31 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1389 — Carta de El-rei D. João I, em Lisboa, dirigida " aos juizes e concelho e homens-bons da nossa mui nobre vila de Guimarães", com os artigos das cortes que celebrou aí, em Lisboa.
1620 — " O licenciado Rui Gomes Golias da Confraria de Nª Sª da Imaculada Conceição, sita na ermida que está fora do arrabalde de Sta Luzia" e Gonçalo Pires tesoureiro da mesma, passaram quitação, na nota de Manuel Fernandes, de estarem entregues de um cálice dourado e patena, que António Vasques mandou das partes do Perú para servir na dita confraria, o qual fora entregue por Sebastião Fernandes de Araújo por ordem de Gaspar Gonçalves Nogueira morador em Sevilha.
1620 — " O licenciado Rui Gomes Golias da Confraria de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, sita na ermida que está fora do arrabalde de Santa Luzia" e Gonçalo Pires tesoureiro da mesma, passaram quitação, na nota de Manuel Fernandes, de estarem entregues de um cálice dourado e patena, que António Vasques mandou das partes do Peru para servir na dita confraria, o qual fora entregue por Sebastião Fernandes de Araújo por ordem de Gaspar Gonçalves Nogueira morador em Sevilha.
1739 — Morre a soror Luiza Maria da Conceição, 1.ª abadessa do Convento das Capuchas. Era filha dos condes de Vale de Reis e irmã do Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, que para aquele cargo a nomeara, trazendo-a do Mosteiro da Madre De Deus em Lisboa.
1748 — As freiras do Convento de S. José do Carmo, de que era prioresa a soror Guiomar Michaela do Nascimento, contratam com o padre frei João do Rosário, declarando que, tendo elas comprado a Mariana, solteira, umas casas e quintal, da Rua do Gado, fronteiras á sua igreja e foreiras em 200 réis ao dito Convento de S. Domingos, e como as tinham já demolido para fazerem o terreiro, ficavam elas freiras obrigadas a pagar aos frades 800 réis de censo, anualmente. Está exarado na nota de Manuel Pereira da Silva.
1763 — Sexta-feira Santa. - Das 2 para as 3 horas da manhã, faleceu no Convento dos Capuchos em cheiro de bem-aventurado, frei Francisco de Farelães, no mundo Francisco de Almeida, natural de S. Pedro do Monte, couto de Farelães. No dia antecedente esteve toda a manhã no confessionário e comungou com a comunidade na missa solene.
1819 — Quinta-feira. À meia-noite, Domingos Alves de Abreu, principia a obra do passadiço nas suas casas da rua de Trás-os-Oleiros, havendo "grandes desordens que até lhe chegaram a dar um tiro, e o insultaram asperamente". Esta notícia encontra-se num livrinho de recibos de foros que pertenceu a José Fernandes Baptista e o ofereceu à Biblioteca Martins Sarmento.
1834 — Auto de aclamação da Carta e D. Maria II, no Couto de Ronfe.
1836 — Vem a Guimarães o Governador Civil interino do distrito, para providenciar sobre negócios de interesse local, e especialmente acerca da organização da guarda nacional. Convocou as autoridades para a casa do tribunal, no extinto convento de S. Francisco, e aí conferenciou com elas.
1837 — Decreto autorizando a Misericórdia para, em hasta pública e na concorrência de quaisquer outros licitantes, comprar o edifício e todas as suas pertenças do convento de S. Domingos, a fim de ali ser colocado o seu hospital, e também autorizando para que, efectuando a mencionada compra, possa vender com todas a suas pertenças respectivas o prédio em que estava o hospital, devendo esta transacção celebrar-se dentro de ano e dia em praça pública, com declaração que se o preço daquele fosse maior que o deste, ficaria o excesso desse valor dependente da aprovação das cortes.
1888 — Produz 75$415 reis o bando precatório, nesta cidade, em benefício das famílias do incêndio do teatro Baquet da cidade do Porto, quantia que em 4 deste mês e ano, foi enviada à Associação Comercial daquela cidade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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30 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 31 de Março
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1045 — Mendo Folienz doou ao mosteiro de Mumadona a vila Tabuadelo com a igreja de Santo Cipriano, cuja vila havia sido dada pelo abade de Guimarães, Árias, ao conde D. Gonçalo Mendes por este defender o castelo de S. Mamede contra Gonçalo Moniz para a possuir em sua vida e depois voltar ao mosteiro.
1613 — Falece em Lisboa o ex-D. Prior de Guimarães, D. Pedro de Castilho, bispo de Angra e de Leiria, presidente do Desembargo do Paço, do conselho de El-rei, capelão-mor, esmoler-mor, inquisidor geral do reino e vice-rei dele duas vezes; foi beneficiado em Celorico e prior de Ílhavo.
1646 — Carta régia para o juiz, vereadores e procurador do concelho, afim de que com a junta das Decimas, da cabeça da comarca, façam a repartição de 26:158$974 que coube à comarca de Guimarães pagar no milhão e setecentos mil cruzados prometidos em cortes para sustento da guerra, provimento das fronteiras e defensão do reino, conforme o mapa da divisão pelas comarcas do reino, e eclesiásticos e religiões da cidade de Lisboa, que acompanhou esta carta, e tudo está registrado na câmara.
1668 — Carta do Príncipe, D. Pedro II, participando ao Cabido, que, no sábado 24 deste mês, fora julgado nulo o casamento de El-Rei D. Afonso VI seu irmão e, ele Príncipe casara com a que fora sua cunhada, para o que obtivera Breve de dispensação publicae honestatis, chegado em 27 deste mês, cuja participação era para que rogasse a Deus pelo bom sucesso do seu casamento.
1727 — É lançada a primeira pedra, benzida pelo prior do mosteiro de S. Domingos, frei António de Santa Rosa, ao primeiro dormitório da parte do sul, do convento de Santa Rosa de Lima, de que era prioresa a madre Catarina das Chagas. O dito prior foi também que colocou a dita pedra, no alicerce da parede do corpo do dormitório, da parte do poente, 65 palmos do cunhal do sul para o norte.
1770 — O provisor de Braga concede licença para colocar a Via-sacra na capela do Anjo (dos sapateiros) vulgo de S. Crispim, solicitada pelo estudante José António de Sousa que todos os dias à prima noite nela fazia oração mental pública a que concorriam muitas pessoas devotas, só do sexo masculino exclusivamente. A devoção da oração
1827 — O cónego José Pereira Lopes Lima, “P. L.”, recebe a ordem de diácono em Braga, para onde foi em 29, ministrada na igreja de Cabanelas pelo bispo de Charres. P. L.
1842 — Diz o “Pobres no Porto” escrevem de Guimarães nesta data: -“A semana passada passeava em um monte da freguesia de Gonça, deste concelho, um homem bem vestido e armado de clavina: e passando por aqueles sítios outro sujeito, foi por ele embaraçado e conduzido á borda dum ribeiro, onde se achava deitada uma jovem com uma criança recém-nascida, um cavalo bom e bem arreiado, preso a uma árvore, e um cão de fila preso a uma corrente. O homem pediu ao outro homem o chapéu que este levava, e, tomando nele água do ribeiro, lho entregou e dele exigiu o baptismo da criança” e como aquele homem sobressaltado e ignorante não soubesse verificar o baptismo exigido, o monstro o ensinou; findo o que, pegando da criança a arremessou ao cão de fila que num momento a devorou!!!!!!! Finda a execução, o monstro despediu o homem, que todo susto, não ousou voltar os olhos e ver a direcção que os 2 levaram. O regedor da freguesia remeteu um auto da notícia ao administrador do concelho, que interrogou a testemunha e nada mais fez!
