31 julho, 2008

Cursinho de Verão: “À Descoberta do Museu”

Oficina de ourivesaria
Decorreu na Sociedade Martins Sarmento, durante o mês de Julho de 2008, a quarta edição do Cursinho de Verão intitulada "À Descoberta do Museu", que contou com a participação de 46 crianças, dos 6 aos 12 anos. No decorrer deste cursinho, desenvolveram-se actividades relacionadas com as áreas da Arqueologia Experimental, da História, das Artes Plásticas, da Música, da Expressão Cénica, da Dança e da Literatura.

Nesta iniciativa, o Serviço Educativo da Sociedade Martins Sarmento contou com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, a Academia Valentim Moreira de Sá e a Cruz Vermelha. Coordenado por Daniela Cardoso (Arqueóloga, Técnica do Serviço Educativo da Sociedade Martins Sarmento e coordenadora do Cursinho de Verão), o curso contou ainda com a colaboração de vários voluntários e colaboradores, entre os quais Paula Saavedra (Professora de artes), Sílvia Ribeiro (Animadora sócio-cultural), Ana Maria André (Professora), Ana Maria Oliveira (Professora), João Ventura (actor), Ana Caldas Araújo (actriz), Maria de Lurdes Salgado (Estudante de Técnicas de Joalharia), Sara Salgado (Eng. Agrónoma), Isabel Sofia Silva (Eng. Agrónoma), Pedro Vinagreiro (estudante de Arquitectura).

As actividades realizadas tiveram como objectivo dar a conhecer a Sociedade Martins Sarmento e o seu espólio aos mais novos e suas famílias, assim como despertar-lhes o interesse pela salvaguarda do Património e uma maior compreensão pelas nossas origens.

Com o propósito de mostrar os resultados das actividades desenvolvidas, estará patente, na galeria de exposições temporárias do Museu da S.M.S., uma exposição dos trabalhos executados pelas crianças ao longo do curso, que poderá ser visitada durante todo o mês de Agosto. A entrada é gratuita.

Para além da organização do Cursinho de Verão, o Serviço Educativo da S. M. S. colaborou também com o Programa de Animação Social de Verão, promovido pela Divisão de Acção Social da Câmara Municipal de Guimarães, proporcionando a crianças e seniores actividades no âmbito da Arqueologia Experimental, visitas guiadas à Citânia de Briteiros e ao Museu da Cultura Castreja.

Paralelamente, o Serviço Educativo tem vindo a colaborar na ocupação de tempos livres de crianças e jovens oriundas de vários A.T.L. e Centros de Estudo, através da realização de várias oficinas no âmbito da arqueologia e de visitas guiadas à S.M.S.

Oficina de artes plásticas


Oficina de mosaico romano

Oficina de teatro


Oficina de arqueologia - simulação de escavação

Hortinha castreja e medieval

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27 julho, 2008

Sir Bob Scott na Sociedade Martins Sarmento

Durante a apresentação da Fundação Martins Sarmento e do projecto para o Museu

No último fim-de-semana, esteve em Guimarães Sir Robert Scott, Presidente do Painel de Selecção da Comissão que tem entre mãos a candidatura de Guimarães a Capital Europeia da Cultura. Robert Scott tem uma extensa experiência ao nível da gestão de grandes projectos culturais, tendo um largo currículo à frente de candidaturas bem sucedidas à organização de grandes eventos, nomeadamente a de Liverpool a Capital Europeia da Cultura 2008, de que foi o primeiro responsável. A visita teve em vista conhecer, no terreno, os projectos que em Guimarães estão a ser preparados com 2012 no horizonte, assim como as principais instituições e agentes culturais da cidade.

O último dia da visita, domingo, 20 de Julho, foi dedicado à Sociedade Martins Sarmento, com a visita à Citânia de Briteiros e ao Museu Arqueológico de Guimarães, que permitiu dar a conhecer a Fundação Martins Sarmento e os projectos que estão a ser gizados. Na ocasião, tomou conhecimento do património móvel e imóvel da instituição, tendo ficado positivamente impressionado com a sua dimensão e a sua qualidade, tendo apresentado algumas sugestões acerca da necessidade de lhe ser dado um tratamento que permita dar-lhe uma maior visibilidade e que valorize a sua dimensão europeia.

Visita ao Museu Arqueológico

O Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento é o mais antigo museu arqueológico português, impondo-se a preservação do seu modelo expositivo, desenhado na transição do século XIX para o século XX. No entanto, os seus responsáveis têm consciência de que, tal como existe hoje, o percurso expositivo apresenta deficiências de legibilidade, necessitando de ser renovado numa perspectiva marcadamente contemporânea. A dificuldade de tal renovação reside na necessidade de conciliar o Museu antigo, que tem uma identidade própria e uma história muito rica no contexto da museologia portuguesa, com um novo modelo expositivo, mais didáctico e auto-explicativo, melhor adaptado aos diferentes públicos dos dias que hoje.

