caneiros a requerimento de uma viúva, o louvado desta quisera dar a sua determinação, que a autoridade lhe dissera que não era assim: e que, dizendo o tal louvado que nem o dinheiro nem os empenhos o convenciam, a autoridade respondera "que haviam paus, punhais e balas"!!! Isto à vista de todos que assistiram à vistoria; - que na freguesia de Fermentões, um cavaleiro que há tempos casara com uma fidalga de Lisboa: por arranjos de família, que lhe dava para ele morar uma propriedade naquele sítio, e da qual era reservatária sua avó paterna, a qual tinha entrado no arranjo do casamento. Ora as casas estavam muito más, tanto que os porcos entravam pela chamada sala de visitas: foi preciso que o tal cavalheiro e esposa as concertassem, por julgarem ser ali sua morada, pois nenhuma condição lhe tinha posto: Porém a avó e parentes, mal pilharam as casas concertadas, puseram o cavaleiro e esposa no andar da rua, e no rigor da estação, sem que eles tivessem onde se recolhessem. Muita gente se reuniu quando a justiça os pôs na rua, e todos lamentavam este acontecimento, a saída foi: 1º uma menina de 4 anos, com um saquinho do seu fato! Seguia-se outra menina de 3 anos, com igual trem! Depois outra de 2 em altos gritos, atrás desta uma criada com uma menina de 1 ano ao colo e uma ama com um menino ao peito! Os pais fechavam a procissão edificante, enquanto os esbirros fechavam as portas no meio das blasfémias do povo, contra os tais parentes, que eram muito católicos romanos e muito tementes a Deus!
1874 — Decreto aprovando e rectificando a escritura lavrada em 17 deste mês, pela qual Simão Gattoi, concessionário do caminho de ferro de Bougado a Guimarães, fez cessão e trespassação da construção deste caminho à companhia fundada em Inglaterra, com a denominação de "Minho district railway company limited", ficando esta obrigada a todas as condições com que fora feita a dita concessão ao dito concessionário pelo decreto de 28 de Dezembro de 1872, modificada pelas desistência feita pelo concessionário em 24 de Fevereiro de 1874 e aceite pelo governo por despacho deste último mês, das linhas das Taipas e de Fafe, compreendidas na concessão feita pelo mencionado decreto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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26 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1642 — Carta concedendo Brasão de armas a Jorge do Rego Teixeira de Bezerra, de Viana, filho legítimo de António Teixeira e Catarina do Rego, neto paterno de Jorge Lopes Teixeira, e bisneto de Lopo Dias Teixeira, moradores na quinta do Sobrado de Atães, Basto; neto materno de João Gomes Bezerra e mulher Joana do Rego, moradores em Viana. Armas dos Regos, Teixeiras e Bezerras. Registada na Câmara em 1804 a requerimento do Sargento-mor Manuel Pinto Alves de Carvalho e mulher D. Maria Gertrudes, moradores na rua do Guardal.
1749 — Provisão proibindo que o corregedor dele levassem salários pelos traslados da Pragmática.
1781 — Entra na Congregação de S. Vicente de Paulo, Joaquim José Leite, natural de Vila Nova das Infantas, termo de Guimarães, que veio a ser padre da congregação da Missão e membro da Sociedade Real Asiática de Londres. - Vide 16 de Setembro de 1764. -
1825 — O Cabido delibera que todos os cónegos minoristas que não se ordenarem em tempo competente, tendo 27 anos de idade e 2 de serviço, ou não apresentarem dispensa, sejam descontados da sexta parte do seu benefício, na forma do Estatuto.
1830 — Morreu a mulher de José Manuel botequineiro, vulgo "Vago-mestre", pai, morador no Passeio do Toural. Morreu de 30 e tantos anos e foi sepultada no dia seguinte na capela dos TErceiros. dominicos. P. L.
1846 — "De tarde mandou o administrador do concelho desta vila reunir a polícia da aldeia na Praça do Toural, e depois de estar aí com as armas ensarilhadas até à noite, a mandou para os Quartéis. A vila achava-se em alarme, em consequência de ter chegado a Amarante o Visconde de Vinhais e o Barão do casal ("o visconde de Vinhais ficou e o Barão do Casal é que marchou com a força"). Nota marginal do mesmo noticiarista, com a tropa de Trás-os-Montes, constando do batalhão de caçadores nº 3, regimento de infantaria nº 13 e os regimentos de cavalaria nos. 6 e 7, os quais generais e a supradita força (vide nota supra) marchava sobre o Porto contra a Junta ali instalada. Esta força tinha-se batido junto a Vila Real com uma guerrilha, a qual fez 11 prisioneiros, passando-os todos pela espada". P. L.
1853 — Faleceu no colégio das Missões, em Macau, do qual foi superior 46 anos, o ilustre vimaranense Padre Joaquim José Leite, natural de Vila Nova de Infantas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1713 — Provisão régia ao Provedor, isentando os frades capuchos que se achassem nesta comarca de pagarem usual de carne e vinho do seu consumo.
1746 — Vindos de Braga e Viana entram em Guimarães uns missionários espanhóis.
