30 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1103 — Doação do Conde D. Henrique a Santa Maria de Braga, onde se diz que os capelães do arcebispo D. Geraldo tenham todas as honras dos que o Conde tem na sua capela de S. Miguel do Castelo de Guimarães.
1640 — Por despacho da câmara, deste dia, foi registrada a carta, dada em Lisboa a 19 de Julho deste ano, dos privilégios do estanque do tabaco que Pantaleão Martins e Gaspar Rodrigues Vila Real contrataram e em 15 de Novembro deste mesmo ano de 1640 apresentaram por estanqueiro para Guimarães a Domingos de Crasto, o qual nomeou seus procuradores a Pero de Crasto, na rua das Molianas, Gonçalo Ribeiro, à porta de S. Domingos, e Domingos de Araújo, na Praça.
1723 — Provisão, nomeando Mamposteiro-mor dos Cativos da província de Entre Douro e Minho a José Lopes da Costa, morador em Guimarães, cargo vago por findar o triénio de Pedro Cardoso de Meneses. Tomou posse a 18 de Dezembro de 1723.
1770 — No hospital da Misericórdia faleceu Catarina de Freitas. A Misericórdia mandou a Braga buscar licença para a enterrar, porque andava censurada a falecida; ignora-se o motivo.
1804 — Provisão, passada em Coimbra, concedendo a Francisco José de Oliveira, professor substituto da cadeira de gramática e língua latina, em Guimarães, metade do ordenado dela, por assim ter combinado com o Padre António Lobo de Sousa ou António de Sousa Lobo, proprietário da mesma cadeira, em conformidade da carta régia de 5 de Maio de 1792, cuja regência estava exercendo no impedimento do dito Lobo.
1821 — O Barão de Vila Pouca professou na Colegiada o hábito de Cristo. P.L.
1830 — "Passou desta vida para a eterna a alma do cónego da Colegiada desta vila Manuel Joaquim Maia, que tinha sido Frade Dominico, e que tinha obtido a sobrevivência da Cadeira do Cónego demente Joaquim Pereira Gajo, à qual o Cabido se tinha oposto fazendo o correr demanda na Legacia. No outro dia do seu falecimento foi apresentada uma carta sua (escrita no dia 23 passado, quando foi sacramentado)." P.L. NB. A referida carta, vide a fl. 93v do meu 7.º vol. de Velharias da Colegiada de Guimarães. J.L. de F.
1834 — Chega a notícia oficial de se ter lavrado em Lisboa um decreto da Srª D. Maria 2ª para neste mesmo dia se celebrar o seu casamento com o príncipe Augusto Carlos Eugénio. O casamento foi por procuração passada ao Duque da Terceira. Logo que aqui chegou a notícia tocaram repiques em todas as torres da vila, muitos foguetes, ilumina-se toda a vila e sai o retrato da rainha e uma música a tocar o hino constitucional. P.L.
1857 — O Cabido delibera concorrer com sessenta mil réis para as misérias ocorridas com a febre amarela na cidade de Lisboa e entregá-los ao D. Prior; os quais foram entregues, por deliberação posterior, ao Conde de Vila Pouca que tinha convidado os habitantes da cidade para esta subscrição.
1876 — Foi aceite ao padre beneditino Fr. Francisco da Avé Maria Queiroz a renúncia da abadia de S. Romão de Mesão Frio, que houvera por decreto de 1 de Junho de 1843 e carta régia de 15 de Julho desse mesmo ano. Fez o pedido de renúncia pelo desgosto que teve de haver sido desamortizado o passal da mesma freguesia.
1890 — Não sai a procissão do aniversário das Almas, de S. Paio, nem tornou a sair, por falta de número suficiente de confrades.
1895 — Às 11 horas da manhã, na igreja da I. e R. Colegiada, pelo D. Prior foi rezada uma missa, com grande assistência, promoveu este acto a câmara municipal, a qual fez os convites, para comemorar a vitória das tropas portuguesas em Moçambique.
1902 — - 2ª feira - À uma hora da tarde foi instalado o posto antropométrico junto da cadeia desta cidade e da comarca, com assistência do procurador régio junto da relação do Porto, juiz desta comarca, delegado do procurador régio, presidente da câmara, administrador do concelho, subdelegado de saúde, fotógrafo antropometrista junto das cadeias da relação do Porto e mais pessoas que foram presentes ao acto, tirando-se a alguns presos boletins de identificação.
1903 — Publicou-se o nº 1 do jornal católico A Restauração, semanário às quintas feiras; editor responsável José Maria Nunes Guimarães.
1906 — O administrador do concelho de Gondomar, telegrafou ao de Guimarães dizendo-lhe que foi capturado na freguesia de Infesta, concelho de Bouças, o menor Joaquim, filho de Albino Peixoto, do lugar de Roma, da freguesia de Nossa Senhora da Oliveira desta cidade, o qual há tempos desaparecera, sem se saber o seu paradeiro, de casa de seu amo Gaspar António Machado, lavrador, do lugar de Benlhevai, subúrbios desta cidade; nessa ocasião alguns correspondentes para os jornais do Porto, especialmente para o "Jornal de Notícias" (o Abílio Coutinho) insinuaram que o rapaz fora morto, num momento de exaltação do amo, com uma sacholada.
1932 — Saiu o 1.º número do jornal "Notícias de Guimarães" de que é director Antonino Dias de Castro.
1935 — Foi levada processionalmente para a igreja do Carmo a imagem de Nossa Senhora da Oliveira para na sua igreja se fazerem obras que não chegaram a fazer-se.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Divulgação Científica de Briteiros - Leiria
29 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1376 — Carta de El-rei D. Fernando, dada em Leiria, dirigida aos homens bons de Guimarães, porque, o concelho e homens bons tendo-lhe enviado dizer que tinham foro dado pelo 1.º rei e confirmado pelos seguintes e por ele para que nenhum fidalgo more na vila contra vontade dos moradores dela e que ora ele dera cartas a castelãos grandes para lhe darem na vila pousadas, camas, palhas e lenha sem dinheiros, e havia tais que pousavam na vila 1 ano e mais, no que recebiam grande agravo: manda que os ditos fidalgos possam morar na vila vindo para alcançar algumas coisas que lhes cumprirem, e nestes 8 dias manda lhes dêem casa em que pousem e camas sem dinheiros, e as outras coisas lhas dêem por seus dinheiros e, acabados os 8 dias manda que todas as coisas lhe dêem por seus dinheiros e que tudo isto cumpram e não façam o contrário porque lhe estranhara. Foi confirmada por El-rei D. João III em Lisboa a 20 de Janeiro de 1529.
1474 — Os cónegos Fernão Carneiro, Luís Anes, Pero Afonso e Gonçalo Martins, em nome do seu cabido foram a Tolões rectificar a posse da sua igreja, que havia sido tomada em 1 deste mês e ano.