O primeiro responsável do Painel de Selecção das Capitais Europeias da Cultura acolheu positivamente a ideia de criar, a par do actual Museu Arqueológico, um novo museu cujo programa assentará numa com uma nova gramática expositiva, preocupada em explicar os contextos de produção e de utilização dos materiais arqueológicos que integram o acervo do Museu. A propósito, apresentou algumas sugestões, que vão de encontro às ideias que têm vindo a ser trabalhadas pela Sociedade Martins Sarmento. Sugeriu também a articulação do Museu Arqueológico com a futuro Casa da Memória, a instalar no antigo mercado, cujo programa fez questão de elogiar. Esta articulação entre dois projectos potencialmente convergentes, contribuiria para um ganho de dimensão de ambos, o que lhes permitiria posicionarem-se na linha do Museum of Liverpool Life.

Da mensagem que se colhe desta passagem por Guimarães de Robert Scott, sobressai a chamada de atenção para que seja bem aproveitada a “oportunidade fantástica” que a cidade tem à sua frente, fazendo, em pouco tempo, um trabalho que, em circunstâncias normais, demoraria várias décadas. Porque, “em 2020, quem vier a Guimarães há-de sentir que em 2012 aconteceu aqui algo de diferente e importante”.


No Claustro de S. Domingos

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25 julho, 2008

O ano de 1884: fazer pensar e agitar

Palácio de Vila Flor, 15 de Junho de 1884: inauguração da Exposição Industrial de Guimarães

Na vida dos homens, das instituições e das nações há momentos que se gravam a letras de ouro. Assim também nas cidades. O ano de 1884 é, para Guimarães, um desses momentos: um ano de viragem, o ano em que a modernidade começou a acontecer por aqui.

Nesse tempo, Guimarães era habitada por uma plêiade de homens ímpares, daqueles que deram os seus nomes às ruas da cidade e cujas obras, nem sempre suficientemente lembradas, deveriam ser um exemplo para as novas gerações.

De entre todos, sobressaía Francisco Martins Sarmento, arqueólogo de pergaminhos já firmados nos meios científicos nacionais e internacionais, o homem sábio e solidário que a cidade admirava e escutava. Em sua homenagem, tinha sido criada, um par de anos antes, uma instituição que cedo se tornaria numa poderosa alavanca do progresso cultural, mas também social e económico, de Guimarães, a Sociedade Martins Sarmento.

Alberto Sampaio, José Sampaio, o Padre António José Ferreira Caldas, Domingos Leite Castro, o Conde de Margaride, Avelino Germano, Avelino da Silva Guimarães, Adolfo Salazar, Joaquim José de Meira, o Padre Oliveira Guimarães, futuro Abade de Tagilde, e tantos outros, faziam parte dessa geração que, irmanada das mesmas preocupações de filantropia e de abertura ao progresso, contribuiria para o arranque de Guimarães rumo aos tempos modernos.

Por essa altura, a Sociedade Martins Sarmento estava mergulhada em projectos ambiciosos que a iria transformar numa das mais prestigiadas instituições culturais portuguesas: a criação de cursos de formação profissional, a instalação da sua Biblioteca Pública, a fundação do Museu Arqueológico, o lançamento de uma publicação periódica que contribuiria para a elevação cultural de Guimarães e dos vimaranenses e para que Guimarães passasse a projectar para o exterior uma imagem de cidade de progresso e de modernidade.

Em meados de Fevereiro de 1884, começou a ser distribuído o primeiro fascículo da publicação que a SMS anunciara algum tempo antes, a Revista de Guimarães, em cuja introdução os fundadores da Sociedade traçaram “o desenho ambicioso de suas vastas esperanças” e inscreveram um voto: “concorrer poderosamente para uma melhor orientação da nossa opinião pública e, por esta, para o aumento de prosperidade, que a nossa terra merece e anseia”. Não por acaso, o primeiro artigo publicado na nova Revista respondia a esta pergunta: “Convirá a Guimarães organizar uma exposição industrial?”. O seu autor, Alberto Sampaio, respondeu assim:

“Uma exposição em Guimarães não só é conveniente, mas impõe-se como uma necessidade, se a considerarmos como o primeiro passo para o rejuvenescimento e aperfeiçoamento tanto das suas antigas indústrias como das que têm sido introduzidas nestes últimos quarenta anos.”

