28 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1322 — No livro das Linhagens - Título 7º, lê-se o seguinte: Este rei D. Dinis houve guerra com seu filho D. Afonso infante, por razão que queria que Afonso Sanches, que era seu filho de barregão, que reinasse. E o infante D. Afonso soube isto e tomou-lhe a cidade de Coimbra, véspera de Janeiro depois de comer, era de mil CCCLIX anos. Em outro dia de Janeiro tomou Montemor-o-Velho rompante o alvor, e isto foi na era de mil CCCLX.E foi-se e tomou a Feira e o castelo de Gaia e a torre de menagem do Porto, e foi-se deitar sobre a vila de Guimarães. E guardava a vila e o castelo um cavaleiro que chamavam Mem Rodrigues de Vasconcelos e defendeu-lha muito bem. - El-rei D. Dinis soube que jazia sobre a vila de Guimarães, e ele veio-se deitar sobre Coimbra. E chegou aí o primeiro de Março em Quaresma, e fez muito estrago, e o arrabalde de tudo foi estragado. E derribaram as casas e filaram muito pão e muito vinho e muito azeite e danaram todo o campo que era semeado de pão novo. E cortaram todos os olivais também, de aquém e dalém. E chegou aí D. Afonso Guedelha que se chamou rei de Leão em outro tempo, padre de D. João. - O infante quando soube que seu pai jazia sobre Coimbra alçou-se de Guimarães e chegou a S. Paulo com o conde D. Pedro seu irmão, que então era exerdado do reino, e com outros ricos homens e com grão poder de cavalaria, e houve aí três dias por trégua que houve entre seu pai e ele.
1721 — Carta nomeando por 3 anos corregedor o bacharel Francisco Xavier da Serra (Crasbeck), que serviu ultimamente de ouvidor de Montemor-o-Velho
1754 — O padre Manuel Luís Vaz, sacristão-mor da Colegiada, comissionado pelo Cabido, recebe em Lisboa as pratas, no valor de 1.078$550 réis, paramentos e outras peças pertencentes ao oratório do falecido D. Prior, D. João de Sousa, que legara em testamento a Nossa Senhora da Oliveira.
1774 — Carta nomeando Mestre de ler, escrever e contar, para a vila de Guimarães a Domingos Pereira de Macedo por 3 anos, com o ordenado anual de 60$000 réis cobrado na folha dos professores da comarca e Câmara da vila de Guimarães.
1805 — Provisão concedendo a Manuel da Costa edificar na muralha da Rua de Santo António casas novas e aformosear as outras que já ali tem.
1824 — O cónego magistral Manuel Machado Carmona Gusmão da Cunha, procurador geral do Cabido, contrata com o mestre pedreiro Francisco José Prata, morador no Pevidém, freguesia de S. Jorge de Selho, por setenta mil réis, a construção do novo polígono para a oliveira que estava no largo fronteiro à igreja Colegiada, defronte do Padrão.
1834 — Esteve a vila em grande alarme por se ter visto na Penha alguns homens os quais fizeram persuadir as autoridades e o povo, que eram uns ladrões, que nesse mesmo dia tinham saído logo abaixo da Portela de Arões roubando algumas pessoas. O corregedor e sua justiça chegaram a ir ao pé da Penha, porém averiguando o caso eram homens que andavam a roçar mato. P. L.
1835 — À noite houve na casa do teatro repetição da tragédia Otelo, representada por vários curiosos. P. L.
1858 — Representação ao governo, assinada por 480 habitantes da cidade e concelho de Guimarães, pedindo a volta de caçadores para o quartel desta cidade.
1873 — A autoridade administrativa convidou os farmacêuticos para uma reunião a fim de prestarem todo o auxílio aos doentes atacados das bexigas, cuja epidemia grassava nesta cidade, que estivessem em circunstâncias desfavoráveis e com poucos recursos para medicar-se no seu domicílio. O hábil farmacêutico Manuel José de Passos Lima, "O Pilro", da Rua de Santa Rosa de Lima, publicou em 7 deste mês um folheto, impresso, com o título de "Aviso ao Povo para não morrer de Bexigas, ou considerações sobre a Epidemia da Varíola" que custava 100 reis.
1885 — Pouco depois das 11 horas da manhã realizou-se a 1.ª reunião da Associação dos Proprietários e Lavradores de Guimarães em que foram aprovados os seus estatutos e nomeada uma comissão para tratar da aprovação dos mesmos pela autoridade competente e dos mais trabalhos de instalação. A sessão terminou às 2 horas da tarde.
1889 — Falece o ex-professor de latim e organista da Colegiada e de outras igrejas, Francisco Pedro da Costa Rocha Viana. Era conhecido por "Venâncio" que era o nome de seu pai; era natural de Viana, bom pianista e cantor e gastrónomo de 1.ª ordem.
1893 — A Câmara, em harmonia com a sua deliberação de 8 de Janeiro, resolve mandar proceder à remoção do cruzeiro de S. Francisco para onde a mesa da ordem 3.ª indicou.
1897 — Falece o fundador e redactor de "O Comércio de Guimarães", António Joaquim de Azevedo Machado, bastante alcoolizado; havia nascido em 20 de Fevereiro de 1850, tinha o 2º de medicina na escola do Porto, cujos trabalhos de estudo suspendera andando no 3º ano, fundando em seguida este jornal.
1899 — Saiu o 1º número do jornal quinzenal "O Colégio"; redacção e administração o Colégio de S. Dâmaso.
1908 — Neste dia, de manhã, e também no dia seguinte de manhã, apareceu a Penha coberta de neve, desde o Senhor dos Serôdios até à Fonte Santa.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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27 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Fevereiro
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1220 — Provisão passada em Guimarães pela qual El-rei D. Afonso II deu grandes privilégios à igreja e freguesia de Santa Senhorinha de Basto.
1587 — Reuniram no alpendre da igreja de S. Sebastião, o corregedor, um dos juízes ordinários do termo de Basto e 2 vereadores de Guimarães; o corregedor mandou meter a pregão a obra de reformação da ponte de Cavez, conforme uma provisão de S. Majestade, andando muitos dias a pregão em Braga, vila Real, nesta vila e no termo de Basto, foi neste dia 28 arrematada no Campo do Toural a João Anes do Canto, desta vista, por 670$000 réis, que foi o menor lanço de que se fez contrato no referido alpendre.
