Efemérides: 27 de Maio

D. Afonso VI.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1439 — Bula do Papa Eugénio IV, criando a dignidade de Mestre Escola, cuja cadeira existia, anexando-lhe 2.ª prebenda in perpetuum, isto a favor de João de Resende, clérigo da diocese de Lamego e dos seus sucessores. Foi dada em Florença. Foi sentenciada em Braga, aos 9 de Fevereiro, 3º feira, do ano de 1440.

1462 — Provisão de El-rei D. Afonso V para que os reis não dêem a vila de Guimarães senão a filho natural legítimo, ou a primogénito herdeiro do reino. - Pergaminho nº 61 da Câmara Municipal.

1558 — Carta da infanta D. Isabel, renunciando em seu filho D. Duarte a vila de Guimarães com toda sua jurisdição cível e crime, castelo e fortaleza da dita vila e padroados de igrejas, com todas as suas preeminências, etc., reservando para si todas as rendas que na dita tinha e lhe pertenciam e no caso de ele falecer em sua vida, tudo tornar para ela.

1662 — D. Afonso VI concede licença aos frades Capuchos da Piedade para fundarem convento em Guimarães e fez passar o alvará em 20 de Junho do mesmo ano.

1668 — O Cabido da Sé de Tui escreve ao de Guimarães, em razão da antiga confraternidade que entre ambos sempre conservaram, congratulando-se por ter acabado a guerra entre Espanha e Portugal. O de Guimarães já lhe tinha enviado idêntica felicitação.

1683 — Os criados do D. Prior, D. Pedro de Sousa, espancaram barbaramente, de noite, o juiz de fora de Guimarães, José da Cunha e Andrade.

1855 — Nasceu nesta cidade o Conde de Anoso, Bernard Pinheiro Correia de Melo, filho do 2.º casamento do 1.º Visconde de Pindela.

1866 — No teatro D. Afonso Henriques deu o seu 1º espectáculo de física recreativa e magnetismo D. Carlos Meza; deu o 2.º e último espectáculo em 10 de Junho.

1879 — Pelas 5 horas da tarde um carro que seguia para Vizela, tirado por 3 éguas, voltou-se na Rua da Alegria, logo abaixo da Viela dos Ramalhetes. As éguas fugiram pela ponte da Madroa com o jugo dianteiro e os dois passageiros ficaram mal tratados, quebrando um os dentes e outro, que era o cocheiro, gravemente ferido numa perna. Na semana antecedente houve ali outro desastre. Isto devido à morosidade com que a Câmara deixava ir o conserto da rua, não dando por um dos lados livre trânsito.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.