1817 — Domingos de Sousa Ribeiro, desta vila, obteve carta de privilégio de recoveiro; seu pai João de Sousa tinha servido de recoveiro mais de 18 anos.
1829 — Ao raiar do dia uma salva real e os repiques dos sinos em todas as torres, fizeram a mais aprazível comoção em todos os fiéis e leais habitantes pelo feliz anúncio de dia tão festivo, todas as ruas e praças se embandeiraram e se endamascaram as as janelas. Às horas houve o anunciado Te Deum, a que assistiram vestidos de gala a câmara, todas as autoridades civis e militares, as corporações religiosas, clero, nobreza e imenso concurso. Findo o Te Deum se dirigiram todos à Praça do Toural a assistir à parada do Batalhão dos Voluntários Realistas e Destacamento de Infantaria nº 12, que se postaram no maior asseio, e onde, com decidido entusiasmo se deram os vivas a El-rei e Real Família. Finda a Parada, foi administrado um esplêndido jantar ao destacamento de nº 12, em seu quartel, sendo servido pelos oficiais de justiça, autores desta função, e pelos sargentos, oficiais e até pelo coronel dos voluntários realistas (merecida distinção ao destacamento, não só por pertencer ao regimento que foi fiel e leal ao melhor dos reis, mas pelo seu honrado comportamento, desde que se acha destacado na vila) durante o jantar houve repetidas saúdes e vivas a El-rei N. S. Às 2 horas da tarde se reuniram paços do concelho a câmara, o desembargador corregedor, provedor e juiz de fora com todos os seus oficiais, vestidos de gala, todas as ordens religiosas, clero, nobreza e povo, para acompanharem um carro triunfal em que se representava o Monte Parnaso, e sobre o seu cume o Templo da Imortalidade, em cujo ia colocado o "Retrato do Nosso Idolatrado Rei". Pelo Monte desciam as nove Musas cantando o hino real, que uma bem concertada música acompanhava em roda do carro, e era correspondido por 16 camponeses, que iam no carro, e findo o hino executaram um lindo baile. O carro era tirado por dois cordões, a que deitavam mão todas as corporações religiosas, clero, nobreza e povo, acompanhava o mesmo carro a câmara e todas as autoridades civis, com sua alçadas, seguia-se-lhe o batalhão dos voluntários realistas e o destacamento do nº 12. Na força do maior júbilo e entusiasmo, quando de honra de voluntários, misturados com soldados do destacamento do 12 e vindo o carro a passar à rua de Trás-do-Muro, desmanchou-se, e por isso o Corregedor e o Provedor pegaram na real efígie de S. M. e continuou o préstito (no qual ia um baile e as bandeiras dos ofícios) a andar por toda a vila, que (até por onde não passava) estavam as janelas cobertas, de damasco, xailes, fitas etc., dando sem cessar os mais fortes vivas a S. M. À noite iluminação geral, não cessando os repiques e foguetes do ar. P. L.
1832 — - Anos do sr. D. Miguel - Às 10 horas da manhã, Te Deum a cantochão na capela de S. José, no claustro da Colegiada. À noite saiu uma música a tocar o hino realista e algum povo a dar vivas. D. Miguel deu em Coimbra uma amnistia aos do Porto, tanto aos paisanos como aos militares só até capitão inclusive. P. L.
1836 — Com assistência de povo, dos graduados da Ordem TErceira de S. Domingos e titulares da terra, sempre acompanhado de vivas, repiques e fogo, é lançada a primeira pedra, para a fundação do hospital da mesma Ordem, pelos irmãos terceiros Custódio José Ribeiro Guimarães e José Gomes Fernandes Baptista, no alicerce do cunhal para o lado do jardim na enfermaria que faz face como o pátio da escada que vai para a casa do Despacho, na qual pedra se meteu dinheiro deste ano e uma outra pedra embutida contendo os nomes daqueles 2 fundadores e dos mesários que serviram neste ano.
1857 — O 2.º sargento de caçadores 7 aqui estacionado, Francisco Joaquim Botelho, casado, separado da mulher, adúltero e jogador, estando comandando um piquete de soldados das Caldas de Vizela, esbanjou o dinheiro dos soldados, 6$350 réis!!!, deixou uma carta na qual mostrou não estar alienado, tirou o coturno meia e com o dedo do pé direito disparou a espingarda em si mesmo na Lameira das Caldas de Vizela. Foi trazido com acompanhamento nocturno sepultado na igreja dos Santo Passos, do Campo da Feira, às 11 horas da noite deste dia 26.
1890 — Houve assembleia geral da Associação Artística Vimaranense, para a aprovação das contas e para discussão e aprovação de novos Estatutos, tornando-se a sessão muito tumultuosa por causa da discussão. Houve mais 3 assembleias gerais nos dias 1, 2, e 9 do próximo Novembro para o assunto Estatutos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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24 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1147 — El-rei D. Afonso Henriques fez render, à força de armas, a cidade de Lisboa.
