31 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 1 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1580 — Os fregueses e confrades de S. Sebastião que iam fundar a Confraria do Santíssimo Sacramento, fazem obrigação ao Cabido, padroeiro da igreja, de sustentarem a fábrica do sacrário.
1605 — O vereador Leandro de Andrade, em sessão de Câmara, requer que o vereador André Peixoto não faça festas extraordinárias na procissão do Corpus Christi, mas somente as do costume, visto a Câmara estar empenhada e não ter dinheiro nem para os expostos, sem lançar finta.
1685 — Paulo Borges e seu filho Francisco Borges Peixoto, por escritura na nota de Nicolau de Abreu, obrigam o campo de Oleiros e os campos dos Pedreiros, na freguesia de S. Miguel de Creixomil, à fábrica da capela de S. Paulo que tinham mandado fazer na sua Quinta de Laços, da referida freguesia, e a abrir a capela todas as vezes que o pároco queria nela celebrar ou exercer actos paroquiais.
1768 — Nasce, na comarca de Guimarães, frei António da Cunha Rola, mestre de filosofia e teologia muito considerado na congregação da Ordem Terceira Franciscana.
1775 — O mestre pedreiro Pedro António Lourenço, da Rua do Espírito Santo, obriga-se por escritura a fazer, por 673$000 réis, a reforma da igreja da Misericórdia, no artigo pedraria e as sepulturas a 400 réis cada uma, conforme estavam feitas na igreja do Convento de S. Francisco de grades acima.
1800 — Principia a haver sacrário na igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, por Breve que a Irmandade obtivera do Papa Pio VI.
1828 — É feito, na Câmara, um auto de aclamação do sr. D. Pedro IV, pela oficialidade da divisão chegada na véspera, e por algumas pessoas de todas as classes. De tarde Te Deum na Colegiada, a que assistiu parte do Cabido. PL.
1847 — Com grande pompa, houve, na igreja de S. Domingos, ofícios de corpo presente de Domingos Cardoso da Costa Macedo (irmão do Conde de Margaride ). Estando-se aos ofícios, um velho quase cego, irmão terceiro da Ordem de S. Francisco, e vestido com o seu hábito, tocou com a tocha em objectos da armação e o filho do armador Eugénio deu alguns bofetões no velho e cego, não respeitando e ofendendo a Ordem de S. Francisco.
1863 — Termina o leilão de prendas, em benefício do projectado Asilo de Santa Estefânia, que principiara em 14 de Maio e era feito num pavilhão em frente ao palacete do Toural, tocando em alguns intervalos, em 12 noites, uma banda de música de Sande. Rendeu 2:156$300 réis, sendo: produto das prendas, nas 12 noites, 1:575$250 réis, de donativos em dinheiro, 529$260 réis, de entradas na exposição das prendas, que teve lugar nos dias 11 e 12 de Maio, no dito palacete, 51$790 réis. Sendo toda a despesa calculada em 130$000 réis.
1865 — Começa a diligência entre o Porto e Vizela.
1877 — Na capela da Ordem Terceira de S. Francisco é benzida a nova imagem do S. S. Coração de Maria, esculturada por António Soares dos Reis, do Porto e depois seguiu-se-lhe uma festividade. A imagem foi adquirida por esmolas conseguidas pelo padre comissário dos Terceiros, António Joaquim Teixeira, e pelos irmãos Ferreiras de Abreu, D. Maria de Belém, José e padre António; mas a escultura não satisfez, parecia uma estátua de cemitério, e foi substituída.
1879 — À noite percorreu as ruas da cidade a banda de música do Jacinto maneta e queimaram foguetes, e a mesma coisa na noite de ontem (31). Foi uma manifestação política promovida por alguns progressistas, celebrando o advento do seu partido ao poder
1885 — Principia a condução das malas do correio do sul pela linha férrea de Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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30 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 31 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1567 — Faleceu o padre D. Tomé Nogueira (diz a chron. Dos C. Regr., tomo 2.º, pág. 370), natural de Guimarães e dos mais nobres daquela antiga vila; foi também dos cónegos de Santa Cruz antigos, antes da Reformação que se fez no dito mosteiro pelos anos de 1527 e não só a aceitou mas também a guardou em tão estreita pobreza, que não tinha mais que a túnica e hábito que trazia vestido, e o seu breviário, com um livrinho que trazia sempre na manga: de Imitatione Christi, composto pelo nosso D. Tomás de Hempis. Era muito bom canonista e teólogo moral. Faleceu o padre D. Tomé de noventa e tantos anos e sempre andou em pé e foi às comunidades e até no dia em que Deus o levou dise missa e se foi lançar na enfermaria e pediu a extrema unção e tanto lha deram, expirou, sempre com os olhos no Céu".
1588 — Principia a obra de construção da Casa da Misericórdia, na Rua Sapateira, dirigida por Pedro de Oliveira, cavaleiro do hábito de S. Tiago.
1679 — A Câmara estava reformando de novo e acrescentando a casa da audiência e da Câmara na Praça de S. Tiago, para o que tinha licença de S. Alteza, e fez troca de prédios e boticas com o Cabido e com o cónego mestre-escola. Nota de Domingos da Cunha.
1728 — Domingos Pinto, carpinteiro, do lugar de Agrelo, freguesia de Santa Cristina de Arões, obriga-se por escritura na nota de Manuel Pereira da Silva, a fazer por 43$000 reis a obra de emadeiramento e talhados da cozinha, despensa e fornaria do Convento do Carmo, de que era prioresa Mariana Baptista da Fé.
1801 — Chega a Macau o padre Joaquim José Leite, presbítero da congregação da missaõ, membro da Sociedade Real Asiática de Londres e natural de Vila Nova de Infantas, termo de Guimarães. Tendo sido nomeado professor do colégio de S. José daquela cidade, onde exerceu o magistério por espaço de mais de meio século, ali veio a falecer em 25 de Junho de 1852.
1823 — Chegou a esta vila vindo de Lisboa, o António relojoeiro, o qual contou o haver-se feito em Lisboa uma revolução a favor da realeza. PL.
1879 — À noite percorreu as ruas da cidade uma banda marcial tocando os hinos nacionais e subindo ao ar alguns foguetes de bombas, anunciando a queda do Ministério Regenerador presidido pelo Fontes Pereira de Melo há 8 anos e agora substituído pelo partido progressista, sendo nomeado presidente de ministros Anselmo Braancamp. No dia seguinte continuaram as mesmas demonstrações políticas, havendo mais abundância de fogo do ar.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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29 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 30 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1050 — Frei Fagildo em nome e como procurador do Mosteiro de Mumadona acusava Sueiro Exeminis de se haver apoderado, por meio de homicídio, da vila e homens de Matamá, afirmando este que esta vila era sua e já o fora de seus avós. Levada a questão perante Gomice Eitaz, que governava nesta terra em nome dos reis D. Fernando e D. Sancha, reuniram-se em Jugarios (Jugueiros) e elegeram juiz Pelaágio Sagatiz, que, depois de ouvidas as testemunhas, conseguiu que se fizesse um pacto pelo qual o dito Sueiro reconhecia a vila como pertença do Mosteiro; fazendo-se a escritura nesta data. Vide Vimaranis M. H. , doc. XXXVII, pág. 38.
1666 — Diversos indivíduos de diferentes classes, fazem procuração na nota de João de Almeida e João Fernandes da Silva, para a causa e demanda que pretendiam mover sobre as águas pertencentes às hortas da Rua de Gatos de que eram senhores.
1695 — Tendo, os moradores de S. Vicente de Passos, feito petição sobre o lançamento e repartição da palha para o exército, por na freguesia haver muitos privilegiados das Tábuas Vermelhas, veio datada deste dia uma provisão sobre o dito lançamento não exceptuando os privilegiados.
