Efemérides vimaranenses: 13 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1268 — Foram colocadas no Convento de S. Domingos, de Guimarães, pelo beato frei Lourenço Mendes, as relíquias que miraculosamente lhe foram confiadas, estando a pregar em Veiga de Lila, concelho de Valpaços. Estiveram muito tempo no primitivo cofre até que no ano de 1415 o prior frei João de Braga as colocou em famoso retábulo na sacristia. Depois que se fez a grande capela de Gonçalo Lopes de Carvalho Fonseca e Camões, a qual logo desde 1698 continuou a ser sacristia, no seu lindo altar com tribuna foram colocadas todas as relíquias que existiam no convento, excepto a ossada do dito bem-aventurado frei Lourenço e aí estiveram até 1834 em que foi extinto o convento, sendo todas então surripiadas, ficando apenas os lugares delas.
1806 — Patente passada em o quartel general de Viana pelo tenente general dos reais exércitos, encarregando do governo das armas do Minho, nomeando António Fernandes de Guimarães, da freguesia de Golães, termo de Guimarães, para tenente do facho da serra de Fiães, entre Melgaço e Friães, lugar vago por demissão de Bernardo José de Oliveira, para corresponder os seus sinais com os do facho da serra da Cumieira.
1808 — Com esta data, pela secretaria de estado dos negócios do interior e finanças, foi remetida, ao juiz, vereadores e procurador do concelho de Guimarães, uma carta assinada por Francisco António Nerman, que acompanhava um aviso do Duque de Abrantes, general em chefe do exército de Portugal, com a carta manifesto dos membros da deputação portuguesa, aconselhando aos seus concidadãos a submissão ao imperador dos franceses, etc., - Que patife o duque.
1811 — Solene Te Deum, na Colegiada, a expensas do Cabido e Câmara, pelo aniversário natalício do príncipe (D. João VI) e pela restauração do reino. O orador recebeu 19$200 réis.
1819 — Por ser o aniversário de El-rei D. João VI, os estudantes representam na casa da ópera, que era atrás da capela de Nossa Senhora da Guia, onde está a casa da sacristia, uma tragédia que foi mal desempenhada.
1821 — Festejam-se os anos de El-rei e o médico João Evangelista Morais Sarmento recita perante a Câmara um elogio de que era autor.
1823 — Festejam-se os anos de D. João VI, com descargas de fogo e parada. À noite uma brilhante iluminação, com a efígie de S. M. nas janelas da casa de João Teixeira alcaide. Também houve teatro. PL
1824 — Anos de El-rei D. João VI. - António Manuel Martins, marido da "Joaninha pasteleira", mandara fazer com toda a riqueza, pompa, asseio e brilhantismo, nunca até ali praticado, armar a capela dos terceiros Franciscanos aonde nada se poupou, para fazer este acto com a maior magnificência, expondo-se o Santíssimo Sacramento em todo o dia, tendo precedido uma soleníssima missa cantada, a que assistiu toda a oficilaidade das ordenanças, nobreza e muito povo. Cantou-se de tarde um soleníssimo Te Deum por toda a comunidade dos religiosos de S. Francisco, tendo havido antes uma magnífica oração que pregou o padre frei Lourenço de Jesus Maria, pregador dos mesmos observantes da província de Portugal, assistindo a referida oficialidade, nobreza e povo, todos com tochas acesas; " deram no fim vivas do maior entusiasmo ao nosso bom rei e pai, o senhor D. João VI e Família Real, cujos retratos, colocados no lado do Evangelho, enchiam da maior satisfação a todos os circunstantes e embelezavam a magnífica armação que a todos causara a maior admiração". À noite houve uma esplêndida e vistosa iluminação do dito António Manuel Marques ( na praça maior, junto ao paço municipal).
1825 — Festejam-se os anos de El-rei.
1924 — Greve dos empregados do correio e do telégrafo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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