1617 — Carta régia dirigida à câmara recomendando auxílio ao Visitador da inquisição e mandando-lhe que o vá receber fora da vila. O visitador era o dr. Sebastião de Matos de Noronha, fidalgo da casa real e inquisidor da Inquisição de Coimbra.
1723 — Francisco Mendes Guimarães, síndico dos frades Capuchos, dá quitação na nota de Manuel Pereira da Silva a Diogo Peixoto Pinto, boticário, morador na praça de N. Sra. da Oliveira, testamenteiro de João Lopes do Vale, da rua do Gado, de cem mil réis que este em seu testamento deixara aos ditos frades.
1751 — O cónego cura Manuel dos Reis da Costa Pego propôs à mesa da real irmandade de Nossa Senhora da Oliveira que Luís Soares de Andrade, mercador, desta vila, quando estava para morrer lhe dissera que deixava a esta irmandade o legado de cem mil réis com a obrigação perpétua de por a arder em todos os sábados diante de N. Sra. 2 lumes de cera, durante a missa que se lhe costumava dizer, e que não querendo a irmandade aceitá-los com esta obrigação, ele cónego com os cem mil réis fazia uma obra a seu arbítrio a Nossa Senhora. Foi deliberado por unanimidade e aceitação; este legado cumpriu-se em quanto também satisfazer a dita missa estatuária, 1910?
1807 — Nasce na freguesia de S. Miguel do Castelo, José António Martins Vimaranense, filho de Francisco José Martins e Rosa Margarida, que foi o último possuidor do chantrado de Guimarães, 1.ª dignidade e presidente do cabido da Colegiada.
1842 — "Depois de ter sido levantado pela justiça o cadáver do infeliz rapaz, que tinha sido vítima na Praça do Toural na noite antecedente, foi conduzido para S. Domingos para aí ser vestido e para ser dado à sepultura na tarde deste mesmo dia como os Estudantes haviam destinado, sendo pelas 3 horas da tarde acompanhado pela Irmandade de S. Nicolau e muitos padres, indo a pegar ao caixão 4 irmãos de S. Nicolau. O seu cadáver foi conduzido para a igreja dos Capuchos aonde foi depositado e sepultado, tendo um responso de música. O acompanhamento foi grande, e o povo que concorreu este acto foi imenso, e ainda seria maior se não fosse a muita chuva. Toda a despesa foi feita à custa dos Estudantes." P. L.
1846 — "Mandou a câmara desta vila deitar um Bando, pelo qual aliviava os povos de pagar certos tributos como dos carros, e licenças de negociantes. E as armas dos expostos por pagar há um ano!!!" P. L.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Fundação Martins Sarmento
Do comunicado saído da reunião do Conselho de Ministros de hoje, dia 29 de Novembro de 2007:
“O Conselho de Ministros, reunido hoje na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:
[..............]
10. Decreto-Lei que cria a Fundação Martins Sarmento e aprova os seus estatutos
Este Decreto-Lei visa estabelecer, com base numa parceria entre Estado, a Sociedade Martins Sarmento (SMS), a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho, o suporte institucional necessário à preservação do vasto e importante património cultural que se encontra na posse da Sociedade Martins Sarmento, colocando-o à disposição da população, em geral, das camadas mais jovens, em particular e da comunidade científica.
Assim, é criada a Fundação Martins Sarmento, tendo como fins a investigação científica nos domínios histórico, arqueológico, etnográfico e literário, bem como a defesa, a preservação e promoção do património cultural, próprio e regional.
Do mesmo modo, o diploma aprova os estatutos da Fundação, que é definida como pessoa colectiva de direito privado, dotada de personalidade jurídica e com duração por tempo indeterminado, com sede na cidade de Guimarães.
O património originário da Fundação é constituído pela dotação inicial de 150 mil euros, que constitui a entrada do Estado, na sua qualidade de fundador, e pela dotação da Sociedade Martins Sarmento, constituída pela transmissão dos direitos de propriedade sobre o seu vasto património, imobiliário e mobiliário, pela dotação inicial do Município de Guimarães constituída pela contribuição de 150 mil euros, e pela dotação da Universidade do Minho, constituída pelo património da Casa de Sarmento - Centro de Estudos do Património, que integra o respectivo web-site e seus conteúdos, a digitalização da colecção de jornais da SMS e o catálogo do Fundo Local da Biblioteca da SMS.
Para além do Estado, da Sociedade Martins Sarmento, do Município de Guimarães e da Universidade do Minho, podem vir a ser admitidas outras entidades como fundadoras, por acordo das partes.
O diploma estabelece, ainda, a composição inicial do Conselho de Administração, que integra o Dr. António Augusto Almeida Amaro das Neves, designado pela Sociedade Martins Sarmento, a Prof. Doutora Maria Teresa Cordeiro de Moura Soeiro, designada pelo Estado (Ministério da Cultura), a Drª Francisca Maria da Costa Abreu, designada pela Câmara Municipal de Guimarães, e o Prof. Doutor Acílio Silva Estanqueiro Rocha, designado pela Universidade do Minho.”
Divulgação Científica de Briteiros - Mérida
28 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1333 — Os juízes e concelho de Guimarães (câmara) afim de evitar dúvidas que de anos atrás contendiam com os almoxarifes e escrivães de El-rei, sobre o relego, reúnem na castra de Santa Maria com o almoxarife e escrivão do mesmo, e fazem concórdia de El-rei vender o seu vinho nos meses de Janeiro e Fevereiro e havendo relego, ou, se o vender nos ditos dois meses sem haver relego na vila nem no castelo e seus termos, neste caso o concelho ser obrigado a no 1º dia de Março a dar 100 libras de portugueses a El-rei, isto anualmente.
1651 — É baptizado na igreja de Nossa Senhora da Oliveira Francisco Pinto da Cunha Vaz de Sá, senhor da Casa de Paçô na freguesia de S. Romão de Mesão Frio, Guimarães.
1824 — Provisão de D. João VI, da resolução tomada em consulta da mesa do Desembargo do Paço tomada a 22 deste mês, em que não só concede se faça a trasladação de S. Torcato para o novo templo, mas autoriza a demarcação do terreno, e cede do que for caminho em favor da obra.
1829 — A Irmandade de N. Sra. das Dores, erecta na capela de S. Tiago, festejou na forma do seu costume a mesma Senhora que era com missa cantada, sermão e procissão (assim o referia em requerimento que fez ao "vigário geral" de Braga, sede vacante, mas a licença concedida não menciona procissão).
1837 — A Câmara deferiu o requerimento dos fregueses de Mascotelos, desanexando de S. Tiago de Candoso, onde estavam anexos há 2 anos para 3 anos, tendo já sido desanexados no espiritual pelo Vigário Capitular de Braga depois de fazerem termo na câmara eclesiástica em 23 deste mês de se obrigarem à côngrua do pároco.
