Efemérides vimaranenses: 26 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1238 — El-rei D. Sancho II, estando em Guimarães, deu ao arcebispo de Braga, D. Silvestre, e aos seus cónegos, as igrejas de Ponte de Lima e de Touginha (hoje Touguinha) em terra de Faria, livres e isentas de qualquer direito real, e as vilas e terras de Pedralva, Gouviães e Adaúfe, em terra de Panóias, as quais mandou coutar "per lapides, sicut aliud Coutum de Regno, quod meluis coultatam est". El-rei fez-lhe esta doação, por ter tirado a sé de Braga o direito de cunhar moeda, que D. Afonso Henriques lhe havia dado em 27 de Maio de 1128. O arcebispo entregou a el-rei o Castelo de Penafiel de Bastuço, e renunciou os direitos da capelania e chancelaria eclesiástica na cúria régia e os direitos nas igrejas do padroado real do arcebispado.
1629 — O Cabido e o vigário geral elegeram capitão de todos os privilegiados de livro das Tábuas Vermelhas e dos 4 coutos da sua igreja (S. Torcato, Moreira de Cónegos, Codeçoso e Moreira de Rei) a Pedro Vieira da Maia cavaleiros fidalgo da casa de S. M., alcaide-mor e capitão-mor que foi nas partes da Índia, "para que em qualquer tempo que houver rebate de inimigos nos portos circunvizinhos possa acudir com os ditos privilegiados a defender esta Nossa Pátria e Igreja a que nós com nossas pessoas e familiares acudiremos por ser grande serviço de Deus e de el-Rei Nosso Senhor", etc, foi-lhe deferido o juramento pelo chantre presidente.
1702 — Maria da Conceição, moradora na Cantonha, da freguesia da Costa, faz doação, com reserva de vida, na nota de Manuel da Silva, ao convento das Dominicas, do seu casal do Vilar na freguesia de S. Simão, da honra de Refojos, do termo do Porto, foreiro ao convento de S. Domingos de Guimarães, para, depois da sua morte, as freiras mandarem dizer, "in perpetuam", na sua igreja, todos os domingos, uma missa com responso por alma dela doadora e seus defuntos, e no caso do dito convento das Dominicas acabar, passasse tudo nas mesmas condições para o de S. Domingos.
1705 — Ordem do Governador das armas interino, encarregando o mestre de campo Baltazar Malheiro Neiva de alista soldados para os terços pagos na comarca de Guimarães.
1843 — O administrador do concelho faz ciente à Ordem Terceira de S. Domingos que, por portaria régia, lhe foi concedido o uso do sino grande do extinto mosteiro da mesma invocação. Quebrou em 1885.
1846 — "O Nacional", nº 157, diz (referente à notícia acima): "Alguns miguelistas, aproveitando-se da ausência do batalhão de Guimarães, que com os de Fafe tinha marchado para Braga, entram na vila onde fazem a aclamação de D. Miguel e nomeiam autoridades".
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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