Efemérides: 21 de Abril

O Campo da Feira, na década de 1860

1322 — Provisão de El-rei D. Dinis, datada de Leiria, obrigando os moradores dos concelhos de Celorico de Basto, Montelongo, Travaços e Freitas, a vir em tempos de guerra ajudar a defender os muros e castelo desta vila, sob pena dos corpos e dos haveres, e estranha os mesmos povos a omissão que tiveram em vir fazer tal serviço no cerco havido ultimamente nesta vila pelo infante. Confirmada por D. João III a 18 de Janeiro de 1529 e carta passada pela chancelaria a 4 de Junho de 1530.

1627 — A Câmara, em vista da carta que El-rei lhe escrevera relatando nela a miséria da Índia, subscreveu com mil cruzados, por este povo estar pobre, que se tirariam do cabeção das sisas desta vila e termo.

1683 — Alvará régio concedendo aos irmãos de 2ª condição da Misericórdia o privilégio de infanções depois que servirem de mesa, tendo antes exercido o cargo de almotacé, não se eximindo por este facto de tornarem a ser de mesa quando forem eleitos.

1836 — Na noite deste dia para o seguinte, foram ladrões à igreja de S. Jorge de Cima de Selho levaram 2 cálices, cruz, vaso e lançaram as partículas sobre o altar.

1837 — Foi enforcado, no Porto, um indivíduo, natural de Vieira, por ter assassinado outro, da mesma vila, sem este lhe resistir. Foi esta a primeira execução que teve lugar em Portugal, no reinado da Sra. D. Maria II e o carrasco que a efectuou foi o célebre Simões, de Pombeiro, que em Guimarães havia sido condenado à morte, em 2 de Março de 1836, e que tinha conseguido ficar exercendo tão odiosas funções. PL

1879 — Andando 2 pedreiros na ponta de 2 pinheiros a atar os cabaços para içar pedra ou para descer a platibanda nas obras de uma casa que é parte do ex-palacete do Toural, desatou-se a ligeira e os pinheiros bateram com os 2 infelizes sobre um montão de pedras. Foram recolhidos em macas ao hospital da Misericórdia, um em perigo de vida e o outro muito mal tratado. Apesar da gravidade dos ferimentos, ambos saíram curados.

1890 — Principiou a demolição do casebre e seu moinho que estava no rio do Campo da Feira, junto à entrada da ponte, lado nascente, e assim principiou o alargamento do dito campo.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.