1886 — União ao Porto - A comissão de vigilância de Guimarães, a respeito da questão brácaro-vimaranense, resolve: 1º A comissão de vigilância toma na devida consideração as declarações solenemente feitas pelo Governo nas duas casas do parlamento acerca do modo como pretende resolver o conflito de Guimarães; 2 º A autonomia municipal, como foi proposta pelo presidente do conselho, José Luciano de Castro," não mais procuradores à junta geral, não mais um ceitil para o distrito", com quanto que não seja aquilo que primariamente pedimos, é honrosa à cidade e concelho de Guimarães; 3.º Se depois de promulgada a nova reforma administrativa, a cidade e concelho de Guimarães não julgarem satisfeitos a sua dignidade e os seus interesses, continuaremos pugnando pela solução que satisfaça aquela dignidade e interesse; 4.º A comissão reunir-se-á ordinariamente, como até hoje, às quintas-feiras e extraordinariamente todas as vezes que for necessário, para tratar de todos os assuntos relativos à questão.
1899 — 6ª feira Santa – Na Colegiada não houve sermão do Enterro, por descuido do cónego Bacelar, não o encomendar, o que causou muito escândalo por ser caso que nunca aconteceu.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 março, 2007
Editado novo guia da Citânia de Briteiros
Efemérides vimaranenses: 30 de Março
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1601 — Gonçalo Pires, abade de S. Vicente de Passos, do termo de Guimarães, toma posse do campo da Lamela, que era pertença da quinta da Portela, da dita freguesia, o qual, por escritura feita por Jerónimo Soares tabelião de Monte Longo em 25 de Março deste ano, fora doado por Francisco de Abreu Lobo, cavaleiro fidalgo e sua mulher Petronila Golias, moradores na dita quinta, à ermida de S. Sebastião novamente ordenada na mesma freguesia, da qual ele abade era padroeiro.
1605 — Carta regia que manda ao Cabido conte no chantrado e conesias a Afonso Furtado de Mendonça enquanto estiver ao serviço de el Rei. O Cabido respondeu negativo por obstar o Concílio Tridentino e um estatuto jurado que só os presentes ganhem.
1693 — Alexandre do Vale Peixoto, morador na sua casa do Carvalho da Arca, em Polvoreira, fez testamento e nele ordena: quer ser sepultado na sua capela de Nossa Senhora da Anunciação, que se acabaria de fabricar dos seus bens, instituindo nela missa aos domingos e dias santos; por sua alma e de sua mulher Paula dos Guimarães, pais e parentes, incluindo nestas a missa semanal instituída por sua 1.ª mulher Brites de Sá. Vinculou todas as suas quintas de prazo e esta do Carvalho de Arca em morgado de que seria administradora sua filha Rosa, passando para suas filhas Brites e Jerónima, se a outra falecesse solteira. Em 1720 seu genro, Luís Brandão Pereira de Lacerda, registou o testamento.
1747 — 5ª feira Santa - O Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, celebra com grande pompa na Colegiada a sagração dos Óleos e o Lava-pés. De tarde percorreu as igrejas em visitas às “Casas do Senhor”.
1757 — Provisão, a instancias de D. Teresa de Vasconcelos, da cidade de Lisboa, administradora da capela de Santa Margarida, instituída em S. Miguel do Castelo pelo Chantre de Évora, Martim Pais, nomeando o bacharel José António de Freitas Sampaio, desta vila, para fazer o tombo dos bens da dita capela, o qual, pela dita provisão, nomeou escrivão António Lopes de Morais.
1837 — Foi a Ordem de S. Francisco e mais algumas irmandades desta vila por S. Roque da Serra e o conduziram em procissão para a capela do mesmos Terceiros, a aí fizeram Preces por 3 dias para que Deus Nosso Senhor livrasse os habitantes desta vila da grande epidemia (gripe, espécie de catarro) que grassava na mesma, não tendo deixado de atacar uma terça parte dos habitantes, morrendo contudo dela muito pouca gente. Também houveram Preces em S. Sebastião.
1866 — -Sexta feira Santa – À noite, na Colegiada, houve sermão de Lágrimas ou da Soledade de Maria Santíssima, pelo abade de Santo Tirso de Prazins, e 7 palavras de Jesus. A orquestra do maestro espanhol D. Jerónimo Romão, cujo acto foi a expensas dos partidários desta música que andavam em rivalidades com a da “Boa União”.
1869 — Instalação da Ordem 3ª do Carmo até ali Irmandade.
1886 — Em a câmara dos deputados, Adolfo Pimentel protesta contra a solução que o Governo (progressista) pretendia dar à questão brácaro-vimaranense advogando a autonomia municipal com desprezo da integridade do distrito, e o visconde de Pindela (vimaranense) deputado por Braga, interrompeu-o, sustentando que ficava incólume a integridade.
1888 — A Câmara resolve não cumprir as instruções, para cobrança dos emolumentos, que o governador civil do distrito, o vimaranense que se chamava visconde de Pindela, a requisição do tribunal administrativo enviou às Câmaras, administrações e comissões do recrutamento, as quais “eram primorosas pela ilegalidade e pouca delicadeza”.
1899 — Quinta-feira Santa – Na igreja da Misericórdia não há exposição nem sai a procissão do Ecce Homo. Efeitos da política.
1906 — Toma posse da administração do concelho o Dr. António Coelho da Mota Prego
1932 — Na noite de hoje para amanhã foram adiantados os relógios.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Março
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1395 — O Cabido faz emprazamento, em duas vidas, da igreja de São João de Ponte, com suas dízimas, primícias, bodos e com sua lavra toda, salvo o Couto, que lhe fica reservado, a Martim Anes, besteiro, morador em Guimarães, com obrigação de pagar ao capelão e dar-lhe "mocinho que lhe ajude à missa e almoinha e manceba que lhe cozinhe a carne e pescado e boroa aí na igreja e aí não fazer outro serviço" e dar à igreja de Braga 14 libras por os bodos e colheitas a 2 cónegos e 90 libras ao Cabido e manter a igreja no temporal, não se escusando de pagar a renda por "geada nem por pestilência"
1670 — Alvará régio mandando o Licenciado Gaspar de Morais por corregedor da comarca e correição de Guimarães, tendo além dos poderes ordinários os de: nos casos crimes poder mandar açoutar peões de soldada que estiverem assoldados e outros peões que ganharem dinheiro por sua braçagem açoutar e desorelhar escravos, e não outras pessoas, degradar os ditos peões para os lugares de além e coutos do reino, não passando o dito degredo de 4 anos, degradar escudeiros e vassalos que não forem de linhagem; e oficiais mecânicos para os lugares do reino, não passando o dito degredo de 3 anos, nos casos cíveis também alçada até 10$000 réis sendo de bens móveis, etc.
1722 — Decreto mandando circular e correr novas moedas miúdos de ouro, escudos, meios escudos, dobras, meias dobras, e quarto de dobras, o qual está registado na Câmara.