1851 — Lê-se na "Nação" deste dia: Vimos uma carta de Guimarães em que se dizia o seguinte: Em Travassós o Reitor tinha procurado vencer as eleições a favor dos cartistas. Já tudo estava a postos, quando entrou o Fernandes do Outeirinho acompanhado de uma falange de eleitores setembristas. Começou logo enorme questão, os chefes descompuseram-se mesmo na igreja, e depois as turbas dum lado e outro pegaram dos castiçais e começaram a espancar-se com eles uns aos outros. Alguns castiçais ficaram quebrados. O reitor de Travassós fugiu para casa; e logo após chegou o reitor de Freitas com homens armados a favor dos setembristas. Daí resultou que nesse dia nada fizeram de eleições. O reitor de Travassós foi para Trás-os-Monte, e não quis saber de mais nada. Em Sarafão também houve grande desordem. As mulheres correram o Vilela à pedrada, e deitaram-no da cavalgadura abaixo. - Periódico dos Pobres no Porto", nº 284, de 2-XII-1851.
1885 — De manhã cedo distribuiu-se um convite, assinado pelos viscondes de Lindoso e de Sta. Luzia, barão do Pombeiro, Gaspar Lobo de Sousa Machado e Francisco Ribeiro Martins da Costa, para todos os habitantes de Guimarães irem, a um meeting, hoje às 3 horas da tarde, ao salão da Associação Artística, para protestar perante o país e o governo "contra a agressão selvagem e brutal de que foram vítimas ontem em Braga os procuradores à Junta Geral por esta cidade aos gritos de morra Guimarães!"
1885 — A Direcção do "Club Comercial Vimaranense" reuniu em sessão extraordinária para bem conhecer a selvajaria dos bragueses, e deliberou: Que ao presidente do Meeting, na casa da Associação Artística, se enviasse um ofício, entregue pela direcção; que se enviasse um outro ofício à Câmara aderindo às suas briosas resoluções que tomara na sua sessão desta manhã; um voto de louvor à Câmara, pelo modo digno e honroso como soube defender os brios do Município, cortando as relações oficiais com o distrito. "Exmo. Sñr. - A Direcção do Club Comercial Vimaranense, sabendo do modo vergonhoso, vil e indecente de como foram tratados ontem em Braga os Exmos. Senhores Conde Margaride, José Martins de Queiroz Montenegro e Dr. Joaquim José de Meira, que na qualidade de procuradores à Junta Geral do Distrito, não só defenderam os interesses do concelho que mui dignamente representam, mas também o de todo o Distrito, não consentindo que se aumentasse a despesa a fazer com a criação de duas cadeiras para o liceu, vem depositar nas mãos de V. Exª se digne fazer saber esta resolução aos mesmos Exmos. Srs.. Deus Guarde a V. Exª, Exmo. Snr.Presidente do Meeting celebrado na cada da Associação Artística em desagravo da afronta feita ontem aos Exmos. representantes de Guimarães na Junta Geral do Distrito. Guimarães e secretaria do Club Comercial Vimaranense, 29 de Novembro de 1885 (seguem as assinaturas).
1891 — Visitaram esta cidade El-rei D. Carlos e a rainha D. Maria Amélia, acompanhados pelo ministro das Obras Públicas, que era o nosso festejado João Franco Castelo Branco, chegando às 2 horas da tarde à Real Colegiada, onde houve um Te Deum presidido pelo arcebispo de Braga, inauguraram o seminário no palacete da praça de S. Tiago; foram à Sociedade Martins Sarmento, à estação dos Bombeiros Voluntários, e, enquanto El-rei foi ao quartel militar, foi a rainha ao hospital da Misericórdia. Às 11 horas da noite saíram do palacete dos Condes de Margaride, onde estiveram hospedados, e retiraram para Braga, de onde tinham vindo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Divulgação Científica de Briteiros - Cáceres
27 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1705 — Miguel de Macedo Portugal, clérigo das ordens menores, natural de Braga por seu pai Inácio Rebelo de Macedo, familiar do Santo Ofício, e de sua mãe Ângela da Silva, solteira, da rua de Maximinos, apresentou ao Cabido as suas Bulas em que era nomeado cónego-prebendado pela renúncia que nele fez o cónego Francisco Peixoto de Sá.
1707 — Ordem do sargento general de batalha da província do Minho, em Viana, para o mestre de campo Baltazar Malheiro Neiva, para passar imediatamente à comarca de Guimarães e alistar nos concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, Celorico e Cabeceiras de Basto, Gestaço, Tuias e Canaveses, os moços não inferiores a 16 anos, ainda que matriculados nos terços auxiliares, afim de encherem os terços pagos da província do número de 1000 homens que era a lotação de cada um.
1778 — Carta do Cônsul geral de Espanha em Portugal, passada em Lisboa, para D. Francisco António Solha, natura de Pontevedra, ocupar o lugar de vice-cônsul da referida nação em Guimarães, Pombeiro, Felgueiras e Montelongo.
1808 — O capitão engenheiro em Guimarães, Joaquim José de Abreu, escreveu ao juíz de fora rogando-lhe em nome de S. A. R. que com toda a celeridade mandasse desembargar todas as casas que estavam determinadas para os quartéis do regimento de infantaria que por ordem do mesmo R. Senhor vinha aquartelar-se nesta vila, pois era necessário fazer nas casas os reparos e obras precisos para o arranjo e cómodo da tropa que nelas se havia de aquartelar, ao que se devia proceder imediatamente para se verificar o aquartelamento do dito regimento com a brevidade que S. A. R. exigia e se fazia tão precisa nas actuais circunstâncias.
1808 — Ofício do general da província, em Viana, dizendo ao Juiz de Fora que o Coronel do corpo dos privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira tem o nome do dito corpo e do cabido oferecera 100 camas para uma companhia do regimento de infantaria que vinha para aqui, pede que informe brevemente se aos privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira poderão pertencer mais que estas, para ele responder ao oferecimento.
1829 — Aviso régio, em virtude da representação da câmara, mandando que os lavradores sejam obrigados pela Câmara a concorrer por turno com bois e carros a conduzir pedra para reparo das estradas sob pena de pagarem o que lhe corresponder pelo serviço.
1840 — Decreto estabelecendo a divisão do continente do reino, em que a comarca de Guimarães ficou sendo constituída com o concelho de Guimarães 12108 fogos e com o concelho de Fafe 3:230; total 15:338 fogos.
1878 — Foi agraciado com a comenda da Ordem de Nossa Senhora. da Conceição de Vila Viçosa, o grande capitalista e negociante de curtumes, Cristóvão José Fernandes da Silva "o cidade".
1883 — Faleceu, sem descendentes, o 2º conde de Vila Pouca, Rodrigo de Sousa da Silva Alcoforado, fidalgo de grande e antiga nobreza. A sua morte atribuiu-se a que, sendo ele o chefe local do partido progressista,o seu governo estando no poder, retirou de Guimarães o batalhão de caçadores nº 7 para Valença.
1891 — Pelas 3 horas, depois de rezadas completas, tomaram posse 6 cónegos capitulares. O povo assistiu bastante, simbolizou o número de 6 cónegos com 6 anos da "União ao Porto".
