Efemérides vimaranenses: 31 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1045 — Mendo Folienz doou ao mosteiro de Mumadona a vila Tabuadelo com a igreja de Santo Cipriano, cuja vila havia sido dada pelo abade de Guimarães, Árias, ao conde D. Gonçalo Mendes por este defender o castelo de S. Mamede contra Gonçalo Moniz para a possuir em sua vida e depois voltar ao mosteiro.
1613 — Falece em Lisboa o ex-D. Prior de Guimarães, D. Pedro de Castilho, bispo de Angra e de Leiria, presidente do Desembargo do Paço, do conselho de El-rei, capelão-mor, esmoler-mor, inquisidor geral do reino e vice-rei dele duas vezes; foi beneficiado em Celorico e prior de Ílhavo.
1646 — Carta régia para o juiz, vereadores e procurador do concelho, afim de que com a junta das Decimas, da cabeça da comarca, façam a repartição de 26:158$974 que coube à comarca de Guimarães pagar no milhão e setecentos mil cruzados prometidos em cortes para sustento da guerra, provimento das fronteiras e defensão do reino, conforme o mapa da divisão pelas comarcas do reino, e eclesiásticos e religiões da cidade de Lisboa, que acompanhou esta carta, e tudo está registrado na câmara.
1668 — Carta do Príncipe, D. Pedro II, participando ao Cabido, que, no sábado 24 deste mês, fora julgado nulo o casamento de El-Rei D. Afonso VI seu irmão e, ele Príncipe casara com a que fora sua cunhada, para o que obtivera Breve de dispensação publicae honestatis, chegado em 27 deste mês, cuja participação era para que rogasse a Deus pelo bom sucesso do seu casamento.
1727 — É lançada a primeira pedra, benzida pelo prior do mosteiro de S. Domingos, frei António de Santa Rosa, ao primeiro dormitório da parte do sul, do convento de Santa Rosa de Lima, de que era prioresa a madre Catarina das Chagas. O dito prior foi também que colocou a dita pedra, no alicerce da parede do corpo do dormitório, da parte do poente, 65 palmos do cunhal do sul para o norte.
1770 — O provisor de Braga concede licença para colocar a Via-sacra na capela do Anjo (dos sapateiros) vulgo de S. Crispim, solicitada pelo estudante José António de Sousa que todos os dias à prima noite nela fazia oração mental pública a que concorriam muitas pessoas devotas, só do sexo masculino exclusivamente. A devoção da oração
1827 — O cónego José Pereira Lopes Lima, “P. L.”, recebe a ordem de diácono em Braga, para onde foi em 29, ministrada na igreja de Cabanelas pelo bispo de Charres. P. L.
1842 — Diz o “Pobres no Porto” escrevem de Guimarães nesta data: -“A semana passada passeava em um monte da freguesia de Gonça, deste concelho, um homem bem vestido e armado de clavina: e passando por aqueles sítios outro sujeito, foi por ele embaraçado e conduzido á borda dum ribeiro, onde se achava deitada uma jovem com uma criança recém-nascida, um cavalo bom e bem arreiado, preso a uma árvore, e um cão de fila preso a uma corrente. O homem pediu ao outro homem o chapéu que este levava, e, tomando nele água do ribeiro, lho entregou e dele exigiu o baptismo da criança” e como aquele homem sobressaltado e ignorante não soubesse verificar o baptismo exigido, o monstro o ensinou; findo o que, pegando da criança a arremessou ao cão de fila que num momento a devorou!!!!!!! Finda a execução, o monstro despediu o homem, que todo susto, não ousou voltar os olhos e ver a direcção que os 2 levaram. O regedor da freguesia remeteu um auto da notícia ao administrador do concelho, que interrogou a testemunha e nada mais fez!
1886 — União ao Porto - A comissão de vigilância de Guimarães, a respeito da questão brácaro-vimaranense, resolve: 1º A comissão de vigilância toma na devida consideração as declarações solenemente feitas pelo Governo nas duas casas do parlamento acerca do modo como pretende resolver o conflito de Guimarães; 2 º A autonomia municipal, como foi proposta pelo presidente do conselho, José Luciano de Castro," não mais procuradores à junta geral, não mais um ceitil para o distrito", com quanto que não seja aquilo que primariamente pedimos, é honrosa à cidade e concelho de Guimarães; 3.º Se depois de promulgada a nova reforma administrativa, a cidade e concelho de Guimarães não julgarem satisfeitos a sua dignidade e os seus interesses, continuaremos pugnando pela solução que satisfaça aquela dignidade e interesse; 4.º A comissão reunir-se-á ordinariamente, como até hoje, às quintas-feiras e extraordinariamente todas as vezes que for necessário, para tratar de todos os assuntos relativos à questão.
1899 — 6ª feira Santa – Na Colegiada não houve sermão do Enterro, por descuido do cónego Bacelar, não o encomendar, o que causou muito escândalo por ser caso que nunca aconteceu.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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