30 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1209 — Doação do couto de S. João de Ponte à Colegiada, designando os termos do couto, feita por D. Afonso II. - Livro de Além Douro, fl.23 - Esta é do Abade de Tagilde.
1538 — No ano de 1538 chegou à Real Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira um monge, prelado na Espanha, homem de autoridade e se ofereceu para pregar na dita igreja o 1º de Maio e vendo que toda a gente concorria para a igreja de S. Torcato, por ser sua festa neste dia 1, e estar distante da vila só meia légua, disse então do púlpito para aquela gente, estava enganada em cuidar que S. Torcato estava enterrado nesta terra: ao que os assistentes fizeram grande rumor; acudiu o chantre Mateus Peixoto que estava no coro e chegando ao púlpito disse:"Reverendo padre, nesse lugar não se pregam mentiras, descei-vos daí e não digais mais palavra", e ele desceu mal reputado. - E para que este dito do espanhol não fizesse e causasse espanto de novidade nos povos, vai o Cabido com o povo em procissão, com ladainha ao Mosteiro de S. Torcato a primeira sexta-feira de Setembro em todos os anos, a qual procissão anuncia o chantre do púlpito a dominga antecedente, em que iam abrir o sepulcro de S. Torcato, para mostrar que o pregador espanhol se enganara e nao falara verdade. Abriu-se o sepulcro e o santo esteve todo o dia patente a quem o quis ver. O corpo estava inteiro, com uma vestimenta branca franzida pelo pescoço como de estamenha, tinha uma mitra na cabeça de tabi branco, um báculo de pau ao pé e cruz de pau sobre o peito: depois de estar exposto, e visto por todo o povo, o tornaram a encerrar no sepulcro aonde está e onde tem Deus obrado muitos milagres. - Memórias Ressucitadas da Antiga Guimarães, pelo padre Torcato Peixoto de Andrade, cap. 100.
1794 — Provisão concedendo aos moradores pobres de Lordelo o uso dos baldios da freguesia. Foi registrada na Câmara em 1851.
1862 — Nesta cidade havia tranquilidade, corriam boatos; nas freguesias rurais e concelhos próximos existia ainda agitação; no tribunal judicial procedia-se a autos de investigação; chegou o administrador de Cabeceiras por ordem do Governador Civil para sindicar; a maior parte dos pesos novos foram lançados a um poço no Eirado; em casa do escrivão queimaram muitos jornais e alguns processos do tempo que ele foi escrivão da fazenda; ainda não sabia dos documentos que faltavam na fazenda e administração.
1862 — Chegam 146 praças do 9 de Lamego. A maior parte partiu no dia 8 com a força de caçadores 9 que aqui estava para Vila Nova de Famalicão ficando só aqui 40 praças.
1864 — Os accionistas do teatro de D. Afonso Henriques reúnem-se em assembleia geral para revisão e aprovação do projecto de novo estatuto.
1876 — Começaram os trabalhos de construção do estabelecimento dos Banhos de Vizela.
1880 — Em sessão da direcção da Associação Comercial foi lido um ofício do director geral dos correios e faróis do reino, de 27 de Abril, acusando o desta associação, de 20 do referido mês, e informando que ordenou ao administrador central do correio do Porto que mande abrir praça, para condução em carro das malas, entre esta cidade e Vila Nova de Famalicão, a ligar com o primeiro comboio ascendente e com o segundo descendente, aguardando o resultado da praça para em vista dele poder resolver o assunto em questão.
1880 — Principiou a ser iluminada Vizela, até à 1 hora da noite de cada dia.
1884 — É aberto à exploração o apeadeiro de Lordelo, no caminho-de-ferro de Guimarães.
1885 — O mercado da lenha, que era no Largo de S. Sebastião, por determinação da Câmara de 22-IV, principia a fazer-se no Campo da Feira.
1895 — Principiou a funcionar a Fábrica de Fundição e Serralharia a vapor na Avenida da Indústria, fundada por Vicente Pinheiro.
1909 — Ao meio-dia houve um pequeno incêndio na sacristia da Confraria do S. Sacramento da Colegiada, devido a um morrão caído no caixão dos pingos da cera; compareceram alguns bombeiros que depressa o apagaram sem auxílio do material.
1932 — Festa do Trabalho em Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Abril
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1345 — D. Teresa, mulher de D. Afonso Sanches e Afonso seu filho, em Lisboa, fazem doação do padroado de S. Pedro de Polvoreira às religiosas de Santa Clara de Vila do Conde. Teve o benepácito de El-rei D. Dinis.
1650 — Carta de El-rei a Gaspar Nunes de Carvalho, governador das armas da comarca, enviando-lhe o regimento feito em o dia 1 deste mês e ano para conseguir as ordens (companhias) de soldados pagos e auxiliares de cavalaria. Três cartas de El-rei com esta data, para o juiz de fora, provedor e corregedor, para que dêem ajuda ao governador das armas, em tudo, inclusivamente na execução do regimento.
1671 — Às 8 horas da manhã, faleceu o Doutor Simão Vaz Barbosa, cónego prebendado na Real Colegiada, grande jurisconsulto, filho do Doutor Manuel Barbosa e de D. Isabel Vaz da Costa e irmão do Doutor Bispo D. Agostinho Barbosa, pai e irmão jurisconsultos ilustres; tinha renunciado por coadjutoria em António Pereira de Vasconcelos, da cidade do Porto.
1759 — Os cónegos, e mais dignidades capitulares da Colegiada, estando em Cabido a fim de darem despacho a um requerimento de Jerónimo Jorge, da freguesia de Balazar, que depois de correr o escrutínio, lhe foi deferido, e, como se achasse presente o reverendo cónego Miguel de Macedo Portugal, também vogal do Cabido, e a este não parecesse regular tal decisão, rompeu com algumas palavras indecentes, chegando o seu furor a lançar mão de uma tesoura grande que estava sobre a mesa e pretendendo lançar-se com ela sobre o cónego José António Rebelo, por este o querer persuadir da pouca razão que tinha no que se estava tratando. O presidente mandou-o sair da sala capitular e, por proposta sua, foi deliberado, à face do estatuto, que o agressor fosse condenado em 12$000 réis e na privação de voz activa e passiva nas sessões e mais negócios do Cabido por tempo de um ano, irremissivelmente. Este cónego fez muitas.
1828 — Convocada na Casa da Câmara a nobreza, clero e povo assinaram o auto da aclamação do Sr. D. Miguel como rei absoluto do reino (como já havia sido aclamado no Porto) ficando nula a abdicação feita por D. Pedro a favor de sua filha D. Maria da Glória, princesa do Pará. À tarde sai um bando da Câmara que manda se ponham luminárias por três noites e enquanto andou fora houve repiques e muito fogo do ar, estando endamascadas as janelas das casas das ruas por onde passava. Luminárias, repiques e fogo do ar nesta noite e nas duas seguintes. PL.
1832 — É preso o assassino de uma rapariga que no dia 26 deste mês apareceu morta em Prazins, o qual sendo carregado de ferros para confessar o crime, declara tê-lo feito só para tirar um cordão de ouro que ela trazia. Era jornaleiro que trabalhava na Senhora do Porto em uma casa em que a rapariga tinha estado a servir. PL. O assassino chamava-se Domingos José Alves, de 47 anos, casado, jornaleiro, da freguesia de Arosa; foi para a cadeia da Relação do Porto em 30 de Junho deste ano.
1834 — A Câmara nomeou contraste da prata José António Cardoso, em atenção a já ter servido este emprego e o anterior ter abandonado. Prestou juramento a 5 de Maio e registou a sua marca.
1836 — No mercado deste dia o provedor levou uma lapada; o mercado esteve barulhento."O Artilheiro" diz que o "Nacional" dá que foram desacatadas as autoridades, mas que só foi aquela. O PL. nada refere desta notícia, até pelo contrário; vid. a sua efeméride.
