Efemérides vimaranenses: 9 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1398 — Havendo uma demanda entre Pero Gonçalves, autor, e Lourenço Esteves, réu, clérigos, moradores nesta vila de Guimarães, sobre a entrega do penhor de uma taça de prata, a qual foi julgada pelo vigário geral da Colegiada, o réu contestou e o dito vigário deu sentença contra ele réu o qual apelou para o de Braga que sentenciou no claustro da Sé contra ele, em 9 de Maio do ano de 1398, remetendo averiguação ao de Guimarães.
1620 — A Câmara, em razão da antiga posse em que a vila estava de ser visitada pelos arcebispos e não por seus visitadores, constando-lhe, pelo edital de 6 do corrente, que não vinha pessoalmente e mandava visitá-la, ordenou chamar as pessoas da governança e misteres do povo, que todos acordaram se defendesse, à custa das rendas do concelho, a dita posse e justiça da vila, requerendo-a no Porto, Lisboa e corte de Madrid, sobre a forma com que queria fazer a dita visitação.
1710 — A mesa e definitório da Misericórdia deliberam que " por ser mais justo e serviço de Deus", passassem a ser distribuídos anualmente em o dia dos Fiéis Defuntos, e não em Quarta-feira de Trevas, os vestidos aos pobres, segundo o legado deixado por Manuel Peixoto dos Guimarães.
1799 — Alvará régio concedendo ao D. Prior licença para somente reparar a igreja da Colegiada, mas não para fazer edificações ou demolições nela conforme requeria.
1807 — Provisão mandando ao provedor que conserve a todos os moradores da freguesia de Santa Maria de Atães o logradouro dos montes da sua freguesia e promovesse no mesmo terreno a plantação de arvoredo, conforme havia sido concedido aos da freguesia de Espinho; foi a requerimento do juiz e homens de falas da referida freguesia de Atães.
1831 — Neste dia e no seguinte não saem as procissões das ladaínhas por chover muitíssimo há mais de um mês continuamente, pelo que o Cabido fez preces nos dia 13, 14 e 15 deste mês para pedir sol, pois que todas as terras estavam por lavrar. PL.
1852 — Às 10 horas e meia da manhã partiu do Porto para Guimarães, para a recepção de Suas Majestades, a música do regimento nº 2 a reunir-se com a força do mesmo corpo que devia chegar de Penafiel para fazer a guarda de honra a Suas Majestades em Guimarães; pernoitou em Santo Tirso e chegou a Guimarães no dia 10.
1859 — Às 8 horas da noite, alguns moradores da Rua de Val-de-Donas, alvoraçados por gritos de quem parecia afrontado, e correndo a acudir, encontraram estendido no chão, com o rosto todo ensanguentado, um homem, a quem 2 ou 3 soldados do destacamento de infantaria 8 aqui estacionado zurziam com coronhadas, sendo tal a sanha destes bárbaros que, se o socorro não viesse tanto a tempo, acabariam ali com o desgraçado. O homem vinha preso e por se não terem tomado as necessárias precauções, conseguira, no Largo de S. Bento, evadir-se; a poucos passos teve a infelicidade de cair, foi agarrado pelos soldados que descarregaram então sobre o corpo do desventurado todos os efeitos da sua bílis irritada. Pelo registo da cadeia, o único preso que neste dia ali entrou foi Francisco Barreiro, solteiro, alfaiate, de 31 a 32 anos, natural de Vila de Corcobiom?, Galiza, residente, desde pequeno, na Travessa da Vitória, da cidade do Porto, que declarou o prenderam por lhe acharem um cavalo, que ele tinha comprado, na feira, em Famalicão, a um homem, por 3 soberanos e meio, e que o dito cavalo era roubado, mas ele não sabia. Foi remetido pelo administrador deste concelho ao de Famalicão em 24 deste mês e ano.
1863 — Grande trovoada, de tarde, nesta cidade; caiu uma faísca eléctrica no lugar do Paço, freguesia de Creixomil, ficando uma mulher em perigo de vida, e outra um pouco assombrada.
1865 — Às 5 horas e 35 minutos da manhã, sentiu-se nesta cidade um abalo de terra; foi de pouca duração.
1891 — Falece em Braga, onde residia, o 1.º visconde de Pindela, João Machado Pinheiro Correia de Melo, natural desta cidade de Guimarães, à qual foi falso na questão Brácaro-Vimaranense. Eram 11 horas da noite.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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