Efemérides vimaranenses: 15 de Maio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1624 — Mandado remetendo ao dr. Corregedor a lei de 23 de Fevereiro de 1624 para que se não atire com munição por se não destruir a criação das aves e se não perder a arte de atirar a ponto a espingarda. Foi publicada na praça a 31 de Agosto de 1624 pelo porteiro Manuel Antunes.
1718 — A mesa e definitório da Misericórdia deliberam não tornar a Irmandade a acompanhar a procissão do enterro, em sexta-feira, na Real Colegiada (era estatutária da Irmandade) em razão do Cabido inovar este ano o costume que havia de dar quatro mil réis para a cera, que eram cobrados pelo irmão da cera, ou pelo servente e que a mesa lhe requeresse por escrito a dita quantia, a qual não chegava para a despesa da cera.
1742 — Joaquim de Sousa, do lugar das Lajes, da freguesia de Creixomil, de sociedade com os pedreiros Diogo de Freitas e Marçal António, da Cruz de Pedra, na nota do tabelião Jerónimo Luís Machado, obrigam-se à Irmandade de Nossa Senhora da Consolação fazer-lhe de pedraria por 175$000 réis a sacristia e casa do despacho e Gregório Lopes, carpinteiro, da Rua de S. Dâmaso, obriga-se fazer da sua arte, por igual quantia a mencionada obra.
1834 — Foi mandado arrancar dos livros das câmaras de S. Torcato e Ronfe as páginas em que estavam exarados os autos da aclamação de D. Miguel.
1852 — A rainha D. Maria II, seu marido D. Fernando e seus filhos, o príncipe real D. Pedro e o duque do Porto, D. Luís, chegaram às 9 horas da manhã e alojaram-se na casa de Vila-Flor, Cavalinho.
1876 — Segunda-feira. - Principiou a derrocar-se a alpendrada da Alfândega.
1878 — Foi arrematada a construção de um portão de ferro para o cemitério, a 2000 réis cada quilograma, por Joaquim José de Oliveira e Silva Guimarães.
1886 — O nosso estimado deputado Franco Castelo Branco visita a fábrica do Castanheiro de António da Costa Guimarães, F º e C ª e as de curtumes, tendo uma espera real e à noite despede-se dos Entusiastas, das Associações Comercial, Artística, Club Comercial e da Sociedade Martins Sarmento.
1911 — Reuniu a assembleia geral de accionistas do Banco Comercial de Guimarães e deliberou que se procedesse extrajudicialmente à liquidação do Banco, para o que nomeou uma comissão liquidatária composta de 7 membros e que sem embargo da responsabilidade criminal inerente se intentassem as competentes acções e actos preventivos contra os directores responsáveis a fim de por seus bens indemnizarem o Banco dos prejuízos que lhe causaram, quando o não queiram fazer amigavelmente.
1914 — À 1 hora (da manhã o da tarde?) houve tremor de terra que durou 5 segundos.
1915 — Domingo.- Às 9 e meia horas da noite gritos fora do Café Fernandes, à Porta da Vila, e ao mesmo tempo, uma multidão entrava de tropel e procurava refúgio. Havia forte tiroteio no cimo da Rua da Rainha. Patrulhas de soldados armados de Mauser que por ordem do comando militar se encontravam dispersas por as mais principais ruas da cidade. Explodiu uma bomba próximo do Centro Democrático. Danificou bastante a parede do prédio onde vivia a amásia do António José Ribeiro, "O Bravo", e as janelas ficaram estilhaçadas. Próximo, um pouco à esquerda, estendido no chão, sem chapéu, envolto num mar de sangue, o surrador António Machado, casado, de 40 anos e morador na travessa do Monte Pio, morreu com uma bala. No Eirado do Forno outro infeliz era o oficial de barbeiro, Zacarias da Silva, solteiro, de 28 anos, tinha no pescoço um grande ferimento, morreu com um estilhaço de bomba. Recolheram ao hospital da Misericórdia gravemente feridos com estilhaços de bomba: Sebastião Pinto Salvador, de 36 anos, solteiro, ferrador, da Rua de Donães e Aníbal Ribeiro Soares, de 24 anos, curtidor, casado, da Rua Trindade Coelho. Também ali foram receber curativo diversos indivíduos, uns feridos por bala, outros com estilhaços de bomba. Nesta noite e no acto dos acontecimentos foram presos 6 operários e soltos no dia seguinte.
1934 — Posse da comissão da União Nacional de Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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