1836 — Chegou a esta vila, logo pela manhã, um destacamento do regimento nº 9, o qual vinha de Braga para manter o sossego na feira do pão (era sábado). A polícia da vila também pegou em armas. Estas providências dadas pelo governador militar e administrador do concelho, juntas á de escrever cartas com antecipação dos senhores de celeiros para que mandassem algum do seu pão à feira e o vendessem por um preço mais baixo do que correu na feira anterior (920 e 960) evitou certamente que neste dia houvesse uma grande desordem, pois subindo ele como se esperava, ou vendendo-se pelo mesmo preço, o povo cometeria os maiores excessos, o que não aconteceu contra a expectação de todos.O maior preço por que se vendeu o pão nesta feira foi por 8000 réis. PL.
1879 — Soleníssimo Te Deum na Colegiada, mandado celebrar pela Câmara Mnicipal, às 5 horas da tarde, em acção de graças pelo restabelecimento da saúde da rainha D. Maria Pia, há pouco em perigo de vida. Assistiu ao acto a Câmara, Cabido, autoridades administrativas e judiciais, o batalhão de caçadores 7, titulares presidentes das Ordens Terceiras, associações, comandantes de bombeiros municipais e voluntários, direcção da companhia dos Banhos de Vizela, Monte Pio Comercial e numerosos convidados de todas as classes. A orquestra fiouum desastre, principalmente na execução do Tantum Ergo e Genitori de Rossini.
1883 — Ladaínhas, 1º dia. - Foi hoje que os camaristas de Guimarães usaram em actos públicos da sua nova farda que consiste em casaca e calça preta e uma banda de seda azul e branca do ombro direito para o lado esquerdo, tendo a mesma banda capa, volta e calção, etc. NB: os camaristas de Guimarães apresentaram-se com banda por baixo da casaca e assim têm continuado sempre.
1914 — Morreu o Manuel Grenha, surrador, levou música dos Guizes, o padre de S. Miguel de Creixomil (era o reitor António Joaquim Ramalho) não o acompanhou (para o cemitério?). Em desforra disso, os operários da Rua de Couros na vinda do cemitério foram-lhe quebrar alguns vidros da casa onde morava. (Este facto deve ser a 1 ou 2-V) - Notícia do José da Viela.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Abril
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1181 — É dado um Couto à igreja de Guimarães, em que assina Petrus prior Vimaranis.
1603 — Compra do Campo do Carvalho, feita na nota dos tabeliães Gaspar de Matos e António Dias, por Francisco Dias da Maia, testamenteiro do padre Braz de Leiva Prego, a Gonçalo Pires e mulher, Mécia Rocha (?), do casal de Tarrio, em Castelões, por preço de 30$000 reis, para a capela do dito padre, que no Convento de Santa Clara havia de ser feita.
1605 — Carta régia comunicando o nascimento de um príncipe e ordenando as manifestações de regozijo e carta do secretário do governo, João da Costa, em 28 de Maio de 1605, sobre as mesmas festas, em resposta à da consulta da Câmara, e nota que o mesmo mandou sobre as despesas que eram autorizadas para estas festas.
1672 — Faleceu, no mosteiro beneditino de Santo Tirso, frei Dâmaso da Silva, D. Abade Geral da Ordem. Era natural de Guimarães, tendo no século aquele nome e na religião o de frei Dâmaso de S. Miguel. Tinha recebido o hábito no mesmo mosteiro, e, em atenção à sua provada capacidade fora eleito provincial da província de S. Bento no Brasil. Regressando ao reino, recolhera no Mosteiro de Rendufe, donde passou para o de Travanca a exercer o cargo de procurador do Tombo, e neste cargo foi eleito D. Abade. Em 1656 foi nomeado procurador-geral na corte de Lisboa. Em 1659 D. Abade do mosteiro de S. Bento da Vitória, do Porto, em 1662 visitador-mor da Ordem. Nomeado D. Abade do Mosteiro de Santo Tirso em 1665, ampliou notavelmente as obras do mesmo mosteiro, onde hospedou muito galhardamente os Conde de Alvor, o Conde da Torre e o Marquês de Távora, que em Lisboa o apresentou a El-rei D. Pedro II, quando ali chegou como geral da sua Ordem, depois de eleito em 1668 como o 35º na série prelatícia. Concluído que fora, com sumo aplauso, o seu governo monacal, como D. Abade da Ordem, recolheu-se ao seu mosteiro predilecto e aí faleceu no dia a que nos estamos referindo. - Abade de Tagilde. - Vide Guimarães, 1.º vol, fl. 197. Rectificação : chamava-se no século Miguel da Silva e na religião frei Dâmaso da Silva, ou frei Dâmaso de S. Miguel.
1681 — Provisão régia mandando que os marchantes vendam semanalmente 2 lombos de boi, 1 à terça-feira e 1 ao sábado, aos frades da Costa, pelo seu dinheiro, dirigida ao corregedor para a mandar notificar aos cortadores. Foi requerimento do prior queixando-se dos almotacés que impediam os marchantes de venderem os ditos lombos, sendo a passar de 60 as pessoas do convento.
1705 — O D. Prior de Guimarães, D. Pedro de Sousa, escreve ao Arcebispo, D. Rodigo de Moura Teles, dizendo lhe mandava o seu vigário geral para indivualmente lhe relatar o procedimento da Câmara e do Cabido sobre o recebimento dele Arcebispo nesta vila, o qual seria como o dos antecessores "não obstante os seus rogos e insinuações para que se vote a barra mais adiante, porém, estes homens pegam-se à posse, e neste particular são inflexíveis". Também lhe dá conta que os D. Priores antecessores não havia exemplo que assistissem na vila, quando a ela vinham arcebispos," mas ele, que se prezava mais de ser Seu capelão que do lugar que ocupava, faria o que Ele mandasse." - Este D. Prior era todo abraguesado, cagarola e engraxador.
1750 — Povisão régia ao corregdor de Guimarães, para que puxe pela gente de todos os lugares circunvizinhos, na forma da lei, fazendo pôr os caminhos em estado dos povos poderem servir-se deles, sem que por ora se fizessem calçadas, se por outras ordens não tivessem sido mandadas fazer, e do cumprimento desta daria conta a El-rei pela mesa do Desembargo do Paço.
1812 — Provisão conservando indiviso a favor dos moradores de S. Romão e Santa Cristina de Arões, ramo de Caíde e de Mesão Frio, o monte de Santo Antoninho.
1877 — O Arcebispo de Braga, D. João Crisóstomo de Amorim Pessoa, "O Cantanhede", celebrou missa de pontifical, com grande solenidade, na nossa Real Colegiada, e no fim Te Deum Laudamus com exposição do Santíssimo no trono, por cuja causa fora mudada a imagem de Nossa Senhora da Oliveira, para a capela de Vila Pouca, onde findos os actos, o Arcebispo foi render-lhe homenagem e ofertar-lhe a cruz peitoral que trazia, depondo-a no altar, dizendo, era de ouro da Índia, que a trouxera de Goa, onde fora arcebispo e que era a melhor que tinha. A missa e Te Deum foram a orquestra, os 4 acólitos, o presbítero assistente e o ministro do báculo foram os nossos cónegos.
1883 — Esteve em exposição na igreja das Capuchinhas um rico vestido, chegado de Lisboa, oferta da rainha D. Maria Pia, a pedido de alguém desta cidade, a Nossa Senhora Madre de Deus. As freiras à chegada do vestido cantaram um Te Deum em acção de graças. É o vestido de cetim de Leão, azul claro, tecido em ramagens de ouro e matiz e ornado de largas rendas, igualmente de ouro. Era já usado pela rainha. Isto é ser exposto sobre o altar da Virgem, deu lugar a grande e vergonhosa polémica na imprensa.
