Efemérides vimaranenses: 30 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1050 — Frei Fagildo em nome e como procurador do Mosteiro de Mumadona acusava Sueiro Exeminis de se haver apoderado, por meio de homicídio, da vila e homens de Matamá, afirmando este que esta vila era sua e já o fora de seus avós. Levada a questão perante Gomice Eitaz, que governava nesta terra em nome dos reis D. Fernando e D. Sancha, reuniram-se em Jugarios (Jugueiros) e elegeram juiz Pelaágio Sagatiz, que, depois de ouvidas as testemunhas, conseguiu que se fizesse um pacto pelo qual o dito Sueiro reconhecia a vila como pertença do Mosteiro; fazendo-se a escritura nesta data. Vide Vimaranis M. H. , doc. XXXVII, pág. 38.
1666 — Diversos indivíduos de diferentes classes, fazem procuração na nota de João de Almeida e João Fernandes da Silva, para a causa e demanda que pretendiam mover sobre as águas pertencentes às hortas da Rua de Gatos de que eram senhores.
1695 — Tendo, os moradores de S. Vicente de Passos, feito petição sobre o lançamento e repartição da palha para o exército, por na freguesia haver muitos privilegiados das Tábuas Vermelhas, veio datada deste dia uma provisão sobre o dito lançamento não exceptuando os privilegiados.
1706 — Falece, em Guimarães, D. Pedro de Sousa, D. Prior de Guimarães, um dos que na Colegiada conseguiram os maiores respeitos; jaz sepultado na capela-mor da Colegiada. Era 4.º filho de D. Francisco de Sousa, 1.º Marquês das Minas, e de sua mulher D. Eufrásia de Vilhena; havia sido chantre de Viseu, arcediago de Neiva na Sé de Braga e beneficiado em Salvaterra.
1821 — Aviso do secretário da regência do reino e dos negócios da fazenda, presidente do tesouro público nacional e da junta dos juros dos novos empréstimos, Joaquim José da Costa Macedo, para o corregedor de Guimarães remeter com brevidade á mesma junta uma reclamação das fábricas existentes na comarca, em que terras estavam, quem eram os seus donos e a qualidade das fazendas que nelas se manufacturavam.
1821 — Em cortes foi mencionada uma felicitação de 22 cidadãos de Guimarães, à qual foi dada a costumada contemplação.
1834 — Chega a notícia oficial de ter o sr. D. Miguel aceitado, em Évora Monte onde estava no dia 27 deste mês, as propostas que seu irmão o sr. D. Pedro regente, em nome da rainha, lhe havia feito de embarcar em Sines ou em algum outro porto do Algarve, ficando o seu exército à descrição, houve repiques e luminárias, andando grupos de gente a cantar hinos constitucionais e a fingir que choravam. PL.
1841 — Domingo do Espírito Santo. - Tomou posse do priorado de S. Sebastião desta vila, João Bento Correia da extinta congregação de S. João Evangelista. Quando foi para a igreja para tomar posse foi de sege e acompanhado pelo administrador do concelho, José Inácio Vieira. O novo provido era um tanto estouvado e não muito próprio para ser pároco. PL.
1860 — Decreto concedendo às comissões promotoras do Asilo de Infância Desvalida o edifício e cerca do extinto Convento do Carmo que estava a cargo do Ministério da Guerra, para ali se estabelecer o Asilo com a condição de ser restituído ao Ministério da Guerra o mesmo edifício e pertenças, logo que o serviço público assim o exigir.
1868 — Ao meio dia houve nesta cidade um forte trovoada acompanhada de muita chuva; das faíscas caiu uma no alpendre da Quinta da Amorosa, ardendo tudo que aí se achava, mas de pouco prejuízo e não havendo desgraça alguma.
1872 — O juiz de direito, dr. Francisco Henriques de Sousa Seco, não foi na procissão de Corpus Christi por andar de mal com a Câmara e ter suspendido o presidente dela, que era o dr. advogado Avelino da Silva Guimarães, por causa dos órfãos (e de dinheiro aparecido no Paço de Aldão); mandou o 1.º substituto e durante o trajecto dela esteve à janela da sua morada nos Laranjais.
1877 — A Junta Geral do Distrito de Braga delibera criar um corpo policial em Braga à custa dos concelhos do mesmo distrito, cabendo ao concelho de Guimarães pagar anualmente para o dito corpo três contos de réis: apenas o Barão de Pombeiro votou contra, declarando que não aprovava porque os seus constituintes, os vimaranenses, tinham representado à Junta contra a organização em projecto; ele, de modo algum, podia contrariar a opinião do concelho que representava.
1889 — Inaugura-se, com assistência da comissão municipal, autoridades civis e militares, numa casa do terreiro de Santa Clara, pertencente a João Pacheco Pereira, uma exposição de rosas e belas artes, promovida pela comissão de melhoramentos na Penha, em benefício dos mesmos melhoramentos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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