Efemérides vimaranenses: 24 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1324 — Os juízes de Guimarães, Domingos Longo e Martim Romeu, a quem fora apresentada, pelo chantre e Cabido, uma carta de El-rei para fazerem inquirições de a quem pertencia o Couto de Moreira de Riba Vizela (Moreira de Cónegos), a qual tinham mandado fazer pelo tabelião Giral Esteves e Martim S. Paio, que estava em lugar do alcaide, na qual juraram 9 testemunhas, entre as quais Martim Pais, juiz do couto de Negrelos e Domingos Domingues, abade de Santo Isidro, que os ditos juízes mandaram ao alcaide conservasse na posse do dito couto ao chantre e Cabido, não deixasse que sobre ele os molestassem os vigários de Braga, nem Lourenço Mourão.
1425 — Sentença do Arcebispo D. Fernando da Guerra, dada em Braga, decidindo que a igreja de S. Cosmade de Lobeira, ficasse anexa in perpetuum ao Mosteiro de S. Torcato, conforme o julgamento que em tempo fez o vigário do arcebispado D. Guilherme, confirmado pelo Arcebispo D. Lourenço, mas tendo efeito só pela vacatura que se desse depois desta sentença porque ele arcebispo tinha confirmado e instituído canonicamente João Anes Alvernaz, abade desta igreja, por óbito do último abade Gil Esteves, apresentado pelo prior e convento de S. Torcato
1619 — Em cumprimento da ordem régia é feita eleição de 2 procuração às cortes que hão-de celebrar-se em Tomar no dia 20 de Maio; foram os mais votados Francisco Peixoto de Carvalho, com 240 votos, e Miguel de Valadares, com 227.
1668 — Carta régia, do príncipe regente, participando à Câmara que para satisfazer ao seu pedido de 29 de Março último, ordenava a Fernão de Sousa Coutinho, general de artilharia desta província, guardasse "inviolavelmente o privilégio aos privilegiados de Nossa Senhora da Oliveira, dando em quebra a palha aos mais moradores, como sempre se fez."
1768 — O mestre armador e vestimenteiro da cidade de Lisboa, Pedro Alexandrino Nunes, pagou a António Gomes 72$000 réis de feitio de bordar com ouro e matizar de roxo o pano branco de lhama de prata que cobria a almofada na adoração da cruz e o túmulo até à Ressurreição, na Colegiada, e mais 9$6000 réis de feitio de matizar de roxo e ouro o pano de lustrina de ouro duma face da dita almofada.
1829 — Bando por ordem da Câmara para pôr luminárias no dia seguinte que eram os anos da imperatriz-rainha a Sra. D. Carlota Joaquina. PL
1829 — Às 6 horas da manhã, muda o príncipe de Hesse a sua residência, como hóspede, do Convento de S. Francisco para o de S. Domingos, por motivos que a história cala. Veio só e disfarçado e sem se despedir dos frades franciscanos. PL Estava em S. Francisco desde 24-X-1828. J.L.F.
1850 — Na sessão da Relação do Porto foi confirmada a sentença de 5 anos de degredo para Cabo Verde, dada na 1ª instância ao réu Manuel Vieira, o Gunilha, de Guimarães, convencido de ter na noite de 9 para 10 de Setembro de 1843 com mais dois réus, ainda soltos, entrado à força em casa de José Lopes de Azevedo, prender-lhe a criada, tapando-lhe a boca e atando-lhe as mãos, e roubando objectos no valor de 150 mil réis, alguns dos quais lhe foram encontrados.
1864 — Reuniu o Maneta, da Rua de Couros, alguma gente armada, tanto da Rua de Couros, e andou a aboletar militarmante pela Praça do Toural, e depois de extorquir algum dinheiro a título de aboletamento, saiu à frente desta gente com duas pistolas à cinta e sobretudo e chapéu à espanhola e se dirigiu para as partes de Braga, indo uma corneta a tocar na frente. A maior parte destas guerrilhas eram ladrões. Ao meio-dia principiou a tocar a rebate na Senhora da Conceição e entrou a haver um grande reboliço na vila; eis que torna a entrar o Maneta com sua gente, como em ar de retirada e logo que chegou ao Toural mandou tocar os sinos a rebate, porém não tocaram em consequência do Valentim aparecer e dizer que se não deviam mandar tocar. Pouco logo depois entrou o José Salgado, de Pardelhas, montado a cavalo com uns 40 guerrilhas armados e uma bandeira, vindos das Caldas, depois se dirigiram à Porta do Valentim e aí o aclamaram administrador do concelho, vindo depois para a Praça do Toural, mandando uma guarda para a cadeia, e sendo depois aboletados militarmente, vindo alguns deles a ser aboletados neste dia duas vezes nesta vila. Depois reuniram-se nesta vila muitos guerrilhas sendo quase todos ladrões. O Valentim andou na tarde deste dia a aboletar os guerrilhas como autoridade e dando ordens e recebendo participações. PL
1890 — A Irmandade de Santo António, tendo feito obras na igreja de Santa Rosa de Lima, em que gastou quantia superior a um conto de réis, abre a mesma igreja ao culto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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