1627 — Na nota de João Abreu, obriga-se por escritura Domingos Coelho, mestre de obras, morador na Rua Caldeirôa, fazer de pedra de galho, na igreja da Misericórdia, uma capela da parte direita, entre o púlpito e a capela-mor, a Francisco Jorge Mendes, morador no Toural, tendo de vão 20 palmos de olho e 10 de largo e o tecto de painéis lançados nas costas da capela, conforme a traça feita pela capela de Baptista da Costa, morador na cidade do Porto, a qual está na Misericórdia da dita cidade, menos um pilar por não caberem os dois, recebendo por toda a obra 79$000 réis e a cal necessária.
1720 — Provisão concedendo ao Cabido da Colegiada ter livro privativo de notas para todas as causas a ele pertencentes, no seu cartório.
1803 — O Cabido deferiu a representação em que a Misericórdia lhe dizia achar-se o muro do cemitério em parte destruído, de sorte que passavam por ele animais e algumas pessoas para fins ilícitos, pedindo-lhe sem perda de tempo mandasse consertar o muro e tirar todos os arbustos e árvores existentes dentro dele e todo o silvado, e dar providências precisas a respeito da demolição do muro da vila que fazia parte da parede do cemitério; mandando remeter a mesma representação ao cónego fabriqueiro para por conta da fábrica mandar fazer os reparos necessários.
1847 — Chegou a esta vila o brigadeiro César de Vasconcelos, general da Junta do Porto, e mais 2 ajudantes de ordens e 1 lanceiro. Foi para a hospedaria da Joaninha à Senhora da Oliveira. Saiu no dia seguinte para Amarante. P. L.
1863 — Na semana finda hoje, sábado, houve os acontecimentos desastrosos seguintes: um incêndio
1887 — A Associação Clerical, em assembleia geral, resolve representar ao governo, ao núncio e ao arcebispo, pedindo: conservação da Colegiada com obrigação de ensino; no caso da sua extinção, fornecer à Coraria da mesma subsídio que bastasse ao cumprimento de todos os legados que pesam sobre o Cabido (esta parte, tolice e disparate, era a Coraria a ser Cabido!) conservação na igreja da Colegiada de todos os paramentos, alfaias e quaisquer monumentos arqueológicos.
1894 — A pedido da Sociedade Martins Sarmento a Associação Comercial representa a El-rei pedindo a conclusão da Escola Industrial Francisco de Holanda, na sua parte material e na parte pedagógica e profissional, há ano prometida nas afirmações oficiais, há anos decretada nas sucessivas reformas do ensino industrial.Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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26 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Fevereiro
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1114 — A rainha D. Teresa estando em Guimarães deu foral à vila de Chás de Tavares.
1590 — Falece
1781 — A Câmara e o Cabido celebram na igreja da Colegiada solenes exéquias pela rainha-mãe D. Mariana Vitória, a que assistiram os mesmos Senado e Cabido, todas as comunidades, nobreza, ministros e oficiais de justiça; o ofício foi a 2 coros de música, sendo celebrante o cónego tesoureiro-mor e orador o padre guardião dos Franciscanos, frei Tomás de Aquino e S. Bernardo, estando na capela-mor um sumptuoso sarcófago.
1867 — O núncio apostólico concede 100 dias de indulgência a quem rezasse diante da imagem do Senhor da Cana Verde, que então se venerava na sacristia e hoje na igreja da Misericórdia no 1.º altar lateral superior do lado do evangelho, a seguinte jaculatória, ou outra qualquer oração semelhante: "Se por mofa, em vez de ceptro, vos puseram verde cana, eu vos rendo vassalagem, de Majestade Soberana".
1878 — Na igreja da Misericórdia canta-se uma missa pelo eterno descanso do Papa Pio IX, mandada celebrar pela Associação das Filhas de Maria; grande número de fiéis comungaram em sufrágio do mesmo pontífice, por convite da dita associação que, para tal fim, teve padres confessores.
1899 — Na Foz do Douro falece a viscondessa de Roriz, D. Maria do Carmo Martins da Costa de Gouveia Moraes Sarmento, viúva do Dr. António Marinho Falcão de Castro de Morais de Abreu Bacelar e Lyra Sotto Maior, visconde do mesmo título, irmã do Dr. Francisco Martins Martins.
1902 — Por edital do Governo Civil de Braga, a freguesia de S. Lourenço de Calvos, que estava anexa à de Gémeos, ficou independente para efeitos administrativos.
1914 — Decreto concedendo à Câmara de Guimarães o edifício da igreja paroquial de S. Paio de Guimarães.
1931 — Inauguração de um mercado quinzenal na freguesia de S. Torcato. A Câmara Municipal isentou-o de impostos municipais durante um ano.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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25 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Fevereiro
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719 — Segundo se lê no lendário breviário bracarense: S. Félix Torcato bispo da Citânia e de Braga padece o seu glorioso martírio junto a Guimarães.
1739 — Provisão, concedendo que Catarina de Araújo que há muitos anos cozia o pão para os frades de S. Francisco, pudesse vender o que lhe sobejava (ao que a Câmara se opunha) devendo porém ter o mesmo peso taxado pela Câmara e sujeita às correições da mesma Câmara, que a não poderia obrigar a ter muito ou pouco pão. Foi porque algumas vezes lhe sobrava massa, visto haver ocasiões de muitos frades e outras de poucos.
1789 — A igreja de S. Paio de Guimarães funcionava; em 21 de Fevereiro de 1790 não funcionava por estar a construir-se a frente da igreja e os actos paroquiais realizavam-se na capela do recolhimento do Anjo; e em 11 de Abril de 1791 já funcionava a igreja.
1821 — Em sessão de cortes é reeleito por 44 votos, para um dos 4 lugares de secretário, estando 75 votantes, na eleição mensal, sendo o 2.º mais votado, o vimaranense Dr. João Baptista Felgueiras.
1836 — A rainha mandou passar o vimaranense João Baptista Felgueiras ao exercício de conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
1836 — Morre aqui o reverendo Francisco Joaquim de Eça e Leiva, cónego da extinta congregação de S. João Evangelista (Loios), onde fora lente de filosofia e muito considerado pelos variados conhecimentos literários, sendo um eclesiástico que tinha dado honra à sua corporação e a Guimarães. Foi sepultado no dia seguinte no Campo Santo. P. L.
1842 — Decreto nomeando administrador geral do distrito de Braga (Governador Civil) o Barão de Vila Pouca.
