Efemérides vimaranenses: 1 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1322 — No livro das Linhagens - Título 7º, lê-se o seguinte: Este rei D. Dinis houve guerra com seu filho D. Afonso infante, por razão que queria que Afonso Sanches, que era seu filho de barregão, que reinasse. E o infante D. Afonso soube isto e tomou-lhe a cidade de Coimbra, véspera de Janeiro depois de comer, era de mil CCCLIX anos. Em outro dia de Janeiro tomou Montemor-o-Velho rompante o alvor, e isto foi na era de mil CCCLX.E foi-se e tomou a Feira e o castelo de Gaia e a torre de menagem do Porto, e foi-se deitar sobre a vila de Guimarães. E guardava a vila e o castelo um cavaleiro que chamavam Mem Rodrigues de Vasconcelos e defendeu-lha muito bem. - El-rei D. Dinis soube que jazia sobre a vila de Guimarães, e ele veio-se deitar sobre Coimbra. E chegou aí o primeiro de Março em Quaresma, e fez muito estrago, e o arrabalde de tudo foi estragado. E derribaram as casas e filaram muito pão e muito vinho e muito azeite e danaram todo o campo que era semeado de pão novo. E cortaram todos os olivais também, de aquém e dalém. E chegou aí D. Afonso Guedelha que se chamou rei de Leão em outro tempo, padre de D. João. - O infante quando soube que seu pai jazia sobre Coimbra alçou-se de Guimarães e chegou a S. Paulo com o conde D. Pedro seu irmão, que então era exerdado do reino, e com outros ricos homens e com grão poder de cavalaria, e houve aí três dias por trégua que houve entre seu pai e ele.
1721 — Carta nomeando por 3 anos corregedor o bacharel Francisco Xavier da Serra (Crasbeck), que serviu ultimamente de ouvidor de Montemor-o-Velho
1754 — O padre Manuel Luís Vaz, sacristão-mor da Colegiada, comissionado pelo Cabido, recebe em Lisboa as pratas, no valor de 1.078$550 réis, paramentos e outras peças pertencentes ao oratório do falecido D. Prior, D. João de Sousa, que legara em testamento a Nossa Senhora da Oliveira.
1774 — Carta nomeando Mestre de ler, escrever e contar, para a vila de Guimarães a Domingos Pereira de Macedo por 3 anos, com o ordenado anual de 60$000 réis cobrado na folha dos professores da comarca e Câmara da vila de Guimarães.
1805 — Provisão concedendo a Manuel da Costa edificar na muralha da Rua de Santo António casas novas e aformosear as outras que já ali tem.
1824 — O cónego magistral Manuel Machado Carmona Gusmão da Cunha, procurador geral do Cabido, contrata com o mestre pedreiro Francisco José Prata, morador no Pevidém, freguesia de S. Jorge de Selho, por setenta mil réis, a construção do novo polígono para a oliveira que estava no largo fronteiro à igreja Colegiada, defronte do Padrão.
1834 — Esteve a vila em grande alarme por se ter visto na Penha alguns homens os quais fizeram persuadir as autoridades e o povo, que eram uns ladrões, que nesse mesmo dia tinham saído logo abaixo da Portela de Arões roubando algumas pessoas. O corregedor e sua justiça chegaram a ir ao pé da Penha, porém averiguando o caso eram homens que andavam a roçar mato. P. L.
1835 — À noite houve na casa do teatro repetição da tragédia Otelo, representada por vários curiosos. P. L.
1858 — Representação ao governo, assinada por 480 habitantes da cidade e concelho de Guimarães, pedindo a volta de caçadores para o quartel desta cidade.
1873 — A autoridade administrativa convidou os farmacêuticos para uma reunião a fim de prestarem todo o auxílio aos doentes atacados das bexigas, cuja epidemia grassava nesta cidade, que estivessem em circunstâncias desfavoráveis e com poucos recursos para medicar-se no seu domicílio. O hábil farmacêutico Manuel José de Passos Lima, "O Pilro", da Rua de Santa Rosa de Lima, publicou em 7 deste mês um folheto, impresso, com o título de "Aviso ao Povo para não morrer de Bexigas, ou considerações sobre a Epidemia da Varíola" que custava 100 reis.
1885 — Pouco depois das 11 horas da manhã realizou-se a 1.ª reunião da Associação dos Proprietários e Lavradores de Guimarães em que foram aprovados os seus estatutos e nomeada uma comissão para tratar da aprovação dos mesmos pela autoridade competente e dos mais trabalhos de instalação. A sessão terminou às 2 horas da tarde.
1889 — Falece o ex-professor de latim e organista da Colegiada e de outras igrejas, Francisco Pedro da Costa Rocha Viana. Era conhecido por "Venâncio" que era o nome de seu pai; era natural de Viana, bom pianista e cantor e gastrónomo de 1.ª ordem.
1893 — A Câmara, em harmonia com a sua deliberação de 8 de Janeiro, resolve mandar proceder à remoção do cruzeiro de S. Francisco para onde a mesa da ordem 3.ª indicou.
1897 — Falece o fundador e redactor de "O Comércio de Guimarães", António Joaquim de Azevedo Machado, bastante alcoolizado; havia nascido em 20 de Fevereiro de 1850, tinha o 2º de medicina na escola do Porto, cujos trabalhos de estudo suspendera andando no 3º ano, fundando em seguida este jornal.
1899 — Saiu o 1º número do jornal quinzenal "O Colégio"; redacção e administração o Colégio de S. Dâmaso.
1908 — Neste dia, de manhã, e também no dia seguinte de manhã, apareceu a Penha coberta de neve, desde o Senhor dos Serôdios até à Fonte Santa.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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