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Apresentado programa do Centenário de Alberto Sampaio
Do vasto programa comemorativo, destaca-se um importante conjunto de edições, uma exposição fotobiográfica e um congresso que decorrerá em Guimarães e Famalicão, no final de Novembro de 2008.
O ano em que se celebrará Alberto Sampaio inicia-se no próximo dia 1 de Dezembro, no Museu de Alberto Sampaio, com Inauguração da exposição “Alberto Sampaio: exposição bibliográfica”, às 16:00 horas, e com uma sessão solene, que decorrerá a partir das 17:15 horas.
Na conferência de imprensa foi também anunciada a criação de um espaço na internet dedicado a Alberto Sampaio e ao seu centenário.
26 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1526 — Sendo vago o D. Priorado de Guimarães por morte de Diogo Dinis, o arcebispo, em Braga, por consentimento expresso do duque de Bragança e de Guimarães, encomendou o dito D. Priorado por 6 meses primeiros seguintes a Martim Gil de Carvalho, seu capelão.
1580 — Provisão do Conde de Lemos marquês de Sarracondre de Andrade e de Vilhalba, dada em Viana, porque, constando-lhe que António Machado de Miranda, vizinho de Guimarães, tinha em seu poder bens e dinheiro de D. António (Prior do Crato, manda ao capitão Manuel Pereira de Castro imediatamente vá à vila de Guimarães e, em serviço de El-rei, averigúe e saque os ditos bens e dinheiros. O António Machado Miranda em 5 do próximo Dezembro entregou quinhentos cruzados ao dito capitão). - Nota de Manuel Gonçalves.
1656 — O Cabido assentou "que nas exéquias que se hão-de fazer por Sua Majestade, que Deus tem, mandou a Rainha nossa senhora, por carta sua, escrita aos 7 deste presente mês, que todos os beneficiados desta igreja se vestissem de luto, e para dar satisfação aos mandados da sra. Rainha com toda a brevidade, se mandaram tomar baetas por conta do Priorado sede vacante para se vestirem de lutos".
1805 — Provisão do conselho da Real Fazenda fazendo saber ao corregedor de Guimarães, que sendo presente em consulta do mesmo conselho, à vista das informações e averiguações a que se procedera "terem sido inauditos os procedimentos praticados pelo juiz de fora de Guimarães António de Barros, Figueiredo Cardoso contra o meirinho dos tabacos e alfândegas da província do Minho, Henrique José Vieira e seu ajudante António José Rodrigues, autuando-os e pronunciando-os, nula e incompetentemente por crime de resistência, quando praticavam actos de ordem do Superintendente Geral das mesmas alfândegas, prendendo aos réus Manuel José do Espírito Santo e João Salgado, caindo ainda o dito juiz de fora no repreensível excesso de querer embaraçar a jurisdição daquele magistrado", com o parecer da dita consulta e pela real resolução de 18 de Novembro de 1805 é mandado ao dito corregedor que em nome do Príncipe Regente estranhe ao juiz de fora todos os procedimentos que praticou aquele respeito, ficando nula e de nenhum efeito a devassa em que ilegalmente os pronunciou, como contrária às leis, ficando logo restituídos à sua liberdade e bens, e sendo indemnizados pela fazenda do juiz de fora de toda a perda e dano que sofreram com aquela injustiça pronuncia e pondo-se tudo no estado em que ele embaraçou incompetentemente a prisão dos réus Manuel José e João Salgado.
1848 — "Saiu uma procissão de penitência da igreja de S. Francisco desta vila pelas principais praças e ruas da vila, indo os missionários a pregar (eram uns padres que já há tempos estavam aqui fazendo uma missão) e o comissário da Ordem de S. Francisco, muitos penitentes e imenso povo tanto da vila como da aldeia, reinando a maior sossego e respeito, indo 30 soldados do regimento nº 13 da força que aqui se achava estacionada comandados pelo capitão Torres, e mais a polícia e o administrador do concelho, o qual teve algumas altercações com o escrivão de direito (Ferreira) seu inimigo, mas o capitão torres os acomodou; não sendo por isso alterado o sossego. Esta procissão foi feita pela Ordem 3 de S. Francisco, para que Deus Nosso Senhor afastasse deste reino a Cólera Morbus, que tantos estragos tinha feito em todas as partes do mundo e que ameaçava este reino; pois já estava na Inglaterra". P. L.
1850 — Tomou posse do lugar de administrador deste concelho, para que foi nomeado por proposta do Conde de Vila Pouca, governador civil do distrito, Feliciano Joaquim da Silva Araújo e Melo "o cavacão", era de Braga, bacharel formou-se em 1842, cavaleiro de Cristo e gozava créditos de homem recto. No dia seguinte afixou-se edital em que ele convidava qualquer cidadão a queixar-se perante ele dos empregados da administração e da fazenda.
1886 — Por ter sido despachado agente especial junto do tribunal administrativo de Portalegre, foi neste dia para tomar posse o dr. José Coelho da Mota Prego, indo despedir-se à gare da estação muitos dos seus amigos particulares e não indo muito gente por ser ignorada a partida.
1887 — De tarde, faleceu, na sua casa de S. Torcato, o abastado proprietário António José de Freitas "o órfão", octogenário e já em tempos bastante doente; e algumas horas depois, faleceu também o seu filho, repentinamente, Francisco Joaquim de Freitas, da mesma casa e freguesia, e também abastado proprietário, homem no vigor da idade (50 anos), parece que morreu pela forte comoção que lhe causou a morte do pai que em extremo amava.
1897 — Despacho do governador civil do distrito aprovando o projecto e orçamento, na importância de 11:300$00 réis, e na extensão de 1608m do lanço da estada municipal de Guimarães à Costa.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1238 — El-rei D. Sancho II, estando em Guimarães, deu ao arcebispo de Braga, D. Silvestre, e aos seus cónegos, as igrejas de Ponte de Lima e de Touginha (hoje Touguinha) em terra de Faria, livres e isentas de qualquer direito real, e as vilas e terras de Pedralva, Gouviães e Adaúfe, em terra de Panóias, as quais mandou coutar "per lapides, sicut aliud Coutum de Regno, quod meluis coultatam est". El-rei fez-lhe esta doação, por ter tirado a sé de Braga o direito de cunhar moeda, que D. Afonso Henriques lhe havia dado em 27 de Maio de 1128. O arcebispo entregou a el-rei o Castelo de Penafiel de Bastuço, e renunciou os direitos da capelania e chancelaria eclesiástica na cúria régia e os direitos nas igrejas do padroado real do arcebispado.
1629 — O Cabido e o vigário geral elegeram capitão de todos os privilegiados de livro das Tábuas Vermelhas e dos 4 coutos da sua igreja (S. Torcato, Moreira de Cónegos, Codeçoso e Moreira de Rei) a Pedro Vieira da Maia cavaleiros fidalgo da casa de S. M., alcaide-mor e capitão-mor que foi nas partes da Índia, "para que em qualquer tempo que houver rebate de inimigos nos portos circunvizinhos possa acudir com os ditos privilegiados a defender esta Nossa Pátria e Igreja a que nós com nossas pessoas e familiares acudiremos por ser grande serviço de Deus e de el-Rei Nosso Senhor", etc, foi-lhe deferido o juramento pelo chantre presidente.