1598 — Falece em Lisboa Gonçalo Dias de Carvalho, jaz sepultura na sua capela no claustro de convento de S. Francisco de Guimarães. Era natural da vila de Guimarães, foi o primeiro doutorado na faculdade de leis, depois da reforma de D. João III, desembargador da Casa da Suplicação, deputado da Mesa da Consciência e Ordens, etc. Escreveu: "Carta dirigida a El-rei D. Sebastião", Lisboa, 4.º, 1557, e uma instrução política para governo deste príncipe. Deixou manuscritas duas obras, sc: "Tractatus ad illa verba Jeremide, cap. 12, v. 1, Quare via impiorum prosperatur". - "Do Amigo Ligeiro." - Vide "O Espectador", n.º 51 tem os sucessores do seu morgado.
1608 — Em vereação foi taxado o molho da palha a 4 réis.
1688 — Carta de examinação de António Machado, natural de S. Martinho de SAnde, para poder sangrar, sarrafar, lançar ventosas e sanguessugas e tirar dentes em Portugal.
1747 — Escritura na nota do tabelião Jerónimo Machado, em que o entalhador Bento Ferreira de Sousa, morador na rua de Santo André, da cidade de Braga, obriga-se a fazer por 145 mil réis e até o fim do próximo mês de Junho 2 retábulos de madeira, ao padre José Simões, comissário do Santo Ofício e morador na sua quinta da Cruz, da freguesia de Fareja, e outras miudezas.
1767 — A irmandade de N. Sra. do Terço deliberou dar 100$000 réis aos frades de S. Domingos, para ajuda das obras da igreja principiadas no ano de 1766 e estavam quase findas, com a condição do altar da Irmandade colocar-se onde estava o do Santa Catarina de Sena, ficando assim mais acima do que estava, e como no dito lugar se acha já por esta Irmandade reedificado e para nele se colocar a imagem de N. Sra. do Terço; e que pela parte da varanda, para melhor ornato do mesmo altar, e quando preciso fosse por ele se expor o Santíssimo. Sacramento na mãos da Senhora, e como tudo se acha contratado e seja preciso tapar a dita varanda e ficar o nosso altar fechado, livre e desembargado, queremos e é nossa vontade que o tesoureiro mande fazer a dita obra… para que em quanto durar a Irmandade nos conservarem a dita servidão para varanda.
1825 — Falece em S. Pedro de Penedono, concelho de Lamego, onde era abade, o Padre Inácio António de Almeida. Nascera a 19 de Fevereiro de 1761 na freguesia de Nossa Senhora da Oliveira desta vila de Guimarães, sendo seus pais Jerónimo Caetano da Almeida, organista da Colegiada, e Josefa Luísa. Foi capelão de obediência e professo da Ordem de Malta, organista e mestre de capela da Colegiada, e mestre de capela da Sé de Braga no tempo do arcebispo D. Gaspar e daí foi provido da dita abadia. Era bom professor em violoncelo chegando a tocar em presença de El-rei D. João VI. Escreveu várias obras de música de capela, que ainda hoje se executam em diferentes igrejas de Portugal.
1828 — O Visconde de Azenha, beija a mão e cumprimenta El-rei D. Miguel, no palácio das Necessidades, suplica e obtém para si e para os oficiais que o acompanhavam a graça de usar da medalha da Sua Real Efígie, os quais eram: o major de milícias do Porto, José da Cunha e Melo; o capitão de cavalaria 12, Bernardo Correia de Morais, filho do visconde, o tenente ajudante de infantaria 21, José Guedes de Quinhones, e os alferes de cavalaria 9, Barão de Vila Pouca e seu irmão António Teixeira de Sousa, e Manuel Joaquim Peixoto da Costa.
1843 — Foi ferido mortalmente em um braço Luís Gonçalves, mercador, morador no terreiro de S. Francisco, estando com uma espingarda de andar à caça em uma fazenda sua atrás da Serra, a qual se desarmou caindo, e o pôs em um miserável estado. Depois de ser conduzido para a vila foi confessado e sacramento no dia 27 deste mês e no dia 28 amputou-lhe o braço, que era o direito. Esteve em grande perigo de vida, mas felizmente escapou. P. L.
1876 — A Câmara delibera se proceda à demolição da casa expropriada na Alfândega a João Gomes Vieira de Castro.
1877 — Às 7 horas da manhã sente-se nesta cidade um ligeiro abalo de terra.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1582 — Carta de El-rei D. Filipe, participando ao juiz, vereadores e procurador do concelho a sua ausência ou retirada para Castela, e a nomeação do Cardeal seu sobrinho para Governador deste Reino de Portugal.
1587 — Renovação de prazo, feita na nota do tabelião Cristóvão de Azevedo, por Frutuoso Gomes, solteiro, morador na rua Novas das Oliveiras, síndico dos frades de S. Francisco, a André da Costa Peixoto, de uma morada de casas na rua de S. Francisco, que de uma das partes intestava com o rossio do mosteiro deles, "as quais casas são propriedade da capela do dito mosteiro cuja administração é do síndico e as tinha por virtude dum prazo que era feito a Mende Anes cónego que fora em Nossa Senhora da Oliveira".