1706 — Falece, em Guimarães, D. Pedro de Sousa, D. Prior de Guimarães, um dos que na Colegiada conseguiram os maiores respeitos; jaz sepultado na capela-mor da Colegiada. Era 4.º filho de D. Francisco de Sousa, 1.º Marquês das Minas, e de sua mulher D. Eufrásia de Vilhena; havia sido chantre de Viseu, arcediago de Neiva na Sé de Braga e beneficiado em Salvaterra.
1821 — Aviso do secretário da regência do reino e dos negócios da fazenda, presidente do tesouro público nacional e da junta dos juros dos novos empréstimos, Joaquim José da Costa Macedo, para o corregedor de Guimarães remeter com brevidade á mesma junta uma reclamação das fábricas existentes na comarca, em que terras estavam, quem eram os seus donos e a qualidade das fazendas que nelas se manufacturavam.
1821 — Em cortes foi mencionada uma felicitação de 22 cidadãos de Guimarães, à qual foi dada a costumada contemplação.
1834 — Chega a notícia oficial de ter o sr. D. Miguel aceitado, em Évora Monte onde estava no dia 27 deste mês, as propostas que seu irmão o sr. D. Pedro regente, em nome da rainha, lhe havia feito de embarcar em Sines ou em algum outro porto do Algarve, ficando o seu exército à descrição, houve repiques e luminárias, andando grupos de gente a cantar hinos constitucionais e a fingir que choravam. PL.
1841 — Domingo do Espírito Santo. - Tomou posse do priorado de S. Sebastião desta vila, João Bento Correia da extinta congregação de S. João Evangelista. Quando foi para a igreja para tomar posse foi de sege e acompanhado pelo administrador do concelho, José Inácio Vieira. O novo provido era um tanto estouvado e não muito próprio para ser pároco. PL.
1860 — Decreto concedendo às comissões promotoras do Asilo de Infância Desvalida o edifício e cerca do extinto Convento do Carmo que estava a cargo do Ministério da Guerra, para ali se estabelecer o Asilo com a condição de ser restituído ao Ministério da Guerra o mesmo edifício e pertenças, logo que o serviço público assim o exigir.
1868 — Ao meio dia houve nesta cidade um forte trovoada acompanhada de muita chuva; das faíscas caiu uma no alpendre da Quinta da Amorosa, ardendo tudo que aí se achava, mas de pouco prejuízo e não havendo desgraça alguma.
1872 — O juiz de direito, dr. Francisco Henriques de Sousa Seco, não foi na procissão de Corpus Christi por andar de mal com a Câmara e ter suspendido o presidente dela, que era o dr. advogado Avelino da Silva Guimarães, por causa dos órfãos (e de dinheiro aparecido no Paço de Aldão); mandou o 1.º substituto e durante o trajecto dela esteve à janela da sua morada nos Laranjais.
1877 — A Junta Geral do Distrito de Braga delibera criar um corpo policial em Braga à custa dos concelhos do mesmo distrito, cabendo ao concelho de Guimarães pagar anualmente para o dito corpo três contos de réis: apenas o Barão de Pombeiro votou contra, declarando que não aprovava porque os seus constituintes, os vimaranenses, tinham representado à Junta contra a organização em projecto; ele, de modo algum, podia contrariar a opinião do concelho que representava.
1889 — Inaugura-se, com assistência da comissão municipal, autoridades civis e militares, numa casa do terreiro de Santa Clara, pertencente a João Pacheco Pereira, uma exposição de rosas e belas artes, promovida pela comissão de melhoramentos na Penha, em benefício dos mesmos melhoramentos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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28 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 29 de Maio
1361 — Carta régia ao concelho de Guimarães, escrita em 22 folhas de pergaminho, contendo o traslado dos artigos das cortes, celebradas em Elvas, por El-rei D. Fernando em 1361. Tem o selo de chumbo pendente com 11 castelos.- Pergaminho nº 19 da Câmara Municipal.
1621 — A Câmara, considerando que esta vila, de tempo imemorial a esta parte estava em posse de ter uma pértiga onde se mandavam as pessoas presas por casos leves e coimas, e visto esta vila já ter dado 300$000 reis para ajuda da cadeia da correição, e não haver casa conveniente de fora da dita cadeia, que pudesse servir de pértiga, delibera:" que a primeira casa que está em baixo, ao entrar da porta a dita cadeia, sirva, desde este dia em diante, de pértiga, e que o carcereiro e seus sucessores recebam as pessoas que as justiças lhes mandarem, não levando mais que um vintém a cada pessoas, com pena de mil réis, não cumprindo alguma das ditas condições. Logo compareceu Miguel do Soveral, então carcereiro da dita cadeia, a quem notificadas estas deliberações, que ele prometeu cumprir.
1775 — Em sessão do Cabido foi apresentado um Breve de Pio VII, pensionando o tesourado na terceira parte do seu rendimento para as obras e fábrica da igreja Colegiada.
1829 — Por alta noite e pelos voluntários realistas desta vila são cercadas as casas de alguns padres desta vila que haviam sido culpados por constitucionais na devassa eclesiástica de Braga. Nesta ocasião só conseguiram prender dois: o padre Bernardo (Pinto) Rola, e em uma aldeia vizinha o padre João de Freitas, cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor da Quinta de Boiro. PL.
1831 — Os fregueses de Creixomil vão pela Senhora da Luz e a levam em procissão para a sua igreja onde fazem três dias de preces pedindo-lhe sol, pois ainda estavam muitas terras por lavrar. PL.
1834 — Corpus Christi .- Saiu a procissão conforme o seu antigo costume, só com a diferença que iam quase todos os párocos e padres de distância de duas léguas, por uma circular que lhes mandou o vigário geral da comarca, bem como o batalhão fixo desta vila, todo bem fardado, assim como parte dos soldados da bomba, também fardados. PL.
1846 — Reuniu-se na casa da Câmara a Junta Governativa para tomar posse e deliberar acerca de alguns objectos. O padre Casimiro veio neste dia a esta vila e mais alguns paisanos armados. -(A) O dr. José de Freitas Costa, sobrinho do PL, pôs à margem do livro deste : "Foi nesta vinda a Guimarães que o padre Casimiro, pernoitando nas Taipas, na noite de 28 para 29, se deliberou a intitular-se "Defensor das Cincos Chagas", por lho aconselhar nas Taipas o seu condiscípulo padre Joaquim da Costa que devia tomar este título".
1878 — A convite de António Ferreira Moutinho, presidente da comissão encarregada da reconstrução do "Minho District Railway Company" reúnem, às 11 horas da manhã, na sala da Associação Comercial do Porto, os accionistas, residentes em Portugal, do caminho de ferro do Bougado, e resolvem que a dita comissão ficasse encarregada de prosseguir em seus utilíssimos trabalhos de transferência da sede da companhia de Londres para o Porto, reconstituição da mesma e lavrar o protesto de manter ilesos os seus direitos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
27 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 28 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1373 — O Cabido faz emprazamento em 3 vidas, de casas, vinha, lagar e devesas de S. Cibraom (S. Cipriano) que trazia o chantre que foi, Vicente Domingues, ao cónego Gonçalo Anes de Évora, pela renda anual de 17 maravedis.
1572 — Contrato feito na nota do tabelião Manuel Gonçalves, em que Fernão Carvalho, imaginário, morador na Rua Nova de S. Bento, da cidade do Porto, se obriga a fazer o retábulo do altar-mor da Colegiada (da anterior capela-mor, a de D. João I) conforme a traça que apresentara, dando por fiador João Avelar, forneiro, morador em Guimarães; pelo que o cónego arcipreste Baltazar Gonçalves, como obreiro da fábrica, obrigou-se dar-lhe 120$000 réis.