1702 — Maria da Conceição, moradora na Cantonha, da freguesia da Costa, faz doação, com reserva de vida, na nota de Manuel da Silva, ao convento das Dominicas, do seu casal do Vilar na freguesia de S. Simão, da honra de Refojos, do termo do Porto, foreiro ao convento de S. Domingos de Guimarães, para, depois da sua morte, as freiras mandarem dizer, "in perpetuam", na sua igreja, todos os domingos, uma missa com responso por alma dela doadora e seus defuntos, e no caso do dito convento das Dominicas acabar, passasse tudo nas mesmas condições para o de S. Domingos.
1705 — Ordem do Governador das armas interino, encarregando o mestre de campo Baltazar Malheiro Neiva de alista soldados para os terços pagos na comarca de Guimarães.
1843 — O administrador do concelho faz ciente à Ordem Terceira de S. Domingos que, por portaria régia, lhe foi concedido o uso do sino grande do extinto mosteiro da mesma invocação. Quebrou em 1885.
1846 — "O Nacional", nº 157, diz (referente à notícia acima): "Alguns miguelistas, aproveitando-se da ausência do batalhão de Guimarães, que com os de Fafe tinha marchado para Braga, entram na vila onde fazem a aclamação de D. Miguel e nomeiam autoridades".
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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24 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1368 — Provisão de El-rei D. Fernando, dada em Santarém, mandando às justiças do reino que façam cumprir as sentenças de excomunhão que os Priores de Guimarães, puserem aos usurpantes defraudadores das rendas, privilégios, jurisdições e outros bens quaisquer que sejam da sua igreja de Santa Maria de Guimarães. - Vide Vimaranis M. Hist., doc. 326, fl. 411.
1429 — Alvará do cabido de Braga dando consentimento à anexação da igreja de Santo Estêvão de Urgezes, que o arcebispo D. Fernando da Guerra havia feito em 27 de Dezembro do mesmo ano, ao Cabido de Guimarães, com a obrigação que este cabido lhe pague inteiramente em cada ano o que a dita igreja era obrigada a pagar, bem como os 10 (ilegível) de moeda antiga, ou o seu valor, de lutuosa à morte dos curas da dita igreja.
1554 — O Arcebispo de Braga, D. Fr. Baltazar Limpo, faz visitação à nossa Real Colegiada e, como ainda não estivesse cumprido o que o seu antecessor, o infante cardeal D. Henrique tinha ordenado na sua visita de 9 de Outubro de 1537, ordena "ao prior e cabido que até à primeira visitação mandem fazer e acabar o espelho do coro, o qual será redondo, bem obrado, com vidraça branca e rede de fio da parte de fora, o que cumprirão até o dito tempo sob pena de dez cruzados" - Quando publiquei esta efeméride no "Independente", nº 50, acrescentei o seguinte: - Por estas notícias fica conhecido quem ordenou e delineou tão desastrada obra que alguns escritores e jornalistas, por ignorância ou por errada informação, supuseram de iniciativa do cabido de 1830. Culpado deste engano foi o cónego Gaspar Estaço, pois escrevendo as suas "Antiguidades" 60 anos depois desta obra e referindo-se à Colegiada de Guimarães com tantas minudências, nada diz quanto à deturpação da formosa janela de coro. Na "Arqueologia Cristã", o sr. Albano Belino refere-se, por informações minhas, aos três óculos mais pequenos que posteriormente (àquele) se abriram na cantaria. Nada diz deste, porque nada lhe soube então dizer, por não conhecer (então) completamente os arquivos da Colegiada. João Lopes de Faria.
1847 — Em o jornal "A Nação", nº 65, lê-se: - Notícia das Províncias - Braga 25 de Novembro - No dia 23 chegou o novo governador civil Nicolau de Arrochela, foi à secretaria do governo civil, onde consta que achou frieza e repulsa, dali foi ao quartel general e ao juiz de direito. Consta que nomeara novo administrador do concelho, e que o actual se não quisera demitir, e por fim no dia 24 pelas 11 horas, teve de retirar-se para Guimarães debaixo de apupada e ameaças. Consta que o general lhe dissera, que se não estava disposto a seguir o programa de eleições adoptado pelas autoridades, não encontraria apoio, nem podia responder pelo regimento 8. Às 3 da tarde chegou o barão de Vila Pouca, e com as mais autoridades e militares assistiu a uma reunião extraordinária. No dia 22 véspera da chegada do novo governador civil, tinha-se distribuído cartuchos à tropa. Tal é a anarquia das autoridades.
1848 — Hoje dias seguintes houveram Preces na igreja de S. Francisco para que Deus Nosso Senhor afastasse de nós o flagelo da Colera Morbus que tantos estragos tinha feito por tida a parte e que parecia avizinhar-se de Portugal. P. L.
1900 — Foi eleito deputado por círculo de Braga o vimaranense dr. José Coelho da Mota Prego!!!
1900 — Foi eleito 10.ª vez deputado por Guimarães, por 3109 votos e conselheiro João Franco P. F. Castelo Branco.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1183 — Aviso régio, dirigido ao Arcebispo de Braga, ordenando-lhe faça manter as concordatas entre a sé de Braga e a Colegiada de Guimarães sobre jurisdição.
1618 — Os padres coreiros da Colegiada fazem obrigação de composição com a Irmandade da Misericórdia, na nota de João de Abreu, a fl. 105, sobre os actos corais da Misericórdia (poucas palavras desta escritura se podem ler, por lhe ter caído água).
1627 — A Câmara resolve fazer, e manda pôr a pregão, uns alpendres ao longo da torre que estava junto da alfândega, e feitos se arrendassem para os bens do concelho. Foi mandado pôr a pregão a dita obra.
1634 — O arquitecto João Lopes de Amorim, de Guimarães, arremata por 12:500 cruzados a construção da importante ponte do rio Tua, em Mirandela, cujas obras haviam sido começadas por mestre Pero da Fonseca, que por sua morte as deixara interrompidas. A data de 1634 é a que se lê na própria carta que lhe foi passada, a qual vem na "Relação dos Artistas e Artífices de Guimarães", por Sousa Viterbo, posto que este diga, em a notícia que dá do mesmo arquitecto, que a dita arrematação foi 1534, o que é erro. Deste João Lopes, diz o mesmo escritor: - "Este não era simplesmente mestre-de-obras de obras, subiu mais alguns furos que os anteriores: era arquitecto. Em que escola adquirisse este título, ou com que professor aprendesse, não o sabemos. Encontramos toda via bastantes provas da sua actividade, sendo ao que parece, especialmente perito na construção de ponte".