E assim se fez, em 1884, a grande exposição industrial de Guimarães, ideia lançada por Domingos Leite Castro, concretizada por iniciativa e obra da Sociedade Martins Sarmento, que teria em Alberto Sampaio a sua alma mater. Assim se cumpriam os objectivos da Sociedade, que nasceu para fazer pensar e agitar. Porque, como escreveu Sampaio, “fazer pensar é tudo; e a agitação a única alavanca que pode deslocar esse mundo: pois que agitar quer dizer – instruir, ensinar, convencer e acordar”.

Na sequência do sucesso da exposição industrial de Guimarães, cuja abertura ao público, na Casa de Vila Flor, seria saudada pelos silvos do comboio que, na mesma altura, chegava até à estação do Cavalinho, o tecido económico de Guimarães não voltaria a ser o mesmo, com a aceleração do processo de introdução de indústrias modernas, movidas pelas novas fontes de energia.

Ainda nesse ano, e na sequência da Exposição, por pressão da Sociedade Martins Sarmento, secundada por outras instituições vimaranenses, seria criada, a Escola Industrial Francisco de Holanda.

O movimento do progresso era acompanhado por uma imprensa atenta e interventiva, a que nesse ano se juntou um novo título, ainda hoje em publicação, O Comércio de Guimarães.

Em 1884, Guimarães havia em Guimarães grandes movimentações para a erecção de dois dos monumentos mais emblemáticos da cidade: o monumento a Pio IX, que então ficaria concluído, e a estátua de D. Afonso Henriques, que seria inaugurada em 1887. Nesse ano ficou concluída a Basílica de S. Pedro, que hoje domina o Toural.

Aquele foi o ano que viu desaparecer prematuramente o Padre António José Ferreira Caldas, autor daquela que ainda hoje é a melhor monografia de Guimarães. Na mesma altura, nasceu Eduardo de Almeida, um dos mais notáveis escritores que esta terra produziu, cujo nome está indelevelmente ligado ao ressurgimento da Sociedade Martins Sarmento na década de 1920.

Em 2009, passarão 125 anos sobre 1884, ano de viragem, em que em Guimarães aconteceu a modernidade. Para assinalar a efeméride, a Sociedade Martins Sarmento, impulsionadora e protagonista dos acontecimentos mais marcantes que então ocorreram, está a preparar, com outras entidades, um programa comemorativo que se deseja à altura daquilo que vai ser comemorado.


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21 julho, 2008

Depois de O Tempo Tão Suspirado



Terminada a exposição, está disponível na SMS e nas livrarias da cidade o Catálogo de O Tempo Tão Suspirado. O livro inclui reproduções de todas as gravuras expostas, suas descrições e fichas técnicas, bem como a transcrição integral de uma pequena obra, muito rara, publicada no ano de 1808: Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino. Inclui, também, textos de António Amaro das Neves - Guimarães na Feliz Restauração de 1808 -, Manuel Mendes - Guimarães e aclamação de D. João VI num códice inédito do Arquivo Histórico Militar-, João Gomes de Oliveira Guimarães - Centenário da Guerra Peninsular - e uma cronologia de João Lopes de Faria.

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18 julho, 2008

O Tempo Tão Suspirado - Uma caneca inglesa com história peninsular

Caneca, at. a Herculaneum Pottery (Liverpool, Inglaterra), circa 1813. Matéria: Faiança fina (ou faiança de pó-de-pedra) Legendas: The R.t H.BLE LORD VISC.T WELLINGTON, K. B. &c. &c.; HONI SOIT QUI MAL Y PENSE / DIEU ET MON DROIT Dimensões: Alt. 240 mm; diâm. bordo 130 mm; diâm. bojo 180 mm.

Descrição*: Caneca em faiança fina, com bico e asa, decorada com três composições diferentes (transfer-printed) impressas a preto. No bojo, de um dos lados, o brasão real do Reino Unido, no qual se pode ler uma legenda que se encontra truncada dado faltar um pedaço da parede da caneca, – «HONI SOIT QUI MAL Y PENSE / DIEU [ET MON DROIT]». No outro lado, a figura a meio corpo de Artur Wellesley, 1.º Duque de Wellington (1769-1852), dentro de moldura oval, cercada por motivo decorativo do qual constam, para além das armas reais de Espanha, do lado esquerdo, e das armas reais de Portugal, do lado direito, motivos alusivos ao exército. Esta composição é acompanhada por uma legenda, colocada por baixo, e na qual se pode ler: «The R[igh]t H[onourabl]e Lord Visc[oun]t [of Talavera and of] Wellington, K[night of the] B[ath] &c. &c.». Ainda no bojo, logo abaixo do bico, uma composição também com motivos militares

* elaborada por Isabel Maria Fernandes.