1598 — Ordem do corregedor de Guimarães, passada em Fafe, ao juiz de fora, para que mande publicar na praça e lugares públicos de Guimarães a provisão régia dada em Lisboa a 15 deste mês e ano que, pela falta de mantimentos no reino, manda que até Setembro deste ano se não devassa dos que caçam e pescam no tempo do defeso nem contra os passadores de gado para a Galiza e Castela a troco de pão.
1637 — Carta do Arcebispo de Braga, D. Sebastião de Matos Noronha, concedendo ao D. Prior, D. Bernardo de Ataíde, ou aos seus sucessores no D. Priorado, que quisessem embargar a visitação que anteriormente tinha feito à Colegiada, se entendessem que eram lesados na jurisdição e preeminência da sua dignidade, o poderiam fazer e seriam ouvidos do seu direito, ainda mesmo que houvesse passado o prazo em que deviam embargar tal visitação.
1693 — Alexandre do Vale Peixoto e mulher fazem declaração, na nota do tabelião Nicolau de Abreu, à escritura de 8 de Abril deste ano, em que dotaram com bens a fábrica da sua capela da Anunciada, na Quinta do Carvalho D'Arca, em Polvoreira, dando-lhe 20 medidas de milho alvo, que recebiam pelos ditos bens, em cada ano.
1729 — O procurador da coroa, em Guimarães, licenciado António de Lima e Melo, requereu à Câmara para que esta comunicasse a S. Majestade que o cónego, da sé de Braga, Bento da Silva Teles, em visitação na freguesia de Santa Maria de Atães, mandara prender, com cordas, ao pé de um carvalho, o mordomo da freguesia, Domingos Brás, à vista de todo o povo e com escândalo deste, ofendendo assim a jurisdição real, e mais requeria que fossem avisados os juízes das freguesias da corda da dita visita que participassem à Câmara algumas insolências ou prisões que o dito visitador fizesse. Assim foi resolvido.
1768 — Foram, por ordem da Câmara, notificados 4 vendedores da vila, para que dia de Corpo de Deus, porem na procissão o andor de S. Dâmaso, a que eram obrigados e que há anos não punham, sob pena de 6$000 réis pagos da cadeia, e para os anos seguintes se fossem seguindo os mais vendeiros.
1786 — Provisão régia ao corregedor para que, pela morte de El-rei D. Pedro III, fosse suspenso por 8 dias o despacho dos tribunais, principiando na corte a 26 deste e que na corte e todo o reino se tomasse luto 6 meses de capa comprida e 6 de capa curta, dispensando para o dito efeito a pragmática de 24 de Maio de 1746, e se cobrissem de luto as mesa dos tribunais, o que ele corregedor mandaria executar em todas as câmaras desta comarca.
1821 — Aviso da regência ao cónego Joaquim Duarte Contreiras da Silva, como procurador do Cabido de Guimarães, agradecendo as felicitações que os membros do Cabido lhe dirigiram e a adesão ao sistema constitucional.
1845 — Faleceu José Joaquim da Silva Pinheiro, um dos 2 instituidores do Asilo dos Inválidos, ao qual, em testamento, deixou importantes legados.
1865 — Festa, na Rua de Relho, ao Senhor da Boa Esperança; teve arraial até à meia-noite com iluminação, fogo preso e duas bandas de música.
1875 — Às 10 horas da manhã são baptizados na igreja de Nª Sª da Consolação e Santos Passos os seus 13 sinos novos.
1900 — Segunda-feira. - Pelas 9 horas da noite foi apreendido pela autoridade administrativa o suplemento ao último número do "Vimaranense", quando este principiava a circular na cidade.
1917 — Foram para Lisboa 200 praças de infantaria nº 20 para manter a ordem pública.
1918 — Principiou a demolir-se a alpendrada que havia em 3 casas, quem ia na rua da Senhora da Guia desde o largo de Nossa Semhora da Oliveira até à viela do Traspom ou Travessa do Monte Pio.
1933 — Vieram a esta cidade os Camisas azuis. Foram mal tratados por muitos populares; destes foram presos 13 para Braga […] no camião do Neves.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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26 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 27 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1258 — El-rei D. Afonso III, estando em Guimarães, deu o 5.º foral ao concelho do Souto de Rebordões, comarca de Ponte de Lima, o qual está suprimido há muitos anos, e também deu foral à vila de Souto, do concelho de Penedono.
1375 — Sentença proferida em Avinhão pelo auditor da cúria romana Roberto de Otratton, julgando válida e canónica a eleição do chantre da igreja de Santa Maria de Guimarães, D. Afonso Lourenço, eleito pelo Cabido por óbito de D. Vicente Domingues, e nula a apresentação de Gonçalo Raimundo feita pelo Prior Gonçalo Vasques, que abusivamente introduzira no chantrado o seu apresentado, por quanto a apresentação pertencia in solidum cabido. - Pergaminho nº 151 da Colegiada.
1577 — Os 2 juízes ordinários, 4 vereadores, procurador do concelho e 3 ministros dos 12, na nota de Manuel Gonçalves, fizeram seu procurador ao juiz Gonçalo Ribeiro, "para em nome da vila e povo dela e seus termos requerer a El-rei nosso senhor haja por bem que esta vila e termos dela não seja sujeita por via de corregedoria a outra parte nenhuma antes que ela seja cabeça como sempre foi e nela haja corregedor por ser uma vila muito notável e principal nestes reinos".
1627 — Contrato por escritura, em que a Misericórdia deu licença a Francisco Jorge Mendes para fazer uma capela no lado da igreja entre o púlpito e a capela-mor, feita dele e obrigando à fábrica dela depois da sua morte 15 rasas de pão terçado que dava para a Santa Casa, e dando já de esmola cem mil reis, e igualmente estipulado o legado de duas missas semanais, das quais seriam cantadas duas, para o que deu 120$000 réis.
1809 — Em vereação "determinaram que atendendo a estarmos já restaurados dos inimigos franceses e se não terem feito as funções desta Câmara e se achar próximo o dia do Corpo de Deus se determinou que se fizesse com a mesma reverência e pompa do costume, com declaração de que como esta Câmara se achava empenhada e sem rendimento algum por causa das actuais circunstâncias se determinou que se pusessem laminárias na vésperas do dito dia do Corpo de Deus e como os ministros e mais senadores e mais senhores do costume se lhe dava a espórtula para as mesmas luminárias por este ano se não fizesse semelhante despesa e tudo o mais que se possa evitar com declaração porém que fosse por este ano sem que servisse de exemplo para os anos futuros. E sendo neste acto presente o reverendo sacristão da Colegiada declarou também que pela sua parte não queria paga alguma dos repiques dos sinos na mesma festividade por este ano somente atentas as mesmas razões expostas."
1816 — Foi registado ao cuteleiro António José de Abreu, do Souto dos Mortos, a marca -5- que o juiz do ofício lhe deu para ele usar.
1832 — À noite, saiu o Cabido com o Senhor da Agonia, em procissão pelas mesmas ruas por onde passa a do Corpus Christi, por causa da cólera morbus que já tinha feito bastantes estragos em bastantes países da Europa. À saída e entrada da procissão houve sermão e nos dias 25, 26 e 27 houve preces de manhã. PL.
1842 — Morreu o capitão Palheiros, ourives, e que tinha servido de contraste de ouro, e que morava à Tulha. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na igreja de S. Francisco. PL
1858 — Portaria para que no Ministério da Fazenda se abrisse, a favor das obras públicas, comércio e indústria, um crédito suplementar de cinco contos de réis, para pagamento, à Companhia Viação Portuense, da 3.ª prestação, correspondente a 5000 acções, que o Governo subscreveu, para a construção da estrada de Famalicão a Guimarães.