1657 — Ordem do Conde de Castelo Melhor de Vila Nova da Cerveira, mandando à comarca de Guimarães o capitão António Gomes de Abreu para fazer reconduzir para a praça de Salvaterra uma companhia de 100 soldados que se tinham alistado para o Alentejo e que dali se ausentaram, e mandando às justiças que lhe prestem todo o auxílio para isto. Foi registrada na Câmara a 3 de Dezembro de 1657. O mesmo Conde nomeou para o mesmo fim António de Castro capitão de outros 100 soldados.
1764 — A requerimento do primeiro juiz eleito pelos oficiais e nomeado pela Câmara de Guimarães Domingos de Freitas Vale, foram aprovados os Estatutos dos Sirgueiros de Guimarães que foram extraídos por certidão dos mesmos do ofício do Porto aprovados pelo ofício a 29 de Janeiro de 1733 e por provisão régia de 11 de Agosto de 1736, mas só a parte pelo dito juiz e aplicável em Guimarães, acrescentados pelo ofício de Guimarães.
1789 — Alvará concedendo licença a António Álvares Ribeiro & Cª, da cidade do Porto, para estabelecer uma fábrica de papel na freguesia de Moreira de Cónegos. Foi-lhes passada Provisão em 7 de Janeiro de 1790.
1808 — Ofício do general da província, em Viana, ao dr. Juiz de Fora, acusando-lhe a sua carta de 17 do corrente, no qual lhe testificava o patriotismo e actividade com que se tinha prestado a cooperar para o arranjo dos utensílios e quartéis para o regimento de infantaria que o Príncipe regente tinha destinado para esta vila, e disto também estava certificado por cartas do oficial engenheiro que para aqui havia mandado, e recomendava-lhe a continuação da sua actividade para que quanto antes se concluísse aquela diligência, esperando que assim lhe participasse para ele asseverar ao Governo que tudo se achava pronto para entrar nesta vila aquele regimento.
1829 — O "Correio do Porto" traz um anúncio reclame em que diz nesta vila de Guimarães não haver livreiro algum e que tem muitos escrivães e outras pessoas que dão muito a fazer e mandam a Braga e ao Porto; e que, havendo abundância deles no Porto, algum queira vir aqui estabelecer-se.
1877 — - Sábado - Véspera da eleição camarária - Constou que o regedor de Ronfe assoldara 10 indivíduos para esta noite irem, mascarados, ameaçar os eleitores tímidos com a morte se votassem na oposição (regeneradora). Não sei se o realizou, ou não. Além da querela dada contra o administrador do concelho e contra o regedor de S. Sebastião, a oposição ao mais querelar do regedor de Gandarela por ter prendido um homem indevidamente, e foi nomeada uma comissão para promover processos contra os agentes da autoridade que exorbitassem no dia da eleição.
1880 — A Câmara faz posturas sobre caça e pesca e sobre os carros e veículos que entrem na cidade.
1908 — A Associação Comercial em assembleia geral, com assistência de muitas pessoas da classe comercial não sócios, delibera que a direcção levasse uma representação ao Governo Civil a fim de ser regulamentado o encerramento dos estabelecimentos aos domingos, do meio dia para cima, completando-se as 24 horas de descanso que a lei determina, com um dia inteiro por quinzena. O Governador Civil não anuiu, mas prometeu que no próximo mês de Março seria regulamentado o descanso em todo o distrito.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1527 — Foi sentenciada em Vila Viçosa, pelo D. Prior de Guimarães, Sebastião Lopes, a Bula Apostólica que tira o mosteiro da Costa aos cónegos regulares de Santo Agostinho e o passa à ordem de S. Jerónimo.
1654 — O Cabido obtém a seu favor sentença de apelação, dada na Relação eclesiástica de Braga, contra o vigário geral do D. Prior que por seu edital lhe proibira, com censuras e penas pecuniárias o uso de murças com forros, pospontos e botões de cor, por não lhe ter pedido licença; a relação julgou tal uso, não encontrou o direito de proibição, nem era desonestidade, antes era de mais autoridade e conforme o uso das catedrais.
1687 — Cartas do acto de formatura a 11 de Março do bacharel em direito canónico e civil Jerónimo da Silva Guimarães, natural desta vila.
1819 — Foram pronunciados Jerónimo, mesteiral desta vila, por furto a Jacinto Gomes de Oliveira, desta mesma vila, e este Jacinto por culpa de encobridor do furto a ele feito.
1831 — Caiu do zimbório, vindo por entre uma estada ter ao pavimento da igreja um entalhador que andava a trabalhar na desastrada obra Colegiada; ficou sem sentidos e muito mal tratado, e foi logo num enxergão para o hospital. Poucos dias depois já andava a trabalhar. P. L. - Do registo hospitalar consta entrar neste dia Simão de Azevedo, solteiro, enxambrador, da freguesia de S. Vítor, de Braga, vítima de uma queda, e sair em 10 de Dezembro seguinte. F.
1835 — "Tendo o juiz de sentenciar um preso por ladrão (cunhado do celebre ladrão Barroca) foi ameaçado por muitos indivíduos seus companheiros para não o sentenciar assim como as testemunhas contra o réu das quais se evadiram algumas para não serem reperguntadas, havendo durante o júri actos tumultuosos praticados principalmente por algumas testemunhas que o réu dava em sua defesa, e outros indivíduos suspeitos de ladrões; pelo que o juiz de Direito deu por interrompido este processo ficando adiado para outro dia. Uma das testemunhas a favor do réu era o presidente da câmara desta vila o tenente coronel Fontelos, seu filho, o Padre José Dionísio e outros. Foi sentenciado a 27 deste mês, tendo 10 anos de degredo para Cabo Verde". - P. L. - Sobre esta audiência, lê-se no "Artilheiro" a seguinte correspondência de Guimarães: - "Reunido o júri para sentenciar o réu José Ferreira de Castro o Barroca, cuja pronúncia, como salteador havia sido ratificada; era noite quando se sentiu, no corredor próximo à Sala das Sessões, bastante sussurro, que causou cuidado! O sussurro foi-se aumentando: alguém houve que abriu a porta às testemunhas da culpa: estas, tendo sido ameaçadas, assim como o haviam sido os jurados, antes da sessão, se evadiram e não compareceram! O oficial de diligências; que as chamava, foi escarnecido: o Comandante da Polícia, que era igualmente testemunha contra ele salteador foi à Sala, e disse em voz alta, que não saía fora, pois era ameaçado, e a sua vida estava em perigo! Os jurados vendo que o Povo honrado das Galerias com susto se tinha evadido, e que os corredores se achavam atoalhados de gente de péssima conduta, talvez sócios, e amigos do Réu, e não tendo força que fizesse respeitar a sua decisão, e os livrassem da coacção, em que estavam, requereram que se suspendesse a Sessão, e se desse a Audiência por acabada, no que foram apoiados pelo Delegado Interino do Procurador Régio, António Leite de Castro. O Juiz de Direito, Domingos Manuel Pereira de Carvalho, fez de tudo lavrar um Auto, que nos mesmos jurados assinaram, e a Audiência foi levantada. O Provedor do Concelho, José Joaquim Vieira, por denuncias que recebêra da tarde, tinha postado patrulhas fortes de Polícia nas avenidas do edifício, o que na sala se ignorava. Notaram-se nas Galerias várias pessoas, armadas de bacamartes!! Este desairoso negócio terminou do melhor modo possível, a favor do sossego público." No dia seguinte, 24, tomaram-se medidas, pois que o Réu, e os seus camaradas na prisão pertenciam à grande quadrilha dos Salteadores desta Vila, muitos dos quais ainda passeavam: notando-se que desde a sua prisão os roubos tinham cessado. "Id. Artilheiro" -
1855 — A Misericórdia pagou à Câmara 88$200 réis que lhe tocou na forma da promessa que tinha feito de 200$000 réis para o tratamento dos coléricos.