1906 — Foi eleito deputado por Ponta Delgada, 2.ª vez, o nosso patrício dr. José Coelho da Mota Prego.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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27 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Abril
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1472 — Sentença dada em Lisboa, a favor da jurisdição do Couto de Vermil, contra a Câmara de Guimarães, sobre a dita jurisdição.
1580 — Cerca do ano de 1580, neste dia, segundo diz o Agiológio Lusitano, em Belém, morte do padre frei Jorge de Belém, religioso assinalado em letras e virtudes, a quem (pelo zelo da pobreza evangélica e prudência singular com que se havia agregando tanta religião e humildade ao monástico governo) fizeram prelado na Ordem muitas vezes. E sendo Mestre dos Infantes D. Duarte, filho de El-rei D. João III e D. António, filho do infante D. Luís, no mosteiro da Costa junto a Guimarães, ensinando a um filosofia e a outro teologia, nunca puderam acabar com ele aceitasse algum bispado, dos muitos que vagaram em seu temp ...
1640 — Em vereação: ficou obrigado Gonçalo Ribeiro, sirgueiro, desta vila, a dar a folia na festa do Corpo de Deus e Rei David, para este ano presente, e ficou notificado, bem como foi eleito imperador do império de Maria Garcia, Domingos Coelho, hortelão do Campo da Feira.
1652 — Obrigação das freiras de Santa Clara, feita numa nota existente no cartóro do 2º ofício judicial, quase toda só trata do seu convento e dos da Costa e S. Domingos, as quais tendo para tapar ou meter na clausura o campo de Massoulas para onde vinha a água da presa da Azenha e da Fonte de S. Romão, aos domingos, desde 25 de Março até 15 de Agosto, para o quintal de Simão Dias Pimenta, da Rua de Santa Maria, a nunca lhe puderem tapar o caminho que agora deixaram aberto no dito campo, que ia entre o seu muro e os quintais da Rua de Santa Maria sair à Rua do Sabugal, e pôr-lhe livre a água, tanto que entrasse pelo bueiro do muro delas, fora da dita clausura, até por fora do dito bueiro que trariam sempre limpo e ele Simão Dias Pimenta largou-lhe duas horas da sua sorte, do meio dias às duas, e elas também lhe deram a ele outras horas de água, da sua sorte que era à quinta-feira de cada semana, as quais seriam das 7 às 9 da manhã e se ele a não quisesse nesse dia lha dariam ao domingo de manhã.
1658 — A Câmara e gente da governança fazem termo de darem a El-rei 4 mil cruzados para ajuda da guerra, conforme já tinham reunido em 15 de Janeiro para concordar sobre a forma do lançamento de 8 mil cruzados por todas as câmaras da comarca e porque quem trouxe a carta de El-rei foi o Conde de Miranda, governador das justiças da casa do Porto " armas, atendendo ao modo como fez este pedido mostrando a necessidade dele, deliberam dar-lhe mais 500 cruzados, ou sejam 4$500 cruzados, com a condição de não se lançarem à vila e comarca cavalos.
1673 — Alvará de D. Pedro, sendo príncipe regente, no qual, em vista de lhe ter sido requerido pelo Cabido a necessidade de construir de novo a capela-mor da igreja Colegiada e, depois de ter pedido informação ao provedor da comarca e por este informar favoravelmente, ter mandado o arquitecto Miguel Liscoli a fim de avaliar a dita obra, cuja avaliação foi de cinco mil cruzados, manda ao referido provedor que a obra seja posta em arrematação pela acima mencionada, sendo todos os trabalhos executados debaixo da direcção do referido arquitecto, que faria o risco e rascunhos; que metade da dita quantia ele, D. Pedro, o mandava aplicar do real de água da comarca e que a outra metade, ele provedor, fizesse diligência para que o Cabido e os moradores da vila concorressem com ela por meio de esmolas.
1899 — Sexta-feira.- Em direcção a S. Torcato, para cumprimento de promessa, passou nesta cidade às 11 horas da manhã um carro conduzindo várias pessoas que vinham de Felgueiras e no meio do carro traziam um caixão funerário e dentro dele uma moça de 20 anos, vestida de cetim branco e véu da mesma cor.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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26 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Abril
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1233 — Faleceu em Santarém o dominicano D. Frei Soeiro Gomes, do qual se lê no "Agiologio Lusitano" entre outras, o seguinte: "passou a Entre Douro e Minho e no hospital de Guimarães residiu algum tempo com grande proveito das almas, onde constituiu pastor daquele limitado rebanho a S. Lourenço Mendes e encomendando-lhe muito cuidado dele se tornou a Montejunto”...
1364 — Carta de El-rei D. Pedro I, dada em Santarém, em que, a pedido de Gonçalo Teles, prior da sua igreja de Santa Maria de Guimarães, manda a João Pires, seu corregedor de Entre Douro e Minho e a todas as justiças de seus reinos, defendam e façam guardar toda a jurisdição espiritual do Prior de Guimarães, conforme a composição outorgada e confirmada por privilégio do Papa para sempre, que havia entre a igreja de Braga e a de Guimarães.
1608 — Havia palheiros atrás do muro da Torre Velha.
1679 — O Cabido escreve a El-rei dando-lhe conta da despesa e andamento da obra da nova capela-mor da Colegiada e pede-lhe o rendimento do real de água, por 2 anos, para conclusão da mesma.
1681 — A mesa da Confraria do S. S. Sacramento da Colegiada, estando em sessão, entrega ao tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora da Oliveira, 80$000 réis para ajuda do azulejo da igreja.
1717 — O Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, faz visitação à igreja de Aldão e proíbe que o vigário Francisco da Costa de Mesquita fosse, como mendigo, comer o caldo à portaria das freiras de Santa Clara e isto sob pena de suspensão, e foi efectivamente suspenso pelo mesmo na visita de 27 de Julho de 1719 e nomeado encomendado José Soares de Almeida, que esteve pouco tempo, sendo logo a igreja provida.
1758 — Provisão concedendo a António Gomes de Carvalho, administrador dos tabacos da comarca de Guimarães, licença para tapar 5 ameias dos muros para não ser devassada a sua casa à Torre Velha, da parte de fora, mas encostada aos muros, de cujo encosto pagava 200 reis de foro à Câmara, ficando obrigado a abrir as ditas ameias quando houvesse guerra ou fosse necessário. Embargada a provisão na chancelaria pelo padre Domingos Dantas e Távora e por Caetano Peixoto, ambos desta vila, possuidores de duas moradas de casas encostadas ao muro na Rua Nova, que tinham uso e logradouro do muro, foi mantida a provisão por sentença de 9 de Maio de 1758.
1844 — De tarde pegou em armas toda a polícia da vila por se dizer que vinham os de Fafe contra as autoridades constitucionais, isto é a favor dos revoltosos, que se achavam em Almeida. Toda a tarde e de noite tomaram medidas as autoridades constituídas e o sossego não foi alterado, e somente se deram alguns tiros pela polícia para as partes de S. Roque e Costa, estando na Penha e imediações alguns guerrilhas de Fafe e das partes de Amarante. No dia seguinte retiraram para Pombeiro. O recebedor fechou a sacretaria e alapou. Pl.
1865 — Visitam esta cidade o governador civil do distrito, José Joaquim Vieira (Paçô) e o deputado por esta cidade, círculo 19, José Maria Rodrigues de Carvalho, sendo esperados em Brito pela música de Guimarães e acompanhados até casa do administrador do concelho, Luís Augusto Vieira, irmão daquele, havendo à sua chegada arcos triunfais, damascos pelas janelas., música e fogo, tornando à noite a haver música e fogo. O deputado supra foi eleito no dia 23, era juiz de direito na Póvoa de Lanhoso.
