Efemérides vimaranenses: 23 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1384 — Carta régia, em Lisboa, concedendo em tença a Martim Fernão de Freitas, seu escudeiro, as Caldas de Vizela, Adeganha e Sá, com todas a sua honras e senhorios. - Cron. de D. João I, livro 1º, fl. 35. - Foi confirmada em Guimarães a 11 de Maio de 1385. - Idem, idem, fl. 97 vº.
1580 — Falece no Convento de Santa Clara do Porto, na idade de 77 anos, a vimaranense madre Ana das Chagas, modelo das mais sublimes virtudes cristãs, filha de um capitalista de Guimarães. Chamava-se no século Ana Vieira e deixou o mundo na ocasião em que seus pais lhe ofereciam a mão de um gentil mancebo, professando naquele convento por ocasião da reforma da Ordem em 1569.
1582 — Toma posse do D. Priorado de Guimarães, D. João de Bragança, que depois foi bispo de Viseu. Era filho 3.º de D. Francisco de Melo, 2.º Marquês de Ferreira, e de D. Eugénia de Bragança.
1621 — Domingo. - Ao meio dia, juntaram-se todos os ministros de justiça na casa da Câmara vestida de gala, onde 2 capitães com os alferes e soldados os foram buscar, indo todos à igreja de Nossa Senhora da Oliveira fazer oração ao S. S. Sacramento e, fazendo a volta no pátio, disse o vereador mais velho:"Real, real, real, pelo mui alto e católico rei D. Filipe III, rei de Portugal" e os 12 mesteres do povo responderam as mesmas palavras. Ao pé do pátio cavalgou o vereador mais velho, em um formoso cavalo, bem ajaezado, e ele bem vestido, com a soldadesca bem trajada, se foram andando com passo vagaroso pela Rua Nova, saindo pela porta da Torre Velha, foram pelo Toural, fazendo os alferes suas salvas e o vereador que vinha a cavalo repetindo muitas vezes as mesmas palavras, chegaram à Porta da Vila da Torre de S. Domingos, que estava fechada, e a abriu um dos capitães, o qual veio ao corpo da Câmara com a chave na mão e, em nome do povo, a entregou ao vereador segundo, que a recebeu como vassalo e em nome do mesmo povo, prometeu obediência e vassalagem a Sua Majestade e com a mesma ordem vieram pelas Ruas Sapateira, dos Mercadores, de Santa Maria do Gado e Escura, tornando à Praça se recolheram à Câmara com muitas surriadas dos arcabuzeiros e salvas dos alferes. Nesta noite houve muito fogo com charamelas, que sempre acompanharam este acto, com luminárias por toda a vila.
1640 — Os ourives da vila e termo que até então, por ordem da Câmara, andavam unidos com os tosadores para darem a dança da Cigana para a procissão de Corpus Christi, donde resultavam dúvidas em arrecadar o dinheiro preciso, e ser praxe em outras terras andarem separados e darem tochas e não danças: obrigaram-se a dar anualmente 6 tochas brancas para a dita procissão, ficando separados dos tosadores, e isto pasado o dia de Corpus Christi deste ano, com o que a Câmara concordou. Também os azeiteiros (vendedores de azeite) obrigaram-se a dar anualmente 6 tochas brancas para a referida procissão, em lugar da dança que davam, como a Câmara mandou.
1755 — Faleceu o cónego arcipreste de Guimarães, José Carvalho de Araújo : entre os muitos legados, deixou: ao Cabido 200$000 réis, à fábrica 300$000 reis "por algum escrúpulo de horas mal rezadas, porém não quero que os ditos 300$000 réis se ponham a juro mas sim se gastem em obras que ao meu testamenteiro parecerem mais úteis e necessárias para o culto e veneração de Nossa Senhora da Oliveira minha Senhora"; ao hospital da Misericórdia 80 lençóis, 40 mantas e 40 travesseiros de pano de 200 reis a vara. Queria ser enterrado no claustro ao entrar para a capela de S. José.
1841 — Reuniu a mesa e Irmandade das Almas, da Costa ( 10 pessoas) e deliberaram, entre outras coisas, pedir ao Governo os sinos do Mosteiro.
1882 — Faleceu em Braga, de onde era natural e há pouco (meses) estava residindo, o cónego capitular de Guimarães, José Maria da Silva Costa, "O Frigideira", por ser de Braga,"O Moedas", por ser filho de uma cozinheira?
1915 — Às 11 horas da noite, num café, na Rua de Trás-o-Muro, José António Gomes Guimarães, "O Moina", morreu de 1 tiro de revólver que ali lhe deu Secundino Viana.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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