1895 — De manhã, faleceu Luís Martins da Costa (Minotes), comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, presidente honorário da conferência de S. Vicente de Paulo, de que foi um dos instaladores. Era presidente da câmara quando foi aclamado rei D. Miguel I.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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Nova sinalética rodoviária da Citânia de Briteiros
21 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1388 — Carta régia dando a alcaidaria-mor do Castelo de Guimarães a Gonçalo Pires Coelho, vassalo de El-rei, escrita no arraial de Campo Maior.-
1417 — Mandado de João Fernandes, ouvidor na corte de el-rei, escrito no Porto, aos juízes, vereadores e homens bons de Guimarães, para que taxem o pão, vinho, carne, pescado e outros mantimentos de venda.
1618 — Sentença da Relação do Porto, em confirmação dos Privilégios da Infanção. O motivo foi em 4-XI-1618 andando o alcaide António Nunes de Sequeira com o tabelião Jerónimo de Barros correndo a vila depois do sino corrido, junto à igreja de S. Sebastião no arrabalde que vinha da rua de Couros, encontraram Manuel Pais do Amaral, filho de António Pais do Amaral, pessoa nobre e principal desta vila e da governança, com uma espada nua e com uma rodela, o alcaide prendeu-o, tomou-lhe a espada e a rodela e levou-o ao Juiz pela Ordenação e requereu-lhe o condenasse na pena da Lei e perda das armas. O Juiz, por ser notória a qualidade dele e seus pais e avós serem todos da governança da vila, e ele alegar que era infanção, mandou-o preso para casa de seu pai, e fazendo-se auto, o juiz absolveu-o, e apelando, a Relação do Porto confirmou a sentença do juiz.
1755 — A folhas 44 do livro de admissão dos irmãos da Irmandade do Senhor da Agonia, sita na igreja da real Colegiada, está o seguinte: Aos 22 dias do mês de Novembro de 1755 anos, dia em que saiu a sagrada do Senhor da Agonia e a de Nossa Senhora da Oliveira em procissão de preces, depois de se lhe fazer uma novena com o Senhor exposto e sermão todos os 9 dias, para que o mesmo senhor nos livre do terramoto que se sentiu por todo o Reino e padeceu com grande estrago no 1º deste mês a cidade de Lisboa e terras circunvizinhas; tudo a expensas do Reverendo Cabido.
1820 — Provisão confirmando a nomeação feita pela Câmara de contraste de prata a José António Fernandes de Sousa.
1823 — O D. Prior, dr. José Teles da Silva manda entregar, sem perda de tempo, ao seu vigário geral, uma portaria, na qual declarou que "sendo necessário (com bem pesar e dor no Nosso Coração) corrigir o reverendo cónego Miguel de Freitas, e puni-lo não só por haver sentado praça nas Guardas Cívicas, mas pela conhecida adesão ao Sistema desorganisador, que tinha os perversos fins de aluir os alicerces do Trono e Altar, vendo-nos na dura necessidade de marcar um de Nossos Súbditos com a nota vergonhosa e infame de seguir uma Facção inimiga declarada de El-rei: Havemos por bem ordenar que o referido cónego seja recluso até segunda Ordem Nossa na Religiosíssima Casa da Cruz, e lhe impomos a pena de suspensão de Oficio e Benefício por um ano."
1832 — O Prior de S. Domingos desta vila acaba uma novena que fez a Nossa Senhora do Rosário para que pedisse a Deus ajudasse as tropas do sr. D. Miguel a Triunfar das do sr. D. Pedro. A novena constava duma prática feita pelo dito Prior (era uma continuada diatribe contra os constitucionais) e o rosário com a contemplação em cada um dos seus mistérios. À novena assistia alguma gente, principalmente as Beatas. Finda a novena houve Preces nos dias 23, 24 e 25.
1850 — Portaria louvando a Câmara por fazer à sua custa os reparos no convento de S. Francisco para ali se estabelecer o hospital militar de caçadores nº 7.
1864 — A banda de música da cidade festeja na igreja de S. Sebastião a sua padroeira, Santa Cecília. Em 1863 tinha-a festejado com missa solene na igreja de S. Francisco.
1872 — A filarmónica boa união soleniza a sua padroeira na igreja de S. Francisco. A mesma festividade no ano seguinte de 1873.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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20 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1751 — O Padre Mestre Geral da Ordem de S. Jerónimo celebrou missa de pontifical e conferiu ordens menores no real mosteiro da Costa.
1784 — O mestre pedreiro João de Novais, do lugar do Souto, da freguesia de Tagilde, por escritura na nota do tabelião André de Freitas, obriga-se ao juiz e homens de falas e freguesia de S. Vicente de Oleiros, a reformar-lhes de pedra a fronteira da sua igreja, no prazo de 6 meses, por 44$000 réis, cal e madeira necessária, cuja obra havia sido capitulada na última visitação.
1795 — Foi arrematada a obra das passadeiras além da ponte de Santa Luzia, na estrada de Nossa Senhora da Conceição.
1809 — Aviso régio ao D. Prior fazendo-lhe saber quem havendo o Cabido representado ao Príncipe regente, pedindo se lhe reduzissem as três décimas com que devia concorrer para a contribuição extraordinária de defesa uma e meia décima, aceitando-se-lhe em pagamento os vales dos géneros que tinha prestado das suas rendas e celeiros para uso e consumo dos reais exércitos, o mesmo Príncipe, não anuindo à súplica, ordenava que ele D. Prior procedesse na cobrança da referida contribuição de Defesa na conformidade do aviso de 19 de Junho deste ano, usando da moderação e suavidade no mesmo aviso recomendadas e que Sua Exa. sabia praticar. O D. Prior pôs-lhe o cumpra-se em 25 deste mesmo mês e ano.
1825 — Entra aqui o visconde de Azenha, Martinho Correia e sua família que haviam estado em Lisboa. Vão esperá-lo bastantes pessoas ao caminho, o qual entra por baixo de um arco que lhe mandaram fazer na Madroa, dão-lhe alguns vivas e tocam alguns repiques em algumas torres da vila. P. L.
