Efemérides vimaranenses: 27 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1233 — Faleceu em Santarém o dominicano D. Frei Soeiro Gomes, do qual se lê no "Agiologio Lusitano" entre outras, o seguinte: "passou a Entre Douro e Minho e no hospital de Guimarães residiu algum tempo com grande proveito das almas, onde constituiu pastor daquele limitado rebanho a S. Lourenço Mendes e encomendando-lhe muito cuidado dele se tornou a Montejunto”...
1364 — Carta de El-rei D. Pedro I, dada em Santarém, em que, a pedido de Gonçalo Teles, prior da sua igreja de Santa Maria de Guimarães, manda a João Pires, seu corregedor de Entre Douro e Minho e a todas as justiças de seus reinos, defendam e façam guardar toda a jurisdição espiritual do Prior de Guimarães, conforme a composição outorgada e confirmada por privilégio do Papa para sempre, que havia entre a igreja de Braga e a de Guimarães.
1608 — Havia palheiros atrás do muro da Torre Velha.
1679 — O Cabido escreve a El-rei dando-lhe conta da despesa e andamento da obra da nova capela-mor da Colegiada e pede-lhe o rendimento do real de água, por 2 anos, para conclusão da mesma.
1681 — A mesa da Confraria do S. S. Sacramento da Colegiada, estando em sessão, entrega ao tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora da Oliveira, 80$000 réis para ajuda do azulejo da igreja.
1717 — O Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, faz visitação à igreja de Aldão e proíbe que o vigário Francisco da Costa de Mesquita fosse, como mendigo, comer o caldo à portaria das freiras de Santa Clara e isto sob pena de suspensão, e foi efectivamente suspenso pelo mesmo na visita de 27 de Julho de 1719 e nomeado encomendado José Soares de Almeida, que esteve pouco tempo, sendo logo a igreja provida.
1758 — Provisão concedendo a António Gomes de Carvalho, administrador dos tabacos da comarca de Guimarães, licença para tapar 5 ameias dos muros para não ser devassada a sua casa à Torre Velha, da parte de fora, mas encostada aos muros, de cujo encosto pagava 200 reis de foro à Câmara, ficando obrigado a abrir as ditas ameias quando houvesse guerra ou fosse necessário. Embargada a provisão na chancelaria pelo padre Domingos Dantas e Távora e por Caetano Peixoto, ambos desta vila, possuidores de duas moradas de casas encostadas ao muro na Rua Nova, que tinham uso e logradouro do muro, foi mantida a provisão por sentença de 9 de Maio de 1758.
1844 — De tarde pegou em armas toda a polícia da vila por se dizer que vinham os de Fafe contra as autoridades constitucionais, isto é a favor dos revoltosos, que se achavam em Almeida. Toda a tarde e de noite tomaram medidas as autoridades constituídas e o sossego não foi alterado, e somente se deram alguns tiros pela polícia para as partes de S. Roque e Costa, estando na Penha e imediações alguns guerrilhas de Fafe e das partes de Amarante. No dia seguinte retiraram para Pombeiro. O recebedor fechou a sacretaria e alapou. Pl.
1865 — Visitam esta cidade o governador civil do distrito, José Joaquim Vieira (Paçô) e o deputado por esta cidade, círculo 19, José Maria Rodrigues de Carvalho, sendo esperados em Brito pela música de Guimarães e acompanhados até casa do administrador do concelho, Luís Augusto Vieira, irmão daquele, havendo à sua chegada arcos triunfais, damascos pelas janelas., música e fogo, tornando à noite a haver música e fogo. O deputado supra foi eleito no dia 23, era juiz de direito na Póvoa de Lanhoso.
1888 — O nosso representante, João Franco Castelo Branco, apresentou na Câmara dos Deputados um representação da Associação Comercial de Guimarães, pedindo a aprovação do projecto de lei que convertia a Colegiada em instituto de ensino e perguntou se se mandavam fazer obras na escola industrial desta cidade. Também quis ouvir o Ministro das Obras Públicas sobre o caminho-de-ferro de Chaves. O Ministro disse que mandaria fazer as obras na escola e, quanto ao caminho-de-ferro, disse que apresentaria uma proposta, na próxima semana, fazendo questão da sua aprovação; o dito deputado pediu, no fim da sessão, que estas declarações sobre o caminho-de-ferro ficassem registadas na acta.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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