1797 — Fundação da Irmandade de Nossa Senhora das Dores na capela de S. Tiago, que existia na antiga praça do Peixe, que depois se denominou de S. Tiago. A Irmandade e a imagem da sua padroeira estiveram na capela do Anjo (S. Crispim), da rua da Sapateira, desde 1811 a 1812, enquanto andaram obras na capela de S. Tiago, para onde voltaram e estiveram até à demolição dela, indo então para a Misericórdia velha (S. Brás) no claustro da Colegiada.
1806 — É fundada a irmandade de Sta. Luzia na igreja de S. Dâmaso.
1821 — Portaria permitindo a José Maria de Sousa da Silveira, filho legítimo do desembargador Francisco António de Sousa da Silveira, trazer espada.
1834 — “São convidados todos os indivíduos desta vila que estivessem nas circunstâncias de pegar em armas para se alistarem nos dois corpos móvel e fixo que se organizaram nesta vila, sendo de Saragoça o uniforme do daquele e com canhão e gola azul claro com vivos brancos”, e igual mas sem vivos brancos o deste. O comandante do móvel era o major Lobo, de Fafe, e o do fixo era o major da cavalaria José Joaquim de Sá. P. L.
1836 — Na noite deste dia houveram repetições dos mesmos excessos que houveram na noite antecedente em consequência de ter aparecido uma Proclamação incendiária a favor de D. Miguel, a qual se supunha ser posta pelos Constitucionais por não ser verosímil ser posta pelos realistas em consequência de nessa noite ter-se batido nos Realistas, ter andado patrulhas de polícia a rondar de noite. P. L.
1854 — Saíram livres da prisão José António Pinto, filho de Manuel António Pinto," O Casa Velha", da Rua Nova do Muro, e José de Sousa. Filho de Joaquim José de Sousa, da Viela do Esterpão, por furto de chumbo das clarabóias da Colegiada no ano de 1853.
1854 — De tarde, na freguesia de Tagilde, estando a montar-se um aparelho de destilação de aguardente pertencente ao Freitas e Miranda, da rua das Flores, do Porto, levantou-se o povo, começaram os sinos a tocar a rebate, e juntaram-se perto de 600 pessoas que quebraram o aparelho e arrombaram os cascos que estavam destinados a conduzir o vinho. De manhã indo um carro com 3 cascos vazios deram muita pancada aos carreteiros a pontos que fugiram deixando tudo a discrição. Acudiu, passado 3 horas o administrador do concelho com uma força de 100 baionetas de caçadores 7, que assim mesmo não pode sossegar o povo. Poucos dias depois lia-se no “Pharol do Minho”: As desordens começadas em Vizela, estão felizmente terminadas e alguns dos seus autores acham-se presos.
1883 — A associação comercial assinou uma representação a El-rei pedindo a concessão do convento das Dominicas para a Confraria do Santíssimo Coração de Jesus, a qual foi apresentada em sessão da Câmara dos Deputados de 5 de Junho seguinte.
1907 — Houve um pequeno incêndio numa cas da Rua Nova do Comércio. Algum povo, ignorante, estranhou que os sinos dessem o respectivo sinal, por ser 6ª-feira santa.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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27 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Março
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1498 — Carta de El-rei D. Manuel, em Lisboa, mandando que a feira anual de 7 de 17 de Agosto, passe a ser, daqui em diante, de 15 a 25 do mesmo mês de Agosto, mudança esta prejudicando a outra alguma feira, cuja transferência para 15 foi pedida por ser este dia o princípio de uma Romagem.
1576 — Baltazar Fernandes Sodré, cavaleiro fidalgo, fundador da capela de Nossa Senhora da Consolação, no Codeçal (Campo da Feira) dota-a com 600 réis impostos em umas casas da Rua Nova do Muro, destinados à fábrica, pagos por dia da Natividade de N. Senhora.
1869 — Num largo interior do convento de S. Francisco, que agora dá entrada para as aulas do sexo masculino da Ordem Terceira, em um “Circo Olímpico” que aí construíram e assim o denominaram, dá o seu 1º espectáculo, às 4 horas da tarde, uma companhia equestre e ginástica (que era parte da que havia estado no Porto e em Braga), tomando parte o seu ex-director Hersog. Durante o espectáculo tocaram duas bandas de música, dentro a de D. Jerónimo Romão e fora a do Lucínio, que andavam em grande rivalidade. A concorrência de espectadores foi grande, sendo preciso suspender a venda de bilhetes, e antes de principiar o espectáculo caiu uma das bancadas da plateia inferior com mais de 30 pessoas que sofreram maior susto do que incomodo, a não ser João José Barbosa Guimarães, que teve um ferimento, parecendo ao princípio que era de gravidade.
1834 — “Auto de Aclamação da Rainha a Senhora Dona Maria segunda e da Carta Constitucional e nomeação dos membros da câmara municipal.”
1836 — São espancados alguns realistas por um grupo de constitucionais, que os julgaram envolvidos numa conjuração que se tramava na Galiza, de acordo com os miguelistas da província do Minho, inclusive de Guimarães. P. L.
1893 — A Comissão Municipal, por escritura pública, contratou com a Direcção da Companhia Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães a organização e dotação do serviço da extinção de incêndios.
1895 — Saiu o 1º do jornal quinzenário “O Melro” humorístico e literário editor Luís Teixeira.
1895 — Deu o seu espectáculo de despedida uma companhia de zarzuela, dirigida por D. José Martinvale. Partiu daqui para Famalicão.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
26 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1608 — Os oficiais dos hospitais (três albergues) do Anjo da rua Sapateira, da rua Travessa, e do Anjo de Santa Margarida, fazem procuração na nota do tabelião Adriano de Sampaio, não declarando fim especial para que.
1659 — Ordem do Visconde, de Ponte de Lima, para as justiças darem todo o auxílio a Manuel Saraiva, tenente de artilharia, encarregado de conduzir para aquela vila a palha e centeio, que ainda não tivesse ido.
1732 — Sentença dada na Relação do Porto, pela qual os mercadores de panos de cor, de Guimarães, podiam vender tafetás, riscados, damascos, passamanes, retroses, botões e mais artigos de sirgaria, contanto que os não fabricassem, e anulando o acórdão da Câmara, de 28 de Janeiro deste ano, que proibida aos mercadores, sirgueiros e alfaiates intrometerem-se nos ofícios uns dos outros.
1808 — No livro dos óbitos da freguesia da Costa, a folhas 62 estão 2 assentos de igual teor, a saber: “A vinte e sete de Março deste ano de mil oitocentos e oito no adro desta Igreja de Santa Marinha da Costa, termo de Guimarães, foi sepultado António Pinheiro casado com Maria Joaquina da freguesia de Santo Estêvão de Vila Chã do lugar do Passo conselho de Giestasso, e falecido no combate de Nossa Senhora da Penha desta mesma freguesia e por verdade fiz este assento que assino hoje Era ut supra O Pároco José Fernandes Velho.”
- Igual termo, apenas com a seguinte alteração: “foi sepultado Manuel Ribeiro solteiro filho de Manuel Ribeiro e de Maria Pinta assistente na freguesia de Agua dela do Marão. Conselho da Honra de Ovelha, e falecido (ut supra tudo).