1880 — Deliberou a direcção da Associação Comercial oficiar ao chefe da 1.ª secção telegráfica a fazer-lhe ver os grandes inconvenientes que traz, não só ao comércio, mas a todos em geral, ser de serviço limitado a estação telegráfica, quando é uma das que mais lucro dá ao Estado, e pedindo para que, como bom conhecedor da nossa justiça, faça ver, à repartição competente, que é de toda a necessidade que a estação telegráfica desta cidade passe a ser serviço completo.
1893 — Por despacho deste dia foi aprovado pelo ministro do reino o contrato que a Câmara tinha feito em 28 de Março deste ano com a direcção da Companhia dos Bombeiros Voluntários, ficando, porém, extinta a Companhia dos Bombeiros Municipais. A Câmara teve conhecimento em sessão de 7 de Junho e então declarou extinta a companhia dos bombeiros municipais e mandou entregar o material à dos Voluntários.
1936 — O Chefe de Estado, general Carmona, e o Presidente do Conselho de ministros Oliveira Salazar visitaram esta cidade, almoçaram na Penha e retiraram.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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25 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 26 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1555 — Toma posse da igreja paroquial de Santa Cristina de Arões o abade Pedro Anes, cónego meio prebendado da nossa Colegiada, cuja renuncia à mesma igreja as religiosas de Santa Clara de Guimarães depois alcançaram por consentimento do infante D. Duarte, duque de Guimarães e padroeiro vitalício dela, quando El-rei D. Sebastião, por alvará de 21 de Março de 1564, consentiu em a anexação ao convento das referidas religiosas.
1634 — Os hortelãos, em número de 4, fazem procuração na nota dos tabeliães João de Abreu e António da Costa, para a causa que lhe moviam os almotacés, sobre haverem de ter hortas nas terras que eles possuíam nos arrabaldes da vila.
1674 — A Câmara renova a proibição de que ninguém possa recolher mantimentos em sua casa, mas os almocreves os levarão à casa da alfândega, que foi feita para recolhimento, onde durante três dias na forma do estilo os venderão a quem os procurar, e findos os poderão levar para fora e vender livremente; isto sob pena de seis mil réis.
1693 — D. António de Vasconcelos e Sousa, filho do 2º conde de Castelo Melhor, João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa e de D. Mariana de Lencastre e Vasconcelos, sendo D. Prior de Guimarães, faz a sua entrada solene na cidade de Lamego, para cuja diocese havia sido, por El-rei D. Pedro II, nomeado bispo.
1821 — Em cortes: o secretário João Baptista Felgueiras, menciona uma memória, por Jerónimo Vaz Vieira da Silva de Melo e Nápoles sobre os reguengos da rainha: foi-lhe remetida à comissão da agricultura, para dar parecer. - É reeleito o bacharel João Baptista Felgueiras, por 57 votos, sendo 90 os votantes, foi o mais votado, para , pela quarta vez, servir um dos quatro lugares de secretário no Congresso Nacional.
1835 — Portaria do Ministério do Reino nomeando uma comissão administrativa para a Misericórdia. Os nomeados pediram e alcançaram a sua escusa, excepto um. À comissão foi-lhe imposto promover a melhor administração da Santa Casa e propor oportunamente um regulamento adequado ao mesmo fim.
1842 — Corpus Christi. - Saiu a procissão, era quase meio-dia, apesar de ter chovido toda a manhã e estar a chover quando saiu e até quando se recolheu. Esta procissão estava preparada para ser uma das melhores que se tinha feito, e esta circunstância, assim como alguns tolos da Câmara e Cabido, foram os que fizeram com que saísse a procissão debaixo de água, e com que se estragasse tudo, assim como paramentos, etc. As Ordens terceiras e Irmandades já não contavam que saísse a procissão e por isso foi preciso que a Câmara as mandasse chamar. PL.
1846 — Entrou nesta vila o Visconde da Azenha pela Rua da Caldeiroa, indo muito povo esperá-lo, tocando repiques de sino em todas as torres da vila e dando-se muitos foguetes. A música da gente que aqui estava de Fafe foi logo ao terreiro de S. Francisco para obsequiar o Visconde com as suas tocatas. O Visconde foi a casa do Barão de Almargem e depois para sua casa. Parece que neste dia trataram de fazer um junta governativa, mas não se organizou, por desinteligência entre os 2 partidos setembrista e miguelista, à frente dos quais estavam o Visconde da Azenha e o Barão de Almargem. E quem havia de dizer em 1834 que estes dois figurachos se haviam de andar a namorar e que o Visconde da Azenha havia de ter uma entrada como esta em 1846 !!! O Visconde da Azenha vinha das partes da Senhora Aparecida, onde estava quase sempre. PL.
1880 — A comissão distrital aprovou um Código de Posturas deste concelho.
1884 — Reúne em assembleia geral, às 4 horas da tarde, na sua igreja, a irmandade de Nª Sª da Consolação e Santos Passos, para resolver a atitude que devia tomar a respeito da criação do projectado asilo distrital, que por iniciativa do governador civil Jerónimo Pimentel se pretendia instituir na cidade de Braga, o qual, segundo se via do seu projecto de estatutos, poderia afectar o desta irmandade.
1915 — Realizou-se o julgamento do perverso Dionísio dos Santos que pelas 9 horas da noite de 13 de Dezembro de 1914 cometeu um duplo assassinato nas pessoas de Jacinto da Cunha e Bernardo Antunes,"O Poupa", na taberna de António Machado, do lugar dos Tranguilhos, freguesia de Creixomil.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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24 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 25 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1250 — El-rei D. Afonso III, em Guimarães, elevou a povoação de Mirandela à categoria de vila e deu-lhe foral.
1600 — Alvará, a requerimento da Câmara, autorizando que o corregedor, juiz de fora, vereadores e escrivão da Câmara, hajam cada ano dez cruzados e um carneiro por dia de Corpus Christi, e o procurador do concelho cinco cruzados e o carneiro, contanto que todos assistam às 3 procissões que são obrigados, e mandando que o provedor leve nas contas os 26$000 réis e 7 carneiros que nas ditas propinas se há-de gastar.
1826 — Chega notícia de estar nomeado comissário geral da Terra Santa, frei Manuel Luís (da Conceição), franciscano em Guimarães onde era lente de uma cadeira de retórica. PL.
1828 — Chega o novo general da província do Minho, nomeado por o Ssr. D. Miguel para substituir o seu antecessor, Hipólito, que havia seguido o partido dos do Porto. PL
1830 — Morreu "O Febre-Lenta", oficial do Geral. Foi sepultado no dia seguinte na igreja da Misericórdia. PL
1830 — El-rei D. Miguel permitiu que Francisco José Coelho, abade de Vila Nova de Sande, e seus irmãos Luís José Coelho de Araújo e frei José de Nossa Senhora, franciscano, possam usar da medalha com a imperial e real efígie da falecida D. Carlota Joaquina de Bourbon.
1831 — Faleceu, no Convento das Dominicas, a madre D. Francisca de Paula Narcisa. Foi enterrada na sepultura nº 4 do claustro.
1832 — Morreu o Fernado do Cano, que tinha sido sargento de milicias e ora era agente de demandas; foi sepultado no dia seguinte, na capela dos 3ºs Dominicos. PL.
1833 — É a publicação da Bula, a qual, por causa da desordem do reino, naõ lugar em Janeiro. PL.
1834 — Grande trovoada nesta vila ficando 2 homens assombrados por uma faísca no Cano que maltratou algumas pessoas. PL.