Uma caneca inglesa com história peninsular: Artur Wellesley (1769-1852) foi um militar graduado do Reino Unido enviado para Portugal em 1808 tendo participado, em Portugal e em Espanha, durante a designada «Guerra Peninsular», em importantes confrontos contra as tropas napoleónicas. Abandonou a Península Ibérica em 1813, após ter contribuído para a derrota final das tropas francesas. Ao longo da sua longa vida obteve vários Ordens e títulos honoríficos de que destacamos apenas alguns: a Ordem do Banho (Knight of Bath), em 1804; Conselheiro Privado de Sua Majestade, Reino Unido (Privy Councillor of Great Britain), em 1807, e que lhe deu o direito de poder ser designado como «Privy Councillor» ou «The Right Honourable…»; Visconde de Talavera e de Wellington, em 1809; a Ordem da Jarreteira (Knight of the Garter), em 1813; Duque de Wellington, em 1814. A presente caneca foi seguramente idealizada com a intenção de comemorar as vitórias obtidas por Artur Wellesley na Península Ibérica, durante a Guerra Peninsular (1808-1813) e provavelmente terá sido feita antes de Maio de 1814, data em que este adquire o título de Duque de Wellington, o qual não aparece referido na legenda da peça. Esta caneca deve ter sido feita na «Herculaneum Pottery», que funcionou entre 1796-1841, em Liverpool, na Inglaterra. Nesta oficina produziu-se, entre outra loiça, faiança fina decorada com motivo impressos (transfer-printed), representando cenas históricas ou temáticas facilmente identificadas pelos compradores, algumas das quais tendo por base gravuras conhecidas. A caneca aqui analisada insere-se dentro desta categoria de peças.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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17 julho, 2008

O Tempo Tão Suspirado - Relação do que se Praticou em Guimarães (...)

Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino. Lisboa, off de Joaquim Thomasz de Aquino Bulhões, 1808, 185 x 140 mm, 15 pp.


A reacção às invasões francesas provocou uma irrupção da actividade editorial até aí sem paralelo na história da imprensa em Portugal. Os panfletos anti-franceses, em prosa ou em verso, que circulavam de mão em mão sob a forma de folhas volantes, tiveram o seu momento áureo enquanto duraram as invasões, entre 1808 e 1811. Se este género de publicações contribuiu como poderoso instrumento no combate aos franceses, a sua difusão irá concorrer para o enraizamento de novos hábitos de leitura que, idos os invasores, ajudarão na difusão de boa parte das ideias de que eles tinham sido portadores e que acabarão por sair vencedoras na revolução liberal de 1820. Entre a miríade de folhetos então publicados, encontra-se esta “Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino”, na qual se descrevem as grandiosas e singulares festas que, nos dias 28, 29 e 30 da Outubro de 1808, “se fizeram na vila de Guimarães em acção de graças pela feliz restauração de Portugal”.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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16 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D.ª Maria II

D. Maria da Glória, circa 1830. Gravura de Dav. Weiss. 111 x 78 mm (mancha).



D. Maria II, 1832. Litografia de A. Deverin. 360 x 263 (mancha).


Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Luísa Gonzaga de Bragança e Áustria foi rainha de Portugal com o título de D. Maria II. Filha de D. Pedro IV, casou em 1826 com o seu tio D. Miguel, contando então apenas 7 anos. Este casamento seria dissolvido. Em Janeiro 1835, casou, em Lisboa, com Augusto de Beauharnais, duque de Leuchtenberg, que viria a falecer em Março do mesmo ano. Em Abril de 1836, casaria novamente, desta vez com Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, que iria usar o título de D. Fernando II. Faleceu aos 34 anos, em 1853, ao dar à luz o seu 11.º filho. No ano anterior, havia elevado Guimarães à condição de cidade.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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15 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D.ª Isabel Maria

D. Isabel Maria, circa 1820. Gravura a buril e ponteado de Manuel António de Castro. 84 mm de diâmetro (mancha).


Isabel Maria da Conceição Joana Gualberta Ana Francisca de Assis Xavier de Paula de Alcântara Antónia Rafaela Micaela Gabriela Joaquina Gonzaga de Bragança e Bourbon, a Infanta Isabel Maria era filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Após a morte de seu pai, em 1826, foi nomeada para a regência do reino de Portugal, até que D. Pedro, então no Brasil, viesse assumir os destinos do país. A sua regência durou até 1828. Faleceu solteira, em 1876, com quase 75 anos.