1823 — Não há procissão da Cana-Verde, por proibição do corregedor. P. L.
1842 — Saiu um Bando para neste dia e nos dois seguintes, em que houve repiques, os habitantes iluminarem suas casas, pelo nascimento dum infante em 16 deste mês, que se lhe pôs o nome de D. João. No dia terceiro, 29, houve Te-Deum na Colegiada cantado pelo Cabido. NB. O PL. Não fala em Bando, só em repiques iluminação e Te Deum.
1846 — “Marchou desta vila para S. Torcato o destacamento de infantaria 8 que aqui se achava em consequência das mulheres daquela freguesia terem apedrejado um empregado da administração que ali tinha ido para fazer cumprir as ordens do Sub-Provedor da Saúde á cerca do enterramento de uma mulher. À chegada do destacamento, as mulheres continuaram a dar pedradas, em consequência do que os soldados chegaram a fazer fogo, sendo ferido um rapaz.” P. L.
1854 — De tarde foi morto Bento de Abreu do lugar da Pena, da freguesia de Infias, por António, filho de Francisco Salgado, criado de servir no lugar da Carreira da dita freguesia, em casa de seu amo e tio Bernardino Mendes, lavrador caseiro; foram ambos presos. Livres o António e o Bernardino por sentença de 5 de Dezembro de 1861 confirmado por acordo de 9 de Maio de 1862.
1857 — Sexta-feira – Chega neste dia, e serve pela 1.ª vez no Domingo 29, escoltado por 2 soldados de cavalaria, o rico e superiormente Palio, que a mesa dos Santos Passos havia mandado fazer no Porto, sobre os cuidados do vimaranense ali residente João Martins da Costa. Antes de vir esteve no Porto exposto à vista dos curiosos e entendedores, dos quais mereceu louvores e até admiração, dizendo: que não era obra para Guimarães!!! Este dito foi só de lorpas; então Guimarães com o seu dinheiro não podia adquirir obras de valor e de bom gosto?.
1874 — Na câmara electiva, o deputado Osório de Vasconcelos disse ter lido, no jornal a “Democracia”, uma correspondência de Guimarães, que o governador civil de Braga, visconde de Margaride, proibira a representação do drama “A Paixão de Cristo”, e perguntou ao ministro do reino, António Rodrigues Sampaio, se tinha conhecimento desta proibição, o qual respondeu “que nada sabia da proibição do teatro, nem alguém se queixou; tinham ocasião de se queixar em se fossem prejudicados nos seus interesses; mas não se queixaram, nem apresentaram requerimento algum a esse respeito. Se o apresentassem ele havia de informasse dos motivos que o governador civil teve, e que podiam ser muito justos, mas de certo não procedeu de leve.” O vimaranense e deputado por Guimarães, João Vasco Ferreira Leão, defendeu no dia seguinte o governador civil das acusações feitas sobre a proibição, a respeito de o deputado Vasconcelos ter dito, que o facto de o governador civil ter proibido a continuação no teatro de Guimarães do dito drama, dava a mostrar os sentimentos pouco liberais e reaccionários e que se deixava dominar por um sacerdote (aludia ao cunhado dele, padre João Rebelo Cardoso de Meneses, que depois foi bispo coadjutor de Lamego.
1883 — Na secção da câmara dos deputados foi lido pela 2ª vez e enviado á comissão de fazenda, ouvida a de administração pública, um projecto de lei assinado por Bernardino Machado, deputado pelo circulo de Lamego, concedendo o convento, cerca e mais pertenças do convento das Dominicas, por morte da ultima religiosa, á Sociedade Martins Sarmento, para estabelecer a sua biblioteca popular e publica e as suas escolas.
1886 — Os artistas vindo de ter uma reunião na casa da sua Associação, á noite, por causa de questão Bracaro-Vimaranense = vinham reunidos e ao chegar á frente da casa da Assembleia Vimaranense, das janelas da mesma disseram-lhes quais os membros da comissão de vigilância que haviam de ir a Lisboa entender-se com o governo, sendo recebido com algum sussurro o nome dos dois comissionados Abade de Tagilde e Dr. Rodrigo de Freitas Araújo Portugal, progressistas, cujo partido era o ministério governamental.
1890 — Foi decretada a construção da avenida que liga a estação de caminho d ferro com a praça de D. Afonso Henriques (Toural), sendo ministro da fazenda o grande amigo de Guimarães, conselheiro João Franco.
1890 — Foi decretada a construção da avenida que liga a estação de caminho de ferro com a praça de D. Afonso Henriques (Toural), sendo Ministro da Fazenda o grande amigo de Guimarães, conselheiro João Franco.
1910 — O surrador António Gonçalves, "O Fanonico", às 8 e meia da noite, travou-se de razões com sua mulher, na sua residência na Rua Caldeiroa, a mulher grita por socorro; acudiu o guarda policial nº 7 em serviço no Toural, não os pode harmonizar; o Gonçalves muniu-se de u ferro de grozar agrediu o guarda fracturando-lhe o crânio e ferindo-o num pulso deixando-o em estado grave; se Fortunato "Lampador" não tira ao agressor o ferro contudente (o que seria?). O guarda recolheu em maca ao hospital e o agressor foi preso e entregue ao poder judicial.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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25 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Março
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1591 — Provisão, passada em Lisboa, do cardeal arquiduque, legado a latere, autorizando o convento de S. ta Clara de Guimarães a solicitar no arcebispado de Braga, e nos bispados do Porto e Lamego, esmolas que pudesse ajuntar às suas rendas.
1660 — Carta régia nomeando vitalício executor do almoxarifado de Guimarães, lugar vago por óbito do proprietário dele, a Gonçalo de Sousa Rego que servira de capitão de infantaria e Secretário de Estado do reino de Angola com o governador Luís Martins Chichorro, e oferecera 600$000 réis de donativo para as necessidades do estado da Índia. Em 5 de Julho deste ano, tendo prestado fiança, o provedor e contador da fazenda de Sua Majestade com alçada nesta comarca, Dr. Damião Moreira de Meireles deferiu-lhe o juramento e deu-lhe posse.
1763 — Carta de El-rei D. José ao D. Prior, D. Paulo de Carvalho e Mendonça, participando-lhe ter terminado a guerra com Carlos III de Castela, por tratado de paz feita em Paris a 10 de Fevereiro do presente ano entre as coroas de Portugal e Grã-Bretanha, de uma parte, e as de França e Espanha, da outra, cuja assinatura das rectificações formais dos 4 monarcas foram trocadas em Paris a 10 deste mês e ano. O D. Prior, por conta de 30 dos mesmos, mandou ao cabido, que, em acção de graças por tal motivo, cantasse um solene Te Deum e uma missa a Nossa Senhora da Oliveira, e houvesse iluminação em 3 noites. O cabido fez a festa mandada e uma solene procissão com a imagem de Nossa Senhora da Oliveira no andor, na qual foram as comunidades, no dia da 1.ª oitava da Páscoa, a 4 de Abril.
1778 — O Provedor da comarca oficia ao cabido para que, na forma da ordem régia, faça a entrega à irmandade restaurada de S. Pedro, de todos os vasos, alfaias e relíquias que à mesma irmandade tinha sequestrado quando ela fora extinta.