1843 — Quinta-feira da Ascensão. Saiu a procissão da Ascensão da igreja do Campo da feira, por todas as ruas e praças da vila, pondo-se cobertores na maior parte das janelas do seu trânsito. Esta procissão costumava sair em volta da igreja. Atrás da procissão ia uma música de instrumental a tocar. PL.
1858 — A Câmara felicita a El-rei D. Pedro V, pelo seu casamento.
1877 — Coloca-se a última pedra no novo edifício do hospital de S. Francisco, em que já desde 1815 se curavam doentes irmãos terceiros.
1884 — Domingo. Reuniu a Associação Artística, em assembleia geral, e por proposta do sócio honorário João António da Silva Areias, foi a direcção autorizada a representar ao Governo pedindo que esta cidade seja considerada como quartel de um corpo dos novos corpos de infantaria e caçadores, que deviam ser criados, em virtude da reforma do exército decretada e a que se ia proceder.
1918 — Decreto nº 4318, cedendo à Câmara Municipal a título de arrendamento a antiga residência paroquial da freguesia de Lordelo e respectivos quintais, a fim de ali ser estabelecida a escola oficial de ensino primário para o sexo feminino, mediante a renda anual de 81$000 réis que seriam entregues à comissão central de execução da lei de 20 de Abril de 1911, ficando a cessionária obrigada a fazer de sua conta todas as despesas de adaptação, conservação e seguro do prédio cedido.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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23 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 24 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1478 — João Dias, doutor em degredos, arcediago do Porto, ouvidor geral do Arcebispo de Braga, D. Luís Pires, remete, a pedido do réu, para a justiça do D. Prior, em conformidade com a concordata entre a Sé de Braga e a Colegiada de Guimarães, uma acção verbal em que era autor Gomes Anes, abade de Santa Maria de Abade, e réu Gil Vaz, cónego de Guimarães e abade de Ronfe, por certa quantia que sobre uma taça de prata o autor emprestara ao réu a pagar em breve tempo e porque este não cumprira, aquele precisava do dinheiro para pagar ao arcebispo a colheita e outros direitos ordinários pela sua igreja, deu em penhor a dita taça a João Lopes recebedor do arcebispo, o qual agora queria que o autor a fosse resgatar, do contrário a venderia, razão porque o autor pôs a acção ao réu.
1621 — A fim de celebrar exéquias por El-rei D. Filipe II de Portugal, o Cabido ordenou ao sacristão que "tanto que desse meio dia, tangesse o sino grande de Nossa Senhora até que desse uma hora depois do meio dia, e logo dada a hora se tangessem todos os sinos, neste meio se juntaram tempo em a Câmara o corregedor, provedor, juiz e mais oficiais da Câmara, donde saíram todos com suas varas negras, em corpo de Câmara, acompanhados com os oficiais de justiça, e se foram todos onde tinham seu assento em Nossa Senhora, cobertos de luto, onde se assentaram; nisto se vieram chegando as ordens e cónegos e clérigos a quem o arcebispo primaz obrigou, com excomunhão e pena de dinheiro, se achassem presentes a estas exéquias, por o não quererem fazer os ditos clérigos se não pagando-lhes, eles e cónegos e frades cantaram umas solenes vésperas, com o ofício de defuntos, com muita perfeição e boa música capitulando o chantre, que no dia seguinte havia de dizer a missa, e acabado este ofício se foram todos recolhendo, acompanhando este acto toda a nobreza desta vila".
1655 — Provisão de El-rei D. João IV, isentando, dos cargos ordinários e serviços de companhia da ordenança, o procurador e o hortelão do Convento de Santa Clara.
1679 — A Câmara deliberou, com assistência das pessoas da governança, que para evitar desgostos entre as pessoas mais nobres e melhores deste povo, que estavam inquietas pela vinda das companhias da comédia ( vide a 20-V-1679) a nenhuma delas se desse licença, caçando-se a já concedida, e que se dessem precatórias para os ministros de Barcelos e Viana, para que logo notificassem os actores para que não viessem a esta vila, nem seu termo, nem ainda de passagem, sob pena de quinhentos cruzados e vinte dias de cadeia.
1851 — Vindo de Lisboa chegou ao Porto, no vapor "Porto", D. Marcos Soares Pinto Vaz Preto, D. Prior de Guimarães, com licença de 3 meses para estar no seu priorado, por ter o cargo de esmoler-mor. Foi recebido a bordo por alguns dos seus amigos e depois na Hospedaria do Peixe onde se hospedou, pelo governador civil D. Pedro, conde de Terena, Sebastião Brandão, José da Silva, Arnaldo Wanzeller e outros cavalheiros.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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22 maio, 2007
Recriação Histórica na Citânia, no próximo domingo
No próximo dia 27 de Maio, terá lugar na Citânia de Briteiros a terceira edição do evento “Citânia Viva”, uma experiência de Recriação Histórica iniciada em 2005. Na altura, a actividade foi enquadrada no âmbito do projecto “Castrenor – Cultura Castreja no Noroeste Peninsular”, aproveitando um primeiro ensaio de uma “feira castreja” realizada em 2004 pela Casa do Povo de Briteiros. À semelhança do ano transacto, a “Citânia Viva” foi organizada pela Casa do Povo, com a colaboração da Sociedade Martins Sarmento, da Sociedade Musical de Guimarães, dos agrupamentos de Escuteiros de Briteiros (S. Salvador, Sta. Leocádia e Sto. Estevão) e Donim, e da Associação Juvenil “Citânia”. A organização do evento foi patrocinada pela Câmara Municipal de Guimarães.
Nesta edição, cujo formato foi elaborado pelo encenador Gil Filipe, optou-se por uma diferente organização das actividades de Recriação Histórica. Ao longo da tarde, irão ser efectuadas diversas visitas animadas pelo espaço da Citânia, “guiadas “ por um arqueólogo do século XIX, nas quais os figurantes (um total de cerca de 80 voluntários, todos naturais da zona de Briteiros) irão interagir com o público. Esta interacção irá desenrolar-se numa série de números que abrangem diversas temáticas, como a vida doméstica, manifestações cívicas na Idade do Ferro, guerreiros e defesa do povoado e ritual fúnebre. Será também preparado o “almoço castrejo”, que irá ser servido a partir do meio-dia e durante o resto da tarde. As visitas terão início a partir das 15h, até ao fim da tarde, estimando-se uma duração de cerca de uma hora para cada uma. O custo da visita será de 3 Eur por pessoa (1,50 para crianças).
Efemérides vimaranenses: 23 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1384 — Carta régia, em Lisboa, concedendo em tença a Martim Fernão de Freitas, seu escudeiro, as Caldas de Vizela, Adeganha e Sá, com todas a sua honras e senhorios. - Cron. de D. João I, livro 1º, fl. 35. - Foi confirmada em Guimarães a 11 de Maio de 1385. - Idem, idem, fl. 97 vº.
1580 — Falece no Convento de Santa Clara do Porto, na idade de 77 anos, a vimaranense madre Ana das Chagas, modelo das mais sublimes virtudes cristãs, filha de um capitalista de Guimarães. Chamava-se no século Ana Vieira e deixou o mundo na ocasião em que seus pais lhe ofereciam a mão de um gentil mancebo, professando naquele convento por ocasião da reforma da Ordem em 1569.
1582 — Toma posse do D. Priorado de Guimarães, D. João de Bragança, que depois foi bispo de Viseu. Era filho 3.º de D. Francisco de Melo, 2.º Marquês de Ferreira, e de D. Eugénia de Bragança.