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14 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D. Miguel


D. Miguel, Séc. XIX. Gravura a buril e ponteado de Franz Stöber, a partir de Giovanni Ender. 150 x 148 (mancha)


Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon, terceiro filho varão de D. João VI, foi rei de Portugal por usurpação do título a sua sobrinha, D. Maria da Glória, filha de D. Pedro IV. Em 1834, no final da guerra civil, com a assinatura da Concessão de Evoramonte, D. Miguel abdica da coroa de Portugal e parte para o exílio. Morreu em 1866, na Alemanha.



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13 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D. Maria Leopoldina

D. Maria Leopoldina Josefa Carolina, 1817-1821. Gravura a ponteado de Jean François Badoureau, a partir de Vaulier. 480 x 410 (mancha).


Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, arquiduquesa da Áustria, filha de Francisco II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com D. Pedro de Alcântara em 1817. O seu casamento foi negociado pelo Marquês de Marialva. Primeira imperatriz do Brasil, foi rainha de Portugal durante uma semana, tendo falecido no dia 11 de Dezembro de 1826. Dos seus sete filhos, a primogénita foi rainha de Portugal, D. Maria II, e o segundo foi imperador do Brasil, D. Pedro II.


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12 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D. Pedro IV

D. Pedro IV, início do séc. XIX. Gravura a ponteado e água forte de autor desconhecido. 65 x 53 mm (mancha).


D. Pedro IV, 1821. Gravura a ponteado e policromado de François Badoureau, a partir de Vaulier. 484 x 415 (mancha)


D. Pedro IV, 1827. Gravura a buril e ponteado de Edward Smith, a partir de Simplício Roriz de Sá. 395 x 256 (mancha).


Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, D. Pedro I, Imperador do Brasil, D. Pedro IV, rei de Portugal. Quarto filho de D. João e D. Carlota Joaquina, quando a família real aportou ao Brasil contava 10 anos de idade e já era o príncipe herdeiro de Portugal. Passou a sua juventude na Corte do Rio de Janeiro. Em 1818, casou com Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha de Francisco I, Imperador da Áustria. Em 1821, ao regressar a Portugal, D. João VI deixou-o como príncipe regente do Brasil. No início do ano seguinte, quando lhe foi transmitida uma intimação de Lisboa para que regressasse a Portugal, recusou-se a embarcar na frota que havia sido enviada para o buscar. Correspondendo a um abaixo-assinado que lhe pedia que permanecesse no Brasil, pronunciou uma frase que ficou na história daquele país: Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico!. Alguns meses depois do “Dia do Fico”, quando recebeu uma outra ordem de seu pai para que regressasse à Europa, recusou-se a acatá-la e proferiu o célebre grito do Ipiranga (Independência ou Morte!). Estava consumada a independência do Brasil. Como estratégia para reaver a colónia, D. Pedro foi aclamado Rei em Portugal, após a morte de D. João VI, pela sua irmã D. Isabel Maria, que havia sido nomeada regente. Com o título de D. Pedro IV, assume a coroa portuguesa e outorga a Carta Constitucional. Algum tempo depois, abdica em favor da sua filha mais velha, D. Maria da Glória, que deveria casar com o príncipe D. Miguel, seu tio e irmão de D. Pedro, que governaria como regente. No ano seguinte, D. Miguel fez-se aclamar Rei absoluto, iniciando um período conturbado da História de Portugal, que mergulhou numa guerra civil. D. Pedro sentiu-se compelido a regressar a Portugal, não sem antes abdicar do título de Imperador do Brasil a favor do seu filho, que assumiria o cargo como D. Pedro II. Vencedor da guerra civil, vê as Cortes confirmarem, em Agosto de 1834, a sua regência, que repõe a filha no trono, como D. Maria II. Morreu de tuberculose, logo em seguida, no dia 24 de Setembro de 1834.

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11 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D.ª Carlota Joaquina

D. Carlota Joaquina, 1794. Gravura a buril de José Lúcio da Costa. 169 x 119 mm (mancha).

D. Carlota Joaquina, 1808. Gravura a buril e ponteado de Manuel Marques de Aguilar, a partir de Giuseppe Crono (?) (1739-1810), escª italiana. 295 x 219 mm (mancha).

