Efemérides vimaranenses: 22 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1563 — Alvará autorizando o juiz, vereadores, procurador e escrivão da Câmara levem cada ano à custa das rendas do concelho a propina de dois cruzados cada um pelo trabalho de ordenarem e regerem as procissões solenes que na vila se fazem, como era costume e eles alegaram. Foi confirmado por provisão dirigida ao provedor de Viana, com data de 16 de Outubro de 1577.
1620 — Morre no Mosteiro de Santa Clara, do Porto, a soro Tomásia dos Querubins, vimaranense e notável pelas suas virtudes. Desprevenida de recursos edificou no claustro deste mosteiro uma capela dedicada a Santa Clara, onde foi sepultada.
1715 — Provisão, dirigida ao provedor, revogando a provisão expedida pelo Desembargador do Paço, extraída da real resolução tomada em consulta de 13 de Fevereiro de 1710, e recomenda aos bispos procurem haja paz entre os párocos e fregueses e castiguem, severamente, os párocos que excederem os emolumentos dos sufrágios e funerais e dos usos e costumes que forem justos e estiverem legitimamente concedidos nas suas dioceses.
1770 — D. Domingos de Portugal e Gama tomou posse do Priorado de Guimarães, por procuração que para isso deu ao cónego tesoureiro-mor Luís de Saldanha e Oliveira, seu sobrinho.
1830 — Morreu um ourives, oficial do Molarinho da Tulha, em quem tinham dado uma grande maçada no Arco dos Capuchos, no dia 17 de Janeiro do corrente ano. Desde que apanhou não tornou a sair do hospital de S. Francisco até que morreu. Foi sepultado no dia seguinte na capela dos Terceiros Franciscanos. PL.
1831 — Dia do Espírito Santo - Terceiro dia de preces na igreja da Misericórdia, por chover há mais de dois meses. De tarde, sermão pelo guardião da Falperra, que para isto fora convidado, e no fim procissão d Senhor da Cana Verde. PL
1834 — Chega a notícia oficial de terem abandonado Santarém, no dia 18 deste mês, o Senhor D. Miguel e as tropas realistas, tendo lá entrado o Conde de Saldanha com o exército constitucional e mais o sr. D. Pedro; por isto mandou o subprefeito desta vila tocar repiques. À noite houve iluminação geral andando uma música a tocar o hino constitucional por todas as ruas da vila e muito povo cantando hinos e dando vivas à Senhora D. Maria II, a S. M. I. o Senhor D. Pedro, duque de Bragança e regente e Carta. PL.
1835 — O padre Domingos José Antunes Machado, da freguesia de S. Lourenço de Sande e nela pároco, querelou de José Gonçalves, músico, de S. Martinho de Sande, porque estando em sua casa com pessoas na lavoura, em 22 de Maio de 1835, às duas horas da tarde, aí chegou o Gonçalves, entrou na casa brincando com seu sobrinho, depois de quebrar alguma louça e lançar uma pia pela escada abaixo, pelo que o repreendeu, saiu com pouco espaço, voltou com uma espingarda raiuna, armada com baioneta, subiu até à varanda da casa e encarando-o a ele padre, o chamou com insultos para o matar, o qual, se não se desvia, era morto, pela fúria com que o Gonçalves estava, desfechava-a e, ao retirar-se, disse que a vida dele estava nas suas mãos, que lhe havia de pôr as tripas ao sol. Foi concluída em 29 de Maio de 1835 como despacho "obriga a livremente, o escrivão o passe ao rol dos culpados e as ordens precisas para ser preso".
1897 — Alvará do Governador Civil mandando sindicar a Misericórdia. Politiquice progressista local.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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