1847 — Morreu com trinta e tantos anos de idade, um negociante do terreiro de S. Francisco chamado por alcunho "O Rei dos Franceses". Foi depositado e sepultado no dia seguinte na igreja do Campo da Feira. P. L.
1850 — Em sessão da Câmara dos Deputados, Lopes de Lima apresentou uma representação da Câmara Municipal do concelho de Fafe, pedindo que o seu concelho seja elevado a Comarca e se reúnam as freguesias de Travassos, Passos, Golães, S. Romão e Santa Cristina de Arões, ora incorporadas no concelho de Guimarães. Foi mandada às comissões de Estatística e de Administração Pública.
1858 — É a data de uma representação aos poderes públicos, com 405 assinaturas, pedindo que a directriz da estrada de Famalicão na entrada nesta cidade não fosse a requerida pela Câmara, mas sim viesse a S. Lázaro, Rua de Gatos, etc. - Politiquice no caso, que vingou.
1863 — Decreto aprovando os estatutos da "Assembleia Vimaranense" que tinha por fim proporcionar aos associados uma diversão decorosa e civilizadora, por meio da convivência quotidiana, leitura, jogo lícito, bailes ou simples reuniões de famílias. A carta régia desta aprovação é de 18 de Março de 1863.
1903 — A comissão municipal delibera representar ao Governo, pedindo autorização para contrair um empréstimo de 14:000$000 réis para o fim e conforme a deliberação tomada pela Câmara em sessão de 11 deste mês e ano (para o abastecimento de águas da cidade).
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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24 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Fevereiro
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690 — Morre
1281 — O Prior e Cabido fazem colação de uma quaternária em favor de Domingos Pedro.
1450 — Carta de El-rei D. Afonso, dada em Évora, confirmando a de El-rei D. João I, dada em Santarém a 6-5-1407, que fez mercê ao senhor da Quinta de Gominhães,
1576 — No mosteiro de Santa Maria in Ara Coeli da Ordem de Santa Clara, da observância, a 1.ª Dona Abadessa Helena da Cruz, em seu nome e do seu convento, faz procuração a António de Mesquita, morador na cidade de Lisboa, Gonçalo Vieira, assistente na mesma cidade, e a Mateus Luís, morador em Guimarães, para arrendarem, cobrarem e haverem às suas mãos o incenso e todas as especiarias que El-rei mandava dar anualmente na casa da Índia ao seu mosteiro, porque elas, por sua pobreza, e o mosteiro ser também pobre, não os tinham arrecadado nos anos transactos; testemunhas Bartolomeu Dias e Gonçalo de Oliveira, criados do cónego mestre-escola da Colegiada.
1601 — O arcebispo D. frei Agostinho de Jesus faz visitação pela 4ª vez à igreja de Santa Eulália de Fermentões, e, de entre outras coisas capituladas, manda ao juiz e homens bons que em termo de um mês busquem dois oficiais que bem entendam o custo necessário para se fazer o corpo da igreja no mesmo lugar onde estava, acrescentando-o o necessário para caberem os fregueses e depois de avaliarem lhe participem para ele taxar o tempo para ela ser feita.
1642 — Ordem dada em Braga por D. Gastão Coutinho, do conselho de guerra e capitão geral da província de Entre-Douro-e-Minho e seus exércitos, comendador de S. Tiago de Caldelas, Lanhes e Vilarinho, para Paulo Teixeira de Azevedo, fidalgo da casa real, vir à vila de Guimarães e sua comarca, e ir a Unhão, Santa Cruz, Amarante, Felgueiras, Celorico, Gouveia, Baião e mais concelhos circunvizinhos deste, apresentar se sua parte às Câmara e capitães-mores o regimento, do mesmo e igual data, para todos os mesmos organizarem companhias para a defensão do reino.
1743 — Provisão régia extinguindo a servidão vexatória de Cunha e Ruílhe, cujos moradores estavam obrigados a cumprir na véspera de sete festividades do ano: Páscoa, Espírito Santo, Corpo de Deus, S. João Baptista, Visitação a Santa Isabel, Anjo Custódio e Nossa Senhora da oliveira, vindo três dos ditos moradores varrer a Praça (de N.ª S.ª da Oliveira), terreiro e açougue da vila, com barrete vermelho na cabeça e banda da mesma cor ao ombro, espada à cinta, um pé calçado e outro descalço, vassoura de giesta que traziam de casa, e pendurado no cinto a meia e o sapato do pé que descalçavam. Vid. Revista de Guimarães, vol. V. (À margem, escrito a vermelho: Por petição a S. Majestade e influências de Veríssimo Machado Fagundes, natural de Barcelos).
1811 — É nomeado administrador geral das cartas de jogar, na comarca de Guimarães, por três anos, o vimaranense Manuel Baptista Sampaio Guimarães.
1847 — Foram desta vila para Braga alguns cavalos que foram tirados a alguns cavaleiros pagando-os a alguns, e dando um vale pelos outros. Estes cavalos foram para a cavalaria da Junta do Porto. De Braga veio uma força às Taipas, para que lhe não fossem tomados pelos miguelistas que por ali andavam armados. P. L. - Vid. "Espectro" de 6 de Março.
1879 — 3ª-feira de Entrudo. Nos dias 16-23 e hoje, houve no teatro de D. Afonso Henriques os bailes mascarados do costume, pouco animados, com uma boa orquestra regida pelo padre Eugénio. Houve bailes sem máscaras no antigo palacete do Toural, em benefício do Asilo de Mendicidade de N.ª S.ª da Consolação e Santos Passos, com a banda do batalhão de caçadores 7.
1890 — José Alberto Nunes, pintor muito apreciado, que esteve nesta cidade, onde pintou grande número de retratos e alguns painéis, nesta data faleceu na cidade do Porto donde era natural.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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23 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Fevereiro
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1133 — S. Teotónio, 1.º prior do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, lança o hábito de cónego regrante a D. Pedro Amarelo, um dos 72 discípulos que se juntaram aos primeiros 12 cónegos dos dito mosteiro, o qual depois veio a ser o 1.º Prior da igreja de Santa Maria de Guimarães, quando o mosteiro dela foi transformado em Colegiada por El-rei D. Afonso Henriques.