1794 — A Câmara informa a S. Majetade a conveniência de continuar a feira do pão na praça de Nossa Senhora da Oliveira, dando as razões de ser mudada do Toural. Da informação vê-se que o Toural ficou encurtado com os edifícios novos; Tinha dantes uma alpendrada encostada ao muro e em toda a extensão dele; António Alves tinha feito um grande edifício no Postigo de S. Paio. Tinha sido mudada para o Campo da Feira do gado, como aliás já em tempo mandara D. João V por provisão de 20 de Fevereiro de 1732.
1834 — 4.ª feira de Trevas – Vieram as tropas da Sra. D. Maria II, estacionadas no Porto atacar as tropas realistas que estavam em Santo Tirso, e depois de haver algum fogo, retiraram estas em debandada para esta vila, trazendo um coronel francês gravemente ferido e mais alguns soldados, (passando atropeladamente a ponte de Caniços e perecendo aí afogados alguns destes milicianos). O resto desta força tendo principiado a entrar nesta vila às 2 da tarde e tendo tomado algum descanso (e muito dos milicianos abandonado o seu corpo) saiu na direcção de Pombeiro evacuando tudo até à meia-noite deste dia. As autoridades e os realistas retiraram ou alaparam. P. L.
1860 — A requerimento da irmandade de Nossa Senhora do Carmo, o administrador do concelho foi com o seu escrivão ao convento do Carmo, para dar cumprimento à portaria de 26-IX-1859 que mandava entregar o mirante à irmandade, o que não efectuou, devido a um ofício do general Ferreira, que lhe apresentou o caserneiro do hospital militar, que teimava dizendo: “por conseguinte não deve vossa mercê fazer a dita entrega, embora a irmandade, ou mesmo qualquer autoridade o exija, seja por que modo for, salvo apresentando ordem autêntica do Ministério da Guerra. Quartel-general” etc.
1865 — A projectada Associação Comercial representa à estação competente, para que, nos estudos da directriz do caminho-de-ferro do Porto a Braga, a que se andava procedendo, fosse ponto obrigado a cidade de Guimarães. Foi por proposta de João António da Silva Areias, em reunião segunda, depois de discutido e aprovado o plano dos estatutos.
1866 — É esta a data dos primeiros estatutos da Associação Artística Vimaranense, elaborados para a comissão para isso nomeada em assembleia-geral com presença de 148 sócios instaladores, composta de: presidente, o iniciador da associação, Miguel José Teixeira Mascarenhas; secretário João Pinto de Queiroz, vogais: António da Costa Guimarães, António José Ferreira Caldas e João António da Silva Areias. Os estatutos foram aprovados por decreto de 10 e alvará de 15 de Novembro de 1869.
1875 — O padre frei Cristóvão da Santíssima Trindade (?) ou Barreto (?), falperrista, que estava missionando na igreja da Costa, manda tocar o sino grande, bombado, às 2 horas da madrugada, o que causou muita estranheza por ser sexta-feira Santa. NB. Se foi esse que mandou, ou se foi sem ordem dele, que o sino foi bombado, não sei. J. L. de F.
1878 — 3.ª feira – O Conde Margaride toma posse do Governo Civil do Porto.
1893 — Às 11 horas da manhã faleceu na vila de Santo Tirso o conde de S. Bento que legou oito contos de réis para as obras de S. Torcato.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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24 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1658 — Ordem do Conde de Castelo Melhor, de Cerveira, para o juiz de fora notificar todos os lavradores deste termo a semear painço para haver palhas, sustento para os cavalos.
1706 — A mesa e definitório da Misericórdia deferem a petição das recolhidas dominicas de Santa Rosa, deliberando por unanimidade que a procissão do Ecce Homo, em quinta-feira das Endoenças, vá à igreja das mesmas.
1747 — Às duas horas da tarde vai à igreja da Misericórdia o Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, e administra o sacramento da confirmação a 1437pessoas. Tendo-lhe sido em antes participado que havia muita gente para crismar; todos, no fim, estavam admirados do desembaraço que ele aviou tanto povo, e ele, ouvindo tal comentário, disse com engraçado modo: “Esta era a muita gente? Cuidei, que fosse mais.”
1845 — Solenizou-se, as expensas de devotos, na igreja dos Capuchos a imagem de Nossa Senhora das Dores, com exposição do Santíssimo, missa cantada e sermão; de tarde saiu a Senhora em procissão, que não passou do Carmo, por entrar a chover, a qual saiu de novo no domingo seguinte, acompanhada pelos terceiros de Santo António, com cruz levantada. P. L.
1847 — “Foi morto em um sítio entre Quintela e Póvoa de Lanhoso, José Gouveia, filho do defunto Manuel Leonardo de Gouveia, desta vila, morador na rua de Val de Donas. Este infeliz rapaz tinha ido à feira de Quintela (estava há tempos em uma quinta sua ao pé de Quintela) e sendo visto por uma escolta de voluntários desta vila (patuleia) prendeu-o por ordem que levava do administrador do concelho desta vila para o prender por ele ter vindo com o Padre Casimiro (segundo se dizia) quando vinha para atacar a patuleia desta vila. Sendo conduzido pela escolta, como acima fica dito, no caminho puxou por uma pistola, e desfechando com um voluntário chamado o Caçador, deitou a fugir, e então carregando sobre ele os outros voluntários, o mataram. O voluntário que se dizia ter sido ferido pelo defunto, chegou no outro dia a esta vila e recolheu-se ao hospital. O finado teria 20 anos”. P.L.
1877 — Veio de Braga com grande acompanhamento de cavalheiros vimaranenses que aí propositadamente foram, o ex-Governador Civil deste distrito, Conde de Margaride.
1934 — Às 3 horas da manhã Francisco Mendes Ribeiro, "O Gato Bravo",operário, de 33 nos, residente em Moreira de Cónegos, assassinou com a arma da vítima e à porta da residência da mesma, na Rua de S. Dâmaso, o negociante Mário José de Oliveira Meira, de 35 anos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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23 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Março
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1658 —João Machado d’Eça, natural desta vila, “clérigo in minoribus” e pensionário
1777 —O D. Prior e Cabido alcançam do Papa uma bula que suprime por 6 anos a conesia magistral de teologia-moral, anexando-a à Fábrica da Colegiada para reedificação e reconstrução da sua igreja e para compra de paramentos e alfaias, por a Fábrica não ter meios suficientes para isso. A reedificação e reconstrução não se realizou.
1829 —Na relação do Porto, é proferida na 2ª vara da correição do crime, sentença contra Francisca Teresa, solteira, parideira natural da freguesia de Paradela de Frades, couto de Bouro, assistente nesta vila de Guimarães e presa nas cadeias da Relação que na tarde de 2 de Agosto de 1828 fora presa em flagrante delito, por ter proferido na Praça do Toural sediciosas e anárquicas expressões contra os Legítimos e Inquestionáveis Direitos de Sua Majestade El-Rei Nosso Senhor, esquecida dos deveres para com a Sagrada Pessoa do seu Legítimo Rei o Senhor D. Miguel I – condenando-a por se achar plenamente provado, em 5 anos de degredo para as ilhas de Cabo Verde, em 50$000 réis para as despesas da Relação e nas custas dos autos.