1621 — Domingo. - Ao meio dia, juntaram-se todos os ministros de justiça na casa da Câmara vestida de gala, onde 2 capitães com os alferes e soldados os foram buscar, indo todos à igreja de Nossa Senhora da Oliveira fazer oração ao S. S. Sacramento e, fazendo a volta no pátio, disse o vereador mais velho:"Real, real, real, pelo mui alto e católico rei D. Filipe III, rei de Portugal" e os 12 mesteres do povo responderam as mesmas palavras. Ao pé do pátio cavalgou o vereador mais velho, em um formoso cavalo, bem ajaezado, e ele bem vestido, com a soldadesca bem trajada, se foram andando com passo vagaroso pela Rua Nova, saindo pela porta da Torre Velha, foram pelo Toural, fazendo os alferes suas salvas e o vereador que vinha a cavalo repetindo muitas vezes as mesmas palavras, chegaram à Porta da Vila da Torre de S. Domingos, que estava fechada, e a abriu um dos capitães, o qual veio ao corpo da Câmara com a chave na mão e, em nome do povo, a entregou ao vereador segundo, que a recebeu como vassalo e em nome do mesmo povo, prometeu obediência e vassalagem a Sua Majestade e com a mesma ordem vieram pelas Ruas Sapateira, dos Mercadores, de Santa Maria do Gado e Escura, tornando à Praça se recolheram à Câmara com muitas surriadas dos arcabuzeiros e salvas dos alferes. Nesta noite houve muito fogo com charamelas, que sempre acompanharam este acto, com luminárias por toda a vila.
1640 — Os ourives da vila e termo que até então, por ordem da Câmara, andavam unidos com os tosadores para darem a dança da Cigana para a procissão de Corpus Christi, donde resultavam dúvidas em arrecadar o dinheiro preciso, e ser praxe em outras terras andarem separados e darem tochas e não danças: obrigaram-se a dar anualmente 6 tochas brancas para a dita procissão, ficando separados dos tosadores, e isto pasado o dia de Corpus Christi deste ano, com o que a Câmara concordou. Também os azeiteiros (vendedores de azeite) obrigaram-se a dar anualmente 6 tochas brancas para a referida procissão, em lugar da dança que davam, como a Câmara mandou.
1755 — Faleceu o cónego arcipreste de Guimarães, José Carvalho de Araújo : entre os muitos legados, deixou: ao Cabido 200$000 réis, à fábrica 300$000 reis "por algum escrúpulo de horas mal rezadas, porém não quero que os ditos 300$000 réis se ponham a juro mas sim se gastem em obras que ao meu testamenteiro parecerem mais úteis e necessárias para o culto e veneração de Nossa Senhora da Oliveira minha Senhora"; ao hospital da Misericórdia 80 lençóis, 40 mantas e 40 travesseiros de pano de 200 reis a vara. Queria ser enterrado no claustro ao entrar para a capela de S. José.
1841 — Reuniu a mesa e Irmandade das Almas, da Costa ( 10 pessoas) e deliberaram, entre outras coisas, pedir ao Governo os sinos do Mosteiro.
1882 — Faleceu em Braga, de onde era natural e há pouco (meses) estava residindo, o cónego capitular de Guimarães, José Maria da Silva Costa, "O Frigideira", por ser de Braga,"O Moedas", por ser filho de uma cozinheira?
1915 — Às 11 horas da noite, num café, na Rua de Trás-o-Muro, José António Gomes Guimarães, "O Moina", morreu de 1 tiro de revólver que ali lhe deu Secundino Viana.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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21 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 22 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1563 — Alvará autorizando o juiz, vereadores, procurador e escrivão da Câmara levem cada ano à custa das rendas do concelho a propina de dois cruzados cada um pelo trabalho de ordenarem e regerem as procissões solenes que na vila se fazem, como era costume e eles alegaram. Foi confirmado por provisão dirigida ao provedor de Viana, com data de 16 de Outubro de 1577.
1620 — Morre no Mosteiro de Santa Clara, do Porto, a soro Tomásia dos Querubins, vimaranense e notável pelas suas virtudes. Desprevenida de recursos edificou no claustro deste mosteiro uma capela dedicada a Santa Clara, onde foi sepultada.
1715 — Provisão, dirigida ao provedor, revogando a provisão expedida pelo Desembargador do Paço, extraída da real resolução tomada em consulta de 13 de Fevereiro de 1710, e recomenda aos bispos procurem haja paz entre os párocos e fregueses e castiguem, severamente, os párocos que excederem os emolumentos dos sufrágios e funerais e dos usos e costumes que forem justos e estiverem legitimamente concedidos nas suas dioceses.
1770 — D. Domingos de Portugal e Gama tomou posse do Priorado de Guimarães, por procuração que para isso deu ao cónego tesoureiro-mor Luís de Saldanha e Oliveira, seu sobrinho.
1830 — Morreu um ourives, oficial do Molarinho da Tulha, em quem tinham dado uma grande maçada no Arco dos Capuchos, no dia 17 de Janeiro do corrente ano. Desde que apanhou não tornou a sair do hospital de S. Francisco até que morreu. Foi sepultado no dia seguinte na capela dos Terceiros Franciscanos. PL.
1831 — Dia do Espírito Santo - Terceiro dia de preces na igreja da Misericórdia, por chover há mais de dois meses. De tarde, sermão pelo guardião da Falperra, que para isto fora convidado, e no fim procissão d Senhor da Cana Verde. PL
1834 — Chega a notícia oficial de terem abandonado Santarém, no dia 18 deste mês, o Senhor D. Miguel e as tropas realistas, tendo lá entrado o Conde de Saldanha com o exército constitucional e mais o sr. D. Pedro; por isto mandou o subprefeito desta vila tocar repiques. À noite houve iluminação geral andando uma música a tocar o hino constitucional por todas as ruas da vila e muito povo cantando hinos e dando vivas à Senhora D. Maria II, a S. M. I. o Senhor D. Pedro, duque de Bragança e regente e Carta. PL.
1835 — O padre Domingos José Antunes Machado, da freguesia de S. Lourenço de Sande e nela pároco, querelou de José Gonçalves, músico, de S. Martinho de Sande, porque estando em sua casa com pessoas na lavoura, em 22 de Maio de 1835, às duas horas da tarde, aí chegou o Gonçalves, entrou na casa brincando com seu sobrinho, depois de quebrar alguma louça e lançar uma pia pela escada abaixo, pelo que o repreendeu, saiu com pouco espaço, voltou com uma espingarda raiuna, armada com baioneta, subiu até à varanda da casa e encarando-o a ele padre, o chamou com insultos para o matar, o qual, se não se desvia, era morto, pela fúria com que o Gonçalves estava, desfechava-a e, ao retirar-se, disse que a vida dele estava nas suas mãos, que lhe havia de pôr as tripas ao sol. Foi concluída em 29 de Maio de 1835 como despacho "obriga a livremente, o escrivão o passe ao rol dos culpados e as ordens precisas para ser preso".
1897 — Alvará do Governador Civil mandando sindicar a Misericórdia. Politiquice progressista local.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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20 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 21 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1223 — Querendo os Franciscanos Observantes fundar convento em Leiria, o Prior-mor e o Convento de Santa Cruz de Coimbra, senhores da vila, não lho consentiram e excomungaram os frades e os devotos que os auxiliavam com esmolas. Os frades queixaram-se ao Papa Grgório IX, que com esta data, passou um Breve para os bispos de Viseu e Lamego e D. Prior de Guimarães, para que todos, ou o dois deles, obrigassem os Crúzios a levantar a excomunhão e deixassem construir o mosteiro.
1496 — El-rei D. Manuel em Évora, confirma ao duque de Bragança e de Guimarães, D. Jaime, a carta de El-rei D. Afonso V, dada em Ceuta aos 6 de Março de 1464, que fez doação e mercê dos padroados da igreja de Santa Maria da Oliveira e de todas as muitas igrejas e mosteiros da vila de Guimarães a D. Fernando Conde de Guimarães.