Carlota Joaquina Teresa Cayetana de Borbón y Borbón, era filha do rei Carlos IV de Espanha. Quando casou com o príncipe D. João, de Portugal, em 1785, contava apenas 10 anos e não estava no seu horizonte ser coroada como rainha de Portugal. Com a morte do príncipe D. José, o seu marido passou para a primeira linha de sucessão da Coroa portuguesa, passando a governar de facto em 1792, por impedimento da mãe. A condição de princesa-regente assentava bem no seu carácter ambicioso, imprevisível, obstinado e impetuoso, sendo conhecidas as suas tentativas de intromissão nos negócios do Estado. A sua relação com D. João VI foi sempre conflituosa. Em 1805, chegou a ensaiar, sem sucesso, afastá-lo do poder, por alegação de demência, com a intenção de ser ela própria a assumir a regência. Desde essa altura, D. João e D. Carlota Joaquina passaram a viver separados. Deu à luz nove filhos, nascidos entre 1793 e 1806. Não faltou quem sustentasse que D. João tinha dúvidas em relação à paternidade dos últimos. No regresso a Portugal, recusou-se a assinar a Constituição. Até ao fim dos seus dias, em 1830, conspirou contra a nova ordem liberal.



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10 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D. João VI

D. João VI, circa 1809. Gravura a buril e ponteado de Francesco Bartolozzi, a partir de Dominico Pelegrini (sic). 275 x 172 mm (mancha).


D. João VI, circa 1799. Gravura a buril e ponteado de Manuel Marques de Aguiar a partir de Domenico Pellegrini (sic). 291 x 212 mm (mancha).


D. João VI, circa 1820. Gravura a ponteado de Paul Tassaert, a partir de Esbrard - Escª Francesa. 572 x 410 mm (mancha).

João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, filho de D. Maria I e do seu tio-avô D. Pedro III, reinou em Portugal como D. João VI, o Clemente. Foi o primeiro e último rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, que instituiu em 1815. Assumiu o governo de Portugal em 1792, quando a sua mãe foi dada como incapacitada. A sua personalidade, a sua biografia e a sua acção governativa são férteis em contradições. Não falta quem o indique como frouxo, indeciso e medroso, nem quem sustente que a transferência da corte para o Brasil foi um acto de coragem, resultante de grande visão política, que permitiria conservar a legitimidade da Coroa portuguesa. Tem sido, alternadamente, apresentado com um homem de pouca cultura e como um grande incentivador das artes e das letras. Em Abril de 1821, após a Revolução Liberal, regressou a Portugal, onde jurou a Constituição vintista. Faleceu no dia 10 de Março de 1826. Em 1820, John Luccok, comerciante inglês radicado no Brasil, escrevia que “o Príncipe Regente tem sido muitas vezes tachado de apático, a mim, pareceu-me possuir muito mais sentimento e energia de carácter do que ordinariamente lhe atribuem amigos e inimigos. Viu-se colocado em circunstâncias singulares e de prova e submeteu-se com paciência, mas nos momentos críticos soube obrar com vigor e prontidão”.



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09 julho, 2008

Obras de valorização do Balneário Sul


Tiveram já início as obras de valorização no Balneário Sul da Citânia de Briteiros, enquadradas no projecto integrado no Programa Operacional da Cultura, Medida 1.1 (Recuperação e Animação de Sítios Históricos e Culturais), Acção 1 (Obras de recuperação e de valorização de monumentos, sítios históricos e arqueológicos), apresentado pela Sociedade Martins Sarmento.
Este projecto, no âmbito do qual teve já lugar uma intervenção arqueológica de levantamento e escavação, visa a requalificação de um dos espaços mais atractivos da Citânia, garantido simultâneamente uma melhor conservação daquela estrutura de banhos da Idade do Ferro, uma das que melhor se conservam, e o ponto de partida, em 1930, para o estudo destes edifícios bastante singulares.
A esta fase do projecto se seguirão os trabalhos de conservação e consolidação da estrutura.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Infanta D. Maria - D. Maria I

Infanta D. Maria de Portugal, 1749. Gravura a buril de Guilherme Francisco Lourenço Debrie, a partir de Guilherme Francisco Lourenço Debrie. 156 x 110 mm (mancha).



D. Maria I, 1789. Gravura a buril de Manuel da Silva Godinho. 89 x 52 mm (mancha).



D. Maria I e D. Pedro III, 1798. Gravura a Buril de Manuel da Silva Godinho. 89 x 53 mm (mancha).


Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana foi rainha de Portugal com o título de D. Maria I, sendo também conhecida como a Piedosa, a Pia ou a Louca. Tendo sido a primeira rainha de Portugal a exercer poder efectivo, sucedeu a seu pai, D. José, dando início à Viradeira, que conduziu ao afastamento do Marquês do Pombal e ao seu exílio da Corte. Casou com o seu tio D. Pedro, Duque de Bragança, que usou o nome de D. Pedro III. Perturbada pela morte do pai (que imaginava a sofrer duras penas no Inferno, como castigo por ter permitido que Pombal expulsasse os jesuítas), do marido e do filho primogénito, D. José, seria dada como incapaz de governar. Em Fevereiro de 1792, o seu filho D. João assumiu os destinos do país na condição de Príncipe Regente. Em 1808, embarcou contrariada para o Brasil, onde viria a falecer em 20 de Março de 1816.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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08 julho, 2008

