Efemérides vimaranenses: 3 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1213 — Bula do Papa Inocêncio III, em Latrão, aos Priores dos mosteiros da Costa e S. Torcato, dizendo-lhes que não sendo lícito separar os membros da cabeça, era para admirar que eles, cujas igrejas estavam situadas na diocese de Braga, se recusassem a obedecer ao Arcebispo da mesma, sem privilégio algum de isenção, o que considerava grande crime e porque a prescrição não aproveitava à desobediência, portanto manda-lhes obedeçam à igreja de Braga como os demais clérigos da diocese, sob pena de confirmar a sentença que contra eles desse o dito Arcebispo.
1747 — O Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, residente em Guimarães, sagra na Colegiada 36 pedras de ara e ministrou a sagrada comunhão aos fiéis.
1838 — Pelas 9 horas e um quarto da noite deste dia, faleceu, repentinamente, na sua casa da Rua de Santa Luzia, Jerónimo Martins da Costa. No dia 5 foi o seu cadáver depositado na igreja de S. Domingos onde se lhe fizeram as últimas honras fúnebres com a maior grandeza possível, com grande concurso de povo, tanto da vila como das aldeias. A igreja esteve sempre apinhada de gente para o ver, patenteando um sentimento sem igual. Quando o tiraram da eça, para ser conduzido à sepultura, levantou-se um alarido tal que abafou o lúgubre canto de um grande número de padres que o acompanharam à sepultura, a qual lhe havia sido destinada no claustro da mesma igreja, onde foi sepultado. PL. - Assim foi descansar na habitação dos mortos Jerónimo, o Bom, como com razão lhe chamou um poeta, que lhe fez um soneto por essa ocasião. A sua necrologia vem assinada por Bandeira em o nº 119 do "Periódico dos Pobres" e também se pode ver o nº 138 do "Periódico dos Pobres" de Lisboa, deste mesmo ano, mas , apesar de extensas e de repassada de muito sentimento não chegou a dizer tudo das virtudes religiosas e morais deste homem e do sentimento que tiveram os habitantes de Guimarães e especialmente os seus numerosos amigos." - PL. concertada pelo Abade de Tagilde.
1842 — É nomeado par do reino o 1.º Conde de Vila Pouca, ainda era 2.º Barão de Vila Pouca, e não conde.
1854 — A Câmara representa às Cortes contra o projecto apresentado pelo deputado Júlio Máximo de Oliveira Pimentel a fim de serem transferidos para Lisboa a universidade de Coimbra e os estabelecimentos científicos do Porto.
1860 — Saiu o 1º número do jornal "O Conciliador", semanário às 5.as- feiras. Empresários: José Ferreira Mendes de Abreu e C. A. Máximo. Redactor principal, o 1.º empresário.
1879 — O deputado vimaranense dr. Rodrigo de Meneses apresentou na Câmara Electiva 5 representações, sendo, da Câmara Municipal, associações comercial e artística, Monte Pio Comercial e direcção da companhia dos banhos de Vizela, e o deputado Teles de Vasconcelos apresentou também uma dos habitantes deste concelho, pedindo que fosse aprovado o projecto de lei apresentado na sessão de 22 de Março do mesmo ano, com relação à construção de 3 linhas férreas de bitola reduzida, pela companhia do Porto à Póvoa de Varzim e Famalicão, sendo uma delas de Famalicão e Fafe a Chaves.
1887 — Toma posse da igreja de Tagilde o abade João Gomes de Oliveira Guimarães que foi recebido pelos fregueses com música flores e foguetes.
1897 — Principia a cobrar-se o imposto municipal sobre carros à entrada das barreiras da cidade. Foi arrematante Joaquim Marques de Loureiro Paul, por 892$000 réis até ao fim do ano.
1902 — O dr. Henrique Margaride, 2.º Conde de Margaride, arrematou no extinto convento das Capuchas as 3 imagens da Maternidade, Jesus Menino, a Virgem Maria e S. José.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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