Efemérides vimaranenses: 1 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1209 — Doação do couto de S. João de Ponte à Colegiada, designando os termos do couto, feita por D. Afonso II. - Livro de Além Douro, fl.23 - Esta é do Abade de Tagilde.
1538 — No ano de 1538 chegou à Real Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira um monge, prelado na Espanha, homem de autoridade e se ofereceu para pregar na dita igreja o 1º de Maio e vendo que toda a gente concorria para a igreja de S. Torcato, por ser sua festa neste dia 1, e estar distante da vila só meia légua, disse então do púlpito para aquela gente, estava enganada em cuidar que S. Torcato estava enterrado nesta terra: ao que os assistentes fizeram grande rumor; acudiu o chantre Mateus Peixoto que estava no coro e chegando ao púlpito disse:"Reverendo padre, nesse lugar não se pregam mentiras, descei-vos daí e não digais mais palavra", e ele desceu mal reputado. - E para que este dito do espanhol não fizesse e causasse espanto de novidade nos povos, vai o Cabido com o povo em procissão, com ladainha ao Mosteiro de S. Torcato a primeira sexta-feira de Setembro em todos os anos, a qual procissão anuncia o chantre do púlpito a dominga antecedente, em que iam abrir o sepulcro de S. Torcato, para mostrar que o pregador espanhol se enganara e nao falara verdade. Abriu-se o sepulcro e o santo esteve todo o dia patente a quem o quis ver. O corpo estava inteiro, com uma vestimenta branca franzida pelo pescoço como de estamenha, tinha uma mitra na cabeça de tabi branco, um báculo de pau ao pé e cruz de pau sobre o peito: depois de estar exposto, e visto por todo o povo, o tornaram a encerrar no sepulcro aonde está e onde tem Deus obrado muitos milagres. - Memórias Ressucitadas da Antiga Guimarães, pelo padre Torcato Peixoto de Andrade, cap. 100.
1794 — Provisão concedendo aos moradores pobres de Lordelo o uso dos baldios da freguesia. Foi registrada na Câmara em 1851.
1862 — Nesta cidade havia tranquilidade, corriam boatos; nas freguesias rurais e concelhos próximos existia ainda agitação; no tribunal judicial procedia-se a autos de investigação; chegou o administrador de Cabeceiras por ordem do Governador Civil para sindicar; a maior parte dos pesos novos foram lançados a um poço no Eirado; em casa do escrivão queimaram muitos jornais e alguns processos do tempo que ele foi escrivão da fazenda; ainda não sabia dos documentos que faltavam na fazenda e administração.
1862 — Chegam 146 praças do 9 de Lamego. A maior parte partiu no dia 8 com a força de caçadores 9 que aqui estava para Vila Nova de Famalicão ficando só aqui 40 praças.
1864 — Os accionistas do teatro de D. Afonso Henriques reúnem-se em assembleia geral para revisão e aprovação do projecto de novo estatuto.
1876 — Começaram os trabalhos de construção do estabelecimento dos Banhos de Vizela.
1880 — Em sessão da direcção da Associação Comercial foi lido um ofício do director geral dos correios e faróis do reino, de 27 de Abril, acusando o desta associação, de 20 do referido mês, e informando que ordenou ao administrador central do correio do Porto que mande abrir praça, para condução em carro das malas, entre esta cidade e Vila Nova de Famalicão, a ligar com o primeiro comboio ascendente e com o segundo descendente, aguardando o resultado da praça para em vista dele poder resolver o assunto em questão.
1880 — Principiou a ser iluminada Vizela, até à 1 hora da noite de cada dia.
1884 — É aberto à exploração o apeadeiro de Lordelo, no caminho-de-ferro de Guimarães.
1885 — O mercado da lenha, que era no Largo de S. Sebastião, por determinação da Câmara de 22-IV, principia a fazer-se no Campo da Feira.
1895 — Principiou a funcionar a Fábrica de Fundição e Serralharia a vapor na Avenida da Indústria, fundada por Vicente Pinheiro.
1909 — Ao meio-dia houve um pequeno incêndio na sacristia da Confraria do S. Sacramento da Colegiada, devido a um morrão caído no caixão dos pingos da cera; compareceram alguns bombeiros que depressa o apagaram sem auxílio do material.
1932 — Festa do Trabalho em Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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