Escavações arqueológicas na Citânia




Têm lugar na Citânia, até ao início de Agosto, escavações arqueológicas na Acrópole, como vem sendo já hábito no mês de Julho. Neste Verão, nove alunas da Licenciatura em Arqueologia da Universidade do Minho estão a fazer o respectivo Estágio de Campo anual em Briteiros.
Para esta campanha, prevê-se a realização de uma sondagem, além de limpeza e levantamento arqueológico, de uma casa de habitação, algures no sector 7 da Citânia, referenciada até há pouco tempo como uma unidade doméstica "de tipo dómus". Estas casas, das quais existem alguns exemplos na Citânia, têm sido interpretadas como uma demonstração da intensa Romanização do povoado, apesar da inexistência de intervenções arqueológicas recentes que o comprovem. Deste modo, a esvação de potenciais estratos construtivos do conjunto pode revelar interessantes resultados quanto à sua datação, e influências arquitectónicas externas visíveis.
Terá também continuidade a realização de sondagens cirúrgicas na "Casa da Espiral", perto da anterior, à semelhança das campanhas de 2005, 2006 e 2007.
Os muitos visitantes que têm passado pela Citânia têm colocado questões às jovens estudantes, que deste modo experienciam o trabalho de campo num monumento permanentemente visitável.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado: Alegoria à Invasão do Porto pelos Franceses

Alegoria à Invasão do Porto pelos Franceses, circa 1809. Gravura a buril e água forte de Gravador desconhecido. 211 x 278 mm (mancha).

Um dos episódios mais trágicos das invasões francesas foi o desastre ocorrido na Ponte das Barcas que atravessava o rio Douro, na Ribeira do Porto. Aconteceu a 29 de Março de 1809 e nele terão perecido mais de quatro mil pessoas que se precipitavam na fuga para a outra margem do rio, perseguidas pelas tropas francesas, comandadas pelo Marechal Soult. O coronel inglês Nicholas Trant, destacou-se à frente das tropas que combateram a segunda invasão francesa, durante a qual os invasores, impedidos de atravessarem a linha do rio Vouga, se acantonaram na cidade do Porto, de onde seriam expulsos em 29 de Maio daquele ano. Ocupou o cargo de Governador de Armas da Cidade do Porto.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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07 julho, 2008

Recolha da cortiça na Citânia



A Citânia de Briteiros, além de um sítio arqueológico conhecido em toda a Europa, é também, e desde a primeira metade do século XX, uma grande área de montado, que se estende pelos 7 hectares da zona visitável do monumento, e que lhe conferem um aspecto bucólico.
A recolha da cortiça, que deve ser efectuada de dez em dez anos, e que decorre esta semana na Citânia, permite o desenvolvimento dos sobreiros, dando-lhes um aspecto limpo e saudável. Este trabalho é também um exemplo de uma actividade cada vez mais rara no Norte de Portugal, onde o sobreiro é também uma árvore nativa.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado: Alegoria à Derrota dos Franceses

Alegoria à Derrota dos Franceses, 1808. Gravura a buril e água forte de Teodoro António Lima a partir de Cirilo Volkmar Machado. 283 x 212 mm (mancha).


Em meados Setembro de 1808, os franceses, sem glória mas com razoável proveito, deixavam Portugal, vergados sob o peso de uma derrota que não imaginavam possível. Por todo o lado se celebrou a restituição da soberania nacional, personificada no Príncipe Regente. Passados os momentos de júbilo e celebração, o sossego não duraria muito tempo. Em Março de 1809, desta vez sob o comando de Soult, os franceses estariam de volta a Portugal.

O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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06 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Embarque dos Franceses no Cais da Pedra, em Lisboa

Embarque dos Franceses no Cais da Pedra, em Lisboa, circa 1808. Gravura a buril atribuida a Angelli, a partr de Manuel de Matos. 291 x 422 mm (mancha).


Vencido no Vimeiro e na Roliça, Junot negoceia a retirada com os representantes das forças inglesas, os generais Dalrymple e Burrard. No dia 30 de Agosto de 1808 foi subscrito por ingleses e franceses o tratado que ficaria conhecido como Convenção de Sintra e que colocou termo à primeira Invasão Francesa. Os termos do acordo foram inesperadamente favoráveis para o que restava do exército de Junot: não seria obrigado ao pagamento de qualquer indemnização de guerra e poderia carregar consigo o produto do saque sistemático que o seu exército levara a cabo em Portugal. De nada adiantaram os protestos de Bernardim Feire de Andrade contra a Convenção de Sintra, que causou estranheza e controvérsia até entre os ingleses. No dia 15 de Setembro, Lisboa assistiu à partida dos franceses, carregados de bagagens que não tinham trazido à chegada, a bordo dos navios que o comando inglês colocou à sua disposição.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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05 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Batalha do Vimeiro

Batalha do Vimeiro, circa 1808. Gravura a buril e água forte de João Cardini. 268 x 199 mm (mancha).

