Efemérides vimaranenses: 29 de Novembro
D. João IV
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1590 — O Cabido delibera ir incorporado debaixo da sua cruz esperar o arcebispo à Porta da Vila, na forma do pontifical, caso ele venha visitar a Colegiada, ainda que pela concórdia não tem obrigação de o ir esperar, e todo o cónego que o vá esperar fora a cavalo e não na forma acima ordenada, será riscado e descontado por um mês, afim de obstar ao escândalo de não irem todos juntos.
1642 — Edital do D. Prior, D. João Lobo de Faro, anunciando que no dia 9 de Dezembro principiava a sua visita pastoral na Colegiada, e convidando todas as pessoas a que, durante a mesma, sob diversas penas, ali viessem declarar os crimes e pecados públicos que soubessem haviam cometido os cónegos e mais pessoal de sua jurisdição.
1656 — Cerimónia fúnebre e muito solene da quebra dos escudos pela morte de el-Rei D. João IV, antecedida por missa cantada e responso na Colegiada, a que assistiram todas as pessoas que depois fizeram parte do préstito.
1775 — O mestre pedreiro
1780 — O imaginário Francisco José de Araújo, do lugar da Tocha, da freguesia de S. Miguel das Aves, por escritura obriga-se a fazer 22 castiçais, sem micheiros, e 5 cruzes, sem Cristos, para os altares da igreja da Misericórdia, a 1$200 réis cada peça, segundo o risco que apresentou em mesa, sendo mais altos os altar-mor.
1834 — Às 6 horas da noite, indo para sua casa, era no Picoto, um criado dos Ferreiras de Mata-Diabos, saem-lhe 2 ladrões ao pé do oratório de Santa Luzia e querendo-lhe tirar o capote acham resistência da parte dele, pelo que lhe dão um tiro em um braço do qual fica bem mal tratado e recolhe-se ao hospital. P. L.
1842 — "Pelas 8 horas da noite, indo os Estudantes desta vila a içar a Bandeira na Praça do Toural (era um pinheiro muito grande) conforme o costume, por haverem de principiar no dia seguinte as Novenas de Nossa Senhora da Conceição, caiu o Pinheiro e matou logo um rapaz enteado, de um pedreiro Gago de Trás-o-Muro, o qual tinha 10 anos, pouco mais, ou menos, e o qual estava vendo levantar a Bandeira. Logo que houve este infeliz acontecimento, retiraram-se todos os Estudantes e mais circunstancias, levando consigo a dor e a consternação, e cessando desde então todos os sinais de regozijo que costuma haver em tais ocasiões, ficando na Praça só o cadáver da infeliz vítima para ser levantado pela Justiça no dia seguinte". P. L. NB o rapaz era aprendiz de alfaiate, chamava-se
1863 — Foi levantado o pinheiro de 96 palmos para a festa dos estudantes.
1879 — À noite estreou-se pela primeira vez no nosso teatro o fonógrafo, invenção do engenheiro americano Edison. Esta máquina foi-nos apresentada por Bargeon de Viveroli. Repetiu na noite seguinte.
1881 — São restaurados os folguedos dos estudantes, interrompidos há anos, devido a haver agora de novo o colégio das Hortas.
1885 — Reuniu-se em sessão extraordinária à Câmara municipal, às 10 horas do dia, à qual concorreram muitas pessoas de todas as classes, para ouvir dos procuradores apedrejados a narração dos factos e resolver como desagravar a esta cidade ofendida. Tomaram-se diversas resoluções, entre as quais representar pedindo a "União ao Porto" e cortar as relações oficiais com as autoridades do distrito. - A Câmara oficiou ao presidente da Junta Geral do distrito protestando contra as deliberações que a dita Junta tomasse no dia seguinte, a que não iam assistir por representantes de Guimarães por terem sido apedrejados no dia anterior, na cidade de Braga. - Às 3 horas da tarde, reuniu-se um numeroso comício no salão da Associação Artística Vimaranense, na rua de Gil Vicente, em que se tomaram idênticas resoluções às da Câmara, e bem assim nomeou-se uma comissão de vigilância e resistência para tratar de realizar as resoluções tomadas.
1910 — Deu entrada na forma do costume o Pinheiro da festa dos Estudantes, mas quando trabalhavam em o levantar causou a morte a um rapaz de 13 anos, António, serviçal, ao qual os académicos fizeram o funeral no dia 1 seguinte na igreja
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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