1628 — Por escritura publica na nota do tabelião João de Abreu, os carpinteiros Marcos da Costa e Paulo Francisco dão quitação de 260$000 réis ao padre frei Manuel de Jesus guardião seus padres e síndico do mosteiro de S. Francisco, quantia por que arremataram as obras do corpo da igreja e do cruzeiro da mesma, sendo 260$000 por aquele e 60$000 réis por este.
1826 — Emigra para Espanha o 1.º visconde de Azenha, Martinho Correia de Morais Lacerda. PL.
1829 — "Estando a dizer-se a Missa da Senhora na Colegiada desta vila, saiu o arcipreste da mesma, da igreja para o claustro a fumar em um cigarro". PL.
1829 — A câmara ordenou e fez sair um Bando Real, em que foram os juízes de todos os ofícios com suas competentes bandeiras. Seguiram-se os Misteres, vestidos de corte, montados em bons cavalos, com as bandeiras da Câmara e a da vila despregadas, após destes o Procurador da Câmara, ricamente vestido e montado num cavalo bem ajaezado, acompanhava o Bando uma guarda grande de Voluntários Realistas, ao som de excelente música tocando o hino real: o séquito era imenso e os vivas a El-rei sem cessar: os foguetes toldavam os ares. Ordenava o Bando aos habitantes da vila que iluminassem suas casa, por 3 noites, e que no dia 26, de (Grande Gala), haveria Te Deum solene na Insigne Colegiada. A iluminação, por tanto foi geral e com esmero em todas as 3 noites, girando pelas ruas agradáveis músicas". Do "Correio do Porto".
1832 — "Sai um Bando da Câmara, que manda por luminárias hoje e nas duas noites seguintes para festejar o dia 26 dos anos do sr. D. Miguel. O Bando era composto de : alguns tambores e um bombo; uma musica a tocar o hino realista; bandeiras dos ofícios; Mesteres com duas bandeiras; Pregoeiro; guarda de honra do corpo urbano, composta de estudantes de casaca e com armas: e em quanto andou fora deram-se alguns foguetes e tocaram repiques em todas as torres". PL.
1911 — De tarde depois de completas terminou, extinto, o coro da Misericórdia. Foi neste dia, e não no seguinte (que o capelão-mor, por lapso disse nas contas que deu para a secretaria, e que por isso lá consta ser a 25, quando foi a 24, o mesmo capelão também apontou na Tábua do Coro a 25 mas foi lapso.)
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1567 — O Arcebispo D. fr. Bartolomeu dos Mártires visita a igreja de Mascotelos.
1578 — Neste dia e em alguns seguintes o mesmo Arcebispo faz visitação à igreja de S. Paio de Guimarães e, entre outras causas, manda por vidraças nas frestas do corpo da igreja junto dos altares de N. Senhora e de S. Bartolomeu. Também a tinha visitado no ano de 1576 em dia e mês que me são desconhecidos.
1608 — Toma posse da vara de Provedor o licenciado Pedro Homem de Castro, ex-juiz de fora da Covilhã, nomeado por alvará de 25 de Dezembro de 1607 e carta régia de 19 de Janeiro de 1608, para servir por 3 anos o dito cargo de provedor das obras, órfãos, capelas, hospitais, confrarias e albergarias, e contador das terças e crescidos desta comarca.
1672 — O Pe. Francisco Ferreira, morador na capela do Bom Jesus do Calvário, em S. Roque, como herdeiro do seu companheiro Pe. Leandro Correia, faz escritura da venda na nota de Nicolau de Abreu, ao licenciado Francisco Barbosa, duma bouça e casa, acima de S. Roque. Em 23 de Dezembro deste mesmo ano feita por escritura de distrate desta venda, sendo o Pe. Francisco Ferreira representado pelo seu novo companheiro Pe. Domingos de Mesquita.
1822 — São apurados os votos da eleição constitucional camarária, sendo eleitos: juíz do substituto bacharel Silvério de Castro; presidente Rodrigo Teixeira de Menezes; vereadores: Jerónimo Martins da Costa, José Maria da Silveira (dos Pombais), Francisco Pinto Bezerra (do Guardal), João Ribeiro da Costa negociante a S. Paio, Jerónimo Vaz Vieira de Melo Alvim (senhor da casa do Toural), António Dias de Castro, negociante, José de Sousa mercador na rua dos Mercadores, António Cândido Felgueiras proprietário na rua de Santa Maria, procuradores: Manuel Joaquim escrivão a Sta. Luzia e Custódio José Marques negociante à Mata-Diabo. Substitutos: o major de milícias Fontelas proprietário em Arões, José António de Freitas negociante à Porta da Vila e Manuel Duarte Ferraz proprietário a Sta. Luzia. P. L.
1845 — "Apresentou-se a câmara municipal desta vila, os advogados e muita gente de todas as classes na cerca do extinto convento da mesma para deliberarem o meio que se devia adoptar para inutilizar o plano de levar a Estrada nova para a cidade de Braga da supradita cerca quase aos Pombais, e dali à Carrezada e depois por Caneiros pouco mais ou menos, segundo a demarcação que os engenheiros tinham feito por um rego. A Câmara e Advogados decidiram que se devia fazer um requerimento em nome da Câmara ao Juiz de Direito embargando a fazer-se a estrada por onde estava marcada. O Juiz indeferiu o requerimento e a câmara agravou do Despacho para a Relação, representou ao Governo. A extravagante e fora de toda e qualquer ideia da direcção queriam dar à estrada desta vila para a cidade de Braga fez com que os habitantes desta vila se pronunciassem contra esta disparate lembrança".