1888 — O nosso representante, João Franco Castelo Branco, apresentou na Câmara dos Deputados um representação da Associação Comercial de Guimarães, pedindo a aprovação do projecto de lei que convertia a Colegiada em instituto de ensino e perguntou se se mandavam fazer obras na escola industrial desta cidade. Também quis ouvir o Ministro das Obras Públicas sobre o caminho-de-ferro de Chaves. O Ministro disse que mandaria fazer as obras na escola e, quanto ao caminho-de-ferro, disse que apresentaria uma proposta, na próxima semana, fazendo questão da sua aprovação; o dito deputado pediu, no fim da sessão, que estas declarações sobre o caminho-de-ferro ficassem registadas na acta.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Abril
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1580 — Carta dos Governadores do Reino ao juiz de fora e Câmara, escrita em Almeirim, mandando eleger 2 procuradores às cortes que deviam reunir-se no fim de Maio em Santarém.
1774 — Alvará régio, a requerimento do bacharel Gregório Soares Baptista, extinguindo a capela de missa aos domingos e dias santos, de Gregório Pereira Castro, em Silvares.
1792 — Provisão nomeando professor de primeiras letras substituto Boaventura Ribeiro do Lago, para a escola de S. Martinho de Sande, vaga pela desistência que dela fez José Ribeiro do Lago.
1825 — Morre frei Teotónio da Ascensão, capucho, homem de extraordinária grandeza, e é sepultado no seu convento. PL.
1828 — Sai do terreiro de Santa Clara um bem adereçado carro com a efígie do sereníssimo infante D. Miguel acompanhado por imensa gente de todas as classes, dando vivas ao sr. D. Miguel, rei de Portugal, à senhora Imperatriz rainha, à Santa Religião e ao sr. D. Pedro como imperador do Brasil; correndo todas as praças e as principais ruas recolhe-se na Casa da Câmara, sendo esta função feita com toda a dignidade, não havendo desordem alguma, nem ataque de maior, feito aos constitucionais, tendo a maior parte deles retirado para fora da vila. PL.
1837 — Morreu nesta vila Jerónimo das Almas, morador na Rua de Couros e natural desta vila. Tinha estado na ilha da Madeira na companhia de um seu filho, negociante muito rico daquela ilha, por quem era muito bem tratado, mas, não obstante isso, quis voltar para a sua pátria, aonde dizia querer ser enterrado na capela dos Terceiros Dominicos, como 3º que era, o que se verificou no dia de amanhã 27. Morreu de oitenta e tantos anos e tinha vindo há dois anos da ilha, sendo socorrido com dinheiro por o dito filho. PL
1838 — Em S. Martinho de Sande, o enterro de Custódio Ferreira que havia de ser no adro da igreja, por ser o cemitério destinado pela junta de paróquia, foi estorvado tumultuosamente por muitas mulheres da mesma freguesia, enterrando-se na igreja. Repetiram igualmente o acto no dia 28 deste mês com o enterro de um filho de José Ferreira Barbosa.
1862 — Reuniram, em casa do Visconde de Santa Luzia, os accionistas da Companhia da Fundição de Vizela, para darem princípio à sua organização.
1864 — De manhã, nas obras do hospital de S. Francisco, caiu de uma prancha ao fosso, que se achava aberto para se lançarem os alicerces, um rapaz que ali trabalhava, recebendo algumas contusões na cara.
1871 — Foram assinados os estatutos do Monte Pio que ia fundar-se.
1876 — A Câmara Municipal delibera que se intimasse o bibliotecário José Ferreira Mendes de Abreu ("o José Fato" ou "o Fatinho", por ser da Casa de Fato) a entregar os livros à Associação Clerical Vimaranense, para esta os transferir para a casa onde funcionava e fazer aí a biblioteca, conforme pedira à Câmara, a qual lhe deferiu em 26 de Janeiro de 1876 se houvesse autorização de Braga.
1882 — Foram reduzidos a escritura, na nota do tabelião Augusto Corado de Campos, da cidade do Porto, os novos estatutos da Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, aprovados em assembleia geral da mesma em 14 de Janeiro deste ano.
1888 — Quinta-feira. - À noite estiveram em exposição na Escola Industrial Francisco de Holanda, os trabalhos dos alunos da aula de desenho que iam figurar na Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, a que concorreram numerosíssimas pessoas que ficaram bem impressionadas com todos os trabalhos que tiveram ocasião de admirar.
1893 — Por proposta do vereador José Miguel da Costa Guimarães, foi resolvido pela Câmara que se mande, não só proceder à conclusão da planta da cidade, incluindo-se na já existente as alterações que sobreviveram, mas também ao levantamento das plantas das povoações de Vizela, S. Torcato e Campelos, para ser organizado um plano metódico dos melhoramentos a realizar; e também foi aprovada a proposta do presidente, dr. António Coelho da Mota Prego, criando um prémio anual de 30$000 reis para ser dado ao estudante mais distinto que nesta cidade fizer exame de admissão aos liceus.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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24 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1456 — No capítulo geral da Ordem Franciscana, em Alenquer, foi por universal aclamação eleito vigário da Província de Portugal, frei Gil de Guimarães, o 5º que teve tal cargo.
1605 — A Câmara, tendo na tarde de ontem recebido uma carta datada de 15, em que o bispo D. Pedro de Castilho, vice-rei, lhe participa o nascimento em 8 deste mês de um príncipe, assenta, presentes o corregedor e o juiz de fora, que a 3 de Maio se faça procissão, saindo de Nossa Senhorada Oliveira, com os frades de S. Domingos e S. Francisco, vá pelos mosteiros com festas e danças como no dia de Corpus Christi e com as mais invenções que se podem ordenar, e à tarde no dito dia que haja canas no Toural, onde irão os oficiais da Câmara com o guião dela, que levará o vereador mais velho, e no dia 4 à tarde haverá touros, e no dia 2, segunda-feira, haverá tochas à noite com tambores e charamelas com luminárias pelas janelas e ruas, e foguetes em rodas de fogo.
1648 — É sagrado pelo Cardeal de La Cueva, na igreja de Nossa Senhora do Pópulo, em Roma, bispo de Unghento, o dr. Agostinho Barbosa, natural de Aldão, Guimarães, e tesoureiro-mor da Real Colegiada.
1717 — Os fregueses de S. Miguel de Gonça, por escritura na nota de António da Silva, contratam com o mestre pedreiro Custódio Fernandes, do lugar da Pedreira, da freguesia do Salvador de Donim, a este fazer-lhes de novo o corpo da sua igreja, mais abaixo do sítio em que estava, dando-lhe 190$000 réis, além da pedra da dita igreja velha e a do monte que precisasse quebrar para esta obra.
1829 — Parada no Campo da Feira pelo batalhão dos voluntários realistas desta vila e um destacamento de milícias da mesma, por serem os anos de D. Carlota Joaquna. À noite houve iluminação geral. PL.
1836 — Morreu nesta vila Manuel Luís Pinheiro Nogueira de Gouveia , mestre que foi ( com poucos créditos) de Filosofia, Gramática Latina, Música e Cantochão, e ultimamente inquiridor de testemunhas. Fez testamento e deixou a uma das suas filhas o Segredo da Abelha, a outra uns bens sobre que ele tinha trazido demanda e tinha decaído, e a outra o terço das indemnizações que havia de receber por ter estado culpado no tempo de D. Miguel. Foi depositado no dia seguinte na capela dos Terceiros Dominicos. Viveu e morreu em uma extrema pobreza. PL.
1847 — De madrugada tentaram fazer um roubo para as partes de Fafe, freguesia da Costa, havendo muito fogo que o Povo deu para fazer fugir os ladrões, vindo a esta vila para levar força mas indo o comandante do casco do batalhão desta vila (capitão Tranca), que aqui se achava, aos quartéis para mandar gente para perseguir os ladrões, não acharam nenhum dos voluntários, e nem as armas, inferindo-se daqui que tinham sido os voluntários que tinham ido fazer a tentativa do roubo. Muitos outros roubos se tinham feito nos dias anteriores em diferentes aldeias. PL.
