Efemérides vimaranenses: 30 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1376 — Carta de El-rei D. Fernando, dada em Leiria, dirigida aos homens bons de Guimarães, porque, o concelho e homens bons tendo-lhe enviado dizer que tinham foro dado pelo 1.º rei e confirmado pelos seguintes e por ele para que nenhum fidalgo more na vila contra vontade dos moradores dela e que ora ele dera cartas a castelãos grandes para lhe darem na vila pousadas, camas, palhas e lenha sem dinheiros, e havia tais que pousavam na vila 1 ano e mais, no que recebiam grande agravo: manda que os ditos fidalgos possam morar na vila vindo para alcançar algumas coisas que lhes cumprirem, e nestes 8 dias manda lhes dêem casa em que pousem e camas sem dinheiros, e as outras coisas lhas dêem por seus dinheiros e, acabados os 8 dias manda que todas as coisas lhe dêem por seus dinheiros e que tudo isto cumpram e não façam o contrário porque lhe estranhara. Foi confirmada por El-rei D. João III em Lisboa a 20 de Janeiro de 1529.
1474 — Os cónegos Fernão Carneiro, Luís Anes, Pero Afonso e Gonçalo Martins, em nome do seu cabido foram a Tolões rectificar a posse da sua igreja, que havia sido tomada em 1 deste mês e ano.
1617 — Carta régia dirigida à câmara recomendando auxílio ao Visitador da inquisição e mandando-lhe que o vá receber fora da vila. O visitador era o dr. Sebastião de Matos de Noronha, fidalgo da casa real e inquisidor da Inquisição de Coimbra.
1723 — Francisco Mendes Guimarães, síndico dos frades Capuchos, dá quitação na nota de Manuel Pereira da Silva a Diogo Peixoto Pinto, boticário, morador na praça de N. Sra. da Oliveira, testamenteiro de João Lopes do Vale, da rua do Gado, de cem mil réis que este em seu testamento deixara aos ditos frades.
1751 — O cónego cura Manuel dos Reis da Costa Pego propôs à mesa da real irmandade de Nossa Senhora da Oliveira que Luís Soares de Andrade, mercador, desta vila, quando estava para morrer lhe dissera que deixava a esta irmandade o legado de cem mil réis com a obrigação perpétua de por a arder em todos os sábados diante de N. Sra. 2 lumes de cera, durante a missa que se lhe costumava dizer, e que não querendo a irmandade aceitá-los com esta obrigação, ele cónego com os cem mil réis fazia uma obra a seu arbítrio a Nossa Senhora. Foi deliberado por unanimidade e aceitação; este legado cumpriu-se em quanto também satisfazer a dita missa estatuária, 1910?
1807 — Nasce na freguesia de S. Miguel do Castelo, José António Martins Vimaranense, filho de Francisco José Martins e Rosa Margarida, que foi o último possuidor do chantrado de Guimarães, 1.ª dignidade e presidente do cabido da Colegiada.
1842 — "Depois de ter sido levantado pela justiça o cadáver do infeliz rapaz, que tinha sido vítima na Praça do Toural na noite antecedente, foi conduzido para S. Domingos para aí ser vestido e para ser dado à sepultura na tarde deste mesmo dia como os Estudantes haviam destinado, sendo pelas 3 horas da tarde acompanhado pela Irmandade de S. Nicolau e muitos padres, indo a pegar ao caixão 4 irmãos de S. Nicolau. O seu cadáver foi conduzido para a igreja dos Capuchos aonde foi depositado e sepultado, tendo um responso de música. O acompanhamento foi grande, e o povo que concorreu este acto foi imenso, e ainda seria maior se não fosse a muita chuva. Toda a despesa foi feita à custa dos Estudantes." P. L.
1846 — "Mandou a câmara desta vila deitar um Bando, pelo qual aliviava os povos de pagar certos tributos como dos carros, e licenças de negociantes. E as armas dos expostos por pagar há um ano!!!" P. L.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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