Efemérides vimaranenses: 11 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1606 — Carta régia nomeando vereador o licenciado Pero Guedes em lugar de Pero Novaes de Faria que não podia servir o dito lugar por ser culpado na norte de uma mulher e andava homiziado.
1633 — A Câmara, em sessão, mandou chamar Francisco Machado, carcereiro da correição, e tratou com ele que a casa da cadeia, que estava ao pé da escada, servisse de pértiga para os mesteirais desta vila e termo e mais pessoas que pelos almotacés fossem mandados prender, e não levaria mais de carceragem de cada pessoa que um vintém, ao que ele se obrigou e foi havido por desobrigado da dita pértiga, António Machado, que servira até agora de pertigueiro, o qual entregou a corrente que tinha, ficando esta na Câmara.
1657 — A Câmara Municipal escreve à Rainha que: em vista do " inimigo ter feito entrada na província de Entre Douro e Minho pela parte de Castro Laboreiro com mais de cinco mil infantes pagos e oitocentos cavalos, fora o mais poder que se dizia ter da outra parte do Minho, e com este exército marchou, metendo-o no forte de S. Sebastião, junto a Valença, na investida do qual recebera perda de alguma gente e se retirara ao mosteiro de Garfe; nesta província e suas fronteiras se necessitava de gente para alguns cabos, dinheiro e tudo o mais que a ocasião pedia para fazer oposição ao inimigo e lançá-lo fora do posto referido, convém que a rainha ordene aos generais de Trás-os-Montes e Beira socorram este partido pela falta que nela há, assim de infantaria como de cavalaria e nós e esta vila estamos prontos com pessoas, vidas e fazendas para nos expormos ao maior perigo para defensão da real pessoa", etc.
1827 — Carta do cirurgião-mor do reino, passada a favor de João António da Costa, filho de José da Costa, natural da freguesia de Santa Eulália (?), da comarca de Guimarães, para poder sangrar, mas com licença de médico ou cirurgião, e também sarjar, lançar ventosas e sanguessugas.
1869 — Portaria aprovando o projecto datado de 12 de Fevereiro de 1868 relativo ao lanço de 316,33 m de cumprimento para ligar a Rua da Madroa com o sítio da Cruz da Pedra, no princípio da estrada de S. Tiago, e ordenando ao chefe da 6.ª divisão das Obras Públicas que faça executar os trabalhos da sua construção. Era ministro das Obras Públicas, Sebastião Lopes de Calheiros e Meneses. - D. do Governo de 18-V-!869.
1879 — Domingo - Depois de feitos os respectivos ofícios capitulares, foi sepultado na igreja Colegiada o último cónego chantre de Guimarães, José António Martins Vimaranense, cujo cadáver foi o último sepultado dentro de barreiras da cidade. Os ofícios capitulares deste cónego chantre que deviam ser soleníssimos, não só porque era ou fora o presidente nato do Cabido, mas também porque ele enquanto pode ser presente no coro, até 27 de Novembro de 1875, todos os actos corais foram sempre, diariamente, feitos com perfeição e gravidade religiosa, mas, desde 28 de Novembro de 1875 em que ele chantre deixou de vir ao coro por causa de doença gotosa, e o tesoureiro-mor, a quem competia a presidência, e para ela era competente, a não quis tomar, principiou a anarquia no coro, em que alguns capelães eram os que nele mandavam, comandados pelo subchantre que era um apressado em todos os actos, diariamente; estes ofícios principiaram às 8 horas e meia, rezaram-nos e antes das 10 e meia já estavam concluídos, e os capelães a marcharem para a bênção do cemitério da Atouguia para ganharem uns míseros tostões. Foram uma vergonha.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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