1882 — Houve no teatro de D. Afonso Henriques um concerto de guitarras em que se tornou admirável o 1º guitarrista, João Maria dos Anjos. Este insigne artista também executou no palha-fone magníficos trechos de música. Era acompanhado por mais duas guitarras e um viola.
1882 — Principiaram os operários a cortar pedra no alto de Santa Catarina para o nivelamento e muros de suporte para o terrapleno do monumento a Pi0 IX. Neste dia, por causa do mau tempo nada adiantaram; voltaram de novo no dia 27, trabalhando 4 homens com duas brocas. Continuou a chuva no dia 28. Mais tarde continuaram os trabalhos até o dia 17 de Junho, véspera da colocação da 1ª pedra.
1886 — Domingo. - Houve em casa de José Martins de Queirós Minotes, 1º comandante da companhia de bombeiros voluntários, reunião da mesma companhia a fim de lhe ser entregue uma bandeira de seda branca, tendo no centro as iniciais C. B. V. G. e o emblema da companhia, que foi bordado por D. Augusta Salgado. Depois de discursos foi a bandeira conduzida para a estação da companhia acompanhada por uma banda de música.
1904 — Tendo os doutores Silva Leal, juiz de direito e Mendonça de Sezedelo, advogado, e o escrivão João Joaquim de Oliveira com o seu oficial, ido à freguesia de Serzedelo para procederem a vistoria a uma mina, um rapaz de 17 anos, que abria uma rota para o exame, foi apanhado por uma porção de terra que caiu, ficando soterrado; faleceu logo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1324 — Os juízes de Guimarães, Domingos Longo e Martim Romeu, a quem fora apresentada, pelo chantre e Cabido, uma carta de El-rei para fazerem inquirições de a quem pertencia o Couto de Moreira de Riba Vizela (Moreira de Cónegos), a qual tinham mandado fazer pelo tabelião Giral Esteves e Martim S. Paio, que estava em lugar do alcaide, na qual juraram 9 testemunhas, entre as quais Martim Pais, juiz do couto de Negrelos e Domingos Domingues, abade de Santo Isidro, que os ditos juízes mandaram ao alcaide conservasse na posse do dito couto ao chantre e Cabido, não deixasse que sobre ele os molestassem os vigários de Braga, nem Lourenço Mourão.
1425 — Sentença do Arcebispo D. Fernando da Guerra, dada em Braga, decidindo que a igreja de S. Cosmade de Lobeira, ficasse anexa in perpetuum ao Mosteiro de S. Torcato, conforme o julgamento que em tempo fez o vigário do arcebispado D. Guilherme, confirmado pelo Arcebispo D. Lourenço, mas tendo efeito só pela vacatura que se desse depois desta sentença porque ele arcebispo tinha confirmado e instituído canonicamente João Anes Alvernaz, abade desta igreja, por óbito do último abade Gil Esteves, apresentado pelo prior e convento de S. Torcato
1619 — Em cumprimento da ordem régia é feita eleição de 2 procuração às cortes que hão-de celebrar-se em Tomar no dia 20 de Maio; foram os mais votados Francisco Peixoto de Carvalho, com 240 votos, e Miguel de Valadares, com 227.
1668 — Carta régia, do príncipe regente, participando à Câmara que para satisfazer ao seu pedido de 29 de Março último, ordenava a Fernão de Sousa Coutinho, general de artilharia desta província, guardasse "inviolavelmente o privilégio aos privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira, dando em quebra a palha aos mais moradores, como sempre se fez."
1768 — O mestre armador e vestimenteiro da cidade de Lisboa, Pedro Alexandrino Nunes, pagou a António Gomes 72$000 réis de feitio de bordar com ouro e matizar de roxo o pano branco de lhama de prata que cobria a almofada na adoração da cruz e o túmulo até à Ressurreição, na Colegiada, e mais 9$6000 réis de feitio de matizar de roxo e ouro o pano de lustrina de ouro duma face da dita almofada.
1829 — Bando por ordem da Câmara para pôr luminárias no dia seguinte que eram os anos da imperatriz-rainha a Sra. D. Carlota Joaquina. PL
1829 — Às 6 horas da manhã, muda o príncipe de Hesse a sua residência, como hóspede, do Convento de S. Francisco para o de S. Domingos, por motivos que a história cala. Veio só e disfarçado e sem se despedir dos frades franciscanos. PL Estava em S. Francisco desde 24-X-1828. J.L.F.
1850 — Na sessão da Relação do Porto foi confirmada a sentença de 5 anos de degredo para Cabo Verde, dada na 1ª instância ao réu Manuel Vieira, o Gunilha, de Guimarães, convencido de ter na noite de 9 para 10 de Setembro de 1843 com mais dois réus, ainda soltos, entrado à força em casa de José Lopes de Azevedo, prender-lhe a criada, tapando-lhe a boca e atando-lhe as mãos, e roubando objectos no valor de 150 mil réis, alguns dos quais lhe foram encontrados.
1864 — Reuniu o Maneta, da Rua de Couros, alguma gente armada, tanto da Rua de Couros, e andou a aboletar militarmante pela Praça do Toural, e depois de extorquir algum dinheiro a título de aboletamento, saiu à frente desta gente com duas pistolas à cinta e sobretudo e chapéu à espanhola e se dirigiu para as partes de Braga, indo uma corneta a tocar na frente. A maior parte destas guerrilhas eram ladrões. Ao meio-dia principiou a tocar a rebate na Senhora da Conceição e entrou a haver um grande reboliço na vila; eis que torna a entrar o Maneta com sua gente, como em ar de retirada e logo que chegou ao Toural mandou tocar os sinos a rebate, porém não tocaram em consequência do Valentim aparecer e dizer que se não deviam mandar tocar. Pouco logo depois entrou o José Salgado, de Pardelhas, montado a cavalo com uns 40 guerrilhas armados e uma bandeira, vindos das Caldas, depois se dirigiram à Porta do Valentim e aí o aclamaram administrador do concelho, vindo depois para a Praça do Toural, mandando uma guarda para a cadeia, e sendo depois aboletados militarmente, vindo alguns deles a ser aboletados neste dia duas vezes nesta vila. Depois reuniram-se nesta vila muitos guerrilhas sendo quase todos ladrões. O Valentim andou na tarde deste dia a aboletar os guerrilhas como autoridade e dando ordens e recebendo participações. PL
1890 — A Irmandade de Santo António, tendo feito obras na igreja de Santa Rosa de Lima, em que gastou quantia superior a um conto de réis, abre a mesma igreja ao culto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 23 de Abril
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1602 — Alvará de El-rei D. Filipe, em Valhadolid, que havendo respeito aos muitos e grandes merecimentos e serviços do Duque de Bragança e de Barcelos, D. Teodósio, seu primo, feitos a El-rei D. Sebastião, com o qual se achou na batalha de Alcácer e aos que fez a El-rei seu pai nos socorros de Lisboa com muita despesa de sua fazenda e outras coisas: faz-lhe mercê que se lhe quiser por justiça o direito que pretende ter na vila de Guimarães e na alcaidaria-mor e rendas dela, e no reguengo que os Duques de Bragança tiveram com o título de Duques da dita vila, possa para isso citar o meu procurador da coroa e estar com ele a direito sobre as ditas causas.
1639 — O dr. Bento da Costa vai ao Convento de S. Domingos e, perante o padre prior, frei Manuel de Castelo Branco, faz termo de apelação contra o Cabido que não lhe quisera dar posse da conesia magistral em que fora provido por concurso que o procurador do D. Prior fez haver no claustro de S. Francisco quando o Cabido já tinha provido outro também por concurso.