No dia 17 de Agosto de 1808, as forças francesas, comandadas pelo general Delaborde, foram desbaratadas na Batalha de Roliça. O exército anglo-português, comandado por Arthur Wellesley (futuro duque de Wellington) e por Bernardim Freire de Andrade, dirigiu-se em direcção a Lisboa. Ao seu encontro veio Junot, à frente da tropa francesa. Apesar da sua superioridade em cavalaria e artilharia, os franceses seriam vencidos. A derrota levaria à assinatura da Convenção de Sintra, que assinalou o fim da primeira invasão francesa.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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04 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - William Beresford


William Beresford, 1812. Gravura a buril e ponteado de Francesco Bartollozi, a partir de Hernrique José da Silva. 267 x 188 mm (mancha).

William Carr Beresford, Conde de Trancoso, era filho bastardo do primeiro Marquês de Waterford. Foi general da Inglaterra e marechal do Exército Português. Chegou a Portugal em 1807, tendo comandado a ocupação da Madeira, onde aprendeu a falar português. Militar disciplinado e severo, era corpulento, com traços rudes e um olho vazado por um tiro, que lhe dava um ar algo sinistro. Foi encarregado da reorganização do exército português. Após a derrota definitiva de Napoleão, tornou-se no Protector de Portugal, função em que não gozou de grande popularidade entre a população portuguesa. Insatisfeito com a falta de apoio na acção repressiva que desencadeou, em 1817 foi ao Brasil, de onde regressou com os plenos poderes que pedira e que D. João VI lhe concedera. Em 1820, voltou ao Brasil a pedir mais poderes. Regressaria como verdadeiro ditador, mas já não desembarcou. No entretanto, havia triunfado a revolução liberal.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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03 julho, 2008


Apoio: Rádio Universitária do Minho.

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As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Arthur Wellesley / Lord Wellington

Arthur Wellesley / Lord Wellington, 1811. Gravura a buril e ponteado de Constantino de Freitas a partir de Henrique José da Silva. 243 x 148 mm (mancha).



Arthur Wellesley / Lord Wellington, 1810. Gravura a ponteado de Francesco Bartolozzi a partir de Domenico Pellegrini. 574 x 362 mm (mancha).



Arthur Wellesley / Lord Wellington, 1814. Gravura a buril de Manuel Marques de Aguiar. 414 x 305 mm (mancha).


Arthur Colley Wellesley, 1.º Duque de Wellington, Conde do Vimeiro, Marquês de Torres Vedras e Duque da Vitória. Em Agosto de 1808, comandou a força britânica que desembarcou em Portugal e avançou em direcção a Lisboa, tendo vencido, nesse mesmo mês, as batalhas de Roliça e do Vimeiro. Em 1809, regressou a Portugal, tendo conduzido as tropas na batalha do Buçaco, também vencida pelas tropas anglo-portuguesas. O seu maior feito militar viria a ter lugar em Waterloo, onde Napoleão seira definitivamente derrotado. Dedicou-se à vida política do seu país, tendo sido Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios do Reino Unido em várias ocasiões.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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02 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - Rodrigo Navarro de Andrade


Rodrigo Navarro de Andrade, 1819. Gravura a Ponteado de Francisco Tomás de Almeida, a partir de Bazzuoli. 236 x 197 mm (mancha).

Incontáveis foram os vimaranenses que participaram nos feitos de guerra contra os franceses. A família Navarro de Andrade, por exemplo, teve quatro dos seus membros condecorados por feitos militares durante as campanhas da Guerra Peninsular. Entre eles contava-se Rodrigo Navarro de Andrade, oficial de caçadores nesta guerra, ferido em vários combates e condecorado com a cruz de ouro n.º 2.


O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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01 julho, 2008

As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D. Mariana Carlota e F. M. Metello

D. Mariana Carlota e F. M. Metello, 1818. Gravura a buril e aguarela de Constantino de Fontes; 207 x 317 mm (mancha).


F. M. R. M. Metello foi um dos muitos oficiais quase anónimos que serviram o exército português na guerra peninsular. Esta gravura é feita a partir de desenhos seus, um auto-retrato e um retrato da sua esposa.



O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.

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8º 18' 55'' W

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