Efemérides vimaranenses: 27 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1526 — Sendo vago o D. Priorado de Guimarães por morte de Diogo Dinis, o arcebispo, em Braga, por consentimento expresso do duque de Bragança e de Guimarães, encomendou o dito D. Priorado por 6 meses primeiros seguintes a Martim Gil de Carvalho, seu capelão.
1580 — Provisão do Conde de Lemos marquês de Sarracondre de Andrade e de Vilhalba, dada em Viana, porque, constando-lhe que António Machado de Miranda, vizinho de Guimarães, tinha em seu poder bens e dinheiro de D. António (Prior do Crato, manda ao capitão Manuel Pereira de Castro imediatamente vá à vila de Guimarães e, em serviço de El-rei, averigúe e saque os ditos bens e dinheiros. O António Machado Miranda em 5 do próximo Dezembro entregou quinhentos cruzados ao dito capitão). - Nota de Manuel Gonçalves.
1656 — O Cabido assentou "que nas exéquias que se hão-de fazer por Sua Majestade, que Deus tem, mandou a Rainha nossa senhora, por carta sua, escrita aos 7 deste presente mês, que todos os beneficiados desta igreja se vestissem de luto, e para dar satisfação aos mandados da sra. Rainha com toda a brevidade, se mandaram tomar baetas por conta do Priorado sede vacante para se vestirem de lutos".
1805 — Provisão do conselho da Real Fazenda fazendo saber ao corregedor de Guimarães, que sendo presente em consulta do mesmo conselho, à vista das informações e averiguações a que se procedera "terem sido inauditos os procedimentos praticados pelo juiz de fora de Guimarães António de Barros, Figueiredo Cardoso contra o meirinho dos tabacos e alfândegas da província do Minho, Henrique José Vieira e seu ajudante António José Rodrigues, autuando-os e pronunciando-os, nula e incompetentemente por crime de resistência, quando praticavam actos de ordem do Superintendente Geral das mesmas alfândegas, prendendo aos réus Manuel José do Espírito Santo e João Salgado, caindo ainda o dito juiz de fora no repreensível excesso de querer embaraçar a jurisdição daquele magistrado", com o parecer da dita consulta e pela real resolução de 18 de Novembro de 1805 é mandado ao dito corregedor que em nome do Príncipe Regente estranhe ao juiz de fora todos os procedimentos que praticou aquele respeito, ficando nula e de nenhum efeito a devassa em que ilegalmente os pronunciou, como contrária às leis, ficando logo restituídos à sua liberdade e bens, e sendo indemnizados pela fazenda do juiz de fora de toda a perda e dano que sofreram com aquela injustiça pronuncia e pondo-se tudo no estado em que ele embaraçou incompetentemente a prisão dos réus Manuel José e João Salgado.
1848 — "Saiu uma procissão de penitência da igreja de S. Francisco desta vila pelas principais praças e ruas da vila, indo os missionários a pregar (eram uns padres que já há tempos estavam aqui fazendo uma missão) e o comissário da Ordem de S. Francisco, muitos penitentes e imenso povo tanto da vila como da aldeia, reinando a maior sossego e respeito, indo 30 soldados do regimento nº 13 da força que aqui se achava estacionada comandados pelo capitão Torres, e mais a polícia e o administrador do concelho, o qual teve algumas altercações com o escrivão de direito (Ferreira) seu inimigo, mas o capitão torres os acomodou; não sendo por isso alterado o sossego. Esta procissão foi feita pela Ordem 3 de S. Francisco, para que Deus Nosso Senhor afastasse deste reino a Cólera Morbus, que tantos estragos tinha feito em todas as partes do mundo e que ameaçava este reino; pois já estava na Inglaterra". P. L.
1850 — Tomou posse do lugar de administrador deste concelho, para que foi nomeado por proposta do Conde de Vila Pouca, governador civil do distrito, Feliciano Joaquim da Silva Araújo e Melo "o cavacão", era de Braga, bacharel formou-se em 1842, cavaleiro de Cristo e gozava créditos de homem recto. No dia seguinte afixou-se edital em que ele convidava qualquer cidadão a queixar-se perante ele dos empregados da administração e da fazenda.
1886 — Por ter sido despachado agente especial junto do tribunal administrativo de Portalegre, foi neste dia para tomar posse o dr. José Coelho da Mota Prego, indo despedir-se à gare da estação muitos dos seus amigos particulares e não indo muito gente por ser ignorada a partida.
1887 — De tarde, faleceu, na sua casa de S. Torcato, o abastado proprietário António José de Freitas "o órfão", octogenário e já em tempos bastante doente; e algumas horas depois, faleceu também o seu filho, repentinamente, Francisco Joaquim de Freitas, da mesma casa e freguesia, e também abastado proprietário, homem no vigor da idade (50 anos), parece que morreu pela forte comoção que lhe causou a morte do pai que em extremo amava.
1897 — Despacho do governador civil do distrito aprovando o projecto e orçamento, na importância de 11:300$00 réis, e na extensão de 1608m do lanço da estada municipal de Guimarães à Costa.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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