1658 — Foi presente à Câmara uma carta de S. M. solicitando donativo para as despesas da guerra por haver falta de gente na fronteira.
1675 — O dr. João Carneiro de Morais e mulher fizeram escritura de desistência de todo o direito, causas, sentenças e execuções delas e custas, como herdeiros de seu pai e sogro, Sebastião Fernandes de Araújo, contra a Misericórdia, sobre na igreja dela haver de fazer uma capela com tribuna para a parte das suas casas da Rua Sapateira, para o que havia dado 80$000 réis o dito Sebastião, obrigando-se ora a Santa Casa a fazer-lhe uma capela na sua igreja em correspondência da que nela tinha feito Francisco Jorge Mendes, a qual seria pela traça dela, podendo eles à sua custa pôr as armas abaixo da cruz, os quais davam a fábrica e a pedra que tinham aparelhada e por aparelhar para aquela, na sua casa, ficando com sepultura mas sem fresta alguma.
1829 — O general D. Álvaro da Costa de Sousa de Macedo, do seu quartel general em Viana, oficia ao coronel de milícias de Guimarães, António Cardoso de Meneses Ataíde Sousa e Vasconcelos, que se ao receber este ainda não tivesse feito mudar do Convento de S. Domingos para o quartel militar o destacamento do regimento do seu comando, verificasse imediatamente a mudança, ficando o dito convento de todo livre de tropa.
1835 — Chega uma portaria da rainha que concedia aos fregueses de S. Sebastião (por assim terem representado alguns fregueses, para depois demolirem a igreja de S. Sebastião) a igreja de S. Francisco, podendo a Ordem terceira aí exercer as suas funções. Alguns fregueses que não assinaram a representação e as irmandades colocadas na igreja de S. Sebastião tendo notícia desta portaria representara em sentido contrário. PL.
1846 — Conserva-se esta vila em perfeito sossego, tendo vindo, da parte de Braga, alguns guerrilhas para as suas casa por terem tentado entrar em Bragana tarde do dia antecedente e não poderem conseguir. Os chefes que comandavam os guerrilhas que foram atacar Braga na tarde do dia antecedente foram o José Salgado de Pardelhas, o padre José da Lage e o Maneta da Rua de Couros!!! De tarde, andou o Manel de Rua de Couros a aboletar pelo terreiro de S. Francisco uns poucos de guerrilhas (todos ladrões) que tinham vindo por armas. PL
1896 — Saiu em procissão de penitência ad petendam pluviam o Senhor dos Passos do Campo da Feira. Pelo mesmo motivo saíram, em 27, o Senhor Bom Jesus da Costa, em 6 de Maio Nossa Senhora da Lapinha e S. Sebastião de S. Dâmaso.
1905 — Inauguração da Associação de Classe dos Operários Fabricantes de Calçado de Guimarães e da Caixa de Socorros anexa à mesma associação na Rua de Vila Flor..Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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21 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1325 — Carta de El-rei D. Afonso IV, em Évora, fazendo graça e mercê ao concelho de Guimarães, confirma as cartas de graças, mercês e benfeitorias que os reis seus antecessores haviam feito ao mesmo concelho.
1578 — Alvará mandando que os vereadores tenham a terça das coimas que lançarem.
1632 — Falece frei João do Apocalipse, no mosteiro de Travanca, ilustre vimaranense, monge beneditino, ocupando na Ordem elevados cargos, pois foi abade dos mosteiros de Rendufe, Carvoeiro e Santo Tirso, em que foi mui exemplar. Era tão observante do seu instituto como incansável investigador das antiguidades da sua monástica congregação
1716 — O Arcebispo, D. Rodrigo de Moura Teles, visita pela terceira vez as paroquiais igrejas de Fermentões e Creixomil, sendo em ambas recebido debaixo do pálio. Na de Fermentões, que era paroquiada pelo padre João gomes da Costa, entre outras coisas, determina o seguinte : "Por queixa universal da indecência e descomposição com que se fazia a procissão do mártir S. Sebastião nesta freguesia e circunvizinhas, ordenamos e mandamos ao reverendo pároco admoeste seus fregueses que nesta e nas mais procissões que com expressa licença se fizerem na sua paróquia, ou nas circunvizinhas, não levem armas nem dêem tiros e menos toquem violas ou semelhantes instrumentos, por quanto as procissões foram instituídas pela igreja católica em acção de graças e para o efeito de pedir favores a Deus e perdão de nossas culpas, e remissão para nossas necessidades e não para nelas se fazerem galhofas, nem galanterias que provocam mais o riso e motivam escândalo que devoção e piedade, e se depois de admoestados os ditos fregueses, achar o reverendo pároco alguns compreendido nesta culpa, ainda que sejam de outra freguesia, os condenará por cada vez em duzentos reis que aplicamos para a cera de Nossa Senhora do Rosário de que se pedirá conta e inquirirá visita e para a execução evitará aos delinquentes e sendo fregueses alheios os passará ao seu pároco e satisfazendo os admita." Foi assinada pelo Arcebispo em 14 de Maio de 1716, em Guimarães.
1741 — O padre frei João do Rosário, sub-prior do Convento de S. Domingos, e os seus frades fazem escritura na nota do tabelião Jerónimo Luís Machado, pela qual concedem à Irmandade de Nª Sª do Rosário o uso da casa imediata à capela-mor, na nave da epístola, para lhe servir de sacristia e mais usos, onde desde tempo antigos já faziam as suas sessões, podendo para isso utilizar-se de parte da capela de Nossa Senhora das Neves, chegando-lhe o retábulo mais à frente e fazer-lhe um arco mais alto para evitar ser tão escura, igualando-a com a correspondente de S. Pedro Mártir, por a dita capela de Nossa Senhora das Neves ser pertença do convento, pelo que a irmandade ora dava a eles frades 120$000 réis para a obra da capela-mor.
1835 — Foi assaltada a casa de um brasileiro ao pé de Santo Tirso por uma grande malta de ladrões, a qual foi batida pela polícia daquele distrito, ferindo um ladrão e matando outro, que era dos subúrbios desta vila, isto, o Vicente que tinha sido escudeiro das Lameiras e que morava na Senhora da Conceição. PL
1835 — Das 9 para as 10 horas da noite, foi atacado em sua casa, na Praça de S.Tiago, o escrivão dos órfãos, por alguns homens armados que o tencionavam roubar porque tinha fama de rico, que depois de lhe darem algumas punhaladas fugiram porque uma criada do mesmo escrivão chamou à El-rei e acudiu a guarda da cadeia não chegando a prender ninguém. PL
1842 — Foi preso nesta vila um filho do Coelheira da Rua dos Mercadores, chamado João Ferreira, o qual já tinha estado preso na Relação do Porto por ladrão. Foi logo conduzido para Braga, assim como tinham sido conduzidos nos dias anteriores outros indivíduos desta mesma vila, O Podre ourives e um seu oficial e o Caldas serralheiro de Santa Luzia. Suponha-se que estas prisões foram feitas em consequência destes indivíduos se acharem envolvidos em um grande roubo que se tinha feito na igreja de S. Lázaro da cidade de Braga. Todos estes indivíduos tinham má opinião, menos o Podre ourives. PL.
1850 — Houve procissão de penitência em S. João de Ponte, promovida pelos missionários ali existentes. Concorreu imenso povo estando para cima de 10 mil pessoas! Iam os ditos missionários e alguns eclesiásticos a pregar e levava 113 penitentes que maceravam o corpo de diversos modos! - Periódico dos Pobres no Porto.
1863 — No teatro D. Afonso Henriques houve espectáculo em beneficência das obras das novas torres da igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. Representou-se " O Veterano Mateus, a canção "O Sebastianista", e a comédia "A Actriz". A concorrência foi numerosa e à porta do teatro tocava a música da cidade.