1895 — Portaria referendada pelo ministro João Franco Castelo Branco, mandando ao governador civil de Braga, a rainha-regente em nome de El-rei, louve José Machado, residente em Lisboa, Alexandre José da Silva, de Amares, Francisco José Ferreira Pinto, Francisco José da Costa e Silva e Manuel José da Costa e Silva, de Caldelas, por terem promovido, por meio de subscrição, a construção de um edifício destinado às escolas primárias oficiais das Taipas, que ofereceram à câmara municipal para o indicado fim, oferta esta de valor superior a 1:350$000 réis, e para a qual haviam concorrido o 1º com um conto de réis, o 2º com o terreno necessário para a edificação, os demais cidadãos mencionados e ainda outros com dinheiro, madeiras, etc. tendo a iniciativa e direcção dos trabalhos pertencido ao 3º.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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21 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1577 — O Arcebispo D. Fr. Bartolomeu dos Mártires faz visitação à igreja de São Paio de Guimarães.
1599 — Jácome Fernandes, mercador, e sua mulher Catarina Mendes, da freguesia de S. Paio de Figueiredo, tendo feito uma ermida de S. Roque na dita freguesia, fazem-lhe dotação de 200 réis anuais, impostos na herdade do Carpinteiro, aliás campo do Carpinteiro, sito na mesma freguesia, para fábrica dela.
1645 — É eleito definidor da província franciscana, da Soledade (Capuchos) o padre frei Antão de Guimarães, o qual já duas vezes tinha sido custodio da mesma.
1664 — No paço do D. Priorado de Guimarães os beatíficos padres Leandro Correia e Francisco Ferreira fazem uma escritura, na qual declaram o seguinte: - "Conhecendo eles as mercês da Divina Majestade e como Deus Nosso Senhor foi servido que eles fundassem no monte de Santa Catarina, junto à igreja de São Roque, um lugar devoto com o título de Bom Jesus do Calvário aonde está uma ermida do mesmo Senhor e um cerco aonde outras ermidas com cercas, recolhimentos, hortas e pomares que eles juntaram para melhor ornato do dito lugar, e melhor cómodo dos seus habitadores dotando a referida capela com medidas para a sua fábrica e esmolas das missas que nela mandam dizer, e porque a conservação de semelhantes casas de devoção necessita do amparo e protecção de pessoas em cujo ânimo se conservam, e vendo o senhor D. Diogo Lobo da Silveira, sumilher cortina do senhor rei Dom João quarto, e do senhor rei Dom Afonso sexto, Dom Prior da Insigne e Real Colegiada de Nossa senhora da Oliveira desta vila de Guimarães, que só podem ser firme defesa segurando-lhe a conservação e perpetuidade do serviço de Nosso Senhor que eles ditos padres pretendem se continuem no mencionado lugar de hoje por diante, escolhem por seu protector ao referido senhor Dom Prior, o que lhe pedem para aceitar, e lhe cedem e trespassam para maior segurança todo o direito necessário para a dita protecção e para ele senhor Dom Prior poder conservar ao citado lugar e a todas as suas pertenças qualquer pessoa que assim o quiser usurpar ou encontrar com tal declaração e comissão; que o mesmo senhor Dom Prior por sua morte, lhe havia de nomear protector qual sua senhoria vir que é mais conveniente e mais zeloso ao serviço de Deus e mais favorável para os mesmos padres e seus sucessores.
1680 — 14 moradores das freguesias de Serzedelo, de S. Martinho e S. Tiago de Candoso, Nespereira e Urgezes, fazem procuração por uma causa de agravo que do juiz e vereadores desta vila tinham interposto para a Relação do Porto, "sobre mandarem mudar a feira de Santo Amaro para esta vila e mandarem apregoar se ficasse nela todas as pessoas que comprassem ou vendessem".
1835 — Portaria – Tesouro Público - 3ª Repartição - Sendo presente a S. M. F. a Rainha o ofício do governador civil de Braga, datado de 28 de Setembro último, em o qual remeteu cópia do que o sub-perfeito de Guimarães dirigira no 1º do dito mês ao perfeito da província do Minho, pedindo o dormitório novo do extinto convento de S. Francisco da dita vila, para servir de casa de audiência e mais funções do juiz de direito daquele julgado, e que pelo mesmo juiz e respectiva câmara municipal tinha sido indicado para esse fim: manda a mesma Augusta Senhora, pelo tribunal do tesouro público, declarar ao sobredito governador civil, em resposta ao seu citado oficio, que sobre aquele objecto deve o mencionado juiz de direito representar pelo ministério dos negócios eclesiásticos e de justiça, para que, depois de feita pelo respectivo ministro à estação competente a necessária requisição, se possa deliberar conforme o exigirem os interesses da fazenda e o bem do serviço. Tesouro público, em 22 de Outubro de 1835. - José Pereira de Meneses – Marcelino Máximo de Azevedo e Melo.
