Efemérides: 30 de Outubro
O Azemel Vimaranense n.º 4
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1552 — O Arcebispo D. Fr. Baltazar Limpo visitou as igrejas paroquiais de S. Miguel do Castelo e S. Paio de Guimarães. O D. Prior e Cabido apelaram, alegando que a visitação das ditas igrejas pertencia a ele Prior e não ao Arcebispo, conforme concordata entre a igreja de Braga e a de Guimarães.
1615 — Provisão mandando "que à custa das rendas do concelho se faça um livro de grandura conveniente e bastante de tábuas bem encadernado e de bom papel para se trasladarem os papéis, escrituras, cartas de pergaminho e provisões que tocarem e pertencerem à dita vila (de Guimarães) e seus privilégios e bem comum dela os quais se trasladarão no dito livro de boa letra, clara e distinta, e sendo trasladados e concertados pelo dito Juiz de Fora e dois tabeliães da mesma vila perante ele e sendo os traslados de cada um dos ditos papéis assinados pelos ditos juiz e tabeliães no dito livro se lhes dê tanta fé e credito como aos propormos donde se trasladarem".
1803 — Faleceu em Lisboa e lá jaz sepultado no claustro do convento de Nossa Senhora. de Jesus da Ordem Terceira da Penitência o vimaranense Jerónimo de Barros Ferreira, desenhista primoroso e hábil, pelo que se dedicou à pintura, sendo seu professor Miguel António do Amaral, era também versado
1822 — Publicou-se o nº 4 do "Azemel Vimaranense". (Dei este nº à Sociedade Martins Sarmento). Nele lê-se: "O Redactor lembra a todos os Snrs. Párocos e Chefes de Corporações desta Vila que no Dia Domingo, três de Novembro se não devem tocar sinos a defuntos, pois é Dia de grande Gala, e festividade Nacional, aliás lhe arranjaremos a competente carapuça".
1841 — "Morreu em Braga o Domingos Carneiras, ourives, morador
1873 — A Câmara deliberou que o peixe e a sardinha passem no dia 1 do próximo Dezembro a ser vendidos na Praça Nova do Mercado.
1878 — Em sessão de Câmara compareceu a Junta de Paróquia de S. Paio desta cidade, por causa dos melhoramentos da largo fronteiro à sua igreja, e cedem à Câmara o cruzeiro do Senhor das Ânsias que se achava no meio do mesmo largo e ora está na freguesia de Polvoreira.
1906 — Foi julgada em audiência geral Rita da Costa e Silva, solteira, de 40 anos, natural de Santa Maria de Souto, por ter estrangulado uma criança do sexo masculino que dera à luz em 19 de Janeiro de 1905 às 11 horas da noite e que depois escondera num armário envolvida num cobertor; cujo crime ela confessara em 9 de Fevereiro de 1905 no interrogatório judicial que lhe fora feito e sendo-lhe marcado pela 1ª vez o dia 9 de Maio deste ano para o julgamento, ela negou o crime e o seu advogado alegou em defesa a loucura dela, a requerimento do ministério público o julgamento foi suspenso e ela submetida no Porto a exame psicológico, os peritos declararam não era nem fora alienada. O júri deu como não provado, por maioria, o crime de infanticídio, e o juíz julgando iníqua e injusta tal resposta do júri, anulou as declarações do mesmo, e ordenou nova discussão da causa para o dia imediato, a qual se realizou, dando o novo júri as mesmas respostas, pelo que ela foi absolvida. O delegado recorreu e ela recolheu à cadeia por não ter quem a afiançasse.
1933 — Saiu em procissão de penitência S. Sebastião, das dominicas, por causa da varíola.
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