1834 —Vai Manuel Joaquim, da Caldeirôa, como Juiz Vereador desta vila, à casa de Vila Pouca para fazer sequestro aos bens do Barão, por ter fugido para a guerrilha constitucional de Vieira. P. L.
1834 —Em o concelho de Vieira foi proclamada a rainha D. Maria II pelo Barão de Vila Pouca e vários súbditos fiéis da mesma Senhora, a quem se tinham reunido extraordinário número de Desertores e Paisano.
1836 —Foi sentenciado o assassino José António Simões, de Pombeiro, que em sua casa matou o seu hóspede João Ferrador, roubando-lhe 4 moedas e enterrando-o na horta. Eis a súmula do julgamento: - a audiência principiou ao meio-dia e terminou às duas horas e meia da noite. As galerias estiveram sempre apinhadas de povo e com todo o sossego. Era Juiz o de Cabeceiras de Basto, Domingos Manuel Pereira de Carvalho de Abreu, escrivão José de Sousa Bandeira, delegado o Dr. Francisco Leite Pereira da Costa (vimaranense), e defensor do réu Dr. António Leite de Castro. O júri foi composto de cidadãos de toda a probidade, trinta e tantas testemunhas depuseram contra o réu o qual confessou que sim tinha matado na noite de 24 para 25 de Dezembro último dentro de casa a sua vítima, o João Ferrador e que o tinha enterrado na sua horta, mas que fora pelo achar dormindo com sua mulher, que ele quis qualificar de adúltera. Esta cartada não foi aprovada, pois que o réu apenas deu duas miseráveis por testemunhas e nada juraram sobre o facto. A leitura do corpo de delito causou grande horror: o morto foi desenterrado pela justiça, tinha a cabeça esmagada a golpes de enxada, os olhos fora de suas órbitas, as coxas fracturadas, a cabeça atada a uma camisola velha, e um lenço na boca. O morto era amigo e compadre do assassino: este foi visto a passear alguns dias sobre a sepultura da vítima. Novo horror causou o ver o assassino vestido com a roupa da vítima, roupa que trouxe à ratificação da pronúncia, e com a qual teve o descaramento de se apresentar no Tribunal no dia da sua sentença e à vista de trinta testemunhas que lhe reconheceram e ele confessou. A mulher do assassino e a amásia foram com ele acartadas, e contra ele depuseram. O escrivão esteve constantemente a ler e escrever desde o meio-dia até às 10 horas da noite. O Juiz facilitou ao réu todos os meios de defesa e foi incansável na averiguação da verdade. O delegado orou com toda a força da lei e pedindo a morte do réu: a causa era estéril e odiosa; ele defensor evitava olhar para o réu, que lhe causava horror, mas depois de esgotar o luxo do seu talento, tratou de comover: ele mesmo se compungiu e chorou; o réu por um momento de fraqueza chorou igualmente; alguém mais nas galerias o acompanhou; mas o júri unanimemente julgou provados todos os quesitos e o juiz o sentenciou a que conduzido pelas ruas públicas desta vila à praça pública do Toural da mesma, aí na forca morresse de morte natural para sempre, e decepada sua cabeça fosse levada ao lugar do delito, para ser colocada em um alto poste, e conservada até que o tempo a consumisse, sendo nessa ocasião lida a sentença para conhecimento público; e em 200$000 réis, metade para a fazenda pública e metade para os herdeiros do morto. – Nota do P.L. O réu não chegou a ser enforcado, obtendo ficar para carrasco da Relação do Porto, e fora ele quem depois, em 21 de Abril de 1837, fizera a 1ª execução que se deu no reinado da Sra. D. Maria 2ª, que teve lugar na cidade do Porto, sendo executado um indivíduo que havia assassinado outro em Vieira.
1885 — Na noite deste dia e na do dia seguinte, um grupo de 13ci sob a direcção de Munczy Lajos, dá respectivamente dois concertos musicais, só com instrumentos de corda e regência imperceptível, no teatro D. Afonso Henriques, que estava repleto de espectadores. O desempenho por parte dos executantes, foi tão distinto que todos os espectadores alegavam jamais terem ouvido coisa tão surpreendente e maravilhosa. E desde então até hoje, 1932, ainda nesta cidade não tornaram a ser ouvidas execuções tão brilhantes.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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22 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1590 — Alvará régio, em Lisboa, concedendo ao provedor e irmãos da Misericórdia que possam mandar pedir esmolas, para a mesma, em toda a comarca e correição da vila de Guimarães, por tempo de dois anos. O requerimento diz que tinham começado uma casa de Misericórdia, e solicita provisão para pedir para a mesma por todo Entre Douro e Minho e que cada lavrador dos de dentro da vila trouxesse de graça um carro de pedra para o serviço desta obra, por uma só vez, não lhe valendo privilégio algum.
1629 — Maria Peixota, dona viúva de António Luís pimenta, e sobrinho Simão Dias Pimenta, contratam com Domingos Coelho arquitecto de pedraria morador nesta vila, fazer-lhe por 180$000 réis uma capela na igreja de S. Francisco.
1711 — As freiras do Carmo, por escritura na nota do tabelião António da Silva, compram meio almude de azeite, anual, das propriedades de Santa Cristina de Agela, a João Gonçalves e mulher, Maria Antunes, por vinte mil réis.
1821 — A mesa da Misericórdia defere o requerimento da regente do recolhimento de Nossa Senhora das Mercês, Trinas, concedendo-lhe licença para mandar fazer na capela o actual retábulo e tribuna, com as esmolas que para isso tinha dos devotos e deu-lhe para ajuda da mesma obra 24$000 réis metal.
1829 — Partem para a Relação do Porto uma leva de constitucionais, algemados e com as mãos atrás das costas. P.L.
1834 — “Indo 2 oficiais de milícias e o meirinho do corregedor desta vila a Vila Pouca para conduzirem do quartel general de Braga o Barão de Vila Pouca como debaixo de prisão, este se evadiu, tendo de prevenção retirado as parelhas de machos, cavalos, etc. Em vista desta fuga foram alguns guerrilhas realistas procura-lo pelos sítios imediatos à sua casa mas não o encontraram; ele fora reunir-se a uma guerrilha constitucional que se tinha armado em Vieira.
1847 — “Veio da Povoa de Lanhoso uma escolta do batalhão de voluntários desta vila (patuleia) com alguns presos do mesmo batalhão, que por ali tinham feito bastantes roubos. Não era de admirar, porque o batalhão era composto quase todo de Ladrões. Um dos presos tinha andado com os migueis quando aqui estiveram, e sendo prezo por eles também por Ladrão, quando o soltaram foi para o Porto e depois veio com o batalhão desta vila.” P.L.
1859 — D. João da Silva Peixoto, (depois foi marquês de Lindoso), da casa do salvador, deu o tanque de pedra que tinha no quintal da sua casa da rua Escura, à Câmara, que o mandou colocar no terreiro do Cano.
1882 — Foi agraciado comendador de Cristo, o ex-negociante de modas Francisco José da Costa Guimarães – “O Costinha Relojoeiro”, director do banco de Guimarães.