1838 — Em o "Periódico dos Pobres" deste dia, lê-se: "Anúncios. Mr. Mouvemant, com loja de quinquilharias, faz saber no respeitável público que ele tem para vender uma máquina de destilar eleições oferecida ao Povo Soberano pelo seu autor J. F. (deve ser o José Fortunato Ferreira de Castro. F.). Esta máquina, que trabalha a cacete e a punhal, acaba de ser ensaiada com feliz sucesso em Guimarães na presença das Autoridades Civis e Militares. Ela serve para eleição de Câmaras, Juízes de Paz, Juízes Ordinários, Junta do Distrito, Estados-maiores, etc. Quem quiser comprá-la, para ver o modelo que está patente no armazém eleitoral da Viela da Neta". - "Milagres da Bernarda. Em Guimarães há um alfaiate, por alcunha o Grenha, que é Escrivão do Juiz Eleito da freguesia de S. Sebastião! do Juiz da Paz em S. João das Caldas! e Oficial de Diligencias do Administrador do Concelho!!! São três chapéus para uma só cabeça!" - "Na mesma villa o Snr. Francisco José de Faria é Escrivão do Juízo de Direito; escrivão do Juiz da Paz na freguesia da Oliveira! e na mesma freguesia Escrivão do Juiz Eleito!!! E o Snr. Bizarro é Escrivão do Juiz da Paz na freguesia da Costa, e oficial de Diligências na Câmara!!!".
1873 — A Câmara delibera que a arcada do claustro de São Domingos seja numerada antes de ser removida e arrumada para a Praça Nova do Mercado, e o vereador José Joaquim da Costa "o Bago Mestre", propõe que ela seja aplicada ao novo cemitério em construção na Atouguia.
1902 — A Câmara delibera: promover a troca da capela do antigo cemitério pela de Santa Luzia, ficando, todavia, sempre com o encargo do legado de venerar a imagem do Senhor da Boa Morte; - remover para o cemitério público da Atouguia, para a vala comum, todos os restos mortais que se encontrem no antigo Campo Santo que não sejam removidos por quem de direito lhes pertençam, dentro de 30 dias contados da data do anúncio. O anúncio saiu com data 28 deste mês.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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20 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1621 — Escambo em que o Convento da Costa, dá a Jorge do Vale Vieira, fidalgo da casa real, cavaleiro de Cristo, as 13 medidas de pão meado, anuais, que ele lhe tinha doado em 16 de Janeiro de 1620 (para o que consta em 5 e 19 em 5 de Janeiro de 1618 e 18 de Janeiro de 1621) e ele dá ao convento o casal da Cancela mais o das Regadas,???da freguesia de Atães para cumprimento do mesmo legado. O convento tomou posse deste casal em 23 de Outubro de 1625.
1672 — Luís Teixeira da Silva, fidalgo da casa de S. Alteza, morador na sua quinta de Oleiros, da freguesia de Santa Cristina de Longos, possuidor do padroado da igreja de S. Martinho de Avessadas, como bisneto de Gonçalo Coelho da Silva padroeiro da dita igreja, por escritura na nota do tabelião Nicolau de Abreu, cede e trespassa o referido padroado, com todo o direito pertencente ao mesmo, a seu irmão Martim Teixeira Coelho, senhor da Teixeira e morador na sua quinta de Sergude.
1807 — Aviso régio ao corregedor mandando que forneça em benefícios da agricultura, homens, carros, etc., pagando o seu jornal, a Pedro Machado de Miranda, fidalgo da casa real, monsenhor da patriarcal, morador em Guimarães, que já agricultara baldios donde no ano passado colheu 1:900 alqueires de diversos géneros e está habilitado a colher 9:000 alqueires, 300 pipas de vinho, considerável porção de azeite e pinhal, para lhe não faltar pessoal para a cultura e operários para as minas, casas e abegoarias, etc., nas freguesias de Gandra, Barco e Briteiros.
1879 — Principa a rezar-se pelo rito e calendário romano no coro da Misericórdia, deixando-se o bracarense, por Breve apostólico de 7 de Janeiro de 1879 sentenciado pelo Ordinário a 15 de Outubro de 1879. Foi as vésperas o princípio da reza à romana.
1893 — Portaria do Arcebispo autorizando a deliberação do Cabido de Guimarães que as obras do Seminário desta cidade sejam administradas pelo vice-reitor do mesmo e ordenando, na forma do pedido do mesmo Cabido, que os seminaristas internos "assistam em todos os domingos e dias santificados à procissão e missa de Tercia bem como a todas as festas solenes da Colegiada", isto não foi por muito tempo.
1898 — Toma posse do cargo de administrador do concelho, Camilo de Mendonça, por alvará de 20 deste mês, pelo governador civil do distrito, que era seu irmão (2 patifes progressistas).