1601 — Morre de 90 anos frei Cipriano, monge de S. Jerónimo na Costa, onde havia professado a 2 de Fevereiro de 1593, notável pela sua vasta erudição, foi nomeado pregador apostólico e trabalhador indefesso, em cuja missão prestou à sua ordem importantes serviços. Cumpridas as suas obrigações monásticas, para não estar ocioso, entretinha-se em trabalhos manuais.
1615 — Acórdão da Relação do Porto mantendo os privilégios e liberdades concedidos à Misericórdia de Guimarães por alvará de 4 de Fevereiro de 1602
1747 — Domingo do Espírito Santo. - O Arcebispo D. José de Bragança celebrou missa de pontifical e administrou o crisma a 426 pessoas na Real Colegiada.
1762 — O D. Prior, D. Paulo de Carvalho e Mendonça (depois cardeal eleito), escreve ao seu Cabido mandando fazer preces 8 dias e dar as missas a oração competente, para que Deus ajudasse as nossas armas na incivil guerra que contra este reino movia Carlos III de Castela; e saber se o Cabido queria concorrer com alguma coisa das suas rendas para a dita guerra.
1830 — Por a cordão da Relação do Porto, João Manuel da Guerra, mestre escola da nossa Colegiada, natural de Briteiros do termo de Guimarães, pronunciado nas devassas de rebelião a que procederam o juiz de fora de Guimarães e o desembargador do consistório eclesiástico do arcebispado, Pedro Barbosa Marques do Couto, foi condenado em 5 anos de degredo para as ilhas de Cabo Verde e em 200$000 réis para as despesas da Alçada de quem é o acórdão. Em atenção, porém, ao seu mau estado de saúde, verificado pelos médicos, que lhe reconheceram moléstia crónica e incurável, foi-lhe comutada a pena na de 5 anos de reclusão no Convento de Santo António, de S. Pedro do Sul.
1838 — No Paço do Concelho, perante o presidente e o fiscal da Câmara, arrematou-se o conserto da Ponte de Santa Luzia, sendo adjudicado por 120$000 réis a José Crespo, da Rua do Cano de Baixo.
1891 — Decreto nomeando o nosso estimado João Franco Ferreira Pinto Castelo Branco, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas, Comércio e Indústria.
1893 — Faleceu a última religiosa do Real Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, madre D. Ana Augusta do Nascimento Meneses, natural da vila de Guimarães, a qual estava há muito tempo enferma e sucumbiu a um ataque de paralisia.
1899 — Domingo - A convite do médico vimaranense António Baptista Leite de Faria, "O Bornaria", realizou-se nesta cidade uma conferência médica sobre o tratamento que ele fazia aos tuberculosos, de que ele era iniciador do Congresso Nacional de Tuberculose, à qual assistiram, tomando parte, 17 médicos de diversas cidades e vilas do reino, além de outros que por motivo de doença não compareceram.
1906 — Segunda-feira. - O "Diário do Governo" publicou novo ministério presidido pelo entusiástico amigo de Guimarães, conselheiro João Franco Ferreira Pinto Castelo Branco, que também tomou a pasta do Reino. Tal notícia foi recebida nesta cidade com estrondosos e entusiásticas manifestações de regozijo (nem podia deixar de ser assim), nas quais tomaram parte 4 bandas de música (as duas da cidade, a das Caldas das Taipas e a Nova de Vizela) e talvez 4 a 6 mil pessoas que delirante e incessantemente aclamaram o conselheiro João Franco, o partido regenerador liberal e os vultos mais importantes deste partido.
1911 — Faleceu no Solar de Pindela, Famalicão, o distinto vimaranense Bernardino Pinheiro Correia de Melo, Conde de Arnoso.
1911 — Reuniu em Vizela uma comissão técnica, composta do director das Obras Públicas e delegado de saúde, do distrito, subdelegado de saúde, deste concelho, e outros indivíduos, e escolheram o local para o edifício do hospital.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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19 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 20 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1233 — Neste ano foi fundado o real Convento de S. Francisco do Porto, e a 20 de Maio do mesmo os frades impetraram um breve do Papa para o bispo e cabido lhe darem protecção, que de nada lhe valeu, atendendo à guerra que estes lhe fizeram, que até o queimaram. Acudiu de Guimarães o glorioso S. Gualter a esta tribulação. El-rei D. Sancho, o qual era padroeiro do convento, escreveu em favor dele, mas o bispo fundando maior justiça, a seu parecer, nem deferiu à santidade de um nem respeitou a majestade do outro. No espiritual tiveram por fundador S. Gualter, que para isso fora de Guimarães, e no temporal El-rei. - Hist. Seraph. Liv. 4.
1587 — Carta do cardeal vice-rei do reino, à Câmara, para estar-se pronto a acudir aos portos da costa de Portugal onde anda a armada dos ingleses.
1637 — O Arcebispo de Braga, D. Sebastião de Matos e Noronha, vindo visitar o corpo incorrupto de S. Torcato não conseguiu vê-lo por oposição do povo, que julgava que o prelado desejava conduzir esta relíquia para a sua sé.
1657 — Carta de D. Álvaro de Abranches, participando, de Caminha, à Câmara que neste dia do Espírito Santo, o inimigo retirou para a Galiza quebrando a ponte e largando as fortificações com grande perda, apesar de serem poucos os nossos. Mostra-se sentido com os traidores, alguns já descobertos, e agradece à Câmara o auxílio prestado, do que deu conta a El-rei.
1679 — Em vereação, questionou-se sobre a conveniência ou inconveniência de se conceder licença à "companhia das comédias" que estava na vila de Barcelos, para vir a Guimarães dar alguns espectáculos, havendo-se já dado licença a outra que trabalhava em Viana. Era de opinião o vereador mais velho que não convinha vir segunda, por se ter concedido licença à primeira, e, empatando os votos, chamou-se um vereador do ano antecedente, que desempatou para que viesse a de Viana.
1758 — O mestre pedreiro Pedro António Vidal, morador em Cima de Vila, freguesia de Pena Cova, obrigou-se por escritura a reformar de pedra a capela-mor da igreja da Misericórdia por 150$000 réis.
1762 — Quinta-feira da Ascenção.- Tocaram todos os sinos a rebate, por se ter espalhado o boato de que os catelhanos vinham entrando pela Porta de Santo António.- Nota manuscrita no vol. Guimarães Agradecido existente na Biblioteca Martins Sarmento que veio da casa de Vila Pouca.
1863 — À noite estando a continuar-se com o leilão de prendas em benefício do Asilo de Santa Estefânia, principiado há dias, no Toural, formou-se sobre esta cidade uma ligeira mas fortíssima trovoada despedindo uma faísca eléctrica que caiu sobre o fio do telégrafo e sumiu-se pelo condutor sem causar grandes avarias. A praça do Toural estava cheia de gente que assistia ao leilão, mas quando cintilou o relâmpago de que se despediu a faísca, ouviu-se um grito uníssono de horror, e passado o deslumbramento causado pela luz do relâmpago, não se via ninguém no campo. Pouco depois cessou a trovoada, mas o leilão não continuou.
1934 — Os quintanistas de medicina, do Porto, vieram ter o jantar de confraternização à Penha.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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18 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 19 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — João Luís, carniceiro de rês miúda, fez obriga de este ano ter e cortar 500 cabeças de rês miúda nesta vila, guardando o regimento dela com as ordenações e pediu para isso encarte de vizinhança a qual os vereadores lhe mandaram dar e também acordaram que por toda esta semana não levem pão da vila e arrabaldes nenhum e que os rendeiros o dêem a quem o quiser comprar da vila e quem o vender para fora ou não der aos da vila pagará de pena 2 mil réis para o concelho e cativos por cada vez e foi logo apregoado.