1598 — O juiz e vereadores vão às casas, tulhas e celeiros dos rendeiros dos reguengos desta vila, dos anos de 1597 e 1598, Francisco Luís, Pedro Anes da Silva, Sebastião Gonçalves e Luís Lopes, e tomam-lhe todo o pão que nelas estava e depositam-no
1643 — O D. Prior manda notificar o cónego Cristóvão Ferraz para no prazo de 15 dias fazer a lista dos soldados privilegiados, de que era capitão, para ser visto como estavam armados e prevenidos, a fim de acudirem à defensão do reino nas ocasiões de sua obrigação, por também isto mesmo lhe haver encomendado a ele D. Prior, o doutor Gregório de Valcacer de Morais, visitador geral das fronteiras, na visita que fez nesta vila. O cónego capitão não obedeceu à notificação do seu prelado.
1686 — Tem esta data a lei proibindo, sob pena de multa e prisão, correr touros sem lhes serem serradas as pontas; a qual está registada na Câmara.
1729 — Com grande solenidade se pôs a Via Sacra na freguesia da Costa.
1824 — O Cabido manda iluminar a torre, por ser o 1.º aniversário da restauração de Chaves.
1842 — Chegou a esta vila o batalhão de infantaria nº 14, o qual vinha do Porto, por ter S. M. a rainha anuído ao movimento do Porto e de todo o reino a favor da Carta Constitucional. Entrou pela Rua das Molianas, terreiro de S. Francisco, Rua de S. Dâmaso, e foi à praça da Senhora da Oliveira, onde formado em quadrado entoou o seu comandante (o major Rangel) os vivas à rainha, a Carta Constitucional e a S. M. o Sr. D. Fernando. Na sua entrada apenas se deram alguns foguetes pelas ruas do seu trânsito, e só nos quartéis se deram bastantes foguetes, aonde também estavam arcos de multa preparados por alguns oficiais e sargentos que aqui tinham ficado. Na entrada do batalhão não houve um só repique de sinos, ainda que se ajuntou bastante povo para o ver entrar. O batalhão tinha ido até Coimbra, seguindo o movimento do Porto a favor da Carta. P. L.
1845 — A Câmara mandou deitar um Bando anunciando o feliz parto da rainha dando à luz uma infanta no dia 17 deste mês, e convidando os habitantes da vila a pôr luminárias por 3 noites, sendo estas muito raras. P. L.
1869 — A Câmara, em sessão, autoriza a criação de feira quinzenal aos domingos alternados
1879 — A comissão nomeada na reunião de Vila Pouca, reunida com os cavalheiros que tinha convidado para a ajudar com os seus conselhos e esclarecimentos, para a sopa económica, reúne nos paços do concelho para tratar do negócio que lhe fora incumbido.
1882 — Próximo da meia noite deram as torres sinal de incêndio, que foi grande, nas casas do caseiro defronte da casa do Salgueiral; os socorros foram prontos, mas de pouco valeram, pois os prejuízos foram quase totais, ardendo a casa e dependências, e morrendo queimado algum gado bovino.
1887 — Às 3 horas da tarde realiza-se, a convite do Conde de Margaride, um comício no teatro de D. Afonso Henriques, para resolver o que mais conveniente fosse sobre a próxima extinção da Colegiada anunciada por um jornal de Lisboa, chegado a Guimarães no dia 19 deste mês e ano.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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22 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Fevereiro
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1442 — Carta de El-rei D. Afonso V, dada em Santarém, com os capítulos especiais que lhe foram apresentados pelos procuradores de Guimarães (Afonso Gil e Vasco Martins) nas cortes de Évora, e respostas aos mesmos.
1809 — Ofício do general, em Ponte de Lima, ordenando ao comandante dos privilégios de Nossa Senhora da Oliveira, João do Couto Ribeiro de Abreu, que com o corpo do seu comando marche imediatamente para Caniçada (Viera) e suas vizinhanças, pronto a acudir à Portela do Homem, pelo caminho de Covide, ou a Salamonde, segundo os avisos que tivesse de uma ou outra parte, tendo a cautela de recorrer aos magistrados civis para ser fornecido, que seria pago pela administração dos víveres do Estado, logo que se legalizasse por vales competentes o seu consumo, bem entendendo que o corpo deveria ir de pólvora e bala, e quando a não tivesse recorreria logo a Braga ao coronel Gaspar de Sousa Pizarro. Esta ordem foi dada para prevenir quaisquer intentos que o inimigo pudesse ter sobre o centro desta província, sendo pontos principais os da Portela do Homem e Caminho de Salamonde.
1810 — Por despacho deste dia foi concedida licença por 3 anos a José de Lemos Pinto de Faria, natural da freguesia de S. Paio, morador na Rua Nova do Muro, para ensinar gramática e língua latina. Foi-lhe passada provisão da Junta dos Estudos a 2 ou 27 ? de Fevereiro de 1810.
1812 — O Dr. Provedor apresenta em vereação uma carta do Governo, datada de 14 de Fevereiro, dirigida ao juiz de fora e Câmara, participando-lhes que a infanta D. Maria Teresa, casada com o infante de Espanha, D. Pedro Carlos, dera à luz um menino. Foi deliberado ordenar por bando que os moradores da vila pusessem luminárias 3 noites e no último desses dias se fizesse um Te Deum.
1834 — Passam-se ordens para se embargarem todos os cavalos e éguas tanto de marca como sem ela, para irem para Braga para se formar uma guerrilha realista a cavalo. P. L.
1846 — Morreu, no hospital dos Terceiros Franciscanos, o Bernardo botequineiro, cunhado do João Jejum, o qual apenas fechou as portas, andando todo o dia a passear pelo Passeio e estando à janela com o seu traje do costume, inclusive um colete encarnado. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na capela dos Terceiros Franciscanos. P. L.
1853 — A Câmara pediu aos poderes públicos que lhe fosse concedido contrair um empréstimo de oito contos de réis, para construção de uma nova cadeia. Também representou à Câmara dos Deputados pedindo que na reforma das escolas cirúrgicas seja concedido aos seus alunos um grau académico.
1865 — Tomou posse do governo civil do distrito de Braga, o vimaranense Dr. José Joaquim Vieira (Paçô).
1874 — O deputado por este círculo, Dr. Vasco Leão, vimaranense, apresentou na sessão da respectiva Câmara, uma representação da ordem Terceiros de S. Francisco pedindo-lhe concedessem parte do edifício do convento franciscano e seus acessórios, para nele estabelecer escolas para os filhos dos seus irmãos e de outras pessoas que a elas quisessem concorrer, e para poder continuar as obras do seu hospital, oferecendo pela cedência do edifício a quantia de dois contos ou uma casa próxima ao quartel militar para nela se estabelecer o hospital militar, a que parte do convento estava destinada.