1886 — Reúne a Associação Comercial e delibera: continuar na luta Brácaro-Vimaranense até que se faça justiça a Guimarães; ir incorporada à Câmara Municipal com mensagem de adesão aos actos praticados, rogando-lhe persista na resistência que o seu patriotismo lhe inspirava; nomear uma comissão de estudo para o estabelecimento de novas indústrias locais; abrir fundo de resistências para despesas; continuar a representar até que o distrito de Braga seja suprimido e este concelho anexado ao distrito do Porto. A mensagem ou representação à câmara é datada de 24 de Março.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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21 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Março
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1531 — Em vereação acordaram: que se chamem os carniceiros para com eles concertarem sobre a carne para a Páscoa e daí por diante darem mantimento à vila em abastança; - “que qualquer moço que jogar cartas assim na igreja como em outras partes pela vila e arrabaldes e rocios da vila e arredor deles e assim negros e pedintes que paguem cada vez vinte réis para o alcaide e seus homens ou outro qualquer jogo que jogarem a dinheiro ou para os pregoeiros que os demandarem e acharem ou coimeiros e rendeiros das penas quais primeiro os acharem e demandarem e foi logo apregoado por Pêro Diniz pregoeiro; - E que os pregoeiros andem na igreja aos Domingos e não deixem fazer rumor aos rapazes na castra e na praça sob pena de eles pregoeiros pagarem vinte réis cada dia que aí não estiverem e os fizerem calar”.
1629 — Os frades de S. Francisco concedem licença a Maria Peixota, dona viúva de António Dias Pimenta, que fora síndico deles, e a seu sobrinho Simão Dias Pimenta, para fazer capela no seu mosteiro no corpo da igreja, no sítio que está a porta travessa dela, entre a capela de S. Gualter e o altar das Chagas, saindo fora para os carvalhos o corpo da capela, a qual porta ela dona viúva e sobrinho mandaram tapar e abrir outra de novo abaixo do arco grande que está debaixo do coro novo.
1806 — Em vereação, foi deliberado: - “Que os tendeiros que fossem opostos a não quererem pagar os assentos que são obrigados por armar as suas tendas nas feiras do Toural, ou desistam da demanda e paguem ou se lhe deitem as tendas abaixo; e se recolham para suas casas”. – “Que Pedro Pereira Lopes fosse notificado para dentro de 24 horas tirar o entulho da rua da Fonte Nova com pena de seis mil réis pagos da cadeia e o mesmo se entende com Francisco Gomes de Lima”.
1846 — Fizeram-se grandes exéquias na igreja de S. Domingos pela alma de José Martins da Costa, de Aldão, falecido a 22 do passado na cidade do Porto, sendo feitas com toda a grandeza, realçando muito a armação, que há muitos tempos se não tinha feito tão boa nesta vila. O ofício foi a música, recebendo os padres que a ele assistiram 480 e vela, era geral assim como as missas a 480 as quais também estiveram gerais na Colegiada a 480. Da aldeia vieram imensos pobres, persuadidos que se dava esmola, voltaram sem ela porque os doridos assentaram que se não devia dar por este modo, mas sim dando-a aos pobres mais necessitados das freguesias, tendo para esse mesmo fim pedido uma relação aos párocos. Foram feitas por ordem da sua única irmã D. Luísa, com a aprovação de seu marido Domingos Cardoso de Macedo. P. L.
1868 — - 4º Domingo da Quaresma – Quando a “Via Sacra”, que saia de S. Francisco, passou à Senhora da Guia, um soldado da ala esquerda, aqui estacionada, de infantaria 16, que ali se achava, deixou-se estar com o boné na cabeça, mas sendo convidado por algumas pessoas para o tirar, respondeu: não tiro o boné a um canhoto, (referindo-se à imagem do Senhor dos Passos que ia no andor); o povo, que ouviu isto, quis logo ali castigar a imprudência do soldado, (alguém disse que estava embriagado, sem estar) o qual, para escapar à ira do povo refugiou-se na próxima “loja nova” de doçaria de António Serafim Afonso Barbosa, saltando para dentro do balcão, de onde depois foi acompanhado até ao quartel por alguns camaradas, depois de ter intervindo o administrador do concelho para serenar o tumulto, que ia tomando sérias proporções. O tenente-coronel mandou tocar a reunir toda a força no quartel, de onde não saiu mais neste dia, porque os soldados principiaram a escarnecer dos actos religiosos, deixando-se estar com os bonés na cabeça e praticando outros actos de irreverência.
1896 — Quando a solene procissão de Passos se aproximava da igreja do Carmo principiaram a cair algumas gotas de água, e não sendo possível recolher-se aí a procissão por causa do novo anteparo, o préstito continuou o seu itinerário muito apressadamente. Na rua Nova de Santo António a chuva era tanta que pôs a procissão
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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20 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Março
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1624 — Professou no convento S. Francisco de Guimarães, tendo 17 anos de idade e já estudado letras humanas, frei Luís da Madre de Deus, natural de Lisboa e lá faleceu; tanto se aplicou às ciências escolásticas que ditou Filosofia e Teologia aos seus domésticos no convento de Santarém, até jubilar. Ocupou diversos cargos honoríficos da sua ordem, foi examinador das três ordens militares; escreveu duas obras em latim, uma acerca da sua Ordem, que se publicou, e outra, um Tratado da Fé, que não se publicou.
1681 — Provisão régia mandando ao corregedor que averigúe quem tem pão para vender e o faça expor à venda e não consinta o guardem para vender mais caro, e seja taxado com a câmara.
1736 — As freiras dominicas, de que era prioresa a soror Mariana da Encarnação fazem escritura, na nota do tabelião Manuel Pereira da Silva,
1807 — Ordem da polícia de Lisboa, assinada por Lucas de Seabra e Silva, prevenindo o Juiz de fora de Guimarães “que quando nessa vila se erigir de futuro com a precisa permissão desta Intendência qualquer teatro ou divertimento público, compete o conhecimento da policia ao corregedor da respectiva comarca, meu delegado, e só na sua ausência deverá Vossa Mercê ter inspecção dos mesmos.”
1888 — Saem por sua livre vontade do convento das Dominicas todas as senhoras e criadas que nele existiam, por ele ter (sido ou) ficado extinto no dia 9 deste mês, como fica dito. Algumas já tinham saído nos dias anteriores.
1920 — Procissão de Passos. Conduziu o Santo Lenho debaixo do palio o bispo de Bragança, nosso conterrâneo, D. José Lopes Leite de Faria.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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19 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Março
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1284 — O Cabido comprou uma herdade e alminha, sita no lugar da Corredoura abaixo da porta plenária (do Castelo?) da vila de Guimarães, a qual em tempo foi de Pedro Garcia, pedreiro, a Domingos Joanes e mulher Maria Joanes.
