Efemérides vimaranenses: 17 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1581 — Foi confirmada neste dia, nas cortes de Tomar, a carta pela qual El-rei D. Manuel concedeu aos "homens bons de Guimarães" o privilégio de infanções. Contem-se nela o seguinte: " Que os privilegiados não podem ser metidos em tormentas, por nenhuns malefícios, salvo o caso em que o podem ser os fidalgos do reino e senhorios: - que não possam ser presos por nenhum crime, somente sobre suas menagens, assim como o são e devem ser os ditos fidalgos; - que possam usar por todos o reino e senhorios quais e quantas armas lhes aprouver, de noite e de dia, assim ofensivas como defensivas; - que gozem de todas as graças, liberdades e privilégios, que os monarcas passados concederam à cidade de Lisboa, ressalvando que não possam andar em bestas muares; - que todos os seus caseiros, mordomos, lavradores encabeçados e os que continuamente viverem com eles, não sejam constrangidos a servirem em guerras, nem em outras idas, nem por mar, nem por terra, só quando acompanharem os ditos homens bons e da governança; - que ninguém pouse com eles, nem lhes tomem suas casas, moradas, adegas, cavalariças, nem bestas de sela, nem de albarda, nem nenhuma outra coisa do seu contra suas vontades; - que gozem finalmente de todas as liberdades que antigamente gozavam os infanções e ricos homens, sob pena de seis mil soldos contra os contraventores."
1627 — Escritura de contrato em que a mesa da Misericórdia dá consentimento a Sebastião Fernandes de Araújo para formar uma capela ao lado da igreja, com arco para a mesma, obrigado ele sempre à fabrica da mesma, e dando no acto a esmola de oitenta mil réis, tudo na forma do termo que havia sido feito. NB : Este contrato foi de muito prejuízo para a Misericórdia.
1641 — Carta régia reintegrando no cargo de corregedor ao dr. Afonso Soares da Fonseca, que desde a aclamação de El-rei D. João IV tinha deixado de servir por desaparecimento, tendo a Câmara e a gente da governança elegido o dr. Juiz de fora, que serviu até agora e queriam continuasse, o que sendo participado a El-rei em 5 de Abril para que mandasse juiz de fora, ele ordenou ficassem com dantes.
1676 — Faleceu António de Meira Peixoto natural da vila de Guimarães, arcipreste de Guimarães, foi o 7º que ocupou esta dignidade da Colegiada. A maior aplicação do seu estudo foi a Genealogia, em que fez grandes progressos escrevendo " ois tomos de famílias" in fol. Manuscrito, que se conservam em poder do dr. António da Mota Prego, e "Árvore de toda a ascendência e descendência dos Peixotos".
1835 — Exéquias na basílica de S. Pedro, pelos 9 infelizes que foram a padecer na cidade do Porto em igual dia de 1829 por terem tomado parte na rebelião do Porto a favor da Senhora D. Maria II e da Carta, os quais foram sentenciados pela alçada do sr. D. Miguel quando era rei. Foram mandadas por aqueles que tinham estado presos, emigrados e escondidos; constaram de missas e um ofício a música, a que assistiram bastantes, do qual cantou a missa o cónego Baptista também comprometido, acolitado pelos cónegos curadeiras (José de Abreu e António de Freitas Costa). Na véspera e dia tocaram os sinos das torres da vila. PL.
1852 — De manhã, retiraram de Guimarães, em direcção a Santo Tirso, a rainha D. Maria II, D. Fernando, o príncipe real D. Pedro V e o infante D. Luís.
1852 — Portaria do Duque de Saldanha, no Paço de Santo Tirso, em 17-V-1852, ao governador civil de Braga, para, em nome da rainha, manifestar aos de Vizela o pesar de não ir agradecer-lhes os preparativos festivos que haviam disposto e que, quando voltasse do Minho, visitaria o estabelecimento e que certificasse o interesse que tomava pelas Caldas. Foi enviada ao presidente da comissão em 18 de Maio, que a publicou em edital a 19 de Maio, mandando-a ler na missa de S. Miguel e afixara na mesma freguesia.
1876 — A Câmara resolveu proceder aos precisos exames para se verificar se a figura de Guimarães que se achava colocada no edifício da alfândega podia ser colocada nos Paços do Concelho.
1883 — Às 9 horas da noite foi detido na estação do Pinheiro, no Porto, a requisição do comissário de polícia de Coimbra, o estudante da universidade José de Paçô Vieira, filho do Barão de Paçô, o qual vinha ao Porto bater-se em duelo.
1927 — De tarde houve uma trovoada bastante forte de que resultou cair uma faísca eléctrica na torre da igreja de S. Martinho de Sande derrubando-lhe a grimpa ou cume, eram 5 horas da tarde.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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