1881 — É esta a data da planta da capela do cemitério municipal da Atouguia.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
Mais efemérides deste dia: ler.
21 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1282 — O arcebispo de Braga, D. Frei Telo, lançou neste dia a primeira pedra para a fundação da igreja do segundo convento de S. Francisco, que foi fundado no sítio em que estava o denominado hospital do concelho, em razão de ser administrado pelo "governo" da vila. Crê o padre Caldas que este hospital ficava fora dos muros da vila, ocupando um lugar muito provável entre a Fonte dos Passarinhos e a igreja de S. Dâmaso, e não dentro dos mesmos muros, a norte da Torre Velha, como opinam alguns escritores, que fazem fundado o referido hospital no sítio em que assenta o recolhimento das Beatas do Anjo, se é que não consideram este o mesmo edifício. Estiveram também presentes o bispo D. Fernando e o mestre-escola D. João Fernandes, ambos da Sé de Tui, D. Domingos Esteves arcediago de Braga, D. Pêro Nunes prior de S. Torcato, o D. Prior de Roriz e outros eclesiásticos e seculares de muita autoridade. - Hist. Seraf. da prov. de Portugal por fr. M. da Esperança, liv. 1º, cap.43.
1666 — Carta régia, passada em Salvaterra e dirigida ao Cabido da Colegiada de Guimarães, para que imediatamente ordene que em todas as igrejas do arcebispado (!!!) se façam orações à Divina Majestade a fim de se realizar um negócio que se andava tratando e que era de grande importância para o reino de Portugal.
1827 — Carta do cirurgião-mor do reino autorizando Maria Joana, viúva, natural da vila de Guimarães, a socorrer e auxiliar os partos naturais, e quando sejam dificultosos recorrer imediatamente ao auxílio de cirurgião aprovado.
1840 — A Câmara representa à rainha para que esta vila seja designada quartel do batalhão de infantaria 18, de que era coronel José Teixeira de Mesquita, como já fizera em 7 de Julho de 1838 e 7 de Agosto de 1839, tendo ela rainha comunicado em portaria de 22 de Agosto de 1839 que a suplicante seria atendida.
1844 — Foi querelada a quadrilha de ladrões que infestava a serra de Santa Catarina, roubando e espancando os passageiros, era composta dos seguintes: António da Silveira, de S. Lourenço de Calvos; Francisco António Pinto de Miranda, de S. Tomé da Abação; João Francisco Leite, o Salpicão, morador a S. Roque, o Maneta José Francisco, de Urgeses, e António Salgado, o Russo, de Nossa Senhora da Oliveira. O maneta José Francisco em 19-XI-1844 foi condenado em 10 anos de degredo para Angola e as custas.
1846 — Falece no Porto José Martins da Costa, grande capitalista da mesma praça e deputado às cortes. Era senhor da casa de Minote e natural da freguesia de Santa Eulália, próxima de Guimarães, mas vivendo a maior parte do tempo na sua Quinta de Aldão. Em consequência de uma grave moléstia fora residir para o Porto, onde faleceu neste dia, repentinamente. Fizeram-lhe os ofícios de corpo presente no dia seguinte, na igreja da Lapa, em cujo cemitério foi sepultado na capela do Bernardes. Morreu sem testamento, deixando sua grande riqueza a uma irmã e a cinco sobrinhos. P. L.
1869 — A Câmara dirige uma representação ao governo pedindo a prorrogação por mais 5 anos para o registo de todas as servidões de nascentes, correntes de águas e aquedutos subterrâneos, aéreos, minas subterrâneas ou de mina aberta, caminhos para pessoas, gados, veículos e carros.
1872 — É sepultado na igreja de Misericórdia o mestre pedreiro das obras do novo hospital da Santa Casa, Joaquim Ferreira, natural da freguesia de S. Salvador de Moreira, casado em segundas núpcias com Maria Joaquina, rodeira dos expostos, o qual dirigia em a noite de 8 para 9 deste mês do ano de
1891 — Domingo (2º) de Quaresma. O pregador padre António Pereira, de Braga, jesuíta, conferente na igreja de S. Francisco, no meio do sermão, estando a afinar-se, com surdina, o rabecão, picando-se para isso nota no órgão, para o Miserere, o padre julgando que era para que ele acabasse, vira-se para o coro e diz "os senhores músicos são malcriados, bem mostraram não ter educação". Depois veio a saber-se que outros músicos lhe tinham feito o mesmo de propósito no jubileu das 40 horas
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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20 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Fevereiro
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1165 — D. Afonso Henriques alcançou vitória junto a Palmela e conquistou a vila de Sesimbra.
1372 — Carta de El-rei D. Fernando, dada em Coimbra e confirmada por D. João III a 18 de Maio de 1530, que obriga os moradores de Basto, Celorico, Roças, vieira e Vila Boa de Guilhofrei, "a virem roldar, velar e guardar a vila, e ajudar a fazer nos lavores" quando seja necessário, e ajudarem ao reparo e refazimento da mesma, sempre que se torne preciso." Pergaminho nº 78 da C. M.
1601 — O arcebispo D. frei Agostinho de Jesus faz visitação às igrejas de S. Paio e S. Sebastião, e entre outras cousas que nelas capitulou, naquela, lembra ao D. Prior e manda ao Cabido que em termo de um ano acabem de mandar forrar a igreja na parte que lhe falta; e nesta manda ao administrador da ermida de Nossa Senhora da Piedade que dentro em dez dias lhe viesses dar conta dos dez cruzados de fábrica, que lhe ficaram de resto da dita fábrica e assim de todo o mais que era obrigado.
1616 — Carta do arcebispo de Braga, em Madrid, à Câmara, porque ele queria mandar visitar por seus visitadores a vila, e a Câmara não lho consentia; ele pede-lhe "se não queiram intrometer no particular deste negócio, pois em nada toca a jurisdição dessa Câmara, para que me não seja necessário queixar-me a sua Majestade dos que encontrarem minha jurisdição, e proceder com censuras."
1735 — Provisão sobre os vidros da fábrica deste reino que só deviam ser comprados e não os vindos de fora.