1747 — O Arcebispo D. José de Bragança, por seu procurador, toma posse da sujeição do Conservatório de Santa Rosa de Lima.
1761 — O Cabido, em sua sessão, lê uma carta de S. Majestade, que mandava entregar o depósito das rendas do D. Priorado vago, para o cofre da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, reservando 2:000$000 de réis para as despesas e obrigações da mesma dignidade prelacial, e logo o arcediago António de Eça e Castro, ecónomo das ditas rendas, entregou ao Cabido 27:395$200 réis que o entregou a Pedro Pedrosem da Silva sócio da dita companhia.
1761 — Provisão declarando que os galegos que trazem sardinha para vender, mostrando ter pago nas alfândegas da raia, não devem pagar no interior sisa, portagem, nem almotaçaria. Está registada na Câmara.
1770 — Com grande acompanhamento e luzimento chegam a esta vila o D. Prior de Guimarães, D. Domingos de Portugal e Gama e os seus sobrinhos João de Saldanha de Oliveira e Sousa, morgado de Oliveira e gentil homem da câmara de El-rei D. Pedro III, e Luís de Saldanha de Oliveira, cónego tesoureiro-mor da Real Colegiada de Guimarães e seu sucessor neste D. priorado, os quais se recolheram com toda a sua comitiva nas casas defronte da igreja da Misericórdia que o arcebispo D. José de Bragança tinha mandado fazer para sua residência quando esteve em Guimarães nos anos de 1746 a 1749 e depois as doou ao seu mordomo João Lobo da Gama.
1825 — Chega a notícia de D. João VI, no dia dos seus anos, a 13 deste, fazer mercê do hábito de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa aos cónegos de Guimarães, isto a instâncias do D. Prior, D. José Teles da Silva. PL.
1834 — Foi suspenso o vigário de S. Paio desta vila, por ser realista, e foi nomeado para o substituir o padre Manuel Moreira que tinha sido capelão de Santa Clara e tinha estado preso por constitucional. Outros muitos párocos foram suspensos nesta ocasião e pelo mesmo motivo, sendo substituídos por eclesiásticos tanto seculares com regulares.
1858 — Neste dia, logo que a Câmara recebeu parte oficial da chegada da rainha D. Estefânia, a Portugal, o sino do relógio, muito fogo do ar e repiques gerais nas torres, anunciaram que os dias de festejo nacional estavam chegados. Ao meio-dia uma salva de 21 tiros precedeu a saída do bando, que correu as ruas da cidade levando as bandeiras nacional e do município com uma guarda de honra do destacamento do nº 8 de infantaria. Os empregados que conduziam as bandeiras, o pregoeiro e a guarda de honra iam na etiqueta e maior asseio. Foram declarados festivos os dias 20,21 e 22. Em cada lugar que a notícia e ordem da Câmara eram lidas, subiam ao ar muitos foguetes e repicavam os sinos da torre mais próxima.
1892 — Foi benzida solenemente a capela do cemitério de Atouguia, sendo celebrante dos actos o cónego Manuel José da Silva Bacelar; seguiu-se missa cantada a orquestra. Assistiram a Câmara, representantes de algumas corporações religiosas e bastante povo. Era quinta-feira.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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17 maio, 2007
Efemérides vimaranenses: 18 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1493 — Por alvará régio, passado nesta data em Torres Vedras, e carta régia, dada no Torcifal a 19 de Junho de 1493, foi apresentado Prior na igreja de Santa Maria de Guimarães, D. Henrique Coutinho, do conselho de El-rei, pela vaga deixada por Fernão Coutinho. que havia sido promovido a Bispo de Lamego.
1530 — Carta de El-rei D. João III, em Lisboa, confirmando a de El-rei D. Pedro I, dada em Elvas a 9-V-1361, que manda que os lavradores moradores nos casais e herdades que a Ordem do Hospital tinha no termo da vila de Guimarães, pagassem e servissem como as pessoas do concelho.
1589 — Sentença mandando manter a jurisdição real, proferida na Relação do Porto. Foi porque o juiz dos resíduos de Braga, de pouco tempo a esta parte, mandava aos diversos curas da vila e termo de Guimarães que à missa notificassem os fregueses que fossem a Braga dar contas perante ele dos testamentos, e dos abintestados. Se não cumpriam os evitavam dos ofícios divinos, o que era contra a jurisdição real e ordenação e concordata de D. Sebastião com os prelados, onde ficou determinado que os testamenteiros não fossem obrigados a ir fora da sua terra. E também tomava o juiz conta das capelas e albergarias.
1594 — António Francisco, morador na Póvoa, da freguesia do Mosteiro, concelho de Vieira, dá perdão, tendo querelado, a 9 homens que, com outros, lhe tinham batido e ferido, no termo desta vila, por ele prender no dito concelho a Gonçalo Gonçalves Calcapatos servindo de juiz nesse concelho.
1865 — Constou que estavam nesta cidade os agentes da propaganda, vindos de Braga onde ofenderam as crenças católicas do povo e blasfemaram dos dogmas de fé, e que se dispunham fazer na igreja das Capuchas o seu doutrinamento. Deu causa a este boata um homem, com todos os sinais de monomaníaco, que entrou na igreja de S. Dâmaso quando se estava fazendo a oração mental, e que, depois de feito incríveis momices, se apresentou com um eleito de Deus, acumulado por ele de benefícios mesmo na sua vida de pedinte, e que convidou a que de tarde fossem à igreja das Capuchas para aí fazerem com ele oração. De tarde a dita igreja e suas avenidas encheram-se de povo curioso, mulheres com abadas de pedras, homens com paus, rapazes, velhos, tudo aguardava com ansiedade o aparecimento dos supostos agentes de propaganda, desejoso de fazer-lhes pagar caro o atrevimento do seu apostolado protestante numa terra católica.
1872 — Saiu o 1º número do jornal "O Echo do Norte", semanal, ao sábado, político, literário e noticioso, impresso na tipografia do Berço da Monarquia. Responsável: Manuel Joaquim Ferreira. Administrador: José Tomás de Sousa.
1894 — A direcção da Sociedade Martins Sarmento suprimiu o curso de aprendizagem de tipografia.
1906 — Nesta cidade fizeram-se ruidosas festas ao nosso João Franco Castelo Branco ao saber-se que ele fora encarregado de formar ministério. Ao começo da noite, na Rua de Paio Galvão, as duas músicas da cidade a tocarem o hino, milhares de pessoas com archotes acesos percorreram a cidade com entusiásticos vivas, parando em frente de algumas casas, falando das suas janelas o Dr. Henrique Margaride e o Dr. Joaquim de Meira, congratulando-se por tal motivo e incitando o povo a também congratular-se. Na seguinte de 19, as duas músicas, e (em lugar de archotes ) balões venezianos em canas da Índia, feita e dirigida por Simão Ribeiro com o pessoal da sua fábrica de curtumes e sapatarias, superior a 200, percorreram as ruas da cidade, com vivas. No Domingo, depois do arraial da festa do Senhor da Agonia, da Colegiada, a música Boa União tocando o hino do Franco percorreu as ruas da cidade, seguida de muito povo que dava calorosos vivas. Na noite de 21 repetiram-se as mesmas manifestações de 18, com 4 bandas de música, pessoal da Rua de Couros e das fábricas de Campelos, Castanheiro e Avenida, 5.000 pessoas, voltou de novo a falar da janela de sua casa aos manifestantes do Dr. Joaquim de Meira e assim terminaram as patrióticas e delirantes festas de 4 dias em honra de João Franco Castelo Branco.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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