1838 — A Relação do Porto proferiu acórdão dando provimento ao recurso do Cabido contra os coreiros e estudantes, e, julgando inepto o Libelo e improcedente a acção, reformaram a sentença e condenaram os apelados nas custas. Era sobre a posse das maçãs, castanhas, etc., do dia de S. Nicolau. - Vide amanhã 22-XI-1838
1847 — Chegou a esta vila o Decreto da Rainha no qual era exonerado do cargo de governador civil do distrito de Braga o Barão de Vila Pouca, e nome em seu lugar o Par do Reino, Nicolau de Arrochela, o qual indo tomar posse a Braga em um dos dias imediatos, viu as coisas tão mal dispostas contra ele e contra a sua ingerência nas eleições (estavam próximas) que voltou no dia seguinte para a sua casa do Cavalinho, e pediu a sua demissão a S. M. a Rainha. P. L.
1858 — Domingo - Ás 6 horas da tarde, estando o reitor de Moreira de Cónegos a administrar os sacramentos à enferma Maria Inácia Machado, da Ponte de Negrelos, depois de administrado o da Eucaristia, quando ia para lhe administrar o da Extrema Unção, duas traves em que estava firmado o soalho, quebraram, caindo tudo à loja, madeiras, móveis, enferma, reitor e todas as pessoas que o acompanhavam, o que apenas causou leves ferimentos. O reitor no meio de tal confusão administrou a Extrema-unção à doente, que daí a minutos faleceu, não de ferimento ou contusão, mas sim da moléstia que padecia; podendo ser que o susto lhe tirasse alguma hora de vida.
1862 — Faleceu em Leiria o vimaranense Padre José de Lemos Pinto de Faria, presbítero secular, e professor de latim. Nascido em Guimarães na freguesia de S. Paio a 4 de Julho de 1789. Em 1810, por provisão de 2 de Abril foi-lhe concedido licença por 3 anos para nesta vila de Guimarães poder ensinar gramática e língua latina, donde passou a Vila Viçosa, e depois para o bairro do Rocio, em Lisboa, sendo mais tarde nomeado para o Colégio dos Nobres, e por fim para o Liceu Nacional, Escreveu: "Breve tratado da medição das principais e mais usadas espécies dos versos latinos, a que se ajunta um índex de todas as Odes de Horácio, indicando a medição de cada uma", Lisboa, 1823. Consta que deixou uma tradução da "Mitologia" do P. Juvenci, e um "Tratado dos pesos, medidas e moedas dos romanos".
1877 — - Sessão da Câmara - Foi arrematado o 3º terreno da demolida alfândega e entregue a José António Ferreira Guimarães "o chapeleiro" por 8$000 réis o metro quadrado.
1909 — Apareceu arrombada uma das portas laterais da igreja de S. João de Vizela, que neste dia tinha de ser inaugurada. Os ladrões nada levaram por falta de tempo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 novembro, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — A Câmara deliberou dar "1$200 réis, para despesa da judenga e disse a Pero Afonso que tem o cargo da judenga, e acordou de ir com a procissão domingo e correr os touros quando pedir e se correrem ao sábado e domingo e se se não acabar domingo se faria segunda feira e que todos os dias que fizerem as festas aprontarão as ruas e peçam ramos e juncos por águas e façam todas festas que se puder fazer a honra do príncipe nosso que Deus lhe queira acrescentar a vida".
1596 — Aviso do capitão-mor e alcaide-mor de Guimarães, D. António de Ataíde gentil homem da boca de S. Majestade e senhor de Castro Daire, fazendo saber à câmara, em virtude da carta do governador do Porto datada de 13-XI-1596 (vide este dia), que El-rei quer que nesta vila haja ordenanças de guerra, para que a gente dela esteja prestes e exercitada para o que se oferecer, e manda por seu regimento que havendo dinheiro da câmara e vila dela se pague o que for necessário para o dito exercício, pelo que, conforme ao dito regimento e provisões e cartas que sobre isso há, deve também mandar dar aos capitães para bandeiras e tambores, e eles fazerem termo de o receber e obrigação a tê-los sempre vivos ou a tornarem o dinheiro.
1662 — Carta régia, fazendo mercê do cargo de Juiz dos órfãos ao capitão João Machado de Faria, por ter casado com Ana de Morgade, filha de Pero Nogueira, e tendo sido concedido a este o qual e seu filho Gonçalo de Morgade faleceram antes de ter a idade para tomarem conta dele, deixando-o á dita Ana para quem com ela casasse, por serem pobres, o qual João Machado havia pago 24$000 réis para um soldado servir por ele um ano nas fronteiras.
1717 — O D. Prior remete ao cabido a carta de El-rei, de 12 deste mês e ano, e ordena-lhe o cumprimento dela; devendo ser: vésperas, no dia 7, cantadas solenissimamente com música de canto do órgão, precedendo todos os sinos, e da mesma maneira cantar as matinas, no mesmo dia 7, e à noite luminárias na torre e nos mais lugares costumados; no dia 8 cantar a Prima com grande solenidade e a missa celebrada por um dos dignidades, com sermão, e no fim de Completas cantar a Ladainha. (Festa da Imaculada Conceição).
1839 — Portaria do ministério do reino concedendo licença ao juiz e mesários da confraria do Santíssimo Sacramento da freguesia de S. Jorge de Selho para aforar um pequeno olival que a confraria possuía no sítio de Gomes, com a cláusula porém de que o aforamento seja perpétuo e feito em hasta pública, pelo maior preço oferecido, superior ao da avaliação a que se devia proceder; e não sendo admitido a lançar nenhum dos mesários por si, nem por interposta pessoa.
1842 — "Apareceu morto um fulano chamado Jerónimo Sardão, do Miradouro, em casa de um lavrador da freguesia de Rendufe, o qual se dizia que tendo ficado em casa do lavrador em quanto ele foi á missa e mais a família, e tendo-lhe dado um ataque de gota no lar (costumavam a dar-lhe estes ataques) se queimara, a perigo de estar em perigo de vida, e vendo-se então neste estado declarara que tinha assassinado a sobrinha do Napoleão, assim como fez outras declarações em que envolvia muita gente desta vila, o que sendo sabido pela mesma acabaram de o matar, ou o mataram queimando o, e enterraram-no de noite, o que sendo sabido pelo ministro interino desta vila / Carreira / foi tomar conhecimento deste facto, indo no dia seguinte o juiz de direito substituto da mesma à igreja de Rendufe para mandar desenterrar o cadáver e proceder a exame com facultativos. Quem tinha pedido ao lavrador para ter em casa esse criminoso tinha sido o João Subdevesa, de S. Torcato". P.L.
1889 — A Câmara representa a El-Rei, reiterando o telegrama do dia 17 do corrente, pedindo a exoneração do administrador do concelho por não ter reprimido os amotinados que na noite de 16 apedrejaram a multidão que acompanhava com manifestações de simpatia o nosso deputado João Franco Castelo Branco na sua despedida ás diversas corporações.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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