1816 — Pela organização do exército passou o regimento 15 de infantaria a ter o seu quartel permanente em Guimarães, onde já estava, formando ainda brigada com o 3 desta arma que nesta data passou a ter o seu em Braga para onde já tinha ido daqui em fins de Dezembro último, vindo aquele substituí-lo em Guimarães, onde pouco se demorou, pois em 19 de Maio de 1817 já se achava em Braga.
1829 — Hoje se executou no Porto a sentença de morte nos 3 réus, Bento José da Fonseca, idade 39 anos, chocolateiro, casado, natural da freguesia de Vila Fria, couto de Pombeiro, comarca de Guimarães, João Pinto, de 26 anos, fabricante do Estreito, casado, natural de S. Veríssimo, concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, e António José da Mota, de 23 anos, fabricante do Estreito, casado, natural de S. Tiago de Figueiró, comarca de Penafiel; todos 3 residentes na cidade do Porto, os quais foram enforcados no largo da Cordoaria, no patíbulo que ali se erigiu para esse fim, sendo-lhes depois cortadas as cabeças e postas no mesmo patíbulo, segundo ordenava o acórdão da Relação de 17 do corrente mês. Suas culpas foram: cabeças ou sócios das detestáveis e temerosas quadrilhas de salteadores armados, que de tempos a esta parte tinham violentissimamente assaltado, arrombado e explodido muitas casas das vizinhanças da dita cidade e outras das províncias do norte. Foram julgados mais 4 cúmplices, pertencentes às mesmas quadrilhas, inclusa uma mulher e foram 2 deles presenciar a execução, para irem depois todos degredados como relatava a sentença. Do "Correio do Porto".
1847 — Houveram nesta vila algumas desordens causadas pelos mijados, estando os habitantes da vila sofrendo grandes vexames, não só pelas desordens da patuleia, mas também pela grande despesa que fizeram os aboletamentos, pois além de já serem muitos, estes eram os mais ruins de acomodar. P. L.
1879 — Foi a igreja de S. Domingos benzida pelo capelão de Nª Sª do Rosário, padre António Ferreira de Abreu, para ser de novo restituída ao culto, e logo celebrou missa. A igreja estava desde 1874 em obras de restauração que consistiram na reforma dos telhados e estuques, pintura e douramento da capela-mor (tiraram ao cadeiral de cima o remate superior de cada cadeira, que era em forma de penacho), pintura a branco e dos altares laterais, construção do anteparo, etc.
1891 — Decreto declarando de utilidade pública à Câmara de Guimarães, de diversos terrenos ao poente da Rua da Alegria, pertencentes a José Rodrigues da Silva, barão de Pombeiro, José Joaquim Gomes da Silva, Manuel Pedro Paulo, Abílio Martins, Visconde do Paço de Nespereira e Gaspar Pereira Leite de Magalhães Couto, para construir um matadouro.
1908 — A Misericórdia mandou celebrar pelos capelães do seu coro e com órgão, neste dia, missa cantada e Libera Me, em sufrágio das almas de El-rei D. Carlos e do príncipe real, assassinados, assistindo bastante povo e povo grado.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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19 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Fevereiro
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1609 — Alvará, em virtude da carta da Câmara na qual se lia "porque também muitas pessoas da governança ao arrendar das rendas da dita vila se atravessam a lançar nelas e por essa razão as demais com respeitos e medos não ousam fazer seus lanços e assim irão em crescimento", o qual manda que ninguém da governança lançasse nelas e fossem elas arrematadas em presença do juiz, vereadores e procurador; e sendo por outra forma ou a alguém da governança o provedor as poderia tirar e arrematar de novo.
1654 — Alvará fazendo mercê de moço fidalgo Paulo de Melo Sampaio, natural de Pombeiro, 4º avô do Barão de Pombeiro.
1696 — Provisão de D. Pedro II ao superintendente da criação dos cavalos da comarca de Guimarães, o qual lhe tinha dado conta de ter mandado lançar pelas freguesias da comarca o preço de um cavalo pai que fizera comprar para o lançamento das éguas por haver falta dele e que os vereadores lhe encontravam o dito procedimento fundados em que não devia usar dele sem expressa ordem régia: diz-lhe não ser conveniente o que tendes disposto sobre a compra de cavalo pai, por ser contra o que dispõe o regimento, capítulo 14, o qual não deveis alterar.
1732 — Provisão, a requerimento do procurador do concelho, mesteres e procurador do povo, em vista de ter aumentado a população da vila, concedendo que houvesse mercado e feira semanal em todos os sábados, que até então sé se fazia quinzenal aos sábados.
1752 — Na Câmara, em data deste dia, está registada a lei sobre o cultivo das sedas e plantação das amoreiras.
1813 — Provisão autorizando Francisco José Antunes a entrar no exercício de banheiro das Caldas de Vizela, nomeado por provisão de 25 de Janeiro de 1810, na vaga de Domingos Teixeira Mendes que havia falecido, a qual nomeação fora suprimida por despacho de 11 de Maio de 1811.
1827 — A mesa da Misericórdia deliberou aceitar a doação de 3 mil cruzados, que lhe fazia Tomé Luís Felgueiras, tesoureiro-mor da Colegiada "para auxiliar o estabelecimento de uma casa de caridade para convalescença dos pobres que saem do hospital, a todo o tempo que venha a pôr-se em prática este tão pio estabelecimento", e em quinto o não houver "do seu rendimento, até onde chegar, se dê a cada pobre convalescente ao sair do hospital 240 réis e morrendo algum se lhe mande dizer uma missa por sua alma no dia do óbito, ou enterro, na igreja onde for enterrado, ou na da Misericórdia, ou capela do Campo Santo, ou no dia seguinte, pela esmola de 200 réis, que pro tempores poderá ser alterada para mais, ou para menos, ficando excluídos por não poder chegar para todos, do benefício da esmola, e não do da missa, os doentes da cura geral de morbo venero, salvo constando ter sido adquirido sem culpa pessoal, pedindo somente ao pobre que sair provido, que em vida dele reze uma Avé Maria por sua tenção e depois da sua morte um Padre Nosso pela sua alma".