1879 — Os operários das fábricas de curtumes fazem "greve" a fim de pedirem aumentos dos seus salários.
1909 — Saiu da igreja de S. Dâmaso em procissão de penitência a imagem de S. Sebastião e no dia 14 tinha saído em Creixomil, por causa da epidemia da varíola que na dita freguesia de Creixomil grassava.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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20 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Abril
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1272 — Foi colado em metade da igreja de Santa Maria de Souto, Martinho Alvelo, pelo vigário geral de Braga, depois do procurador de El-rei fazer citar quem quer que se julgasse com direito à apresentação e ninguém apareceu, pelo que foi julgado que era toda da apresentação régia. Na outra metade já ele estava por apresentação do mesmo rei.
1441 — Carta, passada em Guimarães, nomeando ouvidor das terras dos Condes de Barcelos e Duques de Bragança, o doutor Pedro Esteves Cogominho.
1534 — Carta de El-rei D. João III, em Almeirim, o qual vendo que, por morte do infante D. Duarte, seu irmão, ficaram-lhe vagos os padroados das igrejas e mosteiros da vila de Guimarães e seus termos, por os ele ter somente em sua vida, convém a saber : Santa Maria da Oliveira e todas as outras igrejas da vila e seus termos : faz doação dos padroados das mesmas à infanta D. Isabel, sua irmã, a qual deve haver confirmação desta doação do seu irmão Arcebispo de Braga.
1716 — Nasce Fernando António da Costa de Barbosa, filho de Francisco da Rocha Veloso e de Isabel da Trindade Barbosa. Estudou os primeiros rudimentos nesta sua terra, em 1732, contando apenas 16 anos, passou ao Brasil de onde regressou com alguns bens de fortuna em 1747 e dedicando-se a escrever, publicou alguns elogios históricos, então bem aceites de escritores nacionais.- Vide o dicionário Portugal, vol. 2, pág. 90.
1774 — Provisão do arcebispo D. Gaspar por seu mandado de 15 deste, concedendo licença aos administradores do hospital do Anjo da Guarda para que na capela junto ao mesmo possam erigir de novo 2 altares colaterais.
1819 — Chegando um homem (julgo ser alferes de Milícias) à porta de um sapateiro, à Praça de S. Tiago, e indo a tirar uma pistola, para lha dar a guardar, esta se desarmou e lhe passou o tiro pela barriga do qual morreu no espaço de duas horas. PL
1897 — Pouco depois de dar a meia-noite de 20 para 21, faleceu repentinamente Augusto dos Santos Guimarães, redactor do "Vimaranense" e ex-redactor do "Imparcial" e de outros jornais da localidade e de Fafe. Foi sepultado no dia 22 à noite, depois dos responsos feitos na igreja da Misericórdia.
1918 — Domingo.- Às 8 horas da noite amotinaram-se os presos que habitavam as enxovias da cadeia. A Guarda Republicana teve necessidade de entrar no edifício para pôr termo à insubordinação. E tais aspectos ela tomou que a Guarda teve de servir-se das armas, pelo que muitos dos amotinados ficaram feridos e foram levados ao hospital e ficaram em tratamento.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Abril
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1268 — Carta de aforamento de um casal de novo entre o Proposto e Portela de Amorosa, passada em Coimbra.
1566 — Falece o cónego Cristóvão dos Guimarães, o qual em 5 de Julho de 1557 havia perfilhado sua filha Paula dos Guimarães. Por ser o 1º cónego prebendado que faleceu depois de obterem o beneplácito régio as decisões do Concílio Tridentino, nas quais era mandado que nas cátedras e colegiadas houvesse um cónego leitor de escritura sagrada, ficou desde este dia 20 a sua prebenda (nº1) aplicada a tal encargo ,sendo o possuidor dela conhecido por "cónego magistral", o qual além das obrigações que os mais tinham, lia, ou mandava ler, diariamente à hora das vésperas e na capela de S. Pedro, no claustro, a lição de escritura sagrada.
1619 — O juiz de fora servindo de corregedor, apresenta em vereação uma carta de El-rei, escrita em Madrid a 12 deste mês, dirigida ao juiz, vereadores e procurador da vila, participando vir visitar o reino, e mandando que elegessem 2 procuradores às cortes, da junta dos 3 estados que haviam de celebrar-se em Tomar a 20 de Maio. Logo o dito corregedor e vereadores e procurador mandaram lançar alcatifas às janelas da casa da Câmara e vir a elas charamelas e que os sinos da Colegiada e do relógio repicassem, que os cónegos e os religiosos de S. Francisco e de S. Domingos fizessem procissão pelas igrejas da vila "dando graças a Nosso Senhor pela mercê que fez a estes reinos de vir a ele sua majestade para ser jurado por rei e senhor e príncipe nosso senhor, e houvessem festas com os touros e se fizessem todas as demonstrações de alegria que convinham a esta mercê que sua majestade faz a estes reinos."
1716 — Dia dos Prazeres de Nossa Senhora. - O Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, põe a cláusula canónica ao Convento das Capuchas.
1784 — O D. Prior faz aceitação do Breve apostólico que concede à Colegiada rezar pelo calendário de Santa Cruz de Coimbra e manda que o mesmo seja executado.
1815 — João Baptista da Silva, ourives, da Rua Sapateira, apresentou na Câmara a registo, a marca que lhe deu o contraste par usar nas obras que fabricasse. - Liv. º 18 do Reg.
1836 — Houve na igreja de S. Pedro um solene Te Deum pela chegada e consórcio do príncipe D. Fernando com a rainha D. Maria II, "ao qual assistiu a Câmara, Cabido, clero, ordens terceiras, irmandades e pessoas de muitas classes diferentes". No fim, o Santíssimo Sacramento em procissão pelas Lages, Rua Travessa, Rua de S. Domingos, e tornou-se a recolher, indo na procissão todas as corporações acima ditas com tochas acesas e uma imensidade de cidadãos também com tochas. As autoridades também assistiram a este religioso acto. À noite representaram vários estudantes uma comédia no teatro do Campo da Feira. A despesa do Te Deum e do teatro foi à custa da Câmara. A entrada no teatro foi de graça. PL.
1840 — De noite houve incêndio na cavalariça da casa de José Maria dos Pombais, a qual ardeu toda, morrendo queimada uma égua. O batalhão de infantaria nº 18 pegou todo em armas indo uma parte dele ao incêndio com o seu comandante, o coronel Mesquita. O general Barão de Almargem chegado neste mesmo dia de Braga, também apareceu no sítio do incêndio. PL
1844 — A Câmara faz escritura de compra do Campo do Tapadinho, da freguesia de S. Tomé de Caldelas, por 200$000 reis, a Manuel Rodrigues e mulher, da mesma, para construção de novos banhos nas Taipas.
1862 — Às 10 horas da manhã, abertura, na casa do Toural, das prendas oferecidas, para o bazar, em benefício do projectado asilo de Santa Estefânia, cujo bazar principiava às 7 horas da tarde do dia 27 deste mês, no Campo da Feira.
1863 — Em benefício de J. S. Caldas, no teatro D. Afonso Henriques, representou-se o 1.º e último acto de "O Sebastianista"; uma poesia"União e Trabalho" recitada por Ferreira Júnior; uma ária bufa, por José Pereira; e uma poesia de agradecimento, recitada pelo beneficiado. Pouca concorrência. Era uma companhia de fora.
1867 — Reaparece o jornal "Religião e Pátria" que tinha sido substituído pelo "Gazeta do Minho", deixando este de tornar a publicar-se.
1881 — Pela uma hora da tarde, passou sobre a cidade uma trovoada ligeira, mas depois de um grande trovão inesperado caiu, na Praça Nova do Mercado, uma faísca que lançou por terra dois pinheiros que serviam a um guincho nas obras de construção do Gaspar Lobo, do Proposto.
