Efemérides vimaranenses: 4 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1579 — Foi admitido no real colégio de S. Paulo, de Coimbra, o vimaranense Baltazar de Azevedo, filho de Jorge de Azevedo e de Mécia da Fonseca que veio a ser lente de medicina, na universidade, físico-mor do reino e bom latinista.
1620 — O Arcebispo de Braga escreve ao Cabido de Guimarães participando-lhe que não lhe está sendo possível vir visitar pessoalmente a igreja e a vila, mandaria por seus visitadores o bispo de Nicomédia e os doutores Cristóvão de Matos, mestre-escolada sé e Bernardo da Fonseca Saraiva, seu vigário geral, fazer tal acto, mandando-os no dia 9 para darem começo no dia 10 deste mês, guardando a concórdia entre os arcebispos e o Cabido no que respeitava às visitações. Diz mais aos cónegos: "considerem Vossas Mercês com sua muita prudência se será justo insistirem no ponto que somente está litigiosos por parte de Mercês de não porem os visitadores deste arcebispado mesas e cadeiras na igreja (Colegiada) e claustro dela para aí fazerem a devassa do povo, pois isto em nenhuma maneira encontra concórdia, antes se costuma fazer em todas as igrejas catedrais e de Malta, ou por outra via privilegiadas e isentas da jurisdição ordinária e se convém a Mercês e à autoridade desse Cabido prosseguir em demandas com tão pouco fundamento de justiça, neste particular devemos esperar que Mercês se conformem com o direito e estilo universal e com o que sem ser prejuízo de Mercês é da sua obrigação e que se escusem contendas judiciais, que eu quisera escusar sempre com todos quanto mais com Mercês a quem peço me dêem ocasiões de os servir em comum e em particular que é o que muito desejo, e que o procurei fazer sempre a obrigação de prelado que como pai ama a Mercês e como tal diz a V Mercês o que entende e tem por certo em consciência, justiça e Governo." - (Não lhe foi aparado o jogo). - Vide a resposta do Cabido a 5-V-1620.
1645 — O abade de S. João das Caldas, António de Fonseca, na nota de Nogueira do Canto, faz doação de 11 medidas de pão, duas de vinho e 125 réis para o azeite da lâmpada que há-de arder diante do Santíssimo Sacramento que na sua igreja ia colocar-se, esta renda era para acrescentar à de 3$000 réis que os fregueses e Confraria do Subsino tinham por escritura obrigado ao mesmo fim.
1841 — Em a noite de 4 para 5, à uma hora da noite, indo numa carruagem para a casa do Costeado, António de Nápoles Vaz Vieira, sua esposa, cunhada e uma sua sobrinha, filha de seu irmão José de Nápoles, quando passavam defronte da viela do Ramalhete ou das Dominicas, foi-lhes disparado por um sujeito um tiro de bala e quartos para a sege que acertando na sobrinha, a deixou tal mal ferida ( a bala atravessou-lhe o coração, tendo-a ferida no coração) que chegando a casa já não dava sinais de vida. Esta família vinha de uma companhia que houve em casa de João de Melo Pereira Sampaio. Este caso produziu grande sensação na vila e várias conjecturas se formaram a tal respeito, porque a infeliz menina que tinha 18 anos e chamava-se D. Maria Júlia, disputava a herança da casa do Toural de seu tio Jerónimo Vaz Vieira. O seu cadáver foi depositado no dia 6, na igreja de S. Domingos e sepultado, no mesmo dia, na capela dos 3ºs Dominicos, em jazigo de família. Ao descer à sepultura foram-lhe prestadas honras fúnebres por uma companhia do batalhão de infantaria 14, a qual deu as descargas do estilo, por a falecida ser filha de um capitão do exército. PL
1872 — Despacho provendo vitalício, o professor de primeiras letras, nesta cidade, o vimaranense António Luís Guimarães,"O Capoeira", que havia sido provido por 3 anos por despacho de 20-3-1869.
1875 — Realizou-se na Quinta do Salgueiral a expensas do seu proprietário, José Martins de Queiroz Minotes um explêndido carroussel no qual foram cavaleiros lidadores o dito José Minotes e sei irmão António Martins, António da Silva (Freiria), Visconde de Lindoso, Gonçalo, João Baptista Sampaio Júnior, António Vaz Nápoles (Toural), José de Castro Sampaio, António Augusto da Silva Carneiro, Gualter Martins, todos vimaranenses, e Albano Teixeira Leite, residente no Pico de Regalados. Foi grande a multidão de espectadores porque o espectáculo era franco e gratuito.
1882 — Canta pela primeira vez, no teatro D. Afonso Henriques, uma companhia lírica. Na noite deste dia levou à cena a ópera o Rigoleto, na noite seguinte, 5, cantou a Lúcia de Lammermoor, na noite do dia 6 a Favorita e a 7, finalmente, o Baile de Máscaras. No dia 8 foi para Braga, de onde já viera, e daí destinava-se ao Porto. A orquestra era dirigida por um tal Reparaz e cantava nesta companhia a dama Scalante, o Favaro, Franchini, etc.
1884 — O professor de surdos-mudos, Eliseu de Aguilar, realiza à noite uma conferência no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento, mostrando como os surdos-mudos podem articular palavras graças ao ensino ministrado por ele professor, o que provou com um discípulo que apresentou e fez pronunciar diversas palavras.
1890 — A Sociedade Martins Sarmento representa ao governo pedindo a corecção de erros na construção dos edifícios das escolas profissionais desta cidade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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