1829 — Sai um bando da Câmara que manda que na noite de hoje e nas duas seguintes ponham luminárias, por o dia 22 ser aniversário da feliz chegada de S. Majestade o Sr. D. Miguel I a estes reinos. Levava uma banda de música tocar o hino realista. P. L. O "Correio do Porto" diz que o bando foi rico, recomendável pela música e vivas que o seguiam e que nos 3 dias de iluminação geral era muito o povo pelas ruas entoando vivas, no reino de sonoros instrumentos, com o maior entusiasmo e alegria; muito fogo deitado por ordem da Câmara e de muitos particulares; repiques em todas as torres.
1831 — Das 9 horas da noite principia a tocar a fogo nas Capuchinhas e depois em várias torres da vila. Entrando a acudir gente para as partes das Capuchinas veio-se no conhecimento que não era fogo, mas sim ("segundo alguns diziam") ladrões que queriam roubar as freiras. Fosse o que fosse, o grande caso é que este acontecimento fez um grande alarme na vila, pegando em armas os voluntários realistas e bastantes paisanos. P. L.
1832 — Indo o Bentinho da Rua Nova, negociante de couros, para Braga, saíram-lhe 3 indivíduos ao subir da Falperra, um dos quais lhe deu um tiro do qual morreu logo, roubando-lhe o dinheiro que levava. Veio no dia seguinte e foi sepultado na igreja de S. Francisco no dia 22. P. L. - Segundo o assento no livro das sepulturas, era Bento José Ferreira da Rua de Couros. J. L. F.
1842 — Decreto nomeando ministro e secretário dos negócios eclesiásticos e de justiça o vimaranense João Baptista Felgueiras, o qual por decreto de 24 deste mês e ano, a seu pedido, foi exonerado do mesmo honroso cargo, sendo-lhe conservadas as honras.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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18 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Fevereiro
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1276 — Carta de El-rei D. Afonso III ordenando que o alcaide e o juiz de Guimarães saibam quais os homens que fizeram força aos moradores dos coutos e terras da sua igreja de Santa Maria de Guimarães, fazendo que tudo lhes seja restituído e não mais deixassem de guardar e fazer guardar os privilégios da mesma igreja; com pena de os homens e mulheres que fizeram o mal e força serem obrigados a aparecerem em Lisboa perante a corte de El-rei.
1625 — Em sessão de Câmara, presentes o Dr. Corregedor Henrique Barreira, o capitão-mor Manuel Machado de Miranda, os vereadores Gonçalo Massoulas de Castro e João Barroso Vieira e o procurador da vila Baltasar Ferreira em virtude da provisão régia de 23 de Janeiro de 1625, que manda 190 mosquetes e 380 arcabuzes para repartir pelos moradores da vila e dos mais lugares da comarca "que devem acudir havendo rebate de inimigos" e que as câmaras da vila e da comarca ficavam obrigadas dentro de 6 meses a pagar a Manuel Moreno de Chaves, por cuja ordem se haviam de mandar vir de Biscaia, cada arcabuz 1$650 réis e cada mosquete 2$850 réis, cada Câmara a porção que o capitão-mor lhe repartisse: foi assentado que para a vila e termo sejam 90 mosquetes e 200 arcabuzes e para a comarca os restantes.
1628 — Em vereação foi acordado que todas as pessoas moradoras ao longo do muro da vila e que os tinham tapado de modo a não se andar por ele nem refugiar-se, dentro de 8 dias limpem as torres que tiverem tapadas para vedar o dito muro, e isto com a pena de dez cruzados quando o não cumpram em termo de 20 dias e passado este tempo lhes mandariam abrir o dito muro. Mais foi acordado: por muitas queixas que havia e informações que tomaram por ser de muita perda na fazenda das pessoas como em outras muitas coisas, que não houvesse adelas que vendessem linha; que o mercador de fora que venha a esta vila comprar linha ou pano de linho, participe à Câmara o dia em que chegou para lhe serem marcados os dias que pode demorar-se para tal fim, isto sob pena de dez cruzados pagos da cadeia; que nenhum mercador da vila aceite dinheiro de mercador de fora para comprar linha ou pano de linho; que ninguém venda linha fiado por mais preço como que seja para si, sob pena de 20 cruzados e 30 dias de cadeia; que ninguém venda linho fiado por mais preço que o que está taxado, com o dinheiro na mão, que é 470 réis a pedra. Os ofícios eram obrigados todos os anos apresentarem à Câmara o regimento dos preços das suas obras.
1821 — Nesta data era arcipreste da Colegiada de Barcelos o vimaranense João Vaz Vieira de Melo, cavaleiro da Ordem de Cristo.
1843 — Faleceu, em Lisboa, D. João da Madre de Deus Araújo, cónego regrante de Santo Agostinho, o qual entre os elevados cargos que exerceu na Ordem, vigário, D. Prior, visitador da congregação e substituto do D. Prior Geral, foi vice-cancelário na Universidade de Coimbra e vigário capitular de Elvas. Nasceu em Guimarães em 1760, estudou no colégio de sapiência Filosofia e Teologia dogmática; escreveu bastantes obras. - Vide. Dic. "Portugal", 4 - 698.
1853 — Decreto elevando à categoria de cidade a vila de Guimarães.
1879 — Os cavalheiros a quem a reunião que em 17 deste mês houve no palacete de Vila Pouca havia encarregado de levar por diante a sopa económica, reuniram-se nos paços do concelho e não se julgando bastantemente conhecedores da existência e da extensão da tal crise de trabalho que foram chamados a socorrer, resolveram convidar para uma nova reunião (24) mais alguns cavalheiros para depois de estudado o assunto, decidirem o que haveria a fazer. O iniciador, vendo que era fiasco tal ideia política, já se havia retirado.
1887 — Os jornais de Lisboa e Porto trazem a notícia de que parecia iam ser cónegos honorários da Sé de Braga os três cónegos que ainda restavam na Colegiada de Guimarães, sendo esta extinta e os seus bens incorporados no Estado, ficando este obrigado a dar pensão vitalícia aos mesmos cónegos. Esta estúpida notícia alarmou bastante o povo desta cidade de Guimarães; o autor ou inventor da notícia era um grande parvalheira, pois os cónegos, pelo facto de serem retirados ou apartados da sua igreja, precisavam de ser honorários de outra igreja?
