Efemérides vimaranenses: 27 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1608 — Os oficiais dos hospitais (três albergues) do Anjo da rua Sapateira, da rua Travessa, e do Anjo de Santa Margarida, fazem procuração na nota do tabelião Adriano de Sampaio, não declarando fim especial para que.
1659 — Ordem do Visconde, de Ponte de Lima, para as justiças darem todo o auxílio a Manuel Saraiva, tenente de artilharia, encarregado de conduzir para aquela vila a palha e centeio, que ainda não tivesse ido.
1732 — Sentença dada na Relação do Porto, pela qual os mercadores de panos de cor, de Guimarães, podiam vender tafetás, riscados, damascos, passamanes, retroses, botões e mais artigos de sirgaria, contanto que os não fabricassem, e anulando o acórdão da Câmara, de 28 de Janeiro deste ano, que proibida aos mercadores, sirgueiros e alfaiates intrometerem-se nos ofícios uns dos outros.
1808 — No livro dos óbitos da freguesia da Costa, a folhas 62 estão 2 assentos de igual teor, a saber: “A vinte e sete de Março deste ano de mil oitocentos e oito no adro desta Igreja de Santa Marinha da Costa, termo de Guimarães, foi sepultado António Pinheiro casado com Maria Joaquina da freguesia de Santo Estêvão de Vila Chã do lugar do Passo conselho de Giestasso, e falecido no combate de Nossa Senhora da Penha desta mesma freguesia e por verdade fiz este assento que assino hoje Era ut supra O Pároco José Fernandes Velho.”
- Igual termo, apenas com a seguinte alteração: “foi sepultado Manuel Ribeiro solteiro filho de Manuel Ribeiro e de Maria Pinta assistente na freguesia de Agua dela do Marão. Conselho da Honra de Ovelha, e falecido (ut supra tudo).
1823 — Não há procissão da Cana-Verde, por proibição do corregedor. P. L.
1842 — Saiu um Bando para neste dia e nos dois seguintes, em que houve repiques, os habitantes iluminarem suas casas, pelo nascimento dum infante em 16 deste mês, que se lhe pôs o nome de D. João. No dia terceiro, 29, houve Te-Deum na Colegiada cantado pelo Cabido. NB. O PL. Não fala em Bando, só em repiques iluminação e Te Deum.
1846 — “Marchou desta vila para S. Torcato o destacamento de infantaria 8 que aqui se achava em consequência das mulheres daquela freguesia terem apedrejado um empregado da administração que ali tinha ido para fazer cumprir as ordens do Sub-Provedor da Saúde á cerca do enterramento de uma mulher. À chegada do destacamento, as mulheres continuaram a dar pedradas, em consequência do que os soldados chegaram a fazer fogo, sendo ferido um rapaz.” P. L.
1854 — De tarde foi morto Bento de Abreu do lugar da Pena, da freguesia de Infias, por António, filho de Francisco Salgado, criado de servir no lugar da Carreira da dita freguesia, em casa de seu amo e tio Bernardino Mendes, lavrador caseiro; foram ambos presos. Livres o António e o Bernardino por sentença de 5 de Dezembro de 1861 confirmado por acordo de 9 de Maio de 1862.
1857 — Sexta-feira – Chega neste dia, e serve pela 1.ª vez no Domingo 29, escoltado por 2 soldados de cavalaria, o rico e superiormente Palio, que a mesa dos Santos Passos havia mandado fazer no Porto, sobre os cuidados do vimaranense ali residente João Martins da Costa. Antes de vir esteve no Porto exposto à vista dos curiosos e entendedores, dos quais mereceu louvores e até admiração, dizendo: que não era obra para Guimarães!!! Este dito foi só de lorpas; então Guimarães com o seu dinheiro não podia adquirir obras de valor e de bom gosto?.
1874 — Na câmara electiva, o deputado Osório de Vasconcelos disse ter lido, no jornal a “Democracia”, uma correspondência de Guimarães, que o governador civil de Braga, visconde de Margaride, proibira a representação do drama “A Paixão de Cristo”, e perguntou ao ministro do reino, António Rodrigues Sampaio, se tinha conhecimento desta proibição, o qual respondeu “que nada sabia da proibição do teatro, nem alguém se queixou; tinham ocasião de se queixar em se fossem prejudicados nos seus interesses; mas não se queixaram, nem apresentaram requerimento algum a esse respeito. Se o apresentassem ele havia de informasse dos motivos que o governador civil teve, e que podiam ser muito justos, mas de certo não procedeu de leve.” O vimaranense e deputado por Guimarães, João Vasco Ferreira Leão, defendeu no dia seguinte o governador civil das acusações feitas sobre a proibição, a respeito de o deputado Vasconcelos ter dito, que o facto de o governador civil ter proibido a continuação no teatro de Guimarães do dito drama, dava a mostrar os sentimentos pouco liberais e reaccionários e que se deixava dominar por um sacerdote (aludia ao cunhado dele, padre João Rebelo Cardoso de Meneses, que depois foi bispo coadjutor de Lamego.
1883 — Na secção da câmara dos deputados foi lido pela 2ª vez e enviado á comissão de fazenda, ouvida a de administração pública, um projecto de lei assinado por Bernardino Machado, deputado pelo circulo de Lamego, concedendo o convento, cerca e mais pertenças do convento das Dominicas, por morte da ultima religiosa, á Sociedade Martins Sarmento, para estabelecer a sua biblioteca popular e publica e as suas escolas.
1886 — Os artistas vindo de ter uma reunião na casa da sua Associação, á noite, por causa de questão Bracaro-Vimaranense = vinham reunidos e ao chegar á frente da casa da Assembleia Vimaranense, das janelas da mesma disseram-lhes quais os membros da comissão de vigilância que haviam de ir a Lisboa entender-se com o governo, sendo recebido com algum sussurro o nome dos dois comissionados Abade de Tagilde e Dr. Rodrigo de Freitas Araújo Portugal, progressistas, cujo partido era o ministério governamental.
1890 — Foi decretada a construção da avenida que liga a estação de caminho d ferro com a praça de D. Afonso Henriques (Toural), sendo ministro da fazenda o grande amigo de Guimarães, conselheiro João Franco.
1890 — Foi decretada a construção da avenida que liga a estação de caminho de ferro com a praça de D. Afonso Henriques (Toural), sendo Ministro da Fazenda o grande amigo de Guimarães, conselheiro João Franco.
1910 — O surrador António Gonçalves, "O Fanonico", às 8 e meia da noite, travou-se de razões com sua mulher, na sua residência na Rua Caldeiroa, a mulher grita por socorro; acudiu o guarda policial nº 7 em serviço no Toural, não os pode harmonizar; o Gonçalves muniu-se de u ferro de grozar agrediu o guarda fracturando-lhe o crânio e ferindo-o num pulso deixando-o em estado grave; se Fortunato "Lampador" não tira ao agressor o ferro contudente (o que seria?). O guarda recolheu em maca ao hospital e o agressor foi preso e entregue ao poder judicial.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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