1881 — A comissão distrital aprova o projecto da capela do cemitério da Atouguia.
1891 — Reúne o Ateneu Comercial de Braga para tratar do prolongamento da linha férrea de Guimarães a Fafe.
1893 — A Câmara Municipal, em sessão plenária, criou um prémio anual de 30$000 reis "Franco Castelo Branco", nos termos da portaria de 14 de Março de 1887, para ser conferido ao aluno mais distinto que se apresentar a exame nesta cidade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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18 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1233 — Faleceu o D. Prior de Guimarães, Paio I, que era juntamente cónego de Viseu, o qual, estando eleito bispo de Lisboa, não chegou a receber as letras apostólicas, porque faleceu passado pouco tempo depois da eleição.
1471 — Carta do duque, senhor da vila de Guimarães, escrita em Chaves, ao Cabido de Guimarães acusando-lhe a vinda do Arcebispo e recomendando-lhe que a 4 de Maio se hajam com ele duque, em Chaves, 2 ou 3 cónegos com os documentos competentes sobre a jurisdição dos arcebispos na Colegiada e vila, para ele estar bem informado quando lá chegasse o arcebispo.
1783 — Francisco José Fernandes da Silva, ourives de ouro nesta vila, com loja aberta, faz exame para os toques de ouro fino e grosso, e é aprovado pelo ensaiador-mor da casa da moeda em Lisboa.
1841 — Indo Bento José Ferreira, "O Barroeiro", negociante desta vila e morador na Praça do Toural, para uma propriedade sua em S. Torcato, deu-lhe uma dor ao pé dos Capuchos da qual morreu logo, sendo apenas ungido. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na igreja de S. Domingos, tendo um bom funeral. PL.
1848 — António Ribeiro, do lugar de Aredes, de Santa Leocádia de Briteiros, José filho de João Marques, do mesmo lugar, José Joaquim Ribeiro Falcão e Matias Ribeiro, serralheiros, da freguesia do Mosteiro de Souto, e João, carpinteiro, natural de Gominhães e residente em Santa Leocádia, arrombaram uma porta da igreja de Santa Leocádia de Briteiros e roubaram quantidade de pratas da mesma igreja neste dia. O 1.º foi para a Relação do Porto em 24 de Abril de 1851; o 4º era co-réu e foi julgado ausente; dos outros não sei porque o registo da cadeia, na época, está muito irregular. - Vide 19-XII-1850
1867 — Sexta-feira Santa.- À noite houve na Colegiada sermão das lágrimas ou da soledade pelo padre João Rebelo Cardoso de Meneses e as 7 palavras, à orquestra de D. Jerónimo Romão, a expensas de uma comissão de partidários da dita música, de que havia rivalidades e rixas.
1872 — Proposta de lei para criação do Banco de Guimarães.
1880 — Instalação da Conferência de S. Vicente de Paulo, no palacete de Vila Pouca. Quando se principiaram os trabalhos para a instalação, o padre António José Ferreira Caldas Junior, escreveu:" O fim principal desta Conferência é socorrer as famílias pobres envergonhadas; mas tal fim já há muito o tem em vista o Asilo de Mendicidade de Nª Sª da Consolação e Santos Passos, cujos estatutos eu redigi, por isso melhor seria que os apóstolos da caridade promovessem meio a esta instituição já fundada, do que concorressem para lhos alhear criando de novo o que já está criado mutatis mutantis." À noite, nos salões do palacete de Vila Pouca, houve grande reunião de cavalheiros e damas, estando representadas todas as classes da sociedade vimaranense, a convite do padre lazarista Sena Freitas, para instalar a Conferência de S. Vicente de Paulo nesta cidade, o qual discursou os fins da Conferência e seguindo-se também o dr. Malheiro, de Braga, que veio com outras pessoas representar a Conferência daquela cidade. Foi eleito presidente o dr. Juiz de direito "Joseph" Teixeira de Queirós Botelho Pimentel e Vasconcelos, secretário Manuel Maria Frutuoso, professor do asilo de Santa Estefânia, tesoureiro, o negociante Francisco Joaquim da Costa Magalhães, todos 3 não naturais de Guimarães, ficando inaugurada a Conferência que principiou a sua missão em 26 deste mês.
1882 — O deputado José Luciano de Castro apresentou na Câmara Electiva uma representação, sem data, da Sociedade Martins Sarmento, pedindo urgência na discussão e aprovação de uma proposta de lei, nº 16A, na parte em que se estabelecia a fundação de uma escola de ensino industrial nesta cidade.
1892 — Carta de lei sancionando o decreto das cortes gerais de 31 de Março último, que autoriza o governo a conceder definitivamente à Câmara Municipal o edifício do extinto Convento de Santa Rosa de Lima. - Vid. 12 de Maio de 1892.
1931 — Consagração pública na Câmara Municipal ao agrónomo João da Mota Prego, vimaranense, sendo-lhe feita aposição das insígnias da Grã-cruz de Mérito Agrícola com que o Governo o agraciara pelo coronel Duarte do Amaral representante do Ministro da Agricultura.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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17 abril, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1716 — O Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, na companhia do padre e guardião de S. Francisco, vai ao Convento das Capuchas lançar o hábito a 20 senhoras que ali se achavam recolhidas.
1828 — Falece de um tiro que lhe haviam dado, um rapaz, filho de um indivíduo chamado Eugénio (José), ex-servo dos Terceiros. O tiro fora-lhe dado em a noite de 13 quando os realistas andavam pelas ruas dando vivas a D. Miguel. Foi enterrado na igreja de S. Sebastião, sendo-lhe feiro o funeral à custa de Gaspar Leite, do Cano. PL.
1836 — Saiu por ordem da Câmara desta vila um luzidio bando, pelo qual convidava os habitantes desta mesma a pôr luminárias por 3 noites e mostrar todos os sinais de regozijo em consequência de ter chegado a Lisboa no dia 8 deste mês o príncipe D. Fernando Augusto, duque de Saxónia Coburgo-Gota e ter ratificado no dia 9 na mesma cidade o seu consórcio com a M. F. Srª D. Maria II. O Bando era composto da maneira seguinte : Primeiro que tudo ia uma azémola com dois grandes feixes de foguetes cobertos com um cobertor de damasco. Depois seguiam-se 2 empregados da provedoria a cavalo e vestidos de capa e volta em grande gala, cada um com a sua bandeira. Logo atrás destes ia outro empregado da mesma a cavalo e vestido da mesma maneira que os primeiros, o qual recitava o pregão. Atrás de tudo ia uma banda de música a tocar diferentes hinos constitucionais e uma guarda de honra composta de soldados do batalhão móvel da mesma com as cornetas do mesmo. Enquanto andou o bando pelas praças e ruas da vila não cessaram os foguetes do ar e os repiques de sino. À noite andou a música a tocar pelas ruas e bastante a dar vivas. No Toural, deram-se imensos foguetes do ar.
1866 — A Câmara delibera pedir aos testamenteiros do Conde Ferreira uma escola para esta cidade.
1882 — O deputado por este círculo de Guimarães Ilídio Aires Pereira do Vale, apresentou na sessão duas representações das associações Comercial e Artística desta cidade, pedindo a discussão e a aprovação da proposta de lei que criava uma escola de ensino geral e profissional nesta cidade.
1897 — Domingo de Páscoa. - Principiou a celebrar-se uma missa aos domingos e dias de preceito, às 11 horas, na igreja de S. Francisco, a expensas do industrial e negociante de curtumes, António José Ribeiro," Papas". Foi de pouca duração.
1936 — Sábado in albis. - Às 11 horas da noite adiantaram-se os relógios uma hora, ficando a ser o dia 19.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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