1893 — O Cabido celebra um solene Te Deum, pelo 50º aniversário da sagração episcopal do Papa Leão XIII, com assistência das autoridades, corporações religiosas e civis e muito povo. A convite da Associação Clerical, para comemorar o mesmo facto, instala-se uma associação com o nome do Pontífice, cujo fim principal era proteger e propagar a leitura de jornais e publicações católicas; houve discursos tendentes a mostrar a conveniência da associação que se instalava (e logo morreu) e a necessidade que havia de seguir os ensinamentos do Papa cujo nome tomou.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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17 fevereiro, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1261 — El-rei D. Afonso III, estando em Guimarães, dá foral à vila de Gozendas, hoje povoação de Gozende, no concelho de Castro Daire.
1659 — Carta da Câmara do Porto participando que oferecera um terço a S. Majestade e incitando a de Guimarães a fazer o mesmo para defesa desta província.
1659 — Carta da Câmara de Barcelos em resposta à da Câmara de Guimarães sobre incitar a nobreza e povo a defender a província, dizendo que a maior parte da nobreza estava fora, mas brevemente se lhe participaria.
1766 — Carta nomeando Superintendente das Coudelarias das éguas desta comarca a João de Melo Pereira e Sampaio.
1822 — Morre o ourives Joaquim "Grande", de uma facada que lhe deram na comédia. P. L.
1829 — Chega de Braga um desembargador eclesiástico para tomar conhecimento daqueles eclesiásticos que tinham mostrado adesão ao sistema constitucional. P. L.
1835 — A irmandade de Nª Sª do Rosário toma posse da igreja de S. Domingos que lhe tinha sido concedida por decreto de D. Maria II a quem a tinha pedido para administrar, sendo-lhe entregues todas as alfaias do convento, cuja posse lhe foi dada pelo vigário geral desta vila, no fim da qual houve um repique e foguetes do ar. P. L.
1857 — Reúne em assembleia geral a irmandade da Misericórdia e delibera, por maioria, que o novo edifício do hospital se edificasse no local dos Capuchos, onde existia tal estabelecimento, e, por unanimidade, que o risco a executar fosse o que já existia. Esta reunião foi por constar que havia opiniões diversas e divergências sobre ambas as coisas.
1879 — Foi feita e colocada sobre o lago do jardim do Toural uma ponte de cortiça, sobreiro.
1879 — Terça-feira – Distribuiu-se nesta cidade o primeiro número “Eco Popular” folha “política e noticiosa”, bissemanal às segundas e quintas e fundada para advogar a causa do partido progressista. Foi seu administrador o bacharel Francisco Pedro Felgueiras e colaboradores o bacharel Rodrigo de Freitas Araújo Portugal, Domingos Leite de Castro, Manuel Augusto de Freitas Aguiar, Domingos Ferreira, etc. Publicou-se na tipografia de José da Silva Carvalho – o Guiza – na Rua do Espírito Santo. Findou a 17 de Novembro deste mesmo ano, tendo apenas publicado 71 números. Padre Caldas.
1882 — Em sessão, foi nomeado sócio correspondente da Real Associação de Geografia de Lisboa, o padre António José Ferreira Caldas Júnior. No princípio deste mês fora nomeado sócio efectivo da Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses.
1886 — Questão Bracaro-Vimaranense.- Em Braga, às 9 horas e meia da manhã fecharam até à noite as portas das casas de comércio das ruas: Nova, do Souto, Largo do Barão de S. Martinho, S. Marcos, Chãos de Baixo e S. Vicente. No arco da Porta Nova e na varanda do edifício da Associação Comercial a bandeira nacional a meio pau. Patrulhas de cavalaria percorreram as ruas, grupos estacionavam pelas ruas. Apontava-se como causa um edital, posto na tarde de 17, do Governador Civil do Peito de Carvalho, declarava estar resolvido a manter a ordem contra todos os que promovessem distúrbios de qualquer espécie que fossem. Pouco depois das 9 horas da noite, tendo havido notícia de que o ministério Fontes tinha pedido a demissão, saiu, percorrendo as ruas, grande massa de povo com a música dos Bombeiros Voluntários dando vivas, e no Largo do Barão de S. Martinho, os magotes entraram num carro triunfal das procissões religiosas e continuou pelas ruas a manifestação da integridade.
1892 — Reúne a Academia Vimaranense, na sala das sessões da Sociedade Martins Sarmento a fim de tratar da aprovação dos estatutos para o grémio académico, elaborados pelo estudante Jerónimo Ribeiro da Costa Sampaio. O grémio funcionaria numa das salas da referida Sociedade, visto ter por fim a instrução, pelo que foi dado um voto de louvor e agradecimento ao presidente da mesma.
1894 — Apresentação oficial dos bombeiros voluntários, depois do contrato feito com a Câmara em que tomaram a seu cargo todo o serviço de incêndios, no largo de Nossa Senhora da Oliveira, assistindo o presidente e alguns vereadores. Devia ter sido no dia 1º de Janeiro, mas por causa da enfermidade do 1º comandante António Augusto da Silva Caldas, de que foi vítima, ficou adiada, realizando-se neste dia 18.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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16 fevereiro, 2007
Sociedade Martins Sarmento entra em "nova era"
"Já à tarde, depois de visitar a Citânia de Briteiros, a ministra da Cultura presidiu a nova sessão de assinatura de protocolo. Desta vez foi na Sociedade Martins Sarmento (SMS), considerada por Isabel Pires de Lima “uma das mais sólidas e prestigiadas instituições portuguesas”. Quanto ao documento assinado – o protocolo que visa a constituição da Fundação Martins Sarmento, a titular da pasta da Cultura garantiu que aquele momento assinalava a entrada da SMS na “nova era”.
"A responsável pela Cultura considerou que a Fundação Martins Sarmento “não é mais uma fundação, é uma instituição necessária ao país, aos portugueses, com importante papel a desempenhar no Portugal do século XXI”.
Para a governante o investimento em cultura é uma tarefa interminável, contínua e que exige horizontes largos, cujos “frutos não se colhem de imediato, mas as futuras gerações vão colher o que agora semearmos e a história faz-se exactamente assim, com os olhos postos no que já não seremos nós a ver”, sustentou."
Sessão Solene de assinatura do protocolo da Fundação Martins Sarmento
Sócios aprovam Fundação Martins Sarmento
No dia 8 de Fevereiro, reuniu a Assembleia Geral da Sociedade Martins Sarmento para Discutir, apreciar e votar a proposta de protocolo a subscrever com o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho tendo em vista a criação da Fundação Martins Sarmento. A reunião foi uma das mais concorridas dos últimos anos. A proposta em apreciação foi aprovada por unanimidade.