Efemérides vimaranenses: 20 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1609 — Alvará, em virtude da carta da Câmara na qual se lia "porque também muitas pessoas da governança ao arrendar das rendas da dita vila se atravessam a lançar nelas e por essa razão as demais com respeitos e medos não ousam fazer seus lanços e assim irão em crescimento", o qual manda que ninguém da governança lançasse nelas e fossem elas arrematadas em presença do juiz, vereadores e procurador; e sendo por outra forma ou a alguém da governança o provedor as poderia tirar e arrematar de novo.
1654 — Alvará fazendo mercê de moço fidalgo Paulo de Melo Sampaio, natural de Pombeiro, 4º avô do Barão de Pombeiro.
1696 — Provisão de D. Pedro II ao superintendente da criação dos cavalos da comarca de Guimarães, o qual lhe tinha dado conta de ter mandado lançar pelas freguesias da comarca o preço de um cavalo pai que fizera comprar para o lançamento das éguas por haver falta dele e que os vereadores lhe encontravam o dito procedimento fundados em que não devia usar dele sem expressa ordem régia: diz-lhe não ser conveniente o que tendes disposto sobre a compra de cavalo pai, por ser contra o que dispõe o regimento, capítulo 14, o qual não deveis alterar.
1732 — Provisão, a requerimento do procurador do concelho, mesteres e procurador do povo, em vista de ter aumentado a população da vila, concedendo que houvesse mercado e feira semanal em todos os sábados, que até então sé se fazia quinzenal aos sábados.
1752 — Na Câmara, em data deste dia, está registada a lei sobre o cultivo das sedas e plantação das amoreiras.
1813 — Provisão autorizando Francisco José Antunes a entrar no exercício de banheiro das Caldas de Vizela, nomeado por provisão de 25 de Janeiro de 1810, na vaga de Domingos Teixeira Mendes que havia falecido, a qual nomeação fora suprimida por despacho de 11 de Maio de 1811.
1827 — A mesa da Misericórdia deliberou aceitar a doação de 3 mil cruzados, que lhe fazia Tomé Luís Felgueiras, tesoureiro-mor da Colegiada "para auxiliar o estabelecimento de uma casa de caridade para convalescença dos pobres que saem do hospital, a todo o tempo que venha a pôr-se em prática este tão pio estabelecimento", e em quinto o não houver "do seu rendimento, até onde chegar, se dê a cada pobre convalescente ao sair do hospital 240 réis e morrendo algum se lhe mande dizer uma missa por sua alma no dia do óbito, ou enterro, na igreja onde for enterrado, ou na da Misericórdia, ou capela do Campo Santo, ou no dia seguinte, pela esmola de 200 réis, que pro tempores poderá ser alterada para mais, ou para menos, ficando excluídos por não poder chegar para todos, do benefício da esmola, e não do da missa, os doentes da cura geral de morbo venero, salvo constando ter sido adquirido sem culpa pessoal, pedindo somente ao pobre que sair provido, que em vida dele reze uma Avé Maria por sua tenção e depois da sua morte um Padre Nosso pela sua alma".
1829 — Sai um bando da Câmara que manda que na noite de hoje e nas duas seguintes ponham luminárias, por o dia 22 ser aniversário da feliz chegada de S. Majestade o Sr. D. Miguel I a estes reinos. Levava uma banda de música tocar o hino realista. P. L. O "Correio do Porto" diz que o bando foi rico, recomendável pela música e vivas que o seguiam e que nos 3 dias de iluminação geral era muito o povo pelas ruas entoando vivas, no reino de sonoros instrumentos, com o maior entusiasmo e alegria; muito fogo deitado por ordem da Câmara e de muitos particulares; repiques em todas as torres.
1831 — Das 9 horas da noite principia a tocar a fogo nas Capuchinhas e depois em várias torres da vila. Entrando a acudir gente para as partes das Capuchinas veio-se no conhecimento que não era fogo, mas sim ("segundo alguns diziam") ladrões que queriam roubar as freiras. Fosse o que fosse, o grande caso é que este acontecimento fez um grande alarme na vila, pegando em armas os voluntários realistas e bastantes paisanos. P. L.
1832 — Indo o Bentinho da Rua Nova, negociante de couros, para Braga, saíram-lhe 3 indivíduos ao subir da Falperra, um dos quais lhe deu um tiro do qual morreu logo, roubando-lhe o dinheiro que levava. Veio no dia seguinte e foi sepultado na igreja de S. Francisco no dia 22. P. L. - Segundo o assento no livro das sepulturas, era Bento José Ferreira da Rua de Couros. J. L. F.
1842 — Decreto nomeando ministro e secretário dos negócios eclesiásticos e de justiça o vimaranense João Baptista Felgueiras, o qual por decreto de 24 deste mês e ano, a seu pedido, foi exonerado do mesmo honroso cargo, sendo-lhe conservadas as honras.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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