1910 — Foi preso nesta cidade o jesuíta padre Manuel Carreira, vimaranense, filho do falecido Manuel Luís Carreira "o careca de S. Pedro”.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — Em vereação foi acordado: que nenhuma pessoa venda frutas, pão, nem outra coisa nas portas da vila: debaixo do arco não possam vender de maneira que pejem a metade dos carros e de toda outra pessoa, e toda pessoa que vender sob os arcos ou lugares onde fazem nojo pagarão por cada vez vinte réis para o coimeiro, e mandaram apregoar.
1605 — Alvará régio autorizando o pagamento de 294$188 réis de dívidas do concelho, provenientes, em parte, do mal da peste em 1599, e mais 120$000 réis das festas do nascimento do príncipe, pelos sobejos das sisas. Tem junto o rol dessas dívidas.
1612 — A Câmara, sendo-lhe apresentado um despacho do Corregedor para que respondesse a uma provisão de S. Majestade a instâncias das freiras de Santa Clara que pediam a pedra do muro, que estava junto aos paços, para obras do seu mosteiro, deu em resposta por escrito, que a dita pedra estava em muro levantado e diziam ser do Duque de Bragança.
1619 — Alvará régio para que o corregedor dê uma relação das terras, tanto dos concelhos como dos particulares, que estejam por cultivar, a causa porque, a qualidade e medição as mesmas. Foi lida em Câmara a 20 próximo Dezembro.
1632 — O Corregedor entrega à Câmara uma carta de El-rei em que pede à mesma uma ajuda para as naus da Índia, que haviam de partir em Março do ano seguinte. A Câmara subscreveu com dois mil cruzados por uma só vez.
1833 — Saem para as freguesias do concelho os Escrivães do Geral com o fim de embargarem 20:000 alqueires de pão (milho) e grande quantidade de pipas de vinho para fornecimento do exército do sr. D. Miguel. P. L.
1848 — Recolheu-se a sua Casa do Cano, Gaspar Leite de Azevedo, o qual se tinha retirado desta para a dos Arcos em 1834 quando foi restaurada a Rainha e a Carta Constitucional. P. L.
1887 — Publicou-se "A Apotheose" jornal, único, comemorativo do septicentenário e inauguração da estátua de D. Afonso Henriques; impresso em Lisboa, director literário Domingos Guimarães
1909 — Reuniu a Junta da Paróquia de S. Sebastião e deliberou dar um subsídio para conserto do oratório do largo do Trovador, sendo ela a que mandaria fazer as obras precisas, mas os moradores não concordaram com a 2ª parte.
1915 — Às 10 horas da noite a serviçal Maria de Belém que se encontrava de guarda a uma desmantelada casa sita ao fim da rua de D. João I, julgando ouvir alguns ruídos, veio à janela das traseiras do referido prédio, e esta caindo arrastou consigo a infeliz que quebrou a espinha das costas e morreu no dia seguinte no hospital. A casa era de José de Azevedo Menezes Cardoso Barreto, de Famalicão.
1918 — Saiu o 1.º número do jornal "Gil Vicente", semanário aos domingos, humorístico, literário e noticioso, seu administrador A. de Faria, director e editor Artur Fernandes de Freitas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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18 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1629 — O Cabido, tem em vista a queixa que o cónego cura Pedro do Canto lhe fez de ter-se ausentado há mais 2 meses o outro cónego cura António Coelho, deixando no desamparo espiritual os seus fregueses, encarrega o serviço paroquial deste ao padre Francisco Leite Ferreira, coadjutor de ambos, aprovado, a quem pagaria das rendas do ausentado, igual quantia a que recebia daquele que esteve residente.
1679 — Provisão régia, mandando ao corregedor que passe ordem a todas as Câmaras da sua jurisdição e provedoria para que se não possam correr touros sem que tenham as pontas cortadas.
1712 — Ordem do General da província, lançando bando para se recolherem ao exército do Alentejo todos os oficiais e soldados que na província estejam ausentes dentro de 10 dias sob pena de desertores.
1720 — O procura da Coroa, licenciado João Peixoto da Silva, fez um requerimento e levou-o pessoalmente ao Senado da Câmara que estava em vereação, dizendo que os moradores desta via estando na posse antiga, estilo, uso e costume, de o arcebispo de Braga a vir visitar em pessoa e às igrejas declaradas na concordata, trazendo ministros com visitadores para tirarem devassas, ele arcebispo na Colegiada ou suas capelas e seus ministros com visitadores cada um sua igreja de S. Paio e S. Sebastião, desta vila, e assim o fizeram sempre os arcebispo que pessoalmente vieram em visita à mesma vila, e estando todo povo na dita antiga posse, estilo, uso e costume, agora de presente o arcebispo tirava as visitas nas casas onde estava aposentado, com o convisitador António Felgueira, cónego de Braga, precisando aos ditos moradores com censuras a que fossem testemunhar a sua casa nas ditas devassas, de cujo motivo se seguiam grandes escandalosos ao povo e queixas, devendo tirá-las e seus ministros convisitadores cada um nas ditas igrejas vindo sempre pessoalmente, e por o quebrar o contrário pretendendo estender a sua jurisdição, contra a isenção, posse, estilo, uso e costume e regalia da vila, requeria à câmara, como procurador da Coroa, desse conta deste caso a S. M., e que por saber esta inovação é que lhes fazia saber, e por restituição da Coroa e povo, por isenção e regalia da jurisdição real e povo.
