Efemérides vimaranenses: 22 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1388 — Carta régia dando a alcaidaria-mor do Castelo de Guimarães a Gonçalo Pires Coelho, vassalo de El-rei, escrita no arraial de Campo Maior.-
1417 — Mandado de João Fernandes, ouvidor na corte de el-rei, escrito no Porto, aos juízes, vereadores e homens bons de Guimarães, para que taxem o pão, vinho, carne, pescado e outros mantimentos de venda.
1618 — Sentença da Relação do Porto, em confirmação dos Privilégios da Infanção. O motivo foi em 4-XI-1618 andando o alcaide António Nunes de Sequeira com o tabelião Jerónimo de Barros correndo a vila depois do sino corrido, junto à igreja de S. Sebastião no arrabalde que vinha da rua de Couros, encontraram Manuel Pais do Amaral, filho de António Pais do Amaral, pessoa nobre e principal desta vila e da governança, com uma espada nua e com uma rodela, o alcaide prendeu-o, tomou-lhe a espada e a rodela e levou-o ao Juiz pela Ordenação e requereu-lhe o condenasse na pena da Lei e perda das armas. O Juiz, por ser notória a qualidade dele e seus pais e avós serem todos da governança da vila, e ele alegar que era infanção, mandou-o preso para casa de seu pai, e fazendo-se auto, o juiz absolveu-o, e apelando, a Relação do Porto confirmou a sentença do juiz.
1755 — A folhas 44 do livro de admissão dos irmãos da Irmandade do Senhor da Agonia, sita na igreja da real Colegiada, está o seguinte: Aos 22 dias do mês de Novembro de 1755 anos, dia em que saiu a sagrada do Senhor da Agonia e a de Nossa Senhora da Oliveira em procissão de preces, depois de se lhe fazer uma novena com o Senhor exposto e sermão todos os 9 dias, para que o mesmo senhor nos livre do terramoto que se sentiu por todo o Reino e padeceu com grande estrago no 1º deste mês a cidade de Lisboa e terras circunvizinhas; tudo a expensas do Reverendo Cabido.
1820 — Provisão confirmando a nomeação feita pela Câmara de contraste de prata a José António Fernandes de Sousa.
1823 — O D. Prior, dr. José Teles da Silva manda entregar, sem perda de tempo, ao seu vigário geral, uma portaria, na qual declarou que "sendo necessário (com bem pesar e dor no Nosso Coração) corrigir o reverendo cónego Miguel de Freitas, e puni-lo não só por haver sentado praça nas Guardas Cívicas, mas pela conhecida adesão ao Sistema desorganisador, que tinha os perversos fins de aluir os alicerces do Trono e Altar, vendo-nos na dura necessidade de marcar um de Nossos Súbditos com a nota vergonhosa e infame de seguir uma Facção inimiga declarada de El-rei: Havemos por bem ordenar que o referido cónego seja recluso até segunda Ordem Nossa na Religiosíssima Casa da Cruz, e lhe impomos a pena de suspensão de Oficio e Benefício por um ano."
1832 — O Prior de S. Domingos desta vila acaba uma novena que fez a Nossa Senhora do Rosário para que pedisse a Deus ajudasse as tropas do sr. D. Miguel a Triunfar das do sr. D. Pedro. A novena constava duma prática feita pelo dito Prior (era uma continuada diatribe contra os constitucionais) e o rosário com a contemplação em cada um dos seus mistérios. À novena assistia alguma gente, principalmente as Beatas. Finda a novena houve Preces nos dias 23, 24 e 25.
1850 — Portaria louvando a Câmara por fazer à sua custa os reparos no convento de S. Francisco para ali se estabelecer o hospital militar de caçadores nº 7.
1864 — A banda de música da cidade festeja na igreja de S. Sebastião a sua padroeira, Santa Cecília. Em 1863 tinha-a festejado com missa solene na igreja de S. Francisco.
1872 — A filarmónica boa união soleniza a sua padroeira na igreja de S. Francisco. A mesma festividade no ano seguinte de 1873.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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