1733 — Estando em vereação o Dr. Juiz de Fora, 3 vereadores e o procurador do concelho, os juízes do mesteirais de azeite, vendeiros e estalajadeiros da vila com todos os mais mesteirais da vila e arrabaldes, requeram-lhes que no ano próximo passado de 1732 “concorreram para a fábrica do andor de S. Dâmaso que acompanhou com outros dos mais ofícios a procissão de Corpus Domini cada uma de por si 360 réis e como depois da dita multa muitos de novo abriram suas lojas e daqui por diante vão abrindo e o dito andor dependeria e havia de vir a depender necessariamente de reforma e não ser justo que se multassem 2ª vez os mesmos mesteirais que tinham concorrido ficando assim escusos e livres do dito imposto ou multa os que no ano passado não tiveram ficando mais suaves e com conveniência insensível o impor-se multa ou esmola certa aos que de novo abrirem loja, queriam eles ditos juízes e mais mesteirais se fizesse um termo em que todos vieram que todo o mesteiral de azeite ou vendeiros ou estalajadeiros que de novo quisessem abrir sua loja os desta vila e arrabaldes dela darão para a fábrica do dito andor 240 réis e sendo de fora da vila e arrabaldes darão 300 réis, cujo excesso a respeito da vila e arrabaldes era com atenção a não terem os ditos mesteirais concorrido para a fábrica do dito andor como concorreram os mesteirais da vila e arrabaldes e por ficarem isentos das obrigações dos mesteirais da vila e arrabaldes e por ficarem isentos das obrigações dos mesteirais como sempre foi estilo e também por não terem a lida dos reparos e concertos do mesmo andor e de o levar na procissão por pertencerem aos juízes por serem moradores nesta vila”.
1808 — É assinada neste dia a relação das peças de prata da Colegiada que em harmonia com o decreto imperial de 1 de Fevereiro último e declaração de 27 do mesmo mês, foram entregues para (os franceses) a contribuição de Guerra, cujo peso foi: aos do Cabido 1054 marcos e meio e duas onças; as da irmandade do Sanhtíssimo Sacramento, 347 marcos e duas onças, as da irmandade de Nossa Senhora da Oliveira 221 marcos e
1809 — Provisão régia que obteve Maria Luísa, solteira, dos açougues desta vila, para aforamento “do vão da Torre das Biscaias e muro”, assim o diz o título do registo mas a provisão diz “terreno que ocupava o muro daquela vila (Guimarães) e chão da torre da alfândega.
1827 — Sai um fúnebre Bando para anunciar a prematura morte da imperatriz do Brasil e rainha de Portugal a Sra. D. Maria Leopoldina, que ia da seguinte forma: adiante de tudo ia uma escolta de milícias comandada por um sargento, atrás desta 4 tambores cobertos de baeta preta; atrás dos tambores ia o Alcaide da vila de capa e volta, ao qual se seguiam os 2 Mesteres vestidos da mesma forma levando cada um deles uma bandeira enlutada, atrás de tudo ia uma guarda de honra comandada por um oficial. Enquanto o Bando andou pelas ruas do costume dobraram os sinos de todas as torres. O luto que foi marcado pela Sra. Infanta D. Isabel Maria foi de 3 meses rigorosos e 3 aliviados.
1872 — Sendo aberta a sepultura nº 35 da igreja da Misericórdia, foi encontrado em estado de incorrupção o cadáver do irmão Jerónimo Bento que nela fora enterrado a 11 de Agosto de 1862.
1880 — Um carro estafeta, que de Fafe vinha para Guimarães, esmagou no lugar do Canto um lavrador, que vinha a cavalo e que desastradamente caiu da água debaixo do carro, cujas rodas lhe partiram a cabeça, matando-o instantaneamente. O condutor do carro que parece não ser culpado no desastre, evadiu-se, ainda assim.
1883 — Foi inaugurada na rua do Guardal uma fábrica de sabão, onde há muitos anos existia uma de velas de sebo.
1897 — Neste dia e no seguinte, principalmente de tarde, da abóbada da capela-mor da Colegiada pingou bastante água.
1903 — Aprovação regia à deliberação camarária para empréstimo de14 contos de réis, exclusive aplicados às obras de melhoramento e reforma da canalização das águas públicas da cidade, segundo o projecto e orçamento superiormente aprovados.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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18 março, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Março
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326 — Vindo do concílio de Niceia, falece em Guimarães o bispo de Braga, S. Leôncio, natural de Constantinopla. Assim o dizem Juliano e Dextro nas suas Crónicas, o que foi reproduzido por D. Rodrigo da Cunha, na “História Eclesiástica de Braga”, 1ª parte, capítulo 45; D. Jerónimo Contador de Argote, nas “Memórias Para História Eclesiástica do Arcebispado de Braga”, volume 3º, capítulo 7º e outros autores.
1578 — Alvará, dirigido ao juiz de Guimarães,
1641 — A Câmara, em conformidade da ordem do conselho de Guerra, de Braga, de 21 de Fevereiro último, elege capitão de cavalos a João Leite Pereira.
1648 — Institui-se em irmandade, com estatutos, a confraria que já existia do Santíssimo Sacramento, na Colegiada, presidindo a este acto o D. Prior , D. João Lobo de Faro, prelado da mesma igreja, a cuja jurisdição ficou sujeita à dita irmandade.
1671 — Carta de examinação de António Peixoto, natural de Guimarães, para poder sangrar, sarafassar, lançar ventosas e sanguessugas e tirar dentes em Portugal.
1699 — Alvará régio confirmando o alvará dado em 28 de Outubro de 1577 por El-rei D. Sebastião que concede, por esmola, à abadessa e religiosas de Santa Clara 30$000 réis anuais na renda da imposição dos vinhos desta vila, para as obras do seu convento.
1827 — Em sessão extraordinária da Câmara foi aberta e lida uma carta, contendo o Aviso Régio do ministro do reino, Bispo de Viseu, de 9 deste mês, participando, em nome da Infante regente, a esta Câmara, ter falecido na corte do Rio de Janeiro, a 11 de Dezembro de
1850 — Às 7 horas da manhã faleceu o penúltimo cónego tesoureiro-mor José Joaquim de Abreu, “o Curandeiras”, eclesiástico de vida exemplar, cartista, e homem de uma probidade incontestada, era cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição. Foi sepultado no dia seguinte na colegiada. Do seu testamento, consta o seguinte: “Deixo à minha irmandade de S. Pedro desta vila os dois quadros de S. Pedro e S. Paulo encaixilhadas em molduras lisas e douradas ambas iguais e de S. João Baptista com igual e semelhante moldura ou caixilho”.
1862 — A Câmara representa a El-rei pedindo o convento de S. Francisco para instalação das repartições da administração e fazenda.
1870 — De tarde houve “sermão dos perdões” da missa na igreja de S. Francisco, pelo padre João Carlos Radamaker o qual provou a necessidade de nos despirmos de todos os ódios, perdoando aos nossos inimigos. Logo aí se abraçaram muitas pessoas que desde há muito tempo viviam em divergência, a que assistiram grande número de cónegos e de padres, as mesas das Três Ordens Terceiras, sendo a 1.ª vez que a nova ordem .3ª do Carmo se apresentou de hábito em público; houve muito grande concurso de povo, apinhando-se a igreja e suas varandas e zimbório. Também subiu ao púlpito o cónego-cura José António Rodrigues Cardoso, em seu nome e dos mais párocos pedir perdão e perdoar a todos os paroquianos, mas foi tal a sua comoção e choro que nada pôde proferir, pois todo o auditório estava igualmente comovido e chorando.
1891 — De manhã evadiu-se do calabouço de infantaria 20, arrombando a latrina, um soldado do mesmo regimento, que havia desertado quando se achava de serviço no cordão sanitário, o sargento Honrado, que estava de guarda ao quartel, foi preso por este motivo, apesar de não poder prevenir a fuga.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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