1846 — Chegou a esta vila a notícia de ter sido derrotado os Serezinos de Braga, que comandava o cónego Montalverne (eram uns sessenta e tantos) para as partes da Póvoa de Lanhoso, por a guerrilha miguelista de Vieira, deixando 1 morto e 3 prisioneiros. P. L.
1881 — À uma hora da noite, vitimado, por uma hipertrofia do coração, falece o conselheiro José Barbosa da Costa Lemos, distinto jurisconsulto no foro vimaranense. Era natural do concelho de Felgueiras, mas, pouco depois de concluir a sua formatura, estabeleceu a sua residência nesta cidade, da qual foi duas vezes representante em cortes. Foi governador civil deste distrito e dedicado amigo do duque de Ávila, militando sempre no campo político, progressista, de que este era chefe.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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17 outubro, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Outubro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1517 — Carta de El-rei ao juiz, vereadores e procurador da vila de Guimarães, escrita em Coimbra, participando-lhes ter nascido uma princesa em terça-feira 15 deste mês, mandando-lhes dêem graças.
1642 — Na rua do Espírito Santo, onde morava o tabelião Francisco Veloso, o juiz do subsino, procuradores e homens de falas da freguesia de S. João das Caldas e administradores do bem comum da dita freguesia e da confraria de Nossa Senhora do Rosário, fazem procuração na nota do mesmo a 5 advogados da cidade do Porto e a um indivíduo da dita freguesia, para a causa que queriam mover a Pedro Ribeiro morador em Miragaia, da dita cidade, sobre a haver de cumprir que à dita freguesia ou à confraria deixou André Ribeiro, irmão dele, que falecera nas partes do Brasil em o Rio de Janeiro, de quem o dito Pedro Ribeiro ficou herdeiro e testamenteiro, por terem anúncio de tal legado e ele o não querer satisfazer.
1742 — Provisão régia concedendo 500$000 réis aos frades Capuchos para as obras da reedificação dos aquedutos que conduziam a água para o convento e reparação do convento pagos da metade dos depósito das sisas desta vila, ficando salva a outra metade do dito depósito aplicado para a obra da ponte de Coimbra. Os frades haviam representado: de que a inclemência do tempo tinha arruinado os aquedutos por onde se conduzia a água para o convento, e parte do convento necessitava de reedificação, a cujas obras não podia suprir a sua conhecida pobreza nem as esmolas que eram precisas para o gasto diário, e que no depósito das sisas da vila e termo havia dinheiro, pedia a S. M. esmola para essas obras; em vista a informação do provedor que ouviu a câmara, nobreza e povo, resposta do procurador da coroa e consulta do desembargo do paço, foi concedido a provisão ut supra dirigida ao provedor. A Provisão depois de registada na câmara, com o cumpra-se, 31-XII-1742, Medeiros, foi dada ao donato negro em 11-I-1743 para entregar ao seu guardião.
1800 — A um requerimento do povo, queixando-se do excessivo preço dos vinhos, que os taberneiros açambarcavam pelo termo, porque os particulares poderosos vendiam aqui o seu muito caro quando o não podem vender senão por menos um real que a taxa estabelecida e só o podem vender nas próprias casas e não em vendas públicas, e posta a taxa de 10 réis o quartilho os vendeiros tiraram os ramos e não vendem; os vendeiros fornecem além do vinho carnes, vitelas, peixes, arroz, etc, o que não dever ser; os pasteleiros vendem vinho e outros comestíveis, quando só devem fazer torar, os toucinheiros compram a carne de porco e a vendem depois caro, a Câmara despachou favoravelmente, proibindo os abusos, mandando observar as posturas e acórdãos.
1806 — Alvará estabelecendo que todas as Misericórdias se regulem pelo Compromisso da de Lisboa e estabelecendo outras providências para regime das mesmas.
1808 — A folhas 170 vº de um livro de registo, do arquivo municipal, está a provisão e mais documentos da emancipação de Manuel Baptista Sampaio Guimarães desta vila; é a provisão: - Em nome de Sua Majestade Imperador dos Franceses, Rei de Itália, Protector da Confederação do Reno, General e Chefe do Exército Francês em Portugal, etc., faz saber que Manuel Baptista Sampaio Guimarães, filho legítimo de João Baptista Sampaio, representou pela petição junta, etc, etc, etc, Não tem o final porque falta a folha 175.
1828 — "Morreu quase de repente uma cómica Italiana pertencente a uma companhia, que então aqui se achava". P. L.
1846 — "Tocou a reunir os empregados da Bomba desta vila, para os convidar a pegar em armas, para defenderem a Junta do Governo do Porto. Os ditos empregados desconfiando, que era para o mesmo fim, que os convidavam, não apareceu uma grande parte, e então quem estava encarregado de os convidar, não os convidou, por recear que eles se recusassem". P. L.
1902 — Decreto nomeando em comissão, o nosso ilustre conterrâneo e lente substituto da faculdade de filosofia da Universidade de Coimbra, dr. Álvaro José da Silva Basto